segunda-feira, janeiro 23, 2006

A polêmica de Veja cpontra os miseráveis - 2


O texto de Veja também incomodou porque mexeu com um ícone paulistano. O padre Júlio Lancelotti é uma das pessoas mais bem intencionadas que vivem na cidade. Não só isso, é um dos poucos seres humanos de são Paulo que dispuseram a ajudar gente que provocava náuseas nos "cidadãos de bem e pagadores de impostos".

Foi o primeiro e único a se preocupar com crianças portadoras do vírus da Aids, crianças órfãs abandonadas pelas sucessivas gestões municipais e estaduais. Seu trabalho assistencial (no bom sentido da palavra) não pode ser questionado nem ignorado.

Entretanto, a revista tocou num ponto verdadeiro, que incomodou: Lancelotti é enviezado ideologicamente e equivocado politicamente. Só o fato de ser padre e pertencer a uma organização que merece repúdio eterno (a Igreja Católica) já denota seus equívocos.

Consciente ou não, ao acusar quem quer que seja de "higienistas" nada mais faz do que contribuir para perpetuar e aumentar a miséria que tanto o aflige (e a nós também).

A polêmica de Veja contra os miseráveis - 1




Há duas semanas a revista Veja publicou uma reportagem sopbre os projetos de revitalização da região central de São Paulo e acabou desancando o padre Júlio Lancelotti, figura polêmica que é referência na assistiência aos miseráveis e sem-teto da cidade, mas que politicamente é completamente equivocado, para dizer o mínimo.

Veja foi indelicada na forma de como abordar o tema da revitalização do centro de São Paulo. O projeto de José Serra não é o melhor, mas parece ser o possível neste momento, já que Marta Suplicy não implantou o seu por falta de dinheiro ou de vontade política (ou os dois).

O fato é que a Cracolândia precisa ser eliminada, derrubada e esquecida. Somente assim será possíivel atrair novos moradores e investimentos para a região. Gostem os ativistas de direitos humanos ou não, essa é a realidade. Permitir que os prédios degradados continuem de pé é uma forma de perpetuar a pobreza e o uso políticos dos miseráveis, que são os inocentes úteis de toda a história.

Chamar o projeto de revitalização de "higienismo" e "limpeza étnica" é mau-caratismo e desonestidade intelectual, para dizer o mínimo. É coisa de gente que não enxerga um palmo à frente, de gente que não percebe que bloquear iniciativas de "ressuscitação" de áreas degradadas é lutar contra a pobreza.

Tipton, Powell e Entwistle juntos em CD

De acordo com o site Rockdetector.com, Glen Tipton, guitarrista do JUDAS PRIEST, vai lançar o álbum “Edge of the World” no dia 7 de março, via Rhino Records. A curiosidade, porém, fica por conta da banda que gravou o disco com o guitarrista, que conta com ninguém mais ninguém menos do que Cozy Powell (RAINBOW, BLACK SABBATH e WHITESNAKE) na bateria e John Entwistle, falecido baixista do THE WHO. Além disso, nesta mesma data, o guitarrista relança seu primeiro vôo solo, "Baptism of Fire", que chegou às lojas em 1997.

Tipton possui diversas faixas que gravou no início dos anos 90 com a dupla Entwistle-Powell antes do lançamento de “Baptism of Fire”. Powell deu a seguinte declaração ao jornalista Garry Sharpe-Young, do site Rockdetector, em 1994, quando falou a respeito do projeto: “Enquanto estive longe do Black Sabbath, fiz algumas coisas com Glen Tipton, do Judas Priest”, explicou o batera. “Ele é um grande compositor. Então, gravei as baterias para o álbum dele. E foi divertido, nós dois temos um senso de humor similar, por isso foi muito divertido e relaxado”, reiterou o baterista.

Já Tipton deu o seguinte parecer acerca deste álbum ao repórter, em 1997: “Eu tinha um álbum inteiro gravado cheio de material que, na verdade, decidi jogar fora e refazer tudo. Para todo o material novo, eu compus as guias vocais sozinho, algo que sempre fiz mesmo antes de Rob [Halford] cantar a música propriamente dita, no Judas Priest. Mas alguém me disse que eu tinha uma qualidade crua bem legal. Foi assim que fiz. O álbum que gravei antes de ‘Baptism of Fire’ soa demais. Espero lançá-lo algum dia”, afirmou, à época, o guitarrista.