terça-feira, setembro 29, 2009

Crime contra o futebol



do blog do jornalista Paulo Calçade



Sucesso ameaçado



O sistema de pontos corridos continua incomodando muita gente.

Notícia estarrecedora no ‘Painel’ da Folha revela que foi apresentado aos clubes um projeto para reformular o Campeonato Brasileiro. Mais uma vez.

É o fantasma do retrocesso. Veja a nota da Folha:

Nova propostaSão inúmeras as vantagens do sistema de pontos corridos:

1- Todos as equipes participantes iniciam e terminam a disputa na mesma data. Vital para a "venda" das propriedades dos clubes, como patrocínios de camisa, calções, placas... É preciso entregar ao comprador um cenário estável no ambiente dos negócios.

2- O sistema atual obriga, força, determina, impõe que os clubes procurem se organizar durante toda a temporada. Faz com que o planejamento se transforme na essência do departamento de futebol. Fundamental para o futebol no país. Com mais clubes nesse caminho, teremos campeonatos melhores. Nivelados por cima.
 
3- No mata-mata não existe planejamento. Mas funciona bem em outros torneios, como Libertadores, Copa do Brasil e Uefa Champions League. Nunca para um campeonato nacional, que deve ser a base do calendário.

4- No mata-mata é possível chegar a outubro com perspectiva de classificação para a fase decisiva. Aparentemente isso motiva mais o campeonato. Trata-se de um grande engano, pois retarda algumas decisões importantes na montagem das equipes. Induz ao erro, a uma "emocionante" disputa pela oitava vaga, por exemplo. Na classificação atual, até o Cruzeiro estaria brigando por uma vaga, com 35 pontos, na 13ª posição.

5- Quem vendeu jogadores e trabalhou mal na reconstrução da equipe estaria na mesma situação daqueles que fizeram milagres para manter seus jogadores. Competentes e incompetentes no mesmo nível.

6- Quanto pior o cenário, quanto mais bagunçado o campeonato e seus clubes, maior será a dependência do dinheiro da televisão. Clubes sólidos e organizados têm mais condições de discutir a estrutura do futebol brasileiro. Veja o caso do Internacional, que hoje arrecada mais dinheiro com seus sócios do que com a televisão. Esse tipo de instituição não interessa para quem tem o poder.

7- A televisão deve ser cliente do futebol e não sua gestora.

8- Não entre nessa de mata-mata. Até os infindáveis erros de arbitragem serão piores, pois não há chance de recuperação na tabela, diferentemente dos pontos corridos.

A Globo Esporte, braço da emissora que cuida de eventos esportivos, enviou proposta aos clubes para alterar o formato do Brasileiro. Sugere a volta do sistema de mata-matas, com duas vagas na Libertadores para os dois primeiros na fase de classificação e outras duas para o campeão e o vice. Caso se repitam, elas seriam dos semifinalistas. A Globo também sugere uma inversão na janela de transferência. Quatro semanas em janeiro e 12 entre junho e agosto, o que permitiria a jogadores repatriados atuar já no mês de junho.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Curiosidades roqueiras: astros que quase cantaram em outras bandas


do Poeira Zine



1 – Robert Plant (The Who)

O futuro vocalista do Led topou com o Who em 1965, numa curta e obscura época em que Roger Daltrey havia sido demitido da banda. Num show de ‘aquecimento’, Pete Townshend estava cuidando dos vocais e Plant estava na platéia. No final do desastroso concerto, Plant se ofereceu para ser o novo vocalista do grupo. Townshend levou como ofensa – na sua cabeça - se Plant tinha se oferecido é porque na certa não aprovou o guitarrista nos vocais. Nunca rolou uma audição propriamente dita já que uma semana depois Daltrey estava de volta.

2 – Stephen Stills (The Monkees)

A banda recrutou músicos para uma participação na sua série televisiva. Um desses músicos foi exatamente Stephen Stills, reprovado por ter um dente podre.

3 – Elton John (Spencer Davis Group)

O jovem tecladista e vocalista Reg Dwight, como era conhecido na época, queria arrematar a vaga deixada por Steve Winwood, que tinha se mandado para fundar o Traffic. Não colou. Sua voz não agradou Spencer Davis.

4 - Elton John (King Crimson)

Frustrado com sua audição para o Spencer Davis Group, Reg Dwight ataca novamente, dessa vez em janeiro de 1969, buscando uma vaga de vocalista do King Crimson. Novamente foi reprovado.



5 – Mitch Mitchell (Emerson Lake & Palmer)

Com o pau comendo solto no Experience, Mitchell se animou para tocar no novo super-grupo que Keith Emerson e Greg Lake estavam montando. O batera também achou que convenceria Hendrix a participar do projeto, no entanto, Carl Palmer assumiu o posto deixando Mitchell desolado.

6 – Phil Collins (Vinegar Joe / Manfred Mann’s Earth Band)

Collins tinha sido ator na infância e tentava a todo custo ganhar a vida como baterista. Fez teste para a banda de Robert Palmer e Elkie Brooks (Vinegar Joe) e para o novo projeto prog de Manfred Mann. Foi reprovado em ambos. Tudo isso antes dele aparecer no Genesis.

7 – Peter Frampton (The Rolling Stones)

Reza a lenda que além de Frampton, Jeff Beck, Rory Gallagher, Roy Buchanan e Harvey Mandel fizeram audições com os Stones, em 1974, visando preencher a vaga deixada por Mick Taylor. A banda frustrou todos os candidatos, ficando com seu companheiro de bebedeira, Mr. Ron Wood.

8 – James Taylor (The Fugs)

Quando os poetas anarquistas dos Fugs estavam à caça de músicos para transformar tudo aquilo em música, um jovem cantor e compositor folk tentou em vão ficar com uma vaga. Não teve jeito.



9 – Steve Marriott (The Lower Third)

Também um ex-ator infantil, o futuro integrante do Small Faces fez de tudo para ser o vocalista do Lower Third. A vaga acabou sendo preenchida por um tal de Dave Jones (futuro David Bowie).

10 – Bryan Ferry (King Crimson)

O homem que seduziria o mundo com o Roxy Music estava no início de carreira dando duro para ficar com a vaga de vocalista na banda organizada por Robert Fripp. Greg Lake acabou sendo o escolhido.