sábado, julho 25, 2020

Notas roqueiras: Diabo Verde, Insanidade, Omegakill...




- A banda Diabo Verde está reformulada e apresentou os músicos Leandro Nô na bateria (ex-Dead Fish) e Fábio “Bolinha” Barreto no baixo (Serial Killer), que se unem ao vocalista Paulinho Coruja e Fellipe Madureira, guitarrista. O novo trabalho do grupo, "Losar", é conceitual, onde Coruja escreveu todas as quatro letras do disco em homenagem ao amigo pessoal, o ativista e músico Marcelo Yuka, expO Rappa, que morreu em 2019. Com vários momentos, ideias, conversas e convivência dos dois amigos, Paulinho, compôs as letras de "Karma", "Sankalpa", "A Alavanca" e "Finamente Livre", se baseando em conversas entre eles e sobre a vida dele. Ouça em https://open.spotify.com/album/2aMc7rPWTI7GcwMdZsZi4m?si=lk4XmBw4Spm7AY0ueV-GBQ

- Trabalhando na divulgação de seu álbum, “Hello Suckers”, lançado nesse ano de 2020, a banda Insanidade lançou o vídeo oficial para a faixa “Gota Ácida” em seu canal oficial no YouTube. Veja em https://www.youtube.com/channel/UCaR-5faHcKZbut5WU6HCltA/featured

- A banda Omegakill disponibilizou o single “Guerra” nas plataformas digitais de música, além de um vídeo que foi disponibilizado no YouTube. Confira em https://www.youtube.com/watch?v=f5K95ZWtczo

Com a morte de Peter Green, vai-se uma parte da essência do blues inglês

Marcelo Moreira

Ele era esquisito - sempre foi. Parecia que gostava mais da guitarra do que de seres humanos. Era doce, gentil e tímido, mas poderia se tornar irascível e intratável em pouco tempo. Só a guitarra e o blues o acalmavam.

Peter Green era indissociável do instrumento musical. Podia ser instável, mas era extremamente focado quando subia no palco e entrava no estúdio. Era tão respeitável e venerado que uma banda com potencial incrível mudou de nome para agraciá-lo, quando entrou. E o Fleetwood Mac virou Peter Green's Fleetwood Mac no final dos anos 60.

Um dos mestres do rock e do blues britânicos morreu neste sábado, aos 73 anos de idade. Debilitado há muito tempo, teve uma sobrevida musical a partir dos anos 90 com a ajuda de e muitos amigos. Ainda tocava muito, com destreza, mas perdera o brilho e praticamente não se comunicava com a plateia.

Há que diga que ele foi um dos taletos perdidos da guitarra, ao lado de gente como Paul Kossoff (Free) e Tommy Bolin (Deep Purple, James Gang e Zephyr), com a enorme diferença de que permaneceu vivo, mesmo que sequelado.

Meio que surgiu do nada no circuito de jazz e blues londrino muito jovem. Não ligava para o rock, mas se encantava com todos os músicos de blues com quem topava.

Com fraseado limpo e certa velocidade nos solos, com feeling esplendoroso, chamou a atenção de muitos "olheiros", e acabou sendo um dos substitutos de Eric Clapton nos Bluesbreakers do mestre John Mayall.

Encantou, mas sua instabilidade logo o levou para outros ares a partir de 1967, e foi laçado pelo amigo baixista John McVie, um antigo companheiro de Bluesbreakers.



O Fleetwood Mac já existia, ao lado de outro amigo, o baterista Mick Fleetwood, e fizeram a deferência de colocar o nome do novo guitarrista na designação oficial.

Ao lado do Savoy Brown, a nova banda,um quinteto, logo virou sensação do blues britânico em 1968, com Green se tornando um instrumentista incendiário e matador, logo comparado a Clapton e Jimi Hendrix.

Tímido e avesso a badalações, apostava tudo na guitarra e logo começou a mostrar os sintomas de alguma perturbação, brigando muito com os colegas e desaparecendo às vezes antes e mesmo durante os shows.

Jornais da época mostram que os problemas atingiram o auge quando o Fleetwood Mac se preparava para estourar, em 1970.

Exasperado com o começo da fama e exausto com a agenda carregada, Green sumiu de vez e deixou a banda na mão, que só voltaria a ter alguma esperança três anos depois, com novos integrantes, nova orientação musical e critérios mais flexível para atingir o sucesso.

O guitarrista, por sua vez, abraçou algumas seitas religiosas e passou por tratamentos psiquiátricos até ser resgatado no fim dos anos 70 por amigos. Algumas vezes em estado catatônico, retornou lentamente ao circuito de pubs e realizou algumas gravações desde então.

Nos anos 90, a carreira ganhou novo rumo, com mais amigos se engajando em suas apresentações e uma ajuda preciosa de Gary Moore, que lançou o CD "Blues For Greeny", só com clássicos ue marcaram a carreira do mestre. Desde então foram vários CDs e turnês, com o músico em forma, aparentemente recuperado, mas pouco comunicativo.

Segundo a família do guitarrista, em comunicado lacônico, ele morreu enquanto dormia, sem divulgar a verdadeira causa da morte.

Delinquência digital não pode encontrar amparo na liberdade de expressão

Marcelo Moreira



Os fascistas surtam quando são pegos no flagra e são colocados de castigo. A determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de derrubar contas de criminosos contumazes está deixando essa gente espumando de raiva.

A medida alcança os seres execráveis que disseminam - quando não as criam - fake news, as notícias falsas criadas deliberadamente para enganar e confundir. Jair Bolsonaro foi eleito, em grande parte, graças a esse expediente criminoso.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes está dentro dos inquéritos conduzidos dentro do STF sobre as fake news que têm a corte como alvo, assim como seus ministros. E Moraes tem sido implacável e atacou principalmente contas de gente ligada ao bolsonarismo e apoiadores do execrável presidente.

Claro que esses bandoleiros e muitos outros que apoiam a extrema direita nojenta (isso é redundância) saíram dos esgotos para protestar e apontar o que chamam de ataque oficial e judicial à liberdade de expressão.

Seria uma desonestidade intelectual se considerássemos essa gente digna de respeito. Essa gente não merece respeito. São criminosos contumazes que pouco foram incomodados ao longo da vida por conta de seus delitos.

