segunda-feira, dezembro 21, 2009

Glenn Hughes arrasa em show acústico na TV



Glenn Hughes é um cantor e baixista britânico, que já integrou as bandas Deep Pruple e Black Sabbath, além de uma extensa e maravilhosa carreira solo. Ele está em turnê pelo BRasil e no dia 15 de dezembro fez uma aparição no programa Todo Seu, de Ronie Von, na TV Gazeta de São Paulo. O programa é péssimo, mas Hughes destruiu, em duas inspiradas canções. Aula magna de rock'n roll.



You Keep ON Movin'



Mistreated

terça-feira, dezembro 15, 2009

Não pode mesmo dar certo


O país dos mensalões diversos e do loteamento político dos cargos públicos jamais dará certo. Já ultrapassamos a fase do jeitinho brasileiro.

Estamos na fase da comissão para tudo, da negociata às claras, do desrespeito deliberado das regras e leis, desde o político corrupto que rouba ao vivo, na televisão, até o manifestante de qualquer coisa que insiste em bloquear estradas e ruas, passando pelo vandalismo puro e simples de torcedores-bandidos de futebol.

Por que um país com esse tipo de gente daria certo? Está no DNA do brasileiro tolerar o jeitinho, a esperteza, a corrupção? Herança cultural? Caráter deficiente por conta da impunidade? Tudo isso e muito mais?

O colunista Tostão, da Folha de S. Paulo, ex-craque do Cruzeiro e da Seleção Brasileira e campeão do mundo em 1970, é um arguto observador da sociedade brasileira e fechou com brilho seu artigo do último domingo:

O Brasil é o país da troca de favores, do é “dando que se recebe”, das patotas, do corporativismo e do nepotismo. Cada vez mais as pessoas não se preocupam em ter amigos, ser amadas e ter bons relacionamentos. Querem é ser admiradas, bajuladas e ter ótimas relações profissionais. Só pensam na carreira e no sucesso.

A troca maquiavélica de favores é o caminho para a corrupção, outra praga nacional. O corrupto se relaciona muito bem com outro corrupto. Adora trocar panetones.

O corrupto costuma ser tão social, tão gentil, que até parece ser sério. Para diminuir bastante a corrupção, não bastam duras leis. É necessário também diminuir a promiscuidade social.
Paranapiacaba não empolga mais


O final de semana tinha tempo bom, e um grupo animado de músicos da Capital rumou para Paranapiacaba para uma apresentação durante uma convenção de bruxas, evento bastante comum na região há alguns anos.

A banda Rollando Stones chegou cedo no sábado à tarde a um clube local, montou seu equipamento e fez um show animado, todo baseado em músicas do grupo de rock britânico Rolling Stones.

Após mais de duas horas, o evento termina e parte da banda e de seus auxiliares, todos com família, dormem na vila e tentam aproveitar aquele programa inusitado para aqueles músicos semiprofissionais – entre eles há jornalistas, designers, engenheiros e administradores de empresa.

O que deveria ser interessante acabou sendo uma experiência relativamente frustrante. Os músicos conseguiram acomodação, acertada com antecedência, mas houve problemas nas chamadas “pousadas”.

A infraestrutura ainda é precária, os banheiros são coletivos, o que acaba por inibir e até afastar turistas.

Em algumas “pousadas”, na verdade imóveis de moradores locais não completamente adaptados para receber turistas, houve pouca liberdade para quem queria dar uma esticadinha na noite.

Na verdade, moradores das casas que serviam de hospedagem não pensaram duas vezes em reclamar do “barulho” provocado pelos hóspedes – simples conversas na cozinha entre duas pessoas que tentavam saborear latinhas de cerveja conseguidas a duras penas no comércio local.

Não sei se os músicos do Rollando Stones voltarão a Paranapiacaba caso tenham novo convite para show. Se voltarem, provavelmente preferirão na enfrentar a perigosa estrada que liga a vila à SP-31 (Índio Tibiriçá).

Assim como essa pequena história, há vários relatos de pessoas que tentaram ser turistas de mais de um dia na vila de Santo André e não gostaram da experiência.

Se realmente existe interesse em transformar Paranapiacaba em destino turístico de verdade – e não somente na época do Festival de Inverno –, então já passou da hora de melhorar a infraestrutura da vila em todos os sentidos.

A administração Celso Daniel-João Avamileno, ambos do PT, teve um projeto excelente pilotado pelo competente João Ricardo Cano. Infelizmente, parece que a gestão Aidan Ravin (PTB) não tem interesse em ganhar dinheiro com um dos locais mais lindos da Grande São Paulo.
NOVO COMUNICADO DA ASFUNPRECRE



Meus amigos, nada de muito excitante acontece em nosso mudo jurídico em guerra com Tanure. A vida empresarial dele está uma bagunça, e isso, infelizmente, afeta o andamento de nossos processos.



Aqueles acordos iniciais de setembro, onde os advogados da Editora JB haviam concordado e pagar dez processos por mês, para tentar resolver o máximo de pendências possíveis, estão parados – na verdade empacados.


Foram pagos três processos apena da primeira leva. Os sete restantes e os dez da segunda leva foram interrompidos porque a maioria na verdade é composta por dois processos – salários atrasados e verbas rescisórias, sendo que parte do nosso grupo tem um terceiro processo.




Os então novos advogados de Tanure contratados especialmente para esses acordos se surpreenderam com a existência de mais processos e pediram um tempo para estudá-los e propor “nova forma de pagamento”.




Ao mesmo tempo, na surdina, tentaram um recurso no TRT-SP para fazer um recálculo dos valores de todas as ações, já que “não sabiam da existência dos processos além dos salários atrasados”.




Na verdade, foi mais uma manobra protelatória e não deu certo, o recursos não foi acatado. Tentaram mais duas vezes, com diferentes instrumentos jurídicos, e perderam de novo.
Desde então, esses advogados sumiram – isso foi no final de outubro. Soubemos depois que acabaram destituídos que Tanure teria contratado novos advogados em São Paulo, mas isso não foi confirmado e ninguém entrou em contato com o dr. Wladimir Durães. Nem mesmo o chefe do jurídico da holding de Tanure, que também sumiu.




Portanto, infelizmente não depende mais de nós a continuidade do pagamento dos (supostos) acordos de setembro. Teremos de continua nossa batalha nos tribunais superiores para que as ações de Tanure da Intelig paguem a dívida conosco.




Questão TIM-Intelig




A TIM informou hoje, 15 de dezembro, o mercado que está dando sequência à incorporação (compra) da Intelig. Segundo o comunicado, o processo todo deve terminar em março.
Nos nossos embates no TST, uma desembargadora acatou um recurso de Tanure e autorizou o negócio TIM-Intelig, mas mantendo as ações da Intelig do dono do JB arrestadas como garantia do pagamento da dívida conosco.




A decisão é no mínimo esquisita, porque ela é contraditória: permite o negócio, mas mantém as ações presas. Não faz sentido.
Essa decisão contraditória gerou uma série de agravos regimentais de ambas as partes na tentativa de entender o que está acontecendo – e é claro que, quanto mais confusão, melhor para o Tanure.




Durante o anúncio do dia 15, executivos da TIM afirmaram que as dívidas relacionadas com a Intelig (trabalhistas do Tanure) somam R$ 65 milhões, sendo que não informaram a origem dessa informação.




A verdade: só com a associação a dívida é de R$ 173 milhões no mínimo, de acordo com os cálculos já apresentados na Justiça do Trabalho de São Paulo – fora as ações de outros advogados.




O valor de R$ 65 milhões foi citado em um dos recursos apresentados pelo Tanure no TST e aparentemente a desembargadora que deu a decisão contraditória o usaria como garantia de valor para nossas ações, desde que “novos cálculos fossem refeitos”. Entretanto, essa decisão ainda não foi tomada, se é que será tomada.




Situação de momento: a continuidade do negócio TIM-Intelig, apesar da decisão contraditória da desembargadora, é benéfica para nós, porque assim que o Tanure puser as mãos nas ações da TIM destinadas a ele, haverá finalmente possibilidade de liquidez menos demorada.




Portanto, nada que nos preocupe neste caso. As ações do Tanure continuariam bloqueadas à espera de uma solução.




O dr. Wladimir já protocolou em Brasília um agravo regimental de 54 páginas, bem fundamentado, onde questiona as decisões da desembargadora e demole os vários recursos que Tanure está interpondo para atravancar o processo. Não há previsão de quando esse agravo será analisado, até porque estamos às vésperas do recesso judicial.






Diretoria da Associação dos Funcionários e Ex-funcionários da Gazeta Mercantil

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Os verdadeiros Ches


Os verdadeiros Ches Guevaras do século XX não eram argentinos, nem cubanos, nem latino-americanos. Um era irlandês muito inteligente, mas não muito culto. Outro era croata (na época, iugoslavo), extremamente inteligente e erudito.

Michael Collins (1890-1922) foi mais carismático líder da revolução irlandesa de 1916. Era o braço direito de Eamon de Valera, o advogado que sonhava em unificar a Irlanda ocupada pelos ingleses desde o século XIV e se tornar o presidente.

Sem qualquer aparato ideológico ou de marketing, a não ser o nacionalismo extremo, Collins foi mais radical que os russos bolcheviques que assumiram o poder em 1917 em Moscou e conseguiu o que ninguém acreditava: apressar a independência irlandesa com muito pragmatismo e tenacidade política, mesmo tendo de enfrentar velhos companheiros.

Traído por negociar uma autonomia parcial, mas progressiva, com os ingleses, acabou virando chefe provisório do primeiro governo irlandês de transição.

Déspota e autoritário, transformou a Irlanda em uma ditadura militar por um breve período. Foi assassinado por ex-companheiros em 1922, fato que precipitou a independência na prática do país e a união nacional dos condados do sul.

Collins não teve marketing e teve o azar de nascer na Irlanda do início do século XX, quando era a “África da Europa”. Sua vida virou filme em 1996 pelas mãos do diretor Neil Jordan e foi interpretado por Liam Neeson, que é norte-irlandês.

Já o croata era Josip Broz (1892-1980), conhecido como Tito, talvez o mais brilhante líder guerrilheiro da história. Com muita inteligência e disciplina, liderou a guerrilha comunista na Iugoslávia invadida e ocupada pelos alemães nazistas entre 1941 e 1945.

O desempenho de seus partizans foi tão predatório e nocivo - e praticamente sem ajuda dos aliados - que forçou uma retirada antecipada dos alemães da Sérvia e da Bósnia. Acossados na Croácia, praticamente se renderam no começo de 1945.

No caso de Tito, brilhante militar e importante estadista, o marketing funcionou ao contrário. Comunista convicto, mas independente demais para o gosto dos soviéticos, caiu em desgraça com a intelligentsia esquerdista e praticamente foi “desterrado” e “exilado” nos livros de história.

Efetivamente, foram os verdadeiros Ches.
Che e a imensa força do marketing


Marketing é uma das três áreas mais fascinantes das ciências humanas. Assim como a política, é uma ferramenta presente 24 horas por dia na vida das pessoas, qualquer pessoa - e frequentemente são pouquíssimos os que se dão conta disso.

