quinta-feira, abril 21, 2011

Rush traz novas versões de “Moving Pictures” 30 anos depois



A execução na íntegra do álbum “Moving Pictures” na última turnê do Rush foi apenas um aperitivo para os fãs. A obra, que está completando 30 anos de lançamento, será relançado em uma edição especial de luxo no dia 5 de abril, em dois formatos: um CD remasterizado com um DVD ou um CD remasterizado com um disco Blu-Ray.

Segundo o site da banda e também o site Blabbermouth, para esta edição de luxo, tanto o DVD quanto o disco de Blu-Ray conterão três videos de músicas bônus: “Tom Sawyer”, “Limelight” e o video clipe inédito de “Vital Signs”, tudo em versão 5.1 Surround.



Ambos os formatos de DVD e Blu-Ray serão editados com som surround 5.1 e áudio estéreo de alta qualidade, além de trazerem uma galeria com fotos inéditas das sessões de gravação originais.

“Moving Pictures” é o oitavo álbum do trio canadense e traz o sucesso “Tom Sawyer”, a música mais lembrada no Brasil por conta e ter servido de vinheta para o seriado de TV ”MacGyver”, produzido entre 1985 e 1992 nos Estados Unidos e exibido na época no Brasil pela TV Globo – parabéns, afinal, para o programador da emissora que resolveu escolher a música como vinheta introdutória. Por aqui o nome do programa era “MacGyver: Profissão Perigo”.

O álbum original tinha apenas sete faixas, mas trazia outros hits e clássicos do rock como ”Limelight”, a maravilhosa “Red Barchetta” e a instrumental “YYZ”, talvez a melhor trilha incidental roqueira já criada.



Lista de músicas:

CD:

01. Tom Sawyer
02. Red Barchetta
03. YYZ
04. Limelight
05. The Camera Eye
06. Witch Hunt
07. Vital Signs

DVD-Audio/Video:

01. Tom Sawyer (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
02. Red Barchetta (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
03. YYZ (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
04. Limelight (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
05. The Camera Eye (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
06. Witch Hunt (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
07. Vital Signs (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
08. Tom Sawyer (Music Video – 5.1 & Stereo)
09. Limelight (Music Video – 5.1 & Stereo)
10. Vital Signs (Music Video – 5.1 & Stereo – Previously Unreleased)

Format 2 (CD + Blu-ray):

CD:

01. Tom Sawyer
02. Red Barchetta
03. YYZ
04. Limelight
05. The Camera Eye
06. Witch Hunt
07. Vital Signs

Blu-ray:

01. Tom Sawyer (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
02. Red Barchetta (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
03. YYZ (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
04. Limelight (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
05. The Camera Eye (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
06. Witch Hunt (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
07. Vital Signs (Audiophile 5.1 Surround and Stereo)
08. Tom Sawyer (Music Video – 5.1 & Stereo)
09. Limelight (Music Video – 5.1 & Stereo)
10. Vital Signs (Music Video – 5.1 & Stereo – Previously Unreleased)

terça-feira, abril 19, 2011

Carreiras de Paul Rodgers, Free e Bad Company revisitadas



Paul Rodgers foi definido nos anos 70 por Rod Stewart e Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Black Sabbath) como o melhor cantor de rock daquele tempo, 1974 – sendo superior até mesmo a Freddie Mercury, do Queen. Não era apenas da boca para fora. O então jovem vocalista inglês tinha o respeito da crítica e de público, além da fama de “pé-quente”: todo projeto que se envolvia se transformava em sucesso.

Hoje Rodgers é um respeitável senhor de 60 anos que teve uma vitoriosa pasagem pelo Queen entre 2004 e 2008 – Queen + Paul Rodgers -, que rendeu dois DVDs, um CD de estúdio (“Cosmos Rock”) e um duplo ao vivo (“Return of the Champions”).

E recebe uma justa homenagem com o lançamento do álbum “The Very Best of Free and Bad Company featuring Paul Rodgers”, uma compilação que reúne os maiores hits das duas bandas. Não bastase isso, “Songs for Yesterday”, maravilhosa caixa com cinco CDs com o melhor da carreira do Free, deverá ser reeditada neste mês.



Como ser iluminado que é considerado, o vocalista teve a suprema felicidade de encontrar outros três garotos-prodígio em Londres aos 17 anos, em 1967. Assim como ele, eram talentososo e fanáticos pelo blues.

Rodgers, o guitarrista Paul Kossof, o baixista Andy Fraser e o baterista Simon Kirke fundaram naquele ano o Free, que lançou seu primeiro álbum logo no ano seguinte com clássicos do blues, só que com um sotaque diferente, mais arrastado e mais pesado, com uma timbragem de guitarra mais rasgada.



O quarteto logo chamou a atenção de várias gravadoras e promotores de shows, tornando-se o queridinho do blues-rock britânicos. O auge veio em 1970, com o álbum “Fire and Water”, considerado até hoje um clássico do rock inglês e um dos mais importantes do subgênero blues rock.

Ao mesmo tempo em que eram talentosos, os quatro tinham egos imensos e brigavam com muita frrequência. O grupo implodiu em 1972, com a saída de Kossof devido a excesso de drogas e às brigas entre Fraser e Rodgers.

Kossof tentou um gravar naquele ano um álbum solo com a ajuda do baixista Tetsu Yamauchi (que depois foi para o Faces) e do tecladista John “Rabbit” Bundrick (que desde 1979 é músico de apoio do Who). O álbum “Kossof, Testu, Rabbit and Kirke” foi gravadp, mas só lançado muito mais tarde.


Formação do Free em 1971 (Rodgers está no fundo, à esq.)

No final de 1972 houve uma tentativa de reunir o Free, mas as brigas entre Rodgers e Fraser pioraram, assim como o vício de Kossof. O último álbum, “Heartbreaker”, de 1973, não contou com Fraser, sendo que Kossof tocou apenas em algumas músicas apenas.

Bundrick e Yamauchi completaram as lacunas, mas não houve jeito, o final foi irreversível. O álbum, entretanto, teve boa recepção, e o maior hit da banda depois da ótima “All Right Now”, o maior sucesso: “Wishing Well”.

Andy Fraser foi cuidar de sua vidam gravou alguns álbuns solo, mas mergulhou no ostracismo. Kossof criou a banda Backstreet Crawler, gravou dois discos solo e morreu em 1976 durante um voo entre a Inglaterra e os Estados Unidos. Sofreu um ataque cardíaco em consequência do excesso de drogas.

Paul Rodgers e Simon Kirke formaram o Bad Company em 1974 com Mick Ralphs (guitarra, ex-Mott the Hoople) e o baixista Boz Burrell (ex-King Crimson). Um pouco antes, o vocalista foi sondado para substituir Ian Gillan no Deep Purple. O quarteto foi considerado o precursor do chamado hard rock, já que Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple faziam o chamado rock pesado ou pauleira.

O Bad Company fez um sucesso estrondoso até 1980, em parte também pelo suporte dado pela Swan Song, gravadora-selo do Led Zeppelin. Assim como no Free, Rodgers continuou sendo uma usina de hits em parceria com Ralphs e Burell, como “Bad Company”, “Feel Like Makin’ Love”, “Shooting Star” e “Ready for Love”.


Formação do Bad Company em 1974 (Rodgers é o segundo da esq. p/ a dir.)

Uma crise de criatividade e o esgotamento das relações entre os membros culminaram com a saída do cantor em 1982 – o Bad Company continuou ma década de 80 com o vocalista Brian Howe. Rodgers lançou um álbum solo, “Cut Loose”, em 1983.

Em seguida, uniu-se a Jimmy Page (ex-Led Zeppelin) na banda Firm, que durou dois anos e dois discos, até 1986. Um hiato de cinco anos e ele volta em 1991 com a banda The Law, ao lado de Kenny Jones (ex-baterista do Who, Faces e Small Faces), que fracassa.

Seu trabalho solo mais marcante é “Muddy Waters Blues”, um álbum de 1993 quase todo recheado de músicas do mestre norte-americano do blues tendo a participação de alguns amigos de peso, todos guitarristas, como Jeff Beck, Brian May (Queen), Brian Setzer, Neal Schon (Journey), David Gilmour (Pink Floyd), entre outros.

Após a saída do Queen, uniu-se a Mick Raplhs e Simon Kirke para uma nova encarnação do Bad Company, que fez uma turnê mundial no começo deste ano.

Lista de faixas do álbum “The Very Best of Free and Bad Company featuring Paul Rodgers”:

Bad Company:
01. Can’t Get Enough
02. Rock Steady
03. Feel Like Makin’ Love
04. Rock ‘n’ Roll Fantasy
05. Ready For Love
06. Run With The Pack
07. Seagull
08. Shooting Star
Free:
09. My Brother Jake
10. Wishing Well
11. Be My Friend
12. Hunter, The
13. Little Bit Of Love
14. Fire And Water
15. All Right Now

domingo, abril 17, 2011

Justiça é o caminho contra quem não cumpre o básico



Em país em que estrutura de fiscalização de qualquer coisa é deficiente, a Justiça não pode mesmo ser de boa qualidade, devido à sobrecarga de ações. Não poderia ser diferente. Fronteiras são uma peneira, permitindo a entrada de qualquer tipo de material pirata, armas e drogas. Os órgãos públicos, tanto federais e estaduais, estão sucateados e são vulneráveis à corrupção. O que sobra?

Estão crescendo de forma absurda as ações judiciais contra planos de saúde e o governo federal por conta da péssima assistência médica que é oferecida ao brasileiro.

Reportagem do Fantástico, da TV Globo, mostrou recentemente que a Justiça está atolada por ações – e sentenças não cumpridas – a respeito de gente doente que não consegue acesso a remédios caros, que deveriam ser fornecidos a quem precisa – e que sempre pagou seus impostos.

Uma juíza do Rio Grande do Sul chegou ao ponto de mandar prender um procurador federal em Porto Alegre por conta do não cumprimento de uma sentença favorável a uma pessoa acometida de moléstia grave e que foi solenemente ignorada pelo Ministério da Saúde e pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A argumentação de um funcionário de terceiro escalão do ministério designado para falar à reportagem é um show de incompetência, um acinte à inteligência e uma bordoada no bom senso: “As decisões judiciais só pioram a situação. Isso significa que temos de tirar de dinheiro de algum lugar para atender a esse pessoal. O orçamento acaba sendo abalroado e alguém fica sem atendimento.”

É por essas e outras que a Justiça acaba sendo o último recurso para quem está entre a vida e a morte, diante da insensibilidade criminosa de um governo que um dia se disse representante do povo e dos trabalhadores.

As reclamações do Judiciário são veementes ao pedir para que se evite sugerir que esse tipo de demanda seja encaminhada aos tribunais, justamente por conta da sobrecarga de trabalho. Mas o que fazer, se o próprio Judiciário é incapaz de fazer com que o Executivo fiscalize o cumprimento da lei?

Portanto, consumidor, não se acanhe: demandas judiciais contra planos de saúde que recusam coberturas e contra governos que ignoram suas obrigações básicas são legítimas e necessárias.