sexta-feira, abril 14, 2006

A mídia sempre é culpada


A espetacularização da entrevista da assassina confessa Suzane von Richthofen à TV Globo e à Veja rendeu muito mais do que imaginávamos. E as críticas à imprensa estã vindo de onde menos se esperava: os próprios jornalistas.

Os dois principais sites dedicados à discussão do jornalismo no país, frequentado basicamente por jornalistas, o Comunique-se e o Observatório da Imprensa, estão recheados de depoimentos de pessoas da categoria condenando a "falta de ética" da TV Globo ao "invadir" a privacidade da relação cliente-advogado.

Foi a mesma coisa quando do caso das charges européias que mostravam Maomé como terrorista. Em vez de se condenar os terroristas e radicais que fomentavam o ódio contra o Ocidente, criticou-se a "falta de sensibilidade" dos autores e dos jornais que as publicaram, num perigoso incentivo à censura, à autocensura e à ditadura do politicamente correto. Invertaram a coisa e transformaram vítima em vilão.

No caso suzane, ocorre a mesma coisa. Quem errou foram Suzane e seus advogados, que fizeram uma das maiores besteiras da advocacia criminalista brasileira. A TV Globo e a revista Veja nada mais fizeram do que o seu papel. Desvendaram a farsa que foi a entrevista.

Desvio de ética dos veículos? De forma alguma. Suzane portava microfone portátil quando recebeu por três as orientaões de seu advogado e tutor. Uma mistura de burrice, ingenuidade e tremenda cara-de-pau.

Terremoto de risadas


Texto extraído da coluna de Ricardo Kotscho, do site NoMinimo:

Pode não ser politicamente correto, mas não resisto a partilhar com os leitores uma historinha que me chegou pela internet e acabou com o mau humor em que fico depois de ler os jornais logo cedo:

"O Centro Sísmico Nacional enviou à polícia da cidade nordestina de Catolé do Amparo Velho um telegrama que dizia: “Possível movimento sísmico na zona. Ponto. Muito perigoso, superior Richter 7. Ponto. Epicentro a três quilômetros da cidade. Ponto. Tomem medidas. Ponto. Informem resultados com urgência. Ponto.”

Uma semana depois, foi recebido no Centro Sísmico Nacional este telegrama:“Aqui é da Polícia de Catolé do Amparo Velho. Ponto. Movimento sísmico totalmente desarticulado. Ponto. O tal Richter tentou fugir, mas foi abatido a tiros. Ponto. Desativamos as zonas. Ponto. As putas estão todas presas. Ponto. Epicentro e três cupinchas detidos. Ponto. Não respondemos antes porque aqui teve um terremoto do c******. Ponto."

Esta história me fez lembrar de um episódio de muitos anos atrás quando os jornais resolveram fazer cobertura de enchentes por telefone para economizar nas despesas da redação. O repórter encarregado da “cobertura” desandou a ligar para os prefeitos da região atingida sempre com a mesma pergunta: “Como está o problema das enchentes aí na sua zona?” Até que um deles, candidamente, lhe respondeu: “Na zona, não tem mais nenhum problema porque mandei tirar todas as putas de lá. Mas o resto da cidade ainda tá debaixo d´água...”.

quarta-feira, abril 12, 2006

CD dos Beatles e show do Cirque du Soleil


Londres, 10 abr (EFE).- Um novo CD dos Beatles está em fase avançada de produção e será lançado junto ao primeiro espetáculo teatral autorizado sobre a história do grupo de Liverpool, informa o jornal "The Daily Telegraph".

Segundo Neil Aspinall, presidente da Apple Corps, a companhia fonográfica dos Beatles, o evento, em que os acrobatas do "Cirque du Soleil" darão vida às canções da banda, exige novas versões das músicas gravadas pelo grupo e incluirá canções inéditas.

Todo esse material fará parte de um espetáculo de 90 minutos de duração que estreará em meados do ano no hotel Mirage de Las Vegas, nos EUA.

Os produtores receberam autorização para ter acesso aos catálogos dos Beatles e a 200 horas de conversas entre seus integrantes no estúdio de gravação.

Paul McCartney e Ringo Starr contribuíram para a produção do espetáculo, mas não aparecerão no palco.

O produtor dos discos dos Beatles, George Martin, encarregado de supervisionar a parte musical, fala de "uma experiência única e mágica" para alguém que dedicou 40 anos de sua vida ao grupo.

O projeto em andamento era uma idéia de George Harrison, que morreu de câncer em 2001. Harrison conheceu Guy Laliberte, fundador do "Cirque du Soleil", em uma festa e, após uma sessão de rock improvisada, eles se tornaram amigos.

O ex-Beatle viu um espetáculo do circo, ficou encantado e propôs a Laliberte uma produção cênica conjunta. Segundo Laliberte, os Beatles "fizeram com palavras o que os membros do 'Cirque du Soleil' fazem com imagens".

terça-feira, abril 11, 2006

The Who lança miniópera em edição limitada

da Folha Online


Para os fãs do The Who, 2006 será um prato cheio. Além do prometido álbum de inéditas (o primeiro em quase 25 anos) e da turnê mundial já anunciada, a banda britânica irá lançar uma miniópera de 11 minutos em um EP (extended play) de edição limitada.

O formato não é novidade para o grupo, que se tornou célebre pela ópera-rock "Tommy", de 1969. "Roger e eu terminamos a miniópera de 11 minutos e a tocamos para o pessoal da [gravadora] Polydor", avisa em seu site o guitarrista Pete Townshend, referindo-se ao vocalista Roger Daltrey. Eles são os únicos remanescentes da formação original --o baterista Keith Moon morreu de overdose em 1978 e o baixista John Entwistle morreu de ataque cardíaco em 2002.

"Está tudo pronto para o lançamento [da miniópera], provavelmente em edição limitada, em junho, antes do lançamento do álbum em setembro", completa Townshend. O grupo batizou esse trabalho "The Glass Household".

Os planos da banda para a turnê e para o álbum convencional foram adiados em alguns meses devido a problemas de agenda do baterista Zak Starkey, filho do ex-Beatle Ringo Starr. Ele assumiu compromisso com o Oasis, com quem saiu em turnê --no EP da miniópera quem toca é Peter Huntington. O baixista Pino Palladino toca tanto no álbum como no EP.

A turnê deste ano será a primeira em 27 anos que inclui participações em festivais. A banda havia vetado esse tipo de evento após 1979, quando 11 fãs morreram em um festival em Cincinnati (EUA). A última vez que a banda entrou em estúdio foi em 1982, ano de lançamento de "It's Hard".