Mesmo entre gente séria a medida causou polêmica, com alguns considerando um atentado à liberdade de expressão, outros acreditando estar aberto um precedente perigoso de intervenção judicial em casos que deveriam ser analisados e julgados depois de ocorridos os fatos.

Ou seja, há quem acredite que o STF esteja legislando por antecipando, julgando e condenando os criminosos de sempre na tentativa de evitar que novos crimes sejam cometidos.

Na minha opinião, são argumentos falaciosos. Fake news são consideradas crimes atualmente mo Brasil e foram identificados vários criminosos que usam e abusam do expediente.

Se o crime está identificado, assim como os seus autores, não seria algum tipo de prevaricação não agir contra essa gente asquerosa?

Os argumentos de abertura de precedente perigoso e de que o STF tenta se antecipar ao cometimento de crimes até merecem uma discussão mais aprofundada, mas é inegável que era necessária uma ação firme e enérgica contra essa bandalheira.

Juristas importantes reconhecem a ação necessária, mas também acreditam que a fundamentação jurídica pode ser questionada. Que assim seja.

O que não pode é dar liberdade total aos criminosos cibernéticos, depredadores de reputações e deturpadores de notícias. Eles precisam ser incomodados, e dentro da lei, como está sendo o caso presente.

Quanto às queixas dos alvos das medidas, devem ser ignorados e punidos exemplarmente. Para estes, a liberdade de expressão é apenas um conceito vago e que deve ser usado apenas de forma oportunista e conveniente para cometer e justificar delitos.

Que discutamos os fundamentos jurídicos da decisão de Alexandre de Moraes, mas não percamos de vista o fato de que fake news são crime e que jamais, em circunstância nenhuma, podem ser enquadradas em qualquer tipo de liberdade. Os delinquentes digitais finalmente encontraram um algoz.




Noturnall libera na íntegra o DVD 'Made in Russia'



Em comemoração ao Dia do Rock, a banda Noturnall colocOU, no seu canal no Youtube, a íntegra do dvd "Made In Russia", a partir de 13 de julho, quando chega também o áudio do álbum nas plataformas de streaming.

Em maio, 12 mil fãs já conferiram num live streaming esse material que capta a turnê histórica com três shows nas cidades russas de Moscou, Yakateremburgo e São Petesburgo, ao lado da banda norte-americana Disturbed.

Em “Made In Russia” estão reunidas as músicas mais famosas do Noturnall, e também as novas composições, como "Cosmic Redemption", cujo clipe já está no Youtube e registrou quase 300 mil vizualizações.

O Noturnall é formado por Thiago Bianchi (vocal), Mike Orlando (guitarras), Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria).

Thiago Bianchi comenta sobre o dvd: “Apesar de ser um show curto, conseguimos cobrir boa parte dos sucessos da banda e ainda trazer duas músicas que estarão em nosso próximo disco, a “Scream! For!! Me!!!” – que originalmente contou com ninguém menos que Mike Pornoy no clipe oficial – e “Cosmic Redemption”, que dá nome ao novo álbum do Noturnall. Aliás, “Cosmic Redemption” é uma música que já vínhamos tocando em shows ao longo do último ano, inclusive foi muito pedida nos shows de nossa última tour com Mike Portnoy pelo Brasil”

1965 para o rock: um ano fundamental, o mais importante ou apenas o início de tudo?


Marcelo Moreira

Pode a premissa estar errada, mas ainda assim o livro ser bom e interessante? É raro, mas pode acontecer. O jornalista e historiador norte-americano Andrew Grant Jackson arriscou e se confundiu, esbarrando em equívocos por todo o livro "1965 - O Ano Mais Revolucionário da Música", editado recentemente no Brasil pela editora Leya.

Cravar esse tipo de afirmação em uma obra literária é temerário, ainda mais em um assunto como a cultura pop. Por que 1965, e não 1967, quando obras-primas do rock foram lançadas, ou 1968, ano em que o mundo pop foi influenciado por acontecimentos sociopolíticos? Ou então 1970, que é o ano em que os sonhos acabaram e a arte ficou mais "profissional"?

Jackson expôs muitos argumentos em 330 páginas e não convenceu - não conseguiu provar categoricamente que 1965 foi o ano mais importante da música pop.

No entanto, com um texto leve e informativo, e com toneladas de referências, cometeu uma obra importante, onde descrever com clareza e uma interpretação sociocultural alguns dos principais fatos da década de 1960.

Será que 1965 - há 55 anos, portanto - foi mesmo um ano revolucionário no rock a ponto de ser considerado o mais importante?

Se o autor não prova o que título da obra vaticina, consegue fazer um panorama bem legal não só do ano citado, mas de toda a área cultural desde o ano de 1950.

Bem contextualizado, o texto mostra a gênese de alguns álbuns e singles importantes, descreve como os principais artistas as criaram e o ambiente em que criaram, citando o "clima" interno de bandas e os problemas pessoais que os envolviam.

Foi a situação de John e Michelle Philips, por exemplo, eram o casal principal do Mamas and the Papas, mas a banda quase acabou em 1965, antes do sucesso, por causa do caso extraconjugal de Michelle com Dennis Doherty, o guitarrista principal da banda (John os pegou no flagra, houve briga, mas a banda prosseguiu por anos, assim como o caso dela com Doherty).

Esse clima foi crucial para a composição de vários hits da banda, assim a paixão não correspondida da outra vocalista, Mama Cass Eliott por Doherty.



Jackson foi além, descrevendo como funcionavam as paradas de sucesso de folk, rock, pop, blues e soul, mostra como foram importantes algumas obras do período, como as de Frank Sinatra, Otis Redding, Marvin Gaye, os artistas da Motown, Stax, da cena country e do blues. Passa também, ainda que rapidamente, mas com conteúdo, pela cena inglesa de blues e rock da primeira metade dos anos 60.

Pela formação e pela paixão, o autor dedica muitas e muitas páginas ao que chama de folk rock, e Bob Dylan acaba ganhando um protagonismo exagerado, embora não fora de propósito. O músico entremeia relatos em várias partes do livro, ganhando uma análise profunda de sua obra e do impacto que vários fatos tiveram em sua música.

Para leitores que têm um conhecimento superficial da vida norte-americana daquele período, o livro traz um bônus: relatos importantes do clima político, econômico e social que marcaram a década.