Armei-me de fôlego e paciência para conseguir assistir as duas partes do filme “Che”, do ótimo cineasta Steven Soderberg e estrelado pelo igualmente ótimo Benicio Del Toro, ganhador do prêmio de melhor ator do Festival de Cannes pelo papel.

Esperava uma fita muito ruim, coalhada de clichês e ovações gratuitas ao personagem histórico. Surpreendi-me ao ver uma obra relativamente equilibrada e distanciada - até onde isso é possível em se tratando de Che Guevara, astro e rosto principal da Revolução Cubana de 1959.

Deliberadamente o roteiro e a direção evitam a polêmica e os temas mais pesados, de certa forma atenuam os fracassos políticos e militares - compreensível, afinal esse não era o foco do filme, que merece ser visto pela qualidade da direção e pelo esmero da produção.

Assim como o que de melhor foi produzido em termos de biografias, o filme ajuda a reforçar o mito em torno de Che, tornando-o muito mais do que realmente foi. E esse é grande segredo do marketing, muito mais importante do que a propaganda.

O marketing transformou um coadjuvante da revolução em rosto e imagem da mesma, no retrato magistral do fotógrafo Alberto Korda estampado em camisetas e tatuagens.

O coração e a alma estavam em Fidel Castro, Raul Castro e o núcleo central do comando da revolução. Mas a imagem é a do médico argentino agregado ao comando da revolução, que teve pífio como ministro e gestor em Cuba e que acabou fracassando nas campanhas revolucionárias do Congo e da Bolívia - isso para não mencionar outros atos desabonadores.

Che Guevara é a prova definitiva de que o marketing funciona. Independente de suas convicções políticas e ideológicas, o fato é que a trajetória do coadjuvante se tornou maior do que a própria revolução cubana e deu esperança de mudanças a pelo menos duas gerações. Negar a sua importância história é brigar com s fatos e com a história.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Chickenfoot e o melhor do rock em 2009


Chickenfoot é um grupo de hard rock que reúne dois ex-integrantes Van Halen - o voclaista Sammy Hagar e o baixista Michael Anthony - , o guitarrista Joe Satriani e o baterista Chad Smith, ainda no Red Hot Chili Peppers. Seu disco de estréia, auto-intitulado, está vendendo horrores e já é um dos melhores lançamentos do ano.


SOAP ON A ROPE



BAD MOTOR SCOOTER - LIVE IN VANCOUVER 2009


HIGHWAY STAR - LIVE AT THE ROXY 2009



LEARNING TO FALL



GET IT UP


SEXY LITTLE THING

Bandeiras vermelhas e papais noéis


O encontro de bons amigos em um bar diferenciado e frequentado por intelectuais da região central de São Bernardo terminou mal. Discussão, gritos, ofensas, indiscrições e pelo menos uma amizade abalada.A brincadeira não foi inocente.

Apesar do elevado número de cervejas importadas na mesa, o nível de embriaguez não poderia ser usado como desculpa para o que foi dito. A intenção era mesmo alfinetar, machucar, cutucar, ferir, como um desabafo, ainda que tardio.

Era a enésima vez que os quatro amigos discutiam a respeito da evaporação da militância petista e de outros partidos de esquerda. As discussões eram frequentes, nunca tinham conclusão, só desilusão.

Só que, desta vez, terminou em briga e mais amargura. Tudo porque o mais velho e mais sarcástico ousou ironizar a falta de pegada e de interesse daquilo que um dia foi a militância que carregou o partido nas costas. “Militante petista que tremula bandeira hoje não o faz por menos de R$ 50 por dia. Estão cobrando mais do que os papais noéis da (rua) Marechal (Deodoro).”

O tom sempre foi duro e cruel. Os dois mais velhos bradavam contra a escolha pessoal do presidente Lula do candidato a presidente em 2010. Dilma Roussef tem a oposição de certa parcela petistas que tolera a submissão do partido ao Palácio do Planalto em todo e qualquer assunto.

Os dois mais novos reclamavam da falta de visão e do saudosismo de um partido que não existe mais, de um tempo que não volta mais. Foram bruscamente interrompidos por um palavrão: “Mensalão não dá!”

A conversa acabou. Um dos mais novos se levantou, falou um palavrão de verdade e foi embora. Sem pagar. O outro mais novo ficou bravo, foi se refugiar no balcão e choramingar para o barman.

O dois mais velhos, em vez de sorrir por mais uma vitória conceitual sobre o que pode ser chamado hoje de juventude petista, olhavam fixamente para as garrafas de cerveja com desalento.

Um murmurou: “Por que é que nos tornamos nisso? Será que vamos nos tornar vazios e pragmáticos que nem esses caras?”

Dois minutos depois de um silêncio ensurdecedor, o outro responde: “Lula disse outro dia que a imprensa não tem que investigar, só noticiar. Será que ele toparia esse esquema 15 anos atrás, quando a imprensa investigou e expôs a podridão dos anos FHC?”

Mais dez minutos de silêncio ensurdecedor, e o mais bêbado falou: “Tem salvação? Será que conseguiremos resgatar ao menos a dignidade de quem lutou por 29 anos por este partido?”

O outro não respondeu. Mas eu gostaria de ter retrucado: “É possível, ainda dá tempo, mas o tempo está acabando. E bastante rápido.”
Diploma para jornalista: restaurando a justiça



Em meio a vários oceanos de lama que assolam Executivos e Legislativos pelo Brasil, um erro está aos poucos sendo consertado no Congresso Nacional. Tanto a Câmara como o Senado já aprovaram PEC (Propostas de Emenda Constitucional) ressuscitando a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo.

O STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou neste ano a obrigatoriedade do diploma para a profissão. em uma decisão contestada pela categoria e comemorada pelos meios de comunicação e por uma série de obtusos e equivocados que nada entendem de imprensa.

Se a obrigatoriedade voltar, ganham todos, na minha opinião: jornalistas, leitores, anunciantes e o mercado como um todo;

Reproduzo aqui texto do site Comunique-se a respeito do tema.

PEC do diploma é aprovada em comissão do Senado

Da Redação

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira (02/12), a Proposta de Emenda à Constituição 33/2009, que restitui a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. O projeto segue para o plenário da Casa, onde será votado em dois turnos.

Durante a reunião, os senadores expuseram seus pontos de vista sobre a matéria. O presidente da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), foi a principal voz contrária à aprovação. Em sua opinião, a decisão do Supremo Tribunal Federal foi acertada e qualquer tentativa de regulamentar a profissão seria novamente derrubada.

Entretanto, a PEC foi aprovada pela ampla maioria dos membros da comissão. Apenas Demóstenes e seu companheiro de partido Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) votaram contra a aprovação.

De acordo com o autor da PEC, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), a exigência do diploma garante a proteção dos jornalistas.

“Infelizmente, da forma como está hoje, um empresário de comunicação pode dizer o seguinte: ‘meu amigo, você está exigindo um salário muito alto. Então vou chamar o fulano, que tem o segundo grau, e vou pagar a metade do que você está ganhando’”, disse Valadares.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo, acompanhou a votação e ficou satisfeito com o resultado. “Não existe conflito entre diploma e o livre exercício de expressão. Agora temos um atestado do Senado”.

Apesar da aprovação, a mobilização continua e a entidade busca um consenso com as organizações patronais. De acordo com Murillo, a Fenaj, junto com a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), “pode buscar uma solução que contemple a regulamentação e garanta a liberdade de expressão”.

“Não estamos atrás de enfrentamento, só não vamos aceitar que a profissão seja desregulamentada”, afirmou.
Mundo melhor sem muros


Volker é um alemão bonachão e quase transparente de tão branco. Tem pouco mais de 50 anos e está no Brasil desde 1998. Especialista em comércio exterior, fala cinco línguas, tem um bar em Blumenau (SC) e é representante de uma importadora de bebidas da Alemanha.

Ex-jogador de futebol, atuou pelo Magdebourg, time da cidade de mesmo nome e que foi um dos mais importantes da extinta Alemanha Oriental. Segundo ele, era um volante esforçado, mas sem a menor técnica. Abandonou logo o time de sua cidade natal e se dedicou à universidade.

Volker não pensou duas vezes quando o Muro de Berlim caiu em novembro de 1989. Dois meses depois, já estava morando em uma pensão em Frankfurt, na antiga Alemanha Ocidental e se transformou em um promissor e bem-sucedido executivo de empresas do ramo de bebidas.

Já o Magdebourg, campeão da Recopa Europeia de 1974, três vezes campeão da Alemanha Oriental e sete vezes campeão da Copa da Alemanha Oriental, submergiu nas divisões inferiores do então novo futebol da Alemanha unificada, incapaz de se adaptar à modernidade do mundo pós-comunista.

As duas trajetórias definem bem o que significou para as pessoas, no mundo real, a queda do Muro de Berlim e o fim da utopia comunista, ou melhor, o fim do comunismo real, aquele que tentou ser implantado à força após a Segunda Guerra Mundial.

A opressão dos regimes totalitários do Leste Europeu explodiu em novembro de 1989, provocando um êxodo raramente visto na história da humanidade em direção ao Ocidente.

Ao mesmo tempo, as instituições podres que foram solapadas pelos regimes autoritários daquela região da Europa ruíram e submergiram, como o time de futebol do Magdebourg, e ainda correm atrás do tempo perdido para ao menos diminuir os milhares de anos-luz que as separam do mundo moderno.

Alguns dos historiadores mais importantes do nosso tempo acreditam que a queda do muro é um evento tão importante quanto a queda de Constantinopla, dominada pelos turcos otomanos em 1453, fato que colocou um fim à Idade Média.

Não chega a ser o fim da história, como cravou o pensador norte-americano Francis Fukuyama nos anos 90, mas com certeza tem o peso de ter encerrado uma era da história humana.

O fim do Muro de Berlim deixou o mundo melhor, mais livre, com perspectivas econômicas mais claras e promissoras. Expandiu a democracia e reforçou a tese de que o totalitarismo é danoso ao ser humano.

Pena que o fantasma ainda assombre por aí, especialmente na América Latina, onde existe muita gente com saudade enorme do muro.
Pedaladas imprudentes


O sábado 7 de novembro parecia um feriado na Grande São Paulo. O calor era desértico e desumano e havia poucos seres humanos nas ruas dispostos a enfrentar a temperatura infernal.

Um destes poucos seres era um ciclista de camiseta regata azul e bermuda branca, pedalando um modelo antigo, detonado e descascado, exalando imprudência e arrogância.

Ignorou solenemente o semáforo fechado na rua Catequese, em Santo André: avançou em plena contramão como que desdenhando do movimentado cruzamento com a rua das Figueiras.

O primeiro automóvel que descia a Figueiras, na faixa da direita, conseguiu frear e desviar. O segundo, que estava na faixa central, não teve tempo. Colidiu com a bicicleta e atirou seu condutor a quase 30 metros de distância. Desacordado, tinha as duas pernas fraturadas e sangue por todo o rosto.

