quarta-feira, dezembro 19, 2001

Racista é condenado no STJ


Até que enfim o STJ deu uma dentro. Condenou o editor gaúcho Siegfried Ellwanger Castan por racismo devido à publicação de livros e artigos anti-semitas. Leia aqui . Esse safado merece muito mais, com certeza. Ele é um revisionista, corrente de "historiadores" que contestam a ocorrência das atrocidades cometidas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Esses seres, por exemplo, dizem que os massacres contra judeus e outros povos nunca existiu, são fruto da "propaganda judaico-norte-americana" Para eles, os campos de concentração são "ficção", "invenção" e "mentiras puras". É para rir...
Felipão zomba de nós


A mediocridade da seleção de Felipão recebe uma dura crítica do colunista político Villas-Boas Correa, que escreve no No. Com o título "Não Zombe de Nós, Felipão", ele arrasa a tática e o modo de jogar do técnico gaúcho. Resume muito bem o meu pensamento a respeito...

terça-feira, dezembro 18, 2001

Hastings - Por uma Segunda Chance - Capítulo 4





Foram duas horas de procura em Warthingham. Gandalf ficara na retaguarda para se proteger e preparar um possível contra-ataque ou algum tipo de defesa. Só que meu medo revelou-se verdadeiro. Ele não estava na aldeia, que parecia ter sido evacuada às pressas. Exatamente o contrário das minhas ordens e das do rei Haroldo. Aquele batalhão de guerreiros ligados a Sinfeld... eram eles os responsáveis. Sequestraram Gandalf e provavelmente saquearam os nossos suprimentos.
Numa das poucas cabanas que restaram de pé havia fumaça. Entrei com cuidado. Era o fim de uma fogueira que destruía diversos objetos. Em um canto achei uma espada de má qualidade e um escudo retorcido. Por hora serviriam.
Na cabana de Gandalf nada havia. Tudo destruído. Do lado de fora, mais temor. O colar de pedras de Stonehenge de nosso líder estava perto de um arbusto, como se tivesse sido arrancado. As marcas no solo denunciam algum tipo de movimentação, prtovavelmente luta. Não havia sangue, mas Gandalf não poderia resistir muito tempo, já que tinha mais de 70 anos.
Sem comida, com armas ruins e sem cavalo. Só me restava caminhar até Londres depois da feroz batalha de Hastings. Era o que me restava diante da derrota. Já começo a admitir que seria interessante encontrar uma coluna de normandos pelo caminho e lutar até a morte. Eu me recuso a ver o fim do reino, não poderia suportar a entrada triunfante de William em Londres. Pior, não suportaria as boas vindas que o Conselho lhe daria, com certeza.
Ainda havia uma chance: eu tinha de chegar até Cundrum para alcançar os lanceiros de Sussex, que ficaram encarregados de criar uma segunda linha de defesa no caminho para Londres. Talvez fosse possível construir algum tipo de resistência, já que muito provavelmente a notícia da derrota já corria pelo reino. O problema: resistência sem Gandalf... impossível de se imaginar. Eu preciso encontrá-lo, mas é vital que eu chegue a Cundrum.
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Foram dois dias de caminhada até que eu pusesse um alimento em meu estômago. Parei à beira de um riacho, com uma queda d'água para tentar descansar. Acabei desmaiando e acordei horas depois. Aquele me parecia o rio Rostil. Se eu seguisse para o norte, beirado o rio, talvez contornasse a planície de Murdon e chegasse a Cundrum mais rápido, ao anoitecer do dia seguinte.
Saí ileso da batalha, mas meu cansaço era enorme. Caminhei com muita dificuldade por uma espécie de trilha natural na beira do rio. Ultrapassei algumas elevações e alguns montes pedregosos. O que deveria durar mais um dia de viagem durou dois.
Cundrum também estava deserta. O acampamento dos lanceiros estava vazio, com as tendas abandonadas e alguns sinaisn de lta. Esranhamente, não havia cadáveres. Ou tinham sido recolhidos, ou queimados. Entretanto, eram poucos os pedaços de espada, lança e escudo. Se houve luta, ela foi bastante rápida. Vasculhando o campo, não havia vestígio de sangue. Não posso crer que os lanceiros tenham nos traído.
Os rastros dos cavalos em debandada apontavam para a face norte de Cundrum, na estrada que levava a Wickermouth. Eu teria de caminhar novamente e por muito tempo. NUnca pensei que isso aconteceria comigo, mas comecei a achar que era hora de desistir.
Porque odeio São Caetano