Estão lá explicações sobre os principais conflitos raciais dos anos 60, as disputas políticas entre conservadores e liberais, as lutas às vezes sangrentas pelos direitos civis de minorias, as campanhas e filosofias de gente como Malcolm X e Martin Luther King, as causas do surgimento dos hippies, a decadência econômica de polos industriais como Detroit e o norte da Califórnia, o impacto que a política belicista em relação ao Vietnã e a sua desastrosa guerra tiveram na sociedade e como isso influenciou diretamente a música.

Mesmo não comprovando a tese do título, o livro de Jackson é interessante pelas informações que compila e pela contextualização necessária sobre uma época rica da arte da cultura ocidental. A conclusão é questionável, mas como obra história cumpre satisfatoriamente o seu papel.

sexta-feira, julho 24, 2020

Em tempos de barbárie e genocídio, não há limites entre conivência e insensatez

Marcelo Moreira

Enquanto o mercado se mexe para garantir algum tipo de auxílio financeiro para profissionais do mundo das artes que estão sem renda alguma e passando necessidades - e enquanto todos nós procuramos soluções e ideias para revitalizar o setor -, o maior obstáculo, como era esperado, vem do Palácio do Planalto.

A sabotagem dos programas e atividades de combate à pandemia do coronavírus, criminosa por por parte do presidente Jair Bolsonaro e seus ministros asquerosos, atinge níveis inaceitáveis e afeta diretamente as perspectivas de normalização da vida das pessoas e da economia.

Não se trata apenas de negacionismo ou mera ignorância. É um conjunto de políticas genocidas e destrutivas que vão alongar a volta de qualquer normalidade.

Ou seja, as iniciativas malignas desse governo federal execrável vão esticar a pandemia e impedir que a maioria das atividades possa voltar a funcionar de alguma forma.

Primeiro setor a ser afetado e o último que vai se recuperar, a cultura/artes/entretenimento está ainda mais refém da falta de noção e das decisões lesivas e criminosas vindas de Bolsonaro e seus ministros.

Qualquer tribunal internacional não teria dificuldades em condenar Bolsonaro e seu ministro interino da Saúde por ignorar deliberadamente as instruções de estudos realizados por comitês do próprio governo e do Exército brasileiro recomendando o isolamento social - documento datado de abril.

Da mesma forma que seriam facilmente condenados pela insistência no uso de cloroquina, claramente ineficaz contra a covid-19. E o que dizer do fato de o Ministério da Saúde ter aplicado somente 35% das verbas destinadas ao combate da pandemia?

O pior, como se isso fosse possível, foi a informação de que o governo federal, por meio de alertas ao Ministério da Saúde, sabia que haveria problemas graves no Brasil inteiro no abastecimento de medicamentos necessários para o combate à pandemia.

Não só nada foi feito para resolver essa questão como há indícios de que o governo deliberadamente ignorou os alertas. Ou seja, milhares de mortes poderiam ser evitadas e os hospitais poderia ter ficado menos abarrotados.

Sem perspectivas no retorno dos espetáculos, resta apenas cumprir as determinações legais chanceladas por especialistas para tentar reduzir o tempo de propagação da doença e apoiar as medidas de controle. (FOTO: ROÇA'N'ROLL/DIVCULGAÇÃO)
Interiorização da doença, estagnação de casos e mortes em patamares altíssimos e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) lotadas, além de falta de leitos nas emergências. Tudo previsto e esperado, diante da criminosa omissão do presidente e de seu governo inexistente.

Com as perspectivas do aumento de mortes e da falta de controle da doença, não há a menor condição de se fazer previsão minimamente crível sobre o fim do rigor no isolamento/distanciamento social. Julho de 2021 para a volta de shows, como preveem alguns especialistas? Pouco provável.

E não é que, diante de quadro pavoroso como o descrito acima, idiotas que se dizem artistas, seja por desespero, seja por desonestidade intelectual, começam a clamar pelo fim total de qualquer tipo de isolamento social?

"Precisamos trabalhar, o mundo não pode parar por causa de uma doença", vomitou um conhecido músico de banda de rock nacional nesta semana, que desde sempre manifestou apoio cauteloso ao incapaz e incompetente governo Bolsonaro.

Descrente da gravidade da pandemia e de seus efeitos, abraçou definitivamente o negacionismo e virou mercador da morte, como seu "mito", que é rechaçado até mesmo pelas emas do Palácio da Alvorada.

Como estamos registrando há tempos neste Combate Rock, temporariamente substituído pelo Superball Express, esse imbecil não está sozinho diante de tamanha barbaridade. Não scoão poucas as pessoas da área da música que o apoiam em seus jatos de vômito nas redes sociais bradando contra o distanciamento social e as medidas contra a covid-19.

Já ultrapassamos a fase da mediocrização da nossa sociedade em 2020. Assim como os Estados Unidos, "evoluímos" para o modo "imbecilização total", a julgar por ruas e praias cheias de lixos humanos que decidiram deliberadamente desrespeitar todas as leis e medidas necessárias de combate à pandemia.

Não é por outra que o execrável desembargador paulista, da cidade de Santos, se tornou a imagem emblemática do fracasso de nossa sociedade no combate à pandemia e também na construção de um povo educado e decente, consciente dos objetivos comuns e da necessária tomada de decisões em prol do coletivo.

A combinação de um governo lesivo e criminoso em relação à saúde pública, por questões ideológicas, e de um povo estúpido e ignorante fará com que a demoremos muito mais do que o previsto para controlar a doença, o que significa que demorará muito mais para que as atividades culturais voltem a ser permitidas com algum público ou com alguma perspectiva de geração de renda.

E é lamentável perceber que gente de cultura e das artes está contribuindo decisivamente para que essa tragédia se perpetue.

Sempre confiaNdo em informações de qualidade e nas palavras da cientistas e especialistas, entendemos que a volta de espetáculos deverá ser a última coisa a voltar a alguma normalidade.

Ficou claro que é possível que fiquemos sem shows, teatro, cinema, futebol e restaurantes. Que assim seja, pelo tempo que for necessário, para combater a prior pandemia em 100 anos, por mais que um povo burro e ignorante como o brasileiro, estimulado por um presidente estúpido e que age criminosamente, atuem contra.

Parece que ninguém entendeu o significado do cancelamento da Parada Gay de São Paulo e do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, para não falar do adiamento o Carnaval pra, quem sabe, em julho de 2021. Se tais medidas foram tomadas, é porque há algo de errado no mundo, né? Parece que tem algo de grave acontecendo...