O condutor do automóvel estava em pânico, um rapaz de 30 anos vestido com camisa social e calça preta impecável. Ia a um culto em uma igreja evangélica nas redondezas.

Logo ele foi consolado por pelo menos cinco pessoas, enquanto um carro de resgate dos Bombeiros lavava o ciclista ferido ao Hospital Municipal. As cinco pessoas se prontificaram em eventualmente a testemunhar a favor do motorista, fornecendo nome, telefone de contato e endereço.

Esse motorista teve sorte de ao menos encontrar gente honesta e com discernimento, que claramente entendeu a responsabilidade do ciclista no acidente. Quase nunca isso acontece. Quase sempre a praga do politicamente correto prevalece e os condutores de automóveis são acusados, satanizados e quando não linchados - sejam culpados ou não.

O fato é que, se o Brasil ignora a necessidade de incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo e a necessidade de construção de ciclovias, também é verdade que os ciclistas desrespeitam deliberadamente as leis de trânsito e se julgam no direito de se arriscar perigosamente no pesado trânsito das grandes regiões metropolitanas.

Ciclistas pedalam sem constrangimento e sem vergonha pelas calçadas, andam na contramão, ignoram semáforos e faixas de pedestres.

Como bicicletas são veículos que não possuem registros nem placas de identificação, seus condutores cometem todo tipo de abuso e de delito e ficam impunes.

Exigem respeito e querem que seus direitos sejam respeitados. Mas se ofendem quando são cobrados quando desrespeitam as leis de trânsito e a boa educação da vida em sociedade. Continuarão a ser massacrados no trânsito pesado. Não tentei e não tentarei mas, por mais que tentasse, não conseguiria ter penas deles.
Paraíso oficial dos criminosos internacionais


O país do mensalão, das obras superfaturadas e dos escândalos dos presidentes das Casas do poder legislativo - aliados do governo federal, é bom frisar - sempre recebeu de braços abertos criminosos de todas as praças e de todos os calibres.

Passaram e viveram por aqui desde os folclóricos, como o inglês Ronald Biggs, famoso por assaltar um trem pagador na Inglaterra em 1963; os perigosos e assassinos, como o traficante colombiano Abadía; mafiososo importantes, como o italiano Tommaso Buschetta; e também traficantes árabes de armas, chefões do crime organizado da Rússia e da China.

Então por que a gritariam em torno de Cesare Battisti, assassino e terrorista italiano, “suposto” ativista político? Seria só mais um na galeria de criminosos famosos e notórios a viver no Brasil.

Ok, o caso do terorrista tem peculiaridades: ele é terrorista - parece ser até agora o único desta laia a ter a cara de pau de pedir asilo ou refúgio político no Brasil; conta a simpatia e a “proteção oficial” do Estado, a julgar pela estapafúrdia decisão do ministro (???) da Justiça, o nenhum pouco comptente Tarso Genro; apesar das seguinsdas condenações por assassinato em dois países - Itália e França - insiste e se dizer inocente e “perseguido político” (o pior é que tem gente que cai nessa esparela, muitos de forma ingênua, mas mas a maioria de forma ideológica e deliberada).

O STF (Supremo Tribunal Federal) vinha progressivamente perdendo credibilidade por conta de inúmeras decisões equivocadas e assustadoras, é só verificar que ainda não tomou providências em relação ao caso da censura ao jornal O Estado de S. Paulo, proibido de noticiar negociatas do filho de José Sarney. Agora deliberadamente se omite no caso Battisti, mesmo votando pela extradição, mas deixando a decisão para o presidente Lula.

Se Lula permitir que o terrorista fique no Brasil , estará institucionalizando o país como o refúgio oficial de criminosos. Oficializará aquilo que já existe de fato, só que agora com a chancela e o apoio do governo federal. Será que teremos para isso uma versão do Bolsa Família para atrair seres desse tipo?
Articulações no submundo


Existe um quinto escalão do serviço público aparelhado, em todas as esferas, que ainda acredita que tem algum tipo de influência na sociedade e na vida cotidiana do Brasil. Parte dessa gente, que para mim não passa de seres inomináveis, está antecipando a campanha eleitoral presidencial de 2010 pregando a ruptura institucional.

O professor Flávio de Souza, que tem blog neste portal ABCD Maior, já tinha alertado recentemente sobre uma faixa no Paço Municipal de São Bernardo parabenizando o presidente Lula por qualquer coisa e e assinando algo como “Lula 2010″, sugerindo um terceiro mandato impossível para o presidente.

Esse assunto já está devidamente enterrado no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, por mais que ainda haja algum parlamentar puxa-saco que eventualmente faz esse tipo de pregação em algum boteco. No entanto, esse tema ainda domina conversas no submundo do funcionalismo aparelhado e nas esferas mais baixas e menos inteligentes do PT.

O quinto escalão aparelhado do funcionalismo tentou aplicar um golpe escuso na prova do Enade (Exame Nacional de Desempenho do Estudante), no último domingo, com perguntas cretinas e estúpidas, elaboradas de forma ideológica com o objetivo de glorificar o presidente. É claro que isso não passaria impune e acabou por constranger mais uma vez o governo federal.

Lula não precisa disso. Tem apoio popular maciço e está fazendo um governo até que razoável, apsar dos apagões, dos mensalões e da política externa estapafúrdia. Esse tipo de articulação no submundo não ajuda em nada, apenas expõe o medo do funcionalismo aparelhado de perder a sinecura em uma eventual mudança de governo.
As boas intenções e a realidade


Redução de jornada de trabalho aumenta o número de postos de trabalho? E a diminuição das horas extras? Terá o mesmo efeito? Ouço essa discussão há pelo menos 15 anos e as respostas são as mais variadas, e quase nunca objetivas.

O senso comum mostra que as respostas deveriam se basear na matemática: se as pessoas trabalham menos, é necessário mais gente para suprir as horas a serem trabalhadas com mais gente. O raciocínio é o mesmo para a questão das horas extras.

Entretanto, o mundo real não é cartesiano e direto como a matemática. A economia é igulamente traiçoeira, especialista em desmentir teses e teorias prontas. A realidade costuma driblar as boas intenções.

Nesta semana o Ministério Público de Minas Gerais entrou com uma reprsentação na Justiça mineira exigindo que a Fiat, que tem fábrica em Betim, diminua a exigência por horas extras e que, para suprir a demanda, contrate mais gente.

A intenção é louvável, mas a medida é estapafúrdia e complentamente sem sentido. Não cabe ao Ministério Público ou à Justiça determinas os rumos da economia. Devem, no máximo, coibir abusos e corrigir ilegalidades e descumprimento de lei.

Estabelecer o fim de horas extras por decreto não existe, é a melhor maneira de piorar as coisas. Além do mais, ninguém perguntou a quem faz hora extra o que acha disso. Acho que esse trabalhador não ficará feliz de perder renda extra.

Não bastase isso, uma pesquisa feita pelo Sebrae paulista indica que 70% dos micro e pequenos empresários não deverão aumentar seus quadros de funcionários na hipótese de a redução de jornada de trabalho for aprovada pelo Congresso Nacional - de 44 horas semanais para 40 horas.

Os empresários alegam que a redução da jornada de trabalho, em vez de aumentar vagas, vai causar retração no mercado e até demissões, já que o custo de um emprego formal aumentará.

Todos eles são unânimes: reduzir a quantidade de horas trabalhadas somente não basta para gerar emprego, ainnda mais se este fica mais caro. É necessário reduzir impostos, ou seja, tornar os custos do emprego formal mais baixos para que haja espaço para novas contratações. E infelizmente esse raciocínio faz sentido.

Relator da proposta de emenda constitucional da redução de jornada na Câmara dos Deputados, o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), informou que até o momento não há proposta de compensação tributária às micro e pequenas empresas apresentada para discussão.

Parece que mais uma vez a realidade ameaça pregar uma peça em todos nós.
Che e a imensa força do marketing


Marketing é uma das três áreas mais fascinantes das ciências humanas. Assim como a política, é uma ferramenta presente 24 hras por dia na vida das pessoas, qualquer pessoa - e frequentemente são pouquíssimos os que se dão conta disso.

Armei-me de fôlego e paciência para conseguir assistir as duas partes do filme “Che”, do ótimo cineasta Steven Soderberg e estrelado pelo igualmente ótimo Benicio Del Toro, ganhador do prêmio de melhor ator do Festival de Cannes pelo papel.

Esperava uma fita muito ruim, coalhada de clichês e ovações gratuitas ao personagem histórico. Surpreendi-me ao ver uma obra realtivamente equilirada e distanciada - até onde isso é possível em se tratando de Che Guvara, astro e rosro principal da Revolução Cubana de 1959.

Deliberadamente o roteiro e a direção evitam a polêmica e os temas mais pesados, de certa forma atenuam os fracassos políticos e militares - compreensíel, afinal esse não era o foco do filme, que merece ser visto pela qualidade da direção e pelo esmero da produção.

Assim como o que de melhor foi produzido em termos de biografias, o filme ajuda a reforçar o mito em torno de Che, tornando-o muito mais do que realmente foi. E esse é grande segredo do marketing, muito mais importante do que a propaganda.

O marketing transformou um coadjuvante da revolução em rosto e imagem da mesma, no retrato magistral do fotógrafo Alberto Korda estampado em camisetas e tatuagens.

O coração e a alma estavam em Fidel Castro, Raul Castro e o núcleo central do comando da revolução. Mas a imagem é a do médico argentino agregado ao comando da revolução, que teve pífio como ministro e gestor em Cuba e que acabou fracassando nas campanhas revolucionárias do Congo e da Bolívia - isso para não mencionar outros atos desabonadores.

Che Guevara é a prova definitiva de que o marketing funciona. Independente de suas convicções políticas e ideológicas, o fato é que a trajetória do coadjuvante se tornou maior do que a própria revolução cubana e deu esperança de mudanças a pelo menos duas gerações. Negar a sua importância história é brigar com s fatos e com a história.

quinta-feira, outubro 08, 2009

A boa intenção sucumbiu à picaretagem


Um cidadão muito bem vestido e com uma namorada linda pretendia assistir a um filme em uma sala de cinema em Santo André. Sem corar de vergonha, apresentou uma carteira de estudante na hora de pagar. Queria a meia entrada. A carteira era de um curso de MBA, que costuma custar de R$ 15 mil a R$ 25 mil.

Cumprindo a sua função, a funcionária exigiu o comprovante de matrícula. Deu-se mal. O cidadão bem vestido transformou-se em um animal, humilhou a funcionária e disse ser promotor público.

Gritou, esbravejou e ameaçou prender todo mundo. Depois de muita gritaria e briga, o gerente cedeu e vendeu a meia entrada. Isso ocorreu em janeiro deste ano.

Ainda no primeiro semestre, uma espectadora ganhou na Justiça um processo contra uma empresa que promove shows por não conseguir comprar um ingresso pela metade do preço, mesmo sendo estudante e apresentando a carteirinha.

O artigo 2º da lei municipal nº 11.355/93 limita a 30% do total a carga destinada a estudantes em qualquer espetáculo.