Fez sucesso na revista Placar de duas semanas atrás um texto de um fotógrafo a respeito da badalação em torno do time do São Caetano. O texto era intitulado "São Caetano é um saco!". Apesar dos argumentos frágeis, o texto ganhou a admiração de muita gente. Para quem vive no ABC, a questão é um pouco mais profunda. Quem mora na cidade adora-a, que não mora lá a detesta.
Quanto ao time de futebol da cidade não há o que reclamar. Está jogando um futebol melhor do que o da maioria dos grandes times do país, o que não quer dizer que seja bom. Não é.
É um timinho, com jogadores fracassados e encostados por outros times. São bem treinados, é verdade, mas nada de espetacular. No entanto, a badalação se justifica, o time fez a melhor campanha e merece estar na final do Campeonato Brasileiro, apesar do farto subvencionamento com dinheiro público, já que o prefeito Luiz Olinto Tortorello (PTB) fundou a equipe em 1989 (ela é quase sua propriedade).
Eu odeio São Caetano porque o provincianismo atinge níveis estratosféricos lá. A cidade apresenta índices sociais elogiáveis, tem uma população rica e endinheirada, só que isso nunca se reverteu em educação. A grande maioria dos sãocaetanenses é mal-educada, ignorante e preconceituosa, além de extremamente brega (ok, essa eu até relevo, pois é uma questão de gosto).
A maioria dos sãocaetanenses é grosseira, não respeita os forasteiros e age como se fosse o povo mais civilizado do mundo, ignorando os demais. São Caetano não passa de um subúrbio paulistano que sobrevive graças à fábrica da General Motors. Sem a fábrica a cidade jamais existiria.
Todos os jornalistas que passaram pelas extintas Folha ABCD (caderno reginal da Folha de S. Paulo que durou de 1990 a 1995) e sucursais do Estadão e do Diário Popular no ABC reclamaram da atenção dispensada pelas autoridades e empresários da cidade. Eles nunca se deram ao trabalho de retornar ligações e pedidos de entrevistas (isso ocorreu diversas, embora em menor número, com jornalistas do próprio Diário do Grande ABC). O desprezo à informação para outros veículos era ultrajante. Prefeitos ignoravam a imprensa, a mesma coisa ocorria com vereadores (exceto os do PT, que adoram aparecer).
Políticamente, é uma cidade retrógrada e reacionária, dominada por uma elite ultraconservadora ligada ao PTB, elite essa que domina o município há elo menos 20 anos. A administração pública de São Caetano é um acinte: vive alardeando que é a cidade mais rica do Brasil e que o dinheiro sobra.
Pois bem, os prefeitos que por lá passam preferem investir em esporte contratando os atletas mais importantes do país, mas não é capaz de manter um serviço público decente de saúde na cidade. Ruas inteiras permanecem na escuridão ou com iluminação pública deficiente, vários bairros sofrem ano após ano com enchentes devastadoras. A cidade não tem favelas? Não, mas tem os cortiços, que continuam sendo o maior problema social.
Por fim, a juventude endinheirada e sem limites. Retrógrados, conservadores e totalmente alienados, desprezam tudo o que passa dos limites da cidade e agem com se São Caetano fosse o centro do mundo. Pior, agem como se a cidade fosse deles: não respeitam leis de trânsito, dirigem de forma perigosa pela cidade e perturbam qualquer pessoa nas ruas por qualquer motivo. Isso acontece em outras cidades do Estado? Acontece, e bastante, mas não no nível preocupante com que os incidentes, brigas e outros delitos ocorrem entre os jovens sãocaetanenses. Para estes não há limites, a impunidade é total.
Ainda bem que não moro em São Caetano.

domingo, dezembro 16, 2001

Morre Chuck Shuldiner, do Death




Mais uma baixa no rock. Chuck Shuldiner, o grande guitarrista das bandas Death e Control Denied (a primeira de death metal e a segunda de thrash metal), morreu no dia 13 de dezembro na Flórida aos 33 anos. Ele estava com câncer no cérebro, diagnosticado em 1999 e chegou a apresentar alguma melhora neste ano. Shuldiner foi um dos maiores divulgadores do metal extremo nos Estados Unidos na década de 90 e era muito respeitado no meio musical daquele país. R.I.P., man...
P.S.: George Harrison, John Lee Hooker, Chuck Shuldiner, André Boragina (Fates Prophecy), Donald (Gritando HC)... que 2001 passe logo...