Reivindicar neste momento a reabertura de bares e restaurantes e a volta de espetáculos, além de frequentar praias e ruas de comércio abarrotadas, é ser conivente com o genocídio.




Notas roqueiras: Drowned, Monday Riders, Insanidade, Dynasty of Metral...




- Gravado em modo “Quarantine Sessions”, o Drowned recriou uma versão pesada e agressiva de “Authority” do Biohazard. O vídeo acaba de ser lançado exclusivamente no canal oficial da banda e você assiste em https://www.youtube.com/watch?v=WuhJbpf-K-4&feature=youtu.be. Os convidados no vídeo são: Amílcar Christófaro (Torture Squad), André Meyer (Distraught), Sérgio Ferreira (Overdose/Hell's Punch), Dimitri Brandi (Psychotic Eyes), Jonny Armani (Bulldogs), Jay Heart (Syntz), Eduardo Ferreira (Preceptor), Rubens Trindade (Black Feather Klan), Rodrigo Fonseca and Fábio (Hellcome), Ênio Jr. (Distúrbio Sub-Humano), E ainda tem Carol Vegas, Migliácia Costa, Darci Roberto, Douglas Tattoo e Joel Reis.

- Acaba de ser liberado oficialmente no canal de YouTube da Monday Riders vídeo em modo “Quarantine Sessions”, para a faixa "Master of Time". A música foi gravada especialmente para o festival online, MetalStock, que foi transmitido no final de semana do Dia Mundial do Rock. Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=n8Uv5Rb3m1E

- Trabalhando na divulgação de seu álbum de estreia, “Hello Suckers, a banda punk Insanidade havia anunciado o lançamento do vídeo da faixa “Gota Ácida” para esse último sábado. Pois agora o mesmo se encontra disponível no canal oficial da banda no YouTube, e pode ser visto em
https://www.youtube.com/watch?v=PFHU0AuluAI

- Próxima de completar 25 anos de carreira, a banda mineira Dynasty Of Metal inicia um novo projeto para comemorar a data, desta vez com um trabalho em tributo a nomes que ajudaram a moldar a sonoridade da banda e ainda servem de inspiração para a mesma. O disco já está sendo gravado e terá versões para músicas de bandas como Narnia, Tourniquet, Impellitteri dentre outros com previsão de lançamento para o final do primeiro semestre de 2021. Para ajudar na arrecadação de recursos para o financiamento do disco e também de seu material de divulgação (videoclipe e lyric vídeo), foi criada uma rifa virtual no valor de R$ 30,00 onde o prêmio consiste nas primeiras prensagens dos discos "Motus Perpetuus" (2004), "Warriors Of The King" (2010) e "Step By Step" (2017), todos eles autografados pelos membros que os gravaram. Serão disponibilizados 200 números na rifa, que pode ser acessada no link abaixo:
https://bit.ly/3gYGXlv

O P que não era Palmer na bateria com Emerson e Lake, há 35 anos


Marcelo Moreira
Keith Merson, Greg Lake e Cozy Powell em 1986 (FOTO: DIVULGAÇÃO)

São raros os artistas que percebem a situação de esgotamento criativo e admitem que passam por tal problema. E mais raros ainda aqueles que tomam decisões radicais para mudar.

O tecladista inglês Keith Emerson teve essa sabedoria e reuniu coragem para convencer os colegas Greg Lake (baixo e vocal) e Carl Palmer (bateria) a encerrar o trio Emerson, Lake and Palmer no fim do auge da trajetória do grupo em 1980.

Quando houve a volta, seis anos depois, os fãs foram surpreendidos. O ELP voltava à ativa, mas o P não era Palmer, mas um certo senhor Powell – Cozy Powell, um dos melhores bateristas da história do rock, um substituto à altura para a lenda Carl Palmer.

E o trio virou Emerson, Lake and Powell, que lançou apenas um trabalho, em 1986. No entanto, o acordo mesmo ocorreu um ano antes, quando os ensaios começaram na Inglaterra, há 35 anos.

 

E surge um grande P como opção

Na época em Keith Emerson reunia forças para ao menos discutir a separação ou eventual hiato prolongado do trio, em 1980, Lake e Palmer tinham a mesma impressão, mas cada um deles estava reticente em abrir o jogo com os colegas, com medo de errar feio.

Emerson tomou a iniciativa de colocar o assunto na mesa. Aliviados, todos admitiram que era hora de parar por ali, após o os resultados decepcionantes do apenas mediado álbum “Love Beach”, de 1979.

Felizes, os três encerram o grupo sem dramas e partiram para novos projetos. palmer montou o Asia com John Wetton (ex-Uriah Heep e King Crimson), Steve Howe (ex-Yes na época) e Geoff Downes (tecladista com passagem pelo Yes). Emerson e Lake iniciaram carreiras solo.

Cinco depois, uma onda de nostalgia assolou o mundo do rock progressivo com o surpreendente sucesso da nova formação do Yes, ressuscitado em 1983 com pegada um pouco mais pop e totalmente estourado nas paradas com o álbum “90125″, puxado pelo megahit “Owner of a Lonely Heart”.

Greg Lake achou que seria uma boa ideia reativar o antigo trio, já que sua carreira solo não decolara. Não foi difícil convencer Keith Emerson, até então o mais reticente com a reunião.

Embora com carreira solo relativamente bem-sucedida e enfronhado na área de composição de trilhas sonoras para cinema, adorava os holofotes e estava ressentido por estar “esquecido” em um tempo onde o heavy metal cru e barulhento e o hard rock de cabelos de laquê dominavam tudo.

O problema era Carl Palmer, então líder do Asia, que se tornara um sucesso monstruoso com sua música pop derivada do rock progressivo, mas com bom gosto.

O baterista ficou tentado a se reunir com os antigos companheiros, mas não conseguiu se desincumbir dos compromissos com sua banda à época. ele tentou várias soluções, mas Howe e Downes pediram para que não saísse.