Inconformada, a estudante comprou o ingresso inteiro, mas decidiu processar a empresa promotora pela limitação da carga de ingressos para estudantes, alegando a inconstitucionalidade da lei municipal. A garota ganhou em duas instâncias o direito de ser indenizada.

Os dois casos ilustram a dificuldade de aplicar e fiscalizar a lei da meia entrada. O espírito da lei é válido, mas foi corrompido. A medida foi elaborada com a melhor das intenções, como uma forma de facilitar o acesso à cultura aos estudantes carentes e estimulá-los a procurar os espetáculos e ir a museus, por exemplo.

Só que faltou cuidado na elaboração da lei, em todas as suas versões pelo país afora. Em nome de uma oportunista “igualdade”, o mesmo estudante carente que sempre esteve excluído do acesso à cultura é equiparado ao aluno abonado de colégios e faculdades particulares, que pagam mensalidades superiores a R$ 1 mil – e parte deles provavelmente gasta R$ 500 em qualquer balada por aí.

A lei tem de ser revista de forma urgente em todo país, com a consequente redução da emissão de carteiras e do estabelecimento de critérios muito mais rígidos sobre quem tem direito e quem não tem, levando-se em conta a situação financeira e a idade do estudante.

A lei penaliza o resto da população, já que os ingressos “normais” praticamente dobram de preço em alguns espetáculos para cobrir o rombo causado pela disseminação da meia entrada picareta – atitude que não pode ser condenada, infelizmente. Do jeito que é aplicada hoje, de forma equivocada, torna-se inaceitável.

domingo, outubro 04, 2009

O sonho da imunidade contra qualquer crítica


A tropa de choque que tenta defender Lula, o governo Lula e o petismo em geral por aí acha que está ajudando, mas só torna patética qualquer iniciativa nesse sentido. Criar um clima de arquibancada nas discussões analíticas sobre o legado do lulismo só serve de munição para os adversários, que andam em baixa neste segundo mandato.

Dividir o Brasil entre os contra e os favoráveis a Lula, como tenho visto ultimamente, é de uma pobreza de espírito e de uma indigência intelectual que chega a ofender.

Os supostos defensores do governo Lula são paranoicos, enxergam conspirações atrás de cada poste e não suportam ler ou ouvir críticas, sejam elas quais forem.

Alguém deve ter falado, de brincadeira, que Lula tinha ganho imunidade contra qualquer tipo de crítica, e tem gente que acreditou.

O mais estapafúrdio é que a pífia tropa de choque do governo Lula toma como ofensas pessoais ao presidente a enxurrada de críticas que a candidatura vitoriosa do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos de 2016 vem recebendo. Críticas e reclamações que estão sendo feitas desde 2000, quando a cidade quis sediar a Olimpíada de 2004, 2008, 2012…

As bobagens da tropa de choque, na maioria das vezes, encobrem os bons argumentos de gente qualificada na imprensa e na blogosfera que apoia o governo federal. Eu sei que é difícil, inteligência não se acha na esquina, mas esse pessoal precisa, ao menos, se esforçar em pensar.

Decepções do fim de semana


Responsabilidade fiscal parece não ser um conceito muito difundido no Ministério da Fazenda. A troca de críticas entre o ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, só demonstra claramente que o primeiro não tem condições de permanecer no cargo. Na verdade, nunca deveria nem passar perto do ministério.

Meirelles, com toda a razão, alerta para o crescente aumento dos gastos públicos, fato que tem impacto direto na inflação. Mantega estrilou.

O relatório de inflação do Banco Central, publicado na quinta-feira da semana passada, chamava a atenção para o aumento de gastos de custeio, especialmente para aquelas despesas dificilmente redutíveis, de acordo com os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.

O texto menciona o problema da rigidez do orçamento. Isso contribuiu para alimentar discussão sobre o risco de pressões inflacionárias causadas pelo gasto público crescente.

Segundo relato do jornal Folha de S.Paulo, Henrique Meirelles, teria dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pode ser necessário elevar os juros antes do início do ano que vem.

Quem diria que sentiríamos saudades de Antonio Palocci no Ministério da Fazenda.


Contra todos os prognósticos, o Rio de Janeiro sediará a Olimpíada de 2016. Algumas estimativas sugerem que os gastos para receber o evento ficarão entre US$ 9 bilhões e US$ 14 bilhões.

Como se o Brasil pudesse dispor desse dinheiro para organizar um evento dispensável, caro e que dá prejuízo. O retorno não vale o investimento, como aconteceu com Montreal (Canadá, 1976), Atlanta (EUA, 1996) e Atenas (Grécia, 2000). Não foi à toa que a rejeição da população de Chicago foi grande, fato antes impensável em relação a uma finalista.

Assim como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada do Rio é apenas um factóide, mas um factóide trágico, pois será uma farra de gasto público e uma festa para os corruptos que atuam livremente no Brasil, sem ser incomodados.

O Rio de Janeiro é uma das cidades mais violentas do mundo e dominada pelo crime organizado. A ausência do Estado é tamanha que prefeitura e governo estadual só conseguem governar Copacabana.

A escolha do Rio como sede da Olimpíada é uma irresponsabilidade internacional, assim como a decisão de se candidatar foi uma irresponsabilidade. Só vai servir de instrumento eleitoreiro a partir de 2010.


É incrível como tem gente que ainda dá espaço para pseudo-intelectuais ressentidos, rancorosos e paranoicos que adoram enxergar conspirações midiáticas contra os “amigos”, especialmente se esses “amigos” estão no poder. Menos mal que atualmente há cada vez menos espaço para esse tipo de gente escrever besteira.
O conhecimento jogado no lixo - parte 2


O valor que damos ao conhecimento será a referência que teremos para saber que tipo de futuro teremos. E que tipo de sociedade teremos. Sábias palavras do professor Péricles Eugênio da Silva Ramos, brilhante intelectual que deu aulas por muitos anos na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, de São Paulo.

O desprezo pela comunicação e pela informação qualificada terá impacto direto nas próximas gerações. E não é um fenômeno exclusivo do Brasil ou do Estado de São Paulo. O europeus já detectaram a gravidade do problema.

A preocupação ganhou as páginas do jornal espanhol El País, em um artigo do escritor Rafael Argullol – e que mereceu citação também na coluna de Clóvis Rossi, na Folha de S. Paulo, no dia 8 de setembro.

Argullol reclama que os professores universitários das melhores faculdades da Espanha estão se aposentando precocemente por conta do “desinteresse intelectual da grande maioria dos alunos e pela asfixia burocrática da vida universitária”.

Cenário parecido já pode ser observado na USP, em seu campus principal, em São Paulo. Não são poucos os professores que reclamam da progressiva falta de interesse dos alunos, nos objetivos pouco edificantes de quem apenas busca um certificado e mais nada.

Argullol foi mais além. Afirma que os professores se sentem ofendidos com o desinteresse e que os identificavam como o grupo social com menos interesse cultural na sociedade.

O que explicaria, de certa forma, que “não lessem a imprensa escrita, a menos que fosse de graça, e que não buscassem livros fora das bibliografias oficiais ou não frequentassem conferências que não rendessem créditos para a aprovação”.

A opção pela ignorância está ganhando espaço em nossa sociedade e isso parece não constranger ninguém. Está passando despercebido por nossos gestores e nossos administradores.

E não é necessário fazer um estudo aprofundado sobre o assunto. É só tentar assistir a uma aula em uma faculdade privada qualquer na Grande São Paulo ou tentar acompanhar uma entrevista de emprego em uma empresa ou agência de empregos. O nível rasteiro é assustador.

Desvalorizar o conhecimento e a informação é a melhor forma de abortar o futuro – qualquer futuro.
Comentários esparsos



Meia hora debaixo de um sol chato para ir do km 18 da via Anchieta, em São Bernardo, até o km 10, o início do trecho urbano paulistano da mesma estrada, às 14h de uma quinta-feira. Nas últimas duas semanas, essa situação foi constante a partir das 13h. Pela manhã, entre 7h e 11h, o mesmo trecho às vezes demora mais de 40 minutos para ser percorrido.

O tráfego indecente e insano ameaça transformar a via Anchieta e até a via Imigrantes em imensas avendias 23 de Maio, que liga o centro de São Paulo à zona sul: filas imensas e inertes de veículos em congestionamentos intermináveis - é bom lembrar que isso jpa acontece na via Dutra pela manhã, na chegada a São Paulo.

Essa é só mais uma face do indecente descaso com a infraestrutura nos governos do PMDB e PSDB desde 1982, ano em que André Montoro assumiu o Palácio dos Bandeirantes.

Se houve investimento em estradas como a Bandeirantes, Ayrton Senna, Carvalho Pinto e a sgunda pista da Imigrantes, houve omissão criminosa em relação à pífia extensão do metrô paulistano e à inexistência até hoje de um rodoanel rodoviário. Já passou da hora de o povo expulsar os tucanos encastelados no Palácio dos Bandeirantes.


O cancelamento do Enem por suspeita de fraude evidencia duas coisas. A primeira é que, por mais que haja sigilo sobre provas de concursos públicos diversos, por mais que sejam bem feitos e haja transparência, sempre há a possibilidade de vazamentos, justamente porque não se pode ter evitar que um vagabundo com acesso ao material roube e tente ganhar dinheiro com a “informação privilegiada”.

A segunda coisa que merece destaque é o estupendo trabalho de reportagem realizado pelos jornalistas do jornal O Estado de S. Paulo. Conseguiram uma informação exclusiva que provocou o cancelamento do maior aparato de avaliação já realizado no Brasil.

E tem gente bque ainda diz que o jornal impresso está acabado. Em diferentes estágios, a grande imprensa esbanja vitalidade, para desespero dos coitados que anseiam por um Estado autoritário, partido único e censura à imprensa.

É verdade que ainda ocorrem erros imperdoáveis - assim como nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra. Mas os grandes jornais mostram que estão fortes, para o bem da nação. E mesmo que não estivessem, é preferível uma imprensa ruim a nenhuma imprensa ou uma imprensa amordaçada e tutelada por um Estado autoritário.


Outro dia li em um vidro traseiro de um veículo em Santo André: “Motoqueiro no chão, vitória da civilização”. Por mais engraçado que seja, e por mais espírito de porco que seja o autor, não dá para ao menos refletir sobre isso.

Os motoqueiros, principalmente os motoboys, fazem questão de desrespeitar todas as regras de trânsito e de hostilizar quem “obstrui o seu caminho”. O mesmo comportamento tem a molecada descerebrada que adora apostar corridas e “empinar” suas 125 cc em avenidas movimentadas.

Diante dos inúmeros absurdos diários cometidos pelos motociclistas, não consigo sentir pena daqueles que vejo caídos pelas ruas em consequência de acidentes.
A minha democracia é melhor do que a dos outros


A minha democracia é melhor que a dos outros, já dizia, de forma jocosa, um importante sindilicalista do ABC que alcançou fama nacional. Uso a mesma frase para qualificar a forma como está sendo discutida a trapalhada absurda em que a diplomacia brasileira se meteu - de forma involuntária ou não.

O que mais vemos são palpites, meros palpites, mesmo nos grandes jornais. Só dá palpiteiro em todos os lugares, especialmente aqueles que se julgam radicais de esquerda, mas que não passam de revoltadinhos de boteco e de centro acadêmico.

Se o presidente é supostamente de “esquerda” e é tirado do poder, mesmo que tenha violado a lei e a constituição, então é vítima de golpe.

Se o presidente supostamente é de direita e cai, não se fez mais do que Justiça, com a “vitória das forças democráticas e populares” restabelecendo a ordem. Curioso - e ridículo - esse tipo de comportamento.

Manoel Zelaya, o presidente deposto, foi ou não vítima de um golpe? Quem o apeou do poder é ou não golpista, mesmo que a Constituição hondurenha permita que a Suprema Corte (o STF de lá) intervenha quando o presidente da República subverte a ordem e atropela as regras democráticas?

Isso tudo não tem a menor importância para nós, brasileiros. Honduras é um país insignificante internacionalmente, uma republiqueta de banana, como está demonstrado. E o caso está tendo a devida repercussão na imprensa brasileira: crítica, mas beirando a galhofa.

Levar a sério o que ocorre em Honduras é só reforçar o terdceiromundismo de uma diplomacia perdida e incompetente, que leva rasteiras seguidas de Morales e Correias da vida.

Todo golpe de Estado tem de ser condenado e execrado, onde quer que aconteça. O mesmo precisa ser aplicado quando a democracia corre perigo e as leis são atropeladas.

Parece ser o caso de Zelaya, como foi comChávez, Morales, Ortega e Correia, loucos para se eternizarem no poder usando as “regras” da democracia para isso. Assim como no futebol, não existem mais bobos no mundo. Uma hora alguém reage.
O conhecimento jogado no lixo - parte 1


Qual é o valor do conhecimento? A pergunta anda frequentando os horários comerciais de televisão em campanha publicitária do jornal O Estado de S. Paulo. É uma questão pertinente, que está no centro da discussão sobre a sobrevivência dos veículos de comunicação impressa e o futuro das mídias eletrônicas.

A pergunta serviu de pretexto para pelo menos dois professores de duas faculdades e cursos distintos tentarem exercitar em seus alunos a curiosidade pela informação e pelo conhecimento em si. Uma das faculdades, de direito, fica em São Paulo. A outra, de jornalismo, no ABCD. As duas instituições são privadas.

Como aulas, as experiências foram ótimas, os debates foram intensos e pelo menos forçou os alunos a pesquisar um pouco antes de partir para a discussão em si. Os resultados, entretanto, foram desapontadores e preocupantes: predominaram os palpites estapafúrdios, a completa confusão de conceitos e a total falta de informação.

Esse comportamento está disseminado pela maioria das instituições de ensino superior paulistas, e tudo leva a crer que o mesmo quadro se repete no ensino médio. A desvalorização do conhecimento e da informação cresce na proporção inversa da proliferação indiscriminada de faculdades pelo país.

A chamada universalização do ensino superior, que começou no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso – e que privilegia a quantidade em detrimento da qualidade – foi reforçada no governo Lula.

A frouxa fiscalização do Ministério da Educação estimulou a criação de cursos de fundo de quintal e produziu uma situação bizarra: a explosão de cursos superiores esbarrou nos próprios critérios de aprovação do ministério.

O resultado é que milhares desses cursos desqualificados acabam não sendo reconhecidos, que leva outros milhares de estudantes a terem um diploma que vale menos do que nada. São consumidores lesados que devem processar não só a faculdade de fundo de quintal, mas também o governo federal, que permitiu o surgimento de tais arapucas.

A proliferação indiscriminada dessas instituições levam a crer que basta ter um diploma para “melhorar de vida”. O resultado é explosivo: milhões de recém-formados analfabetos, sem a menor condição de atuar em qualquer mercado de trabalho.
O Estado continua avançado em nossa vida e no nosso bolso


Não é de hoje que o Estado, nas três esferas, aumenta o intervencionismo na vida privada dos brasileiros. Os exemplos ocorrem aos montes. Primeiro foi a autoritária, desastrosa e inconstitucional lei paulistana que baniu cartazes, letreiros e outdoors, em um flagrante absurdo. Depois veio o governo do Estado de São Paulo determinando onde e quando as pessoas podem fumar, se é que podem fumar.

Na esfera federal, o governo estende seus tentáculos agora no pré-sal, com o argumento discutível de que se trata de reserva estratégica. Aproveita o mesmo argumento e aparelha a Petrobrás com apaniguados incompetentes, fruto de indicações políticas, que em breve, certamente, comprometerão o bom desempenho empresiarial e industrial da multinacional.

Por fim, o mesmo governo federal, por meio de ministros mal intencionados e deputados federais loucos para agradar o Palácio do Planalto, começam a invetar projetos para aumentar a já intolerável carga tributária que pesa nos ombros do brasileiro. Uma carga tributária de níveis escandinavos para uma pretsação de serviços digna de países paupérrimos como Ruanda e Haiti.

O Estado é a raiz da organização da sociedade moderna, não só em termos de gerenciamento de máquina pública, mas como indutor (e não condutor) do desenvolvimento econômico e social.

Mas o que vimos desde sempre no Brasil, começando com Getúlio Vargas, passando por Juscelino Kubitschek, pelos nefastos governos militares, por Sarney, Collor e FHC, é um Estado voraz, pesado e vampiresco, louco para interferir cada vez mais na vida privada, na sociedade privada, no mundo privado.

Com juros altíssimos e carga tributária proibitiva para novos e velhos investimentos, ainda há quem defenda mais impostos. Qual a finalidade? Aparelhar ainda mais a máquina pública, nos três níveis?

Governo não gera riqueza e frequentemente gerencia pessimamente os recursos - o caso do Brasil é emblemático neste tópico, seja em governos do PT, PSDB, MDB, Arena ou militar.

Comendo 40% de toda a riqueza produzida pelos brasileiros, o Estado brasileiro mantém o Legislativo inchado, a saúde cada vez pior, a educação permanece mais e mais sucateada e a infraestrutura esfarela a olhos vistos - é só passear pelas “estradas” mineiras, baianasm goianas, pernambucanas, matogrossenses…

Para que então mais impostos, se o Estado, em suas várias encarnações políticas, joga dinheiro fora ou joga no colo da corrupção. Menos Estado, menos imposto, e já.
Trapalhada hondurenha humilha o Brasil


De forma involuntária, e sem que o governo Lula tivesse o controle da situação, o ex-presidente de Honduras Manoel Zelaya ajudou a colocar mais terra na sepultura da equivocada política externa terceiromundista brasileira.

E não se trata apenas de uma simples discussão de arquibancada, de quem é conmtra ou a favor. É tãosomente a constatação de que a política externa brasileira é nula, pífia, insignificante, que é incapaz de se precaver das ações de um lunático como Zelaya.

E que tem a capacidade suprema de se tornar refém de pseudo-ditadores de republiquetas de banana, como Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) - sem falar nas inúmeras concessões à Argentina do casal populista Kirchner sem ao menos dicutir o mérito das questões.

Por tudo isso, fica cada vez mais patética as tentativas frutradas (ignoradas pelo mundo) de tornar o Brasil um “líder político” mundial, como reivindicar uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU.

As bobagens e trapalhadas em relação aos problemas dos vizinhos só reforçam a tese de que a política externa do Brasil está esquivocada ao privilegiar nações terceiromundistas insignificantes.

Se quer mesmo ter algum tipo de influência e liderança, o Brasil precisa se voltar para o mundo desenvolvido, incrementar cada vez mais sua economia, que é forte, e mostrar que tem como peitar as nações ricas em discussões relevantes, como as questões de subsídios agrícolas no mundo e a questão ambiental.

Entretanto, o fato de Zelaya ser lunático e de ter exposto a política externa brasileira mais uma vez ao rid[iculo, uma coisa precisa ser ficar muito clara: sua deposição do governo hondurenho foi abjeta, absurda e inaceitável.

Provocado pelor Antonio Sena, essa questão é fundamental para qualquer debate a respeito da democracia no continente. A democracia é a melhor das formas de governo, entre outras coisas, porque permite contradições.

Permite que projetos políticos consigam, por meio do voto, chegar ao poder e acabar com a própria democracia.

O caso de Honduras é complexo e remete ao que ocorreu na Venezuela, na Bolívia, que pode ocorrer no Equador e também na Colômbia: caudilhos tentam se eternizar no poder.

Em Honduras a situação é indecente porque houve golpe de Estado e golpe contra a democracia. Por mais que o jeitão político de Zelaya seja desprezível, apoiar golpe de qualquer tipo é execrável. Democracia acima de tudo.

Por outro lado, é mais do que preocupante essa tendência de eternização no poder. O que ocorre na América Latina é a implantação de ditaduras plebiscitárias e personalistas usando a democracia como instrumento. Chávez, Morales e Correa se enquadram nessa tendência. Essa tendência precisa ser contida.

Por exemplo, o governo Chávez está levando a Venezuela ao buraco, mas assim mesmo, mesmo que ele tenha provocado algumas rupturas institucionais, apoiar um golpe contra ele é algo inaceitável.

Os próprios venezuelanos precisam entender os riscos sérios de destruição do país. Se for o caso, que Chávez seja apeado do poder pelo voto, e não por com a ajuda de interferências externas - o que não significa que as provocações dele e de seus fantoches da Bolívia e do Equador não tenham de ser respondidas à altura, coisa que infelizmente o Itamaraty se recusa a fazer.

terça-feira, setembro 29, 2009

Crime contra o futebol



do blog do jornalista Paulo Calçade



Sucesso ameaçado



O sistema de pontos corridos continua incomodando muita gente.

Notícia estarrecedora no ‘Painel’ da Folha revela que foi apresentado aos clubes um projeto para reformular o Campeonato Brasileiro. Mais uma vez.

É o fantasma do retrocesso. Veja a nota da Folha:

Nova propostaSão inúmeras as vantagens do sistema de pontos corridos:

1- Todos as equipes participantes iniciam e terminam a disputa na mesma data. Vital para a "venda" das propriedades dos clubes, como patrocínios de camisa, calções, placas... É preciso entregar ao comprador um cenário estável no ambiente dos negócios.

2- O sistema atual obriga, força, determina, impõe que os clubes procurem se organizar durante toda a temporada. Faz com que o planejamento se transforme na essência do departamento de futebol. Fundamental para o futebol no país. Com mais clubes nesse caminho, teremos campeonatos melhores. Nivelados por cima.
 
3- No mata-mata não existe planejamento. Mas funciona bem em outros torneios, como Libertadores, Copa do Brasil e Uefa Champions League. Nunca para um campeonato nacional, que deve ser a base do calendário.

4- No mata-mata é possível chegar a outubro com perspectiva de classificação para a fase decisiva. Aparentemente isso motiva mais o campeonato. Trata-se de um grande engano, pois retarda algumas decisões importantes na montagem das equipes. Induz ao erro, a uma "emocionante" disputa pela oitava vaga, por exemplo. Na classificação atual, até o Cruzeiro estaria brigando por uma vaga, com 35 pontos, na 13ª posição.

5- Quem vendeu jogadores e trabalhou mal na reconstrução da equipe estaria na mesma situação daqueles que fizeram milagres para manter seus jogadores. Competentes e incompetentes no mesmo nível.

6- Quanto pior o cenário, quanto mais bagunçado o campeonato e seus clubes, maior será a dependência do dinheiro da televisão. Clubes sólidos e organizados têm mais condições de discutir a estrutura do futebol brasileiro. Veja o caso do Internacional, que hoje arrecada mais dinheiro com seus sócios do que com a televisão. Esse tipo de instituição não interessa para quem tem o poder.

7- A televisão deve ser cliente do futebol e não sua gestora.

8- Não entre nessa de mata-mata. Até os infindáveis erros de arbitragem serão piores, pois não há chance de recuperação na tabela, diferentemente dos pontos corridos.

A Globo Esporte, braço da emissora que cuida de eventos esportivos, enviou proposta aos clubes para alterar o formato do Brasileiro. Sugere a volta do sistema de mata-matas, com duas vagas na Libertadores para os dois primeiros na fase de classificação e outras duas para o campeão e o vice. Caso se repitam, elas seriam dos semifinalistas. A Globo também sugere uma inversão na janela de transferência. Quatro semanas em janeiro e 12 entre junho e agosto, o que permitiria a jogadores repatriados atuar já no mês de junho.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Curiosidades roqueiras: astros que quase cantaram em outras bandas


do Poeira Zine



1 – Robert Plant (The Who)

O futuro vocalista do Led topou com o Who em 1965, numa curta e obscura época em que Roger Daltrey havia sido demitido da banda. Num show de ‘aquecimento’, Pete Townshend estava cuidando dos vocais e Plant estava na platéia. No final do desastroso concerto, Plant se ofereceu para ser o novo vocalista do grupo. Townshend levou como ofensa – na sua cabeça - se Plant tinha se oferecido é porque na certa não aprovou o guitarrista nos vocais. Nunca rolou uma audição propriamente dita já que uma semana depois Daltrey estava de volta.

2 – Stephen Stills (The Monkees)

A banda recrutou músicos para uma participação na sua série televisiva. Um desses músicos foi exatamente Stephen Stills, reprovado por ter um dente podre.

3 – Elton John (Spencer Davis Group)

O jovem tecladista e vocalista Reg Dwight, como era conhecido na época, queria arrematar a vaga deixada por Steve Winwood, que tinha se mandado para fundar o Traffic. Não colou. Sua voz não agradou Spencer Davis.

4 - Elton John (King Crimson)

Frustrado com sua audição para o Spencer Davis Group, Reg Dwight ataca novamente, dessa vez em janeiro de 1969, buscando uma vaga de vocalista do King Crimson. Novamente foi reprovado.



5 – Mitch Mitchell (Emerson Lake & Palmer)

Com o pau comendo solto no Experience, Mitchell se animou para tocar no novo super-grupo que Keith Emerson e Greg Lake estavam montando. O batera também achou que convenceria Hendrix a participar do projeto, no entanto, Carl Palmer assumiu o posto deixando Mitchell desolado.

6 – Phil Collins (Vinegar Joe / Manfred Mann’s Earth Band)

Collins tinha sido ator na infância e tentava a todo custo ganhar a vida como baterista. Fez teste para a banda de Robert Palmer e Elkie Brooks (Vinegar Joe) e para o novo projeto prog de Manfred Mann. Foi reprovado em ambos. Tudo isso antes dele aparecer no Genesis.

7 – Peter Frampton (The Rolling Stones)

Reza a lenda que além de Frampton, Jeff Beck, Rory Gallagher, Roy Buchanan e Harvey Mandel fizeram audições com os Stones, em 1974, visando preencher a vaga deixada por Mick Taylor. A banda frustrou todos os candidatos, ficando com seu companheiro de bebedeira, Mr. Ron Wood.

8 – James Taylor (The Fugs)

Quando os poetas anarquistas dos Fugs estavam à caça de músicos para transformar tudo aquilo em música, um jovem cantor e compositor folk tentou em vão ficar com uma vaga. Não teve jeito.



9 – Steve Marriott (The Lower Third)

Também um ex-ator infantil, o futuro integrante do Small Faces fez de tudo para ser o vocalista do Lower Third. A vaga acabou sendo preenchida por um tal de Dave Jones (futuro David Bowie).

10 – Bryan Ferry (King Crimson)

O homem que seduziria o mundo com o Roxy Music estava no início de carreira dando duro para ficar com a vaga de vocalista na banda organizada por Robert Fripp. Greg Lake acabou sendo o escolhido.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Para quem leva a sério o negócio da música



do site Art Rock, uma da smelhores lojas de CD e m´pusica em geral de São Paulo:


Quem conhece a ART ROCK sabe que a grande maioria dos nossos CDs são importados. Para que o preço seja o mais baixo possível, compramos os CDs sem a caixinha, porque ela faz muito volume, o que onera o preço final devido ao frete.

Os CDs chegam à loja apenas com a mídia dentro do encarte. Todo o trabalho de embalagem é feito por nós.

Quem conhece a ART ROCK sabe que nunca negamos abrir um CD e tocá-lo quando o cliente solicita. Sabemos que isso faz parte do nosso negócio.

E mais: temos muito prazer em fazer isso, porque dessa forma agradamos ao nosso cliente, ele tem a oportunidade de fazer a melhor escolha.

No entanto, abrir um CD apenas por abrir, matar a curiosidade de ver a mídia, o encarte, para ver o ano, a formação dos integrantes, etc., isso não concordamos.

Ao abrir o lacre, o saquinho que embala fica danificado (necessitando a troca) O sujeito não se contenta em apenas ver, ele pega o encarte e o folheia, deixando suas indesejadas digitais marcadas. Pega a mídia e a analisa como se fosse uma pedra lapidada (muitos ficam procurando defeitos para pedir mais descontos).

Depois disso tudo, embala o CD a seu modo e o coloca de volta no painel. Como que por aqueles instantes, o CD fosse dele. E é justamente esse mesmo CD que alguém vai pagar por ele!

Pela nossa experiência, o cidadão faz isso porque, geralmente, o CD que ele deseja está custando mais ou menos R$60 na galeria do rock, e quando ele encontra o mesmo CD na ART ROCK por R$35, o camarada pensa que é usado, falsificado, russo... Coisa do tipo que temos de ouvir. O pior é que na maioria das vezes ele nem compra o de 60 nem o de 35...

Não achamos justo alguém manusear um produto que não lhe pertence. Para nós, da loja, é difícil essa relação porque sabemos que alguém vai comprá-lo, e será muito desagradável vender um produto que não esteja com a sua integridade física em ordem.

Fazemos questão de informar quando o CD é usado, ou quando a mídia apresenta ranhuras, por isso, inclusive, nesses casos, vendemos ainda mais barato.

Parece brincadeira, mas esse assunto irrita tanto aos lojistas que gostaríamos de dar uma dica: ao entrar numa loja de CDs, se quiser obter informações, pergunte ao lojista. Se quiser ouvir o CD, entregue-o para o lojista e solicite a ele se é possível tocá-lo. Nunca abra o CD por sua conta. Não peça nem manipule o encarte depois de aberto. Peça para ouvir o CD se realmente tiver interesse em comprá-lo.

Tudo isso é para que o cliente/amigo da ART ROCK tenha a certeza de que nós zelamos pelos CDs que estão à venda. E que ninguém botou o dedão nele antes de você. Antes de qualquer coisa, é uma questão de educação.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Comentários esparsos



  • A crise na Receita Federal é mais um sintoma de uma doença gravíssima que avança, de forma explícita, no poder público: o aparelhamento da máquina governamental, com o que de pior existe no corporativismo. As acusações de interferência política no trabalho no órgão teriam combustível para derrubar qualquer governo em países sérios, mas aqui o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ignora tudo. E assim o governo federal continua seu processo de esfarelamento moral.


  • A patética cena em que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) dá cartão vermelho ao senador José Sarney (PMDB-AP) é tudo o que restou aos petistas em Brasília. É o retrato do fracasso da estratégia política de acobertar aliados enrolados e de ignorar delitos para supostamente garantir apoios de bandidos para a campanha eleitoral de 2010. O esfarelamento moral se acentua.


  • O deputado federal José Genoino (PT-SP) defendeu nesse portal por esses dias a manutenção dos aeroportos nacionais nas mãos de uma Infraero falida e corrupta, sujeita a todo tipo de influência política e desmandos de “aliados”. Defende com fervor o estatismo, fonte primordial de corrupção, e investe com argumentos parcos e sofríveis contra as privatizações que ocorreram nos anos 90. Ele já teve meu voto, mas hoje, infelizmente, é um fóssil político. Deve sentir saudades do tempo em que a aquisição de uma linha telefônica custava US$ 10 mil e a instalação demorava dois anos.


  • Como eu imaginava, depois de muito estrebuchar, os ressentidos que adoram bradar contra a imprensa estão se recolhendo à sua insignificância. Perderam a estridência, já que os argumentos eram as porcarias de sempre. Restringiram a sua paranoia “golpista” aos guetos imundos de onde surgiram e praticamente estão restritos a conversinhas entre amiguinhos. Que assim seja. Não que algum dia tenham incomodado alguém - afinal, são irrelevantes -, mas é bom poupar a humanidade de seus dejetos intelectuais.


  • Depois de sete anos é possível que ex-funcionários da extinta Gazeta Mercantil comecem a ver a cor do dinheiro, após longa batalha judicial. Os primeiros beneficiários já receberam a indenização neste mês de agosto. O jornal, que foi dirigido pela família Levy e depois foi arrendado por Nelso Tanure (dono do Jornal do Brasil), sofre mais de mil ações trabalhistas.

    A Associação dos Funcionários e Ex-funcionários da Gazeta Mercantil, que reúne cerca de 350 ex-funcionários, conseguiu arrestar a marca (impedir a venda) e penhorou ações de Nelson Tanure da empresa Intelig, impedindo a sua venda para a TIM. A longa espera deve terminar em 2010.

    A lamentar apenas a total falta de apoio do governo Lula nesta batalha, justamente o governo do PT, Partido dos Trabalhadores, que abandonou a galera ao relento. O na época ministro Jaques Wagner, do Trabalho, chegou a receber por três vezes comissões de jornalistas e funcionários, que lhe relataram casos escabrosos de problemas causados pelos atrasos salários e a recusa em pagar as verbas rescisórias de demitidos - sem falar na aprorpiação indébita do FGTS.

    Wagner “ficou sensibilizado”, mas esqueceu a luta dos lesados - ressalto que tudo isso ocorreu durante um governo de um partido dito dos trabalhadores. Parece que, politicamente, o apoio à causa não era interessante. A associação prefetiu não mais “incomodar” o governo com essa “chateação”. O governo Lula, infelizmente, não apoiou a luta desses trabalhadores. Mas por que é que eu não me surpreendi com isso?
  • quarta-feira, agosto 26, 2009

    Pete Towsend, guitarrista do The Who, escreve novo musical

    MIKE COLLETT-WHITE
    da Reuters, em Londres



    (FOTO: SCOTT OLSON/REUTERS)

    Pete Townsend, guitarrista do The Who e um dos criadores das óperas rock "Tommy" e "Quadrophenia", está escrevendo um novo musical, "Floss", sobre o envelhecimento.

    Scott Olson/Reuters

    O guitarrista Pete Townshend prepara o musical "Floss", sobre envelhecimento
    "Quando tinha 19 anos escrevi 'My Generation', a canção mais explícita do rock sobre envelhecimento", escreveu Townsend no site de sua banda (www.thewho.com). O sucesso de 1965 inclui a frase "Espero morrer antes de envelhecer".

    "Aos 64 anos, quero abordar o envelhecimento e a mortalidade, usando o contexto poderosamente raivoso do rock'n'roll".

    "Floss" será concebido para exibições em espaços abertos e arenas, e Townsend pretende finalizá-lo para uma estreia em 2011, provavelmente em Nova York.

    Algumas das canções mais "convencionais" do musical irão fazer parte de um álbum do The Who programado para o ano que vem, acrescentou ele.

    "'Floss' é um projeto novo ambicioso para mim, no estilo de 'Tommy' e 'Quadrophenia'", escreveu Townsend. "Neste caso, as canções são intercaladas com 'paisagens sonoras' em surround-sound, com efeitos sonoros complexos e montagens musicais".

    A história se concentra em um casal cuja relação passa por dificuldades.

    Walter, um músico de bar, fica rico de repente quando uma de suas músicas é usada em anúncios de uma montadora de veículos, mas as coisas azedam quando ele volta para a música 15 anos mais tarde.

    "Enquanto Roger Daltrey exercita suas cordas vocais envelhecidas embarcando em uma turnê-solo de dois meses intitulada 'Use or Lose it', eu me concentro em 'Floss', que lida com assuntos atuais enfrentados pela geração baby boomer", escreveu Townsend, referindo-se ao cantor do The Who.

    "O musical também trata a relação tensa dos dois com seus pais, filhos e netos".

    segunda-feira, agosto 24, 2009

    UM POUCO DE MÚSICA EXCELENTE





    JEFF BECK - Jeff Beck at Ronnie Scott's Jazz Club 2007 - Goodbye Pork Pie Hat/Brush With The Blues




    IAN GILLAN - When a Blind Man Cries



    PETE TOWNSHEND - Baba O'Riley



    CHICKENFOOT - Oh Yeah!



    CHICKENFOOT - Sexy Little Thing
    Tolerância às vezes também é crime



    "Pirataria é crime, mas é menos crime do que outros", dizem alguns; para estes, não passaria de uma “contravenção”. É isso o que concluo ao ler alguns comentários e ouvir a opinião de amigos sobre o meu artigo anterior, “Seu filme favorito por R$ 1”.

    A tolerância para a quebra da lei no caso de CDs, DVDs, livros e outros objetos de cultura é preocupante, para não dizer nojenta.

    Justificar e apoiar a prática de crimes por conta do alto preço cobrado pela indústria é falsear a verdade e esconder a tibieza moral e a deformação ética de caráter. Não condiz com as regras de uma sociedade civilizada e democrática.

    Tolerar a pirataria é o mesmo que não ligar para os furtos em supermercados, em lojas, em qualquer lugar. É achar normal a corrupção, e acreditar que o “jeitinho” brasileiro é uma arte, que a malandragem é um recurso aceitável na vida cotidiana e que prejudicar os outros faz parte da vida.

    O argumento de que o trabalhador não tem dinheiro pagar R$ 30 por um CD ou um DVD - por isso apela para o produto pirata - não cola. É um argumento rasteiro e sem-vergonha.

    Por esse mesmo raciocínio, o trabalhador também não tem dinheiro para comprar um carro de valor alto, por isso é legítimo que roube ou incentive a construção de uma cópia mais barata, mas de péssima qualidade e que não paga imposto. Se o trabalhador não tem dinheiro para comprar, que não compre. Ou junte dinheiro para comprar.

    O comércio ilegal de cópias de produtos culturais nos centros de São Bernardo, Santo André, São Paulo, Diadema e Mauá é mais do que inaceitável, é ultrajante.

    A consequência da proliferação da pirataria para a indústria e a economia é a mesma dos efeitos da concorrência desleal dos produtos chineses de péssima qualidade: devastação de parte da indústria local e perda de milhares de empregos.

    Pergunte aos calçadistas desempregados de Franca ou aos funcionários sem emprego da indústria têxtil de Americana ou Santa Bárbara o que acham dos produtos chineses...

    Entre os que “defendem” a pirataria estão muitas pessoas que bradam contra a “concorrência desleal” das coisas “made in China”. Ou isso é falta total de informação ou má-fé.
    O seu filme favorito por R$ 1


    Você quer assistir à sétima temporada da série de TV “24 Horas”, que acabou de ser exibida nos Estados Unidos e no canal Fox no Brasil? Então vá à praça Lauro Gomes, no centro de São Bernardo, e adquira a versão pirata, copiada diretamente da TV ou da internet, e legendada em português. Por R$ 1.

    É possível encontrar a mesma série nas travessas da rua Bernardino de Campos, no centro de Santo André, em diversos quiosques, boxes e bibocas em geral. Ali você encontra todas as séries norte-americanas e também da TV Globo completas, bem gravadas.

    O filme “Operação Valquíria”, de Tom Cruise, mal acabara de sair de cartaz nos cinemas da região, e a sua chegada em DVD às locadoras estava prevista para três meses depois, mas isso não foi impedimento para quem quis assistir em casa. Os mesmos pontos de venda de DVD pirata já tinham o filme em diversos formatos, com qualidade de imagem variada.

    E o mais legal de tudo isso é que a venda desse tipo de produto é feita à luz do dia, sem a menor preocupação com qualquer tipo de fiscalização. Quando perguntados sobre o risco de ser apanhados, os “comerciantes” riem, até gargalham.

    Os boxes e bibocas são montados em anexos de bares e em lojas comuns de pontos de comércio popular, o chamado “camelódromo”. Não são incomodados por ninguém. Não raro passa uma viatura da Polícia Militar pelos arredores e até mesmo na frente dos “comércios” de produtos piratas, mas ninguém é incomodado ou interpelado.

    O Brasil perdeu a batalha para a pirataria desde o começo. Nos anos 80, eram comuns as cópias falsificadas de tênis norte-americanos e alemães, depois vieram as calças imitando marcas italianas famosas, e em seguida todo e qualquer produto “pirateável”, de eletrônicos a cigarros.

    O combate sempre foi tímido, mas a partir dos anos 2000 é quase inexistente. O comércio de músicas em MP3 no centro de São Paulo, próximo à Galeria do Rock, é o maior retrato da desfaçatez dos criminosos.

    Vende-se a discografia completa de um artista, nacional ou estrangeiro, em apenas um único CD de dados de 700 MB por apenas R$ 5. Não há indústria ou comércio legal que resista. Pirataria é crime é precisa ser combatida de modo mais efetivo. A repressão tem de ser mais dura para evitar o caos de “tropeçarmos” em produtos ilegais nas calçadas.
    Burrice não pode ser premiada nem indenizada



    É estarrecedora a quantidade de histórias de gente "ludibirada" pela Igreja Universal do Reino de Deus relatadas pela imprensa nas duas últimas semanas. As melhores estão nas três maiores revistas semanais, embora alguns jornais populares também tenham dado destaque a algumas delas.

    A estupidez humana não tem limites, já dizia um filósofo de botequim dos anos 70 que adorava frequentar teatros alternativos com peças de ótima qualidade, mas péssimas de público. E é comum ouvir por aí um bordão famoso: "Nunca ninguém deixou de lucrar com a burrice humana".

    Está mais do que provado que religião, qualquer uma, é estelionato, e que igrejas e seitas, sejam elas quais forem, são fraudes. Todas se baseiam na tapeação e na insistência de que papai noel existe.

    Se os preceitos filosóficos da doutrina cristã, do islamismo e do budismo - apenas enquanto ideias e conceitos - são interessantes, quando transformados em dogmatismo e religião tornam-se lixo puro.

    As mais novas investigações contra a seita de Edir Macedo só confirmam o que se sabe desde os anos 90 do século passado: há indícios fortes de que o "bispo" comanda uma organização suspeitíssima de cometer crimes variados. Tem de haver punição exemplar.

    Por outro lado, há "fiéis" entrando na Justiça exigindo ser indenizados por terem sido "lesados" pela seita de Edir Macedo. Sou contra. A burrice tem de ser punida, e não indenizada.

    sexta-feira, julho 31, 2009

    Caros associados da Associação dos Funcionários, Ex-funcionários e Credores da Gazeta Mercantil.

    Na última quarta-feira, dia 29 de julho, foram fechados os primeiros três acordos entre associados e os advogados do empresário Nélson Tanure, representando as 12 empresas do Grupo Docas.

    Os acordos, realizados com mediação da Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho-SP e diante da própria juíza corregedora, prevê o pagamento do valor homolgado nas sentenças com deságio de 15%. O pagamento será feito na próxima segunda-feira, dia 3, à vista.

    O primeiro lote de acordos era composto por dez processos, mas somente três tiveram o acordo referendado na última quarta. Os outros sete acordos estão adiados por pelo menos uma semana porque os sete associados também têm ações judiciais cobrando o pagamento de verbas rescisórias não pagas.

    O problema é que o Tanure agora é representado pelo escritório Estevam Mallet, que é conceituado, mas os advogados pegaram o bonde andando. Desconheciam que existem ações pedindo o pagamento de salários atrasados e ações pedindo as verbas rescisórias. Estavam preparados para fechar os acordos e resolver logo a questão, mas foram surpreendidos com a informação de que existiam outras ações.

    O que os advogados do Tanure querem agora em relação aos sete acordos que ainda estão pendentes do primeiro lote? Que o advogado da associação reúna as duas ações de cada um dos sete associados, faça o cálculo da dívida e que apresente isso na próxima conciliação.

    O que os advogados de Tanure querem é resolver logo as questões dentro das mesmas bases: pagamento pelo valor da sentença estabelecido na data de homologação, sem a atualização, com deságio de 15%.

    Nos sete casos ainda pendentes, a expectativa é de que sejam fechados os acordos o mais rápido possível, com pagamento à vista no máximo em 72 horas, dependendo do caso.

    Otimismo, mas nem tanto

    A intenção da Corregedoria do TRT-SP é de promover dez acordos por semana a partir de agosto ou setembro. Partindo do princípio de que o Tanure quer mesmo pagar e que não haverá discussões mais complicadas sobre as ações, há uma expcetativa de que todo o nosso calvário se encerre no primeiro semestre de 2010. Esse seria o cenário ideal e paradisíaco mas, em se tratando de Nelson Tanure, não contem muito com isso.

    A juíza corregedora, junto com o presidnete do TRT-SP, desmebargador Décio Daidone, recebeu a diretoria da associação, o nosso advgado, Wladimir Durães, mais do doutor Sólon, do Machado, Meyer Associados, no último dia 28 de julho na presidência do TRT.

    Nesse encontro, ela reafirmou que os novos advogados de Tanure estão empenhados em fechar acordos o mais rápido possível. Afinal, o Tanure tem dinheiro penhorado de suas contas correntes em São Paulo e ainda há a penhora das ações da Intelig no valor de R$ 750 milhões.

    A questão é que os peritos que fizeram os cálculos da maioria das nossas ações considerou que nada foi pago em salários para os reclamantes a partir de 2002, quando na verdade a média de salários não pagos entre o final de 2001 e dezembro de 2003 ficou entre sete e dez salários, dependendo da faixa salarial.

    Com isso, os valores de algumas indenizações, com as multas e correções, foram parar nas nuvens. Há casos onde o valor inicial era de R$ 80 mil e na hora da homologação passava de R$ 500 mil.

    A juíza corregedora acatou o pedido dos advogados do escritório Estevam Mallet em relação às ações de valores mais altos. Os advogados do Tanure insistem que querem pagar, mas que paguem o consideram o valor efetivamente devido, e não os supostos exageros cometidos pelos peritos.

    Em algumas ações, haverá um recálculo, mas nada que atrase significamente o fechamento de um acordo. Não abriremos mão de multas e correções já definidas pela Justiça, mas a juíza entende que é necessária a revisão de alguns valores para que efetivamente os acordos saiam.

    Queremos o que nos é devido, nem mais, nem menos

    A posição de nosso advogado e da diretoria da associação é clara: queremos que nos paguem o que nos é devido, com as devidas multas e correções. Se o perito erroneamente considerou que nenhum salário foi pago entre o final de 2001 e o final de 2003, está equivocado. Que se faça a correção rápida e que sejam encaminhados os acordos.

    Além dos dez acordos em questão, existem outros 42 com valores homologados e que podem ser analisados pela corregedoria e encaminhados para acordo em breve. Aguardem o contato do escritório do doutor Wladimir Durães.

    Para isso, é fundamental que os contatos de todos estejam atualizados - telefones, endereços residenciais e e-mails. Por favor, enviem as atualizações para o e-mail do doutor Wladimir - wladimirduraes@gmail.com. Por favor, o façam por e-mail, para ganharmos tempo e por ser mais prático. Lembrando os telefones do escritório do doutor Wladimir: 3285-6934 e 3384-4041.

    Por favor, peço um grande favor a vocês: os e-mails que tenho estão defasados e desatualizados. Repassem essa mensagem para quem vocês lembrarem e que são da associação.

    quinta-feira, julho 30, 2009

    Os melhores álbuns de rock progressivo



    A publicação britânica Classic Rock Magazine listou os 50 maiores discos da história do rock progressivo. A eleição foi baseada em uma votação com os leitores da revista. Destaque para GENESIS e YES com seis álbuns cada entre os 50 primeiros. Depois deles aparecem RUSH e Pink Floyd com quatro álbuns.

    A lista completa da Classic Rock Magazine:

    01. “Selling England by the Pound”(1973) – Genesis
    02. “Close to the Edge”(1972) – Yes
    03. “Dark Side of the Moon” (1973) – Pink Floyd
    04. “The Lamb Lies Down on Broadway”(1974) – Genesis
    05. “Wish You Were Here” (1975) – Pink Floyd
    06. “In the Court of the Crimson King” (1969) – King Crimson
    07. “Foxtrot” (1972) – Genesis
    08. “Relayer” (1974) – Yes
    09. “The Wall” (1979) – Pink Floyd
    10. “In Absentia” (2002) – Porcupine Tree
    11. “Going for the One” (1977) – Yes
    12. “Red” (1974) – King Crimson
    13.“Brain Salad Surgery”(1973) – Emerson, Lake & Palmer
    14. “Brave” (1994) – Marillion
    15. “Pawn Hearts” (1971) – Van Der Graaf Generator
    16. “A Trick of the Tail” (1976) – Genesis
    17. “Misplaced Childhood (1985) – Marillion
    18. “Watershed” (2008) – Opeth
    19. “Music Inspired by the Snow Goose” (1975) – Camel
    20. “Systematic Chaos” (2007) – Dream Theater
    21. “In the Land of Grey and Pink” (1971) – Caravan
    22. “The Yes Album” (1971) – Yes
    23. “Tubular Bells” (1973) – Mike Oldfield
    24. “Tales from Topographic Oceans” (1973) – Yes
    25. “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory” (1999) – Dream Theater
    26. “Thick as a Brick” (1972) – Jethro Tull
    27. “2112” (1976) – Rush
    28. “The Wake” (1985) – IQ
    29. “Moving Pictures” (1981) – Rush
    30. “Fear of a Blank Planet” (2007) – Porcupine Tree
    31. “Operation: Mindcrime” (1988) – Queensryche
    32. “Snow” (2002) – Spock's Beard
    33. “Subterranea” (1997) – IQ
    34. “Snakes & Arrows” (2007) – Rush
    35. “Moonmadness” (1976) – Camel
    36. “Deadwing” (2005) – Porcupine Tree
    37. “Fugazi”(1984) – Marillion
    38. “Meddle” (1971) – Pink Floyd
    39. “A Farewell to Kings” (1977) – Rush
    40. “Lateralus” (2001) – Tool
    41. “Fragile” (1971) – Yes
    42. “UK” (1978) – UK
    43. “Duke” (1980) – Genesis
    44. “Rock Bottom” (1974) – Robert Wyatt
    45. “Trilogy” (1972) – Emerson, Lake & Palmer
    46. “Seven” (2004) – Magenta
    47. “Nursery Cryme” (1971) – Genesis
    48. “Radio Gnome Invisible Pt 2: Angel's Egg” (1973) – Gong
    49. “Afraid of Sunlight”(1995) – Marillion
    50. “Space Ritual” (1973) – Hawkwind

    quinta-feira, julho 23, 2009

    Algumas decepções da semana


    Semaninha bastante ruim em temos de noticiário geral. Parece que há uma conspiração cósmica para destruir a ética e a moral do bom comportamento no mundo:

  • Não bastasse o presidente Lula continuar defendendo o indefensável José Sarney na crise do Senado e aparecer abraçado ao inominável Fernando Collor na capa de todos os jornais, agora a autoridade máxima do país deu uma estocada desnecessária nos procuradores de Justiça na posse do novo procurador geral da República.


  • "Um dia vai aparecer alguém que vai achar que vocês (procuradores) são demais e propor mudanças no Congresso Nacional. Sabemso que a mudança nunca será por mais liberdade e sim por mais castramento", diz o presidente na solenidade, de forma absurda e abilolada. É inaceitável que um presidente democrata e que defende (como sempre defendeu) a democracia pronuncie tamanha barbaridade.


  • O presidnete do Senado, José Sarney, surge em uma série de gravações, reproduzidas fielmente pelos jornais, participando ativamente dos "atos secretos" de nomeações de parentes que não trabalham (por que será que eu não me surpreendo com isso?). Ninguém fala em defenestração desse ser humano infeliz do Senado. Pior, só se fala na operação de salvamento capitaneada pelo Palácio do Planalto.

  • Não param de surgir em colunas políticas em jornais e na internet informações de que Dilma Roussef, eventual candidata do PT a presidente em 2010, trocaria o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, se pudesse. Logo ela, uma mulher inteligente, capaz e determinada, com esse pensamento jurássico e retógrado - se isso for realmente verdade, claro. Quero crer que ela seja inteligente o suficiente para não investir contra o que há de melhor e mais responsável no governo Lula.


  • Mais dez carros apreendidos pelo Ciretran de São Bernardo foram despejados ao longo da avenida Armando Italo Setti, nas proximidades do 1º Distrito Policial. É vergonhosa a transformação do local em um cemitério de carcaças de carros. E é vergonhoso que ninguém tome providência em relação a isso. Não vejo vereadores protestando, não vejo manifestação da prefeitura.


  • Caetano Veloso, cada vez mais irrelevante artisticamente, insiste em defender que tenha dinheiro público no financiamento de suas turnês, em entrevista na Folha de S. Paulo. Ele acha normal um artista de grande aceitação de público (infelizmente, porque sua obra é pífia) receber incentivo fiscal do governo, benefício esse que deveria ser estendido a artistas sem condições de financiamento. E o assunto repercutiu pouco, tanto que o Ministério da Cultura - cujo ministro é amigo do cantor - nem cogita revisar tal medida. Deplorável.


  • A Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a liderança tucana de José Serra, e a prefeitura de São Paulo, do tucanado Gilberto Kassab, só se mexeram depois que o Jornal da Tarde e depois da TV Globo fizeram uma série de denúncias sobre o tráfico e o consumo de drogas a céu aberto e de dia na Cracolândia, no Centro da Capital. É o cúmulo da ineficiência e da incompetência.


  • Como incompetência pouca não chama a atenção, a PM tucanada continua não fazendo o seu trabalho ao não desobstruir ruas e avenidas bloequadas por manifestantes em toda a Grande São Paulo, prejudicando milhões de pessoas.
  • quinta-feira, julho 02, 2009

    Fifa repreende comemoração religiosa do Brasil

    Festa após título, com orações em campo e mensagens na camiseta, provoca polêmica

    Jamil Chade
    O Estado de S. Paulo - edição de 2 de julho de 2009


    A comemoração da seleção pelo título da Copa das Confederações e o comportamento dos jogadores brasileiros após a vitória sobre os Estados Unidos causam polêmica na Europa.

    A queixa é de que o time brasileiro estaria usando o futebol como palco para a religião.

    A Fifa confirmou ao Estado que mandou um alerta à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.

    Ao virar o jogo contra os EUA, os jogadores da seleção fizeram uma roda no centro do campo e rezaram.

    A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme.

    Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

    Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes europeus hoje.

    Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo.

    Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir a seleção brasileira.

    "A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa.

    Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca.

    Ao Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações.

    As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo.

    A entidade prevê punições em casos de descumprimento.

    Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida.

    Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica.

    Ao fim da Copa de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.

    A Fifa mostrou seu desagrado na época.

    Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira.

    A entidade diz que está "monitorando" a situação.

    E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos referentes ao assunto".

    A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final.

    E as leis apenas falam da situação em jogo.

    Por meio de sua assessoria de imprensa, a CBF informou que não recebeu nenhuma queixa da Fifa e, por isso, não vai comentar o assunto.

    TEMA RECORRENTE

    Nos últimos anos, o tema da religião no futebol ganhou uma nova dimensão.

    Frank Ribery, artilheiro francês, provocou polêmica há poucas semanas ao ser flagrado por uma câmera rezando pelos costumes muçulmanos.

    Recentemente, dois jogadores bósnios do time norueguês Sandefjord comemoraram um gol se ajoelhando e rezando da forma tradicional muçulmana.

    Um outro jogador do mesmo time não se conteve e fez gestos vulgares aos dois atletas.