O jeito foi improvisar e achar outro P para reativar o ELP. A opção foi encontrada de fomra muito rápida e de forma consensual: Cozy Powell, um virtuoso da bateria com pegada forte e tendência a se envolver com projetos de música pesada. O currículo era impressionante: o obscuro mas ótimo Bedlam, Jeff Beck Group, Rainbow, Whitesnake, Roger Daltrey, Black Sabbath, Michael Schenker Group, Gary Moore…

O entrosamento não foi difícil, já que Powell era muito profissional e excelente músico. No final de 1985 o acordo foi selado e o trio logo entrou em estúdio para gravar o único álbum da banda, “Emerson, Lake and Powell”, de grande repercussão e bom desempenho nas emissoras de rádio de paradas de sucesso, ancoradas na música power progressiva “Touch and Go”, sucesso imediato.



Outras ideias muito boas estavam no disco, como a excelente “The Score”, totalmente progressiva, com ares setentistas, mas com sonoridade moderna e um show de exibicionismo de Emerson.

Para compensar a dispensável balada “Lay Down Your Guns”, um monumento erudito em forma de rock pesado e progressivo: “Mars, The Bringer of War”, do compositor austríaco Gustav Holst e parte integrante da sinfonia “The Planets”. Os três brilham na música, mas fica nítido que Powell foi o que mais se divertiu.

Tudo muito certo, tudo correndo bem. Só que o espírito nômade de Powell se manifestou novamente. Por mais que trabalhasse com dois músicos excelentes, sentiu que sua criatividade estava limitada. Por outro lado, Emerson ficou incomodado com o peso adicionado por Powell ao trio. Sentia saudades dos fraseados mais complexos e inventivos de Carl Palmer.

Lake compartilhava da opinião do tecladista, mas, ao contrário, estava curtindo a nova fase e a pegada pesada do substituto de Palmer. O baixista sempre foi o mais chegado ao mundo pop. De certa forma, era o menos erudito, o que não quer dizer mais fraco – muito pelo contrário.

O fato é que havia muito respeito profissional e musical entre os membros, houve profissionalismo ao extremo e a realização de um álbum muito bom e uma turnê bem-sucedida. Só que a química não era a ideal. Powell disse tempos depois que curtiu cada segundo trabalhar com os dois, mas que definitivamente o rock progressivo não era a praia dele. A separação foi consensual e inevitável.

A carreira dos músicos desde então foi tortuosa. Emerson tentou reunir o Emerson, Lake and Palmer em 1988, já que Carl Palmer havia deixado o Asia. O problema foi Greg Lake, que já tinha se comprometido com outros projetos – e também não mostrou muito interesse em voltar.



O jeito foi montar algo parecido com a parceria com Powell de dois anos antes. Para o lugar de Lake, foi convidado o multi-instrumentista norte-americano Robert Berry, em um projeto batizado de 3 (ou Three, em alguns países). Um único álbum surgiu, “The Power of the 3″, creditado na primeira prensagem, na Inglaterra, a Emerson, Berry and Palmer.

Mesmo com o fracasso completo do álbum, houve uma pequena e interessante turnê pelos Estados Unidos em 1989. Fim de turnê, fim de grupo. A reunião do trio original só ocorreria em 1992, com turnê mundial (que passou pelo Brasil) e um novo álbum, “Black Moon”.

Deu tão certo que o grupo manteve a pegada até 1998, quando nova separação ocorreu, desta vez não de forma muito amigável. Emerson reclamava na internet que Lake não se dedicava à banda e à evolução musical como ele e Palmer.

Todos retomaram suas carreiras solo, com Lake tocando com Ringo Starr em 2001 e depois paulatinamente diminuindo suas atividades. Em 2004 tocou baixo na música “Real Good Looking Boy”, a primeira música inédita do Who desde 1988.



Palmer criou a sua Carl Palmer Band e foi o cabeça da reunião da formação original do Asia em 2007. Emerson voltou-se para o jazz e para o blues em sua carreira solo.

O trio fez uma última aparição no High Voltage Festival em 2010, em Londres, quando comemorou os 40 anos de criação do trio. Os três disseram que nunca mais o ELP vai se reunir. Acertaram na previsão: Emerson se suicidou aos 71 anos de idade no começo de 2016, e Lake morreu de câncer, aos 68 anos, no final do mesmo ano.

Já Cozy Powell manteve-se altamente produtivo após a colaboração com Lake e Emerson. Fez parte do Black Sabbath entre 1989 e 1991. Deveria fazer parte da formação da banda que resgatou Dio, a que gravaria o álbum “Dehumanizer”, lançado em 1992, mas caiu de um cavalo às vésperas da gravação e quebrou a bacia. Voltaria a tocar o grupo em 1995, mas só no álbum “Forbidden”. Na turnê, quem tocou foi Bobby Rondinelli.

Após dois anos tocando com uma nova encarnação da banda pop Fleetwood Mac, mudou radicalmente e se tornou o baterista do guitarrista sueco de heavy metal Yngwie Malmsteen, mas tocou pouco na turnê daquele ano, pois teve uma lesão séria no pé e teve de abandonar o barco.

Apaixonado por velocidade, tinha uma pequena coleção de carros esportivos. Foi a bordo de um deles, um modelo Saab, que morreu na hora ao espatifá-lo em 1998 contra um guard-rail em uma estrda nos arredores de Bristol, na Inglaterra. Segundo sua namorada, ele estava ao telefone celular com ela na hora da colisão. Powell tinha 51 anos de idade.

Ouça a inédita versão de Chris Cornell para ‘Patience’, do Guns N’ Roses

Do site Roque Reverso

Chris Cornell (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Caso estivesse vivo, Chris Cornell completaria 56 anos nesta segunda-feira, 20 de julho de 2020. Pensando numa homenagem ao eterno vocalista das bandas Soundgarden e Audioslave, a família deu um verdadeiro presente ao mundo do rock ao liberar nesta mesma data uma linda versão de Cornell para um clássico do Guns N’ Roses. A faixa é nada menos que “Patience”, que pertence originalmente ao álbum “G N’ R Lies”, de 1988.

A versão inédita traz a voz marcante de Chris Cornell e já entra para a lista de maiores interpretações do músico, que faleceu em 2017.

A música foi postada inicialmente nas redes pela viúva Vicky Cornell com uma mensagem explicando o surgimento da ideia de gravar a canção e lembrando com saudades do talentoso marido. Ela conta ainda com um clipe oficial, já disponível em diversas redes sociais, que contou com a produção dos filhos do Cornell: Toni Cornell e Christopher Cornell.

“Um dos engenheiros (de som) recentemente me lembrou das gravações do Chris das sessões de 2016, as quais ele ainda possuía. ‘Patience’ era uma delas. Essa gravação foi inspirada em nossa filha, Toni, que era uma grande fã do Guns N’ Roses e pediu ao pai para ensiná-la a tocar na guitarra. Sua cover é tão assustadoramente bonita; trouxe tudo de volta em uma onda de memórias agridoces”, escreveu Vicky.

E continuou: “O aniversário dele parecia o momento perfeito para compartilhar isso e celebrar Chris, sua voz, música, histórias e arte. Um homem não está morto enquanto seu nome ainda é falado… E, através de sua arte, a alma de um artista ainda brilha tão forte em todos aqueles que admiram ele e sua memória. O lançamento de músicas especiais para Chris mantém uma parte dele aqui conosco – o seu coração e sua alma. Seu amor e seu legado.”

Além das belas palavras, Vicky agradeceu a todos que continuam a celebrar a memória do falecido marido, em especial a Axl Rose, Slash e Duff McKagan, do Guns, que continuam lembrando Chris em shows – a banda de hard rock costuma tocar o clássico “Black Hole Sun”, do Soundgarden, em homenagem ao vocalista.

Vicky ainda agradece aos fãs de Chris e a seus filhos, que ajudaram no clipe. “A lembrança de seu sorriso ainda faz meu coração, partido como está, bater tão rápido como na primeira vez que nos conhecemos. Amamos você, Chris. Feliz aniversário”, completou.

No emocionante clipe, que contou com a direção de Josh Graham, várias fotos com Chris Cornell, a maioria delas com a família, vão aparecendo até que se forme o que parece uma flor no encerramento, mas que também lembra o logo do Audioslave que remete a uma chama.

quinta-feira, julho 23, 2020

Agosto com muito rock e rap no Centro Cultural Penha




Em agosto o Quintas & Quintais preparou quatro lives investindo no rock e no rap. No dia 6 de agosto, abrindo o mês, quem se apresenta é o músico Thiagones. Vocalista e guitarrista do trio Wiseman o cara mostra músicas com a pegada agressiva e ácida, caracteristicas do grupo que, dentre outros, já dividiu o palco com Ratos de Porão.

As meninas da The Monic fazem a live do dia 13 de agosto. O quarteto formado por Ale Labelle (voz/guitarra), Dani Buarque (voz/guitarra) , Joan Bedin (voz/baixo) e Daniely Simões (backing vocals/bateria) surgiu no final de 2017 sendo que três de suas integrantes eram do grupo BBGG. Com personalidade e peso a The Monic traz influências dos anos 90, resultando numa sonoridade própria e de muita atitude.

Por sua vez, quem chega quebrando tudo no Quintas & Quintais do dia 20 é Christian Targa. Conhecido como Gordo, o guitarrista é vocalista da banda O Peso. E o nome se justifica pois as músicas são destruidoras como um bate-estaca.

Gordo, que liderou por mais de vinte anos a Blind Pigs, mantém a contundência verbal em composições que põem abaixo os muros da segregação, expondo as mazelas sociais e degradação do ser humano. Ladeando o vocalista nesta empreitada estão os tarimbados Marcos Rolando (baixo) e Mário Rolim (bateria). Rolim, por sinal, é o cara por trás da identidade visual de todo material promocional do grupo.

Em 2019 o trio lançou o álbum debute disponível em vinil e CD com quatorze faixas porradas, entre elas, "Homem Botas", "Assim é nossa Vida" e "Pé na Estrada".

Encerrando a série Quintas & Quintais de agosto em grande estilo com o DJ, rapper e divulgador cultural $mokey Dee. Conhecido nacionalmente por comandar as pick-ups do emblemático grupo de rap Doctor's Mcs o cara é referência no hip-hop nacional.

Incansável já levou seu talento nas pick-ups a diveros eventos com destaque para o Hutuz, (Rio de Janeiro), Planeta Atlântida e o Trocando Idéia (Porto Alegre), em 1998 participou do "Miden Latino Americano”, em Miami, nos Estados Unidos. Atualmente, além de seu trabalho com o Doctor's MCs, também empunha o microfone no grupo Aftazardem.

Dia 6 de agosto - Live com Thiagones (Wseman)

Abrindo a Série Quintas & Quintais de agosto quem se apresenta no dia 6 é Thiagones, vocalista/guitarrista da banda Wiseman. O grupo tá na estrada há apenas seis anos e faz valer o significado (Homem Sábio).]

As letras do trio - completam a Wiseman Fábio Nasci (baixo) e Luiz Chagas (bateria) - são muito conscientes, politizadas, com críticas ácidas , doa a quem doer. Apesar do curto tempo de caminhada os caras já lançaram a demo "Reflex", em 2014 e um EP promocional em 2016.

Contudo o potencial da banda pode ser conferido na totalidade no CD "Mind Blown", de 2019, no qual explodem a mente dos ouvintes, se me permitem o trocadilho. Mergulhando nos bons sons das décadas de 80 e 90 o trio traz influências de Nirvana, Mudhoney, Seaweed, Quicksand, Farside, Pegboy, Fugazi, entre outros.

O resultado é um som agressivo, denso, pesado e distorcido. Como dizem os caras "soamos datados, sem sermos obsoletos".

O trio já dividiu o palco com gigantes do hardcore brasuca como Dead Fish, Garage Fuzz, Zander, Plastic Fire, Far From Alaska, além de uma mini tour com a Ratos de Porão, banda do carismático João Gordo. Os caras também têm na bagagem participações nos festivais Oxigênio, Terremoto e Blast Hardcore Fest.

É o bom e velho: trazer do passado uma sonoridade moderna e original.

Serviço
Dia 6 de agosto - Quintas & Quintais com Thiagones (Wiseman)
Horário: 20 horas
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Dia 13 de agosto - Live com The Monic

As meninas da The Monic fazem a live do dia 13 de agosto. O quarteto formado por Ale Labelle (voz/guitarra), Dani Buarque (voz/guitarra) , Joan Bedin (voz/baixo) e Daniely Simões (backing vocals/bateria) surgiu no final de 2017 sendo que três de suas integrantes eram do grupo BBGG.

Com personalidade e peso a The Monic traz influências dos anos 90, resultando numa sonoridade própria e de muita atitude. Apesar da curta trajetória o grupo vem recebendo críticas elogiosas e arregimentando fãs em todo o Brasil.

 Já se apresentaram em casas importantes da capital paulistana como o Centro Cultural São Paulo, além de participarem de eventos bacanudos como o Oxigênio, Virada Cultural e Festival Big Dia da Música. Em 2019 The Monic lançou o debute "Deus Picio", produzido por Rafael Ramos e trazendo vários destaques como "High" e "Buda".

A banda produz seus próprios clipes, todos com várias visualizações no Youtube. "México", por exemplo, é ambientada no clima das novelas mexicanas dos anos 90 e é bem divertido.

Para 2020, em plena pandemia, o grupo lança o EP acústico "Refúgio", o qual foi gravado seguindo as normas de distanciamento e isolamento social. Cada integrante gravou os takes de sua própria casa e o EP traz quatro faixas: três são releituras de músicas presentes em "Deus Picio" e a inédita "Aquela Mina", já disponívels nas plataformas digitais.

A live da The Monic será com as guitarristas/vocalistas Ale Labelle e Dani Buarque, cada uma em sua casa e no set list irado trará as canções da curta, porém intensa, carreira da The Monic.

Serviço
Live com The Monic
Dia 13 de agosto
20 horas
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Dia 20 de agosto - Christian Targa, o Gordo, mostra sua nova banda: O Preço

No dia 20 de agosto, o Quintas & Quintais recebe o guitarrista/cantor/instumentista Chistian Targa. Conhecido na cena punk como Gordo o cara chega quebrando tudo com músicas de sua nova banda: O Preço.

Nome destacado do underground Gordo foi vocalista/guitarrista da Blind Pigs, por mais de duas décadas. O BP se tornou uma das bandas mais emblemáticas do punk paulistano com letras ácidas e forte crítica social.

Agora à frente d'O Preço o cara mantém a contundência verbal em composições que põem abaixo os muros da segregação, expondo as mazelas sociais e degradação do ser humano. Ladeando o vocalista nesta empreitada estão os tarimbados Marcos Rolando (baixo) e Mário Rolim (bateria). Rolim, por sinal, é o cara por trás da identidade visual de todo material promocional do grupo.

Em 2019 o trio lançou o álbum debute disponível em vinil e CD com quatorze faixas porradas, entre elas, "Homem Botas", "Assim é nossa Vida" e "Pé na Estrada". Empunhando violão e guitarra Gordo fará um set list bacanudo mostrando também músicas da Blind Pigs.

Serviço
Quintas & Quintais
Live com Christian Targa, o Gordo
Dia 20 de agosto
Às 20 horas
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Dia 27 de agosto - Smokey Dee

Um dos nomes mais destacados do rap paulistano Smokey Dee é também beatmaker, letrista e agitador cultural. Na estrada há mais de trinta anos o rapper se tornou conhecido nacionalmente comandando as pick-ups do Doctor's MCs, emblemático grupo da zona leste de São Paulo.

Com o Doctor's gravou álbuns importantes, entre eles, "Agora a Casa Cai" (Kaskata's) e "Mallokeragem Zona Leste" (BMG). O incansável Smokey Dee já levou seu talento nas pick-ups a diveros eventos com destaque para o Hutuz, (Rio de Janeiro), Planeta Atlântida e o Trocando Idéia (Porto Alegre), em 1998 participou do "MIDEN LATINO AMERICANO” em Miami.

Atualmente além de seu trabalho com o Doctor's MCs também empunha o mic no grupo Aftazardem.
Uma live com muito hip-hop, soul, grooves e música brasileira.

Serviço
Quintas & Quintais com Smokey Dee
Dia 27 de agosto
Ás 20 horas
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Após 43 anos, Iggy Pop lança clipe oficial para clássico do rock ‘The Passenger’

Do site Roque Reverso


Iggy Pop (FOTO: DVULGAÇÃO)

Depois de 43 anos, o clássico do rock “The Passenger” ganhou um clipe oficial. No dia 9 de julho, Iggy Pop lançou o vídeo mundialmente.

Com direção de Simon Taylor, o clipe da música originalmente lançada em 1977 traz imagens noturnas de estradas juntamente com fotos antigas do icônico cantor.

“The Passenger” faz parte do álbum “Lust for Life”, o segundo disco solo de Iggy Pop e que contou na produção com ninguém menos que David Bowie, amigo histórico de Iggy.

A música contou em 1987 com uma versão poderosa e de bastante sucesso do lendário grupo Siouxsie And the Banshees.

Chegou a ser lançada por Iggy Pop como um single em 1988, estourou nas paradas musicais, virou tema de propaganda de carro e, mesmo assim, não chegou a ganhar um clipe.

Agora, 43 anos depois, ganhou um clipe bem produzido e à altura da carreira brilhante de Iggy Pop.

O cantor entra na lista extensa de grupos e músicos que vêm aproveitando o período de pandemia do novo coronavírus para trazer aos fãs novidades musicais e visuais interessantes.

O mais recente álbum de Iggy Pop foi “Free”, lançado em setembro de 2019.

Décimo oitavo trabalho de estúdio do cantor, “Free” sucedeu “Post Pop Depression”, de 2016.

Simon Taylor, que dirigiu o clipe “The Passenger”, também dirigiu o vídeo da música “James Bond”, presente no álbum “Free”.

Notas roqueiras: Edu Falaschi, SevenCrows, Paradise in Flames...

Edu Falaschi (FOTO: DIVULGAÇÃO)

- O vocalista Edu Falaschi lança o primeiro trailer do DVD, Blu-Ray e CD ao vivo “Temple Of Shadows In Concert”, gravado em 2019 no Tom Brasil, em São Paulo. A banda que gravou o material é formada por Edu Falaschi (vocal), Aquiles Priester (bateria), Fabio Laguna (teclados), Roberto Barros (guitarra), Diogo Mafra (guitarra) e Raphael Dafras (baixo). Assista o trailer de “Temple Of Shadows In Concert”: https://youtu.be/q_DDU3pqDbk
- A banda SevenCrows lança oficialmente o álbum “Deep Thoughts” em todas as principais plataformas digitais de streaming como Spotify, Deezer, Amazon, iTunes, entre outras. O álbum foi mixado e masterizado por Brendan Duffey na Califórnia, nos Estados Unidos, e produzido por Felipe Andreoli (Angra) entre os anos de 2017 e 2019. Ouça “Deep Thoughts” nas plataformas digitais - Spotify: https://open.spotify.com/album/3LpIME4G4PafWsgQYDlhj3 e Deezer: http://www.deezer.com/album/155847752
- O Paradise In Flames vem divulgando alguns singles que estarão presente em seu novo trabalho, como foi o caso de “I’m Sure Your Gods Have Seen This Before” e “Hell’s Now”, disponibilizados recentemente aos fãs. As duas faixas são grandes adições a um repertório recheado de ótimas canções, onde um dos maiores destaques é sem dúvida a múscia “Has Never Seen a World Without Wars”, um tributo a Alan Kurdi, um menino sírio de 3 anos que morreu afogado em uma praia da Turquia, quando sua família tentava fugir da guerra civil em seu país. A foto de seu corpo na praia não só chocou o mundo, como se tornou símbolo da crise migratória na Europa. O vídeo pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=Uh7F_xJqfUI

Há 35 anos, Dee Snider se tornava o patrono da liberdade de expressão no rock

Marcelo Moreira

A situação era hilária, em todos s sentidos, por mais que ninguém achasse graça - nem músicos, nem executivos de gravadoras, nem parlamentares.

O heavy metal e o hard rock tinham se tornado o alvo dos conservadores norte-americanos em pleno governo Ronald Reagan, que achavam o rock "decadente" e "má influência" para os jovens, e isso em 1985 - reeditando os discursos estúpidos e medievais dos primórdios do rock, 30 anos antes.

A "defesa da juventude" uniu deputados e senadores democratas e republicanos - e suas esposas imbecis - contra o rock e o nascente rap/hip hop.

Há 35 anos, a humanidade vivia provavelmente a sua época de maior vexame cultural e artístico ao colocar o rock no banco dos réus e propiciar uma investigação parlamentar sobre o conteúdo das obras - como se os políticos nada tivesse mais importante para fazer.

E coube a um cantor de hard rock falastrão, mas muito bem preparado intelectualmente, fazer a defesa mais importante do rock, das artes e da liberdade de expressão, ao lado do extraordinário Frank Zappa.

Aliás, Dee Snider, então vocalista do Twisted Sister, ofuscou o venerável Zappa ao destruir e desconstruir o discurso conservador dos conservadores idiotas loucos para castrar a criatividade e tutelar a juventude.

Twisted Sister: Dee Snider está no centro (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Instigados por suas imbecis esposas, deputados federais e senadores criaram uma comissão de investigação para investigar o conteúdo das letras de música pop, reeditando os tempos do macarthismo - movimento político liderado pelo senador republicano Joseph McCarthy que visava identificar, banir e processar "comunistas" na indústria cinematográfica e na literatura dos anos 50.

Babando de ódio e sedentos de sangue, os parlamentares foram trucidados pelos argumentos pelo sarcasmo de Snider e Zappa, além de um banho de tolerância e de fundamentos democráticos por parte do cantor folk John Denver.

 Vestido como estivesse na iminência de subir ao palco, Dee Snider deu um depoimento contundente e certeiro sobre como funcionava a indústria fonográfica e o processo de composição musical. Deu uma aula de liberdade de expressão e de comportamento político tolerante, além de demonstrar o ridículo de todo aquele circo.

Com base em post nas redes sociais de Sergio Collin Júnior, reproduzimos alguns trechos traduzidos da fala de Dee Snider em seu depoimento no Congresso norte-americano em 1985:

"Não sei se é manhã ou tarde. Eu vou dizer duas coisas. Bom dia e boa tarde. Mu nome é Dee Snider. S-n-i-d-e-r. Eu gostaria de falar ao comite um pouco sobre mim mesmo. Tenho 30 anos, sou casado, tenho um filho de 3 anos de idade. Eu nasci e cresci como um cristão e eu ainda creio nos mesmos princípios básicos. Acredite ou não, eu não fumo, não bebo, e eu não uso drogas.

Eu toco e componho as canções para uma banda de rock and roll chamado Twisted Sister que é classificada como heavy metal, e eu me orgulho de escrever canções que sejam consistentes, seguindo assim minhas mencionadas crenças.

Desde que eu pareço ser a única pessoa a ser abordado a esta comissão de hoje, da qual eu tenho sido alvo direto de acusações, presumivelmente responsável, gostaria de aproveitar esta ocasião para falar sobre uma nota mais pessoal e mostrar o quão injusto todo o conceito de lírica interpretação e julgamento pode ser, e quantas vezes isso pode chegar a pouco mais de assassinato de caráter.

Sinto que acusações deste tipo são irresponsáveis, prejudiciais à nossa reputação, e caluniosas.
A beleza da literatura, poesia e música é que eles deixam espaço para o público a colocar a sua própria imaginação, experiências e sonhos em palavras."

Uma esposa de senador (senhora Al Gore) disse que a música 'Under to Blade' (Sob a Lâmina) faz apologia ao sadomasoquismo. A música mexe com a imaginação das pessoas e as faz pensar o que quiserem. Essa música fala sobre uma cirurgia na garganta de um integrante da banda, o meu guitarrista Eddie Ojeda e o medo que ele tinha dela. A Sra. Gore procurou sadomasoquismo na música e o encontrou. Quem procurar referências cirúrgicas também irá encontrá-las."

Seguiram-se discussões inócuas e inúteis depois da aula de Snider, com parlamentares espumando de raiva por terem sido ridicularizados.

A única consequência digna de nota foi a invenção de um "selo" a ser colocado nos LPs avisando sobre o "conteúdo" explícito nas letras de rap e rock. Um tiro no pé, pois isso só aumentou a curiosidade sobre tais obras e explodiu as vendas de tais produtos. Clique aqui e saiba mais sobre a questão.



O selo tinha a chancela do PMRC (Parents Music Resource Center), o comitê extraparlamentar criado pelas esposas dos senadores e deputados para tentar censurar músicas e outras manifestações culturais.

Os depoimentos dos artistas e o discurso de Dee Snider se tornaram um marco na defesa da liberdade de expressão por parte dos artistas e estimulou o surgimento de um ramo jurídico em várias partes do mundo que especializou em atentados conservadores contra as artes. 

De alguma forma, essas iniciativas ajudaram nas defesas de Ozzy Osbourne e Judas Priest ainda nos anos 80, quando foram acusados absurdamente, nos tribunais, de terem contribuído para o suicídio de jovens por conta de letras de algumas músicas. Depois de alguns anos de sofrimento, os artistas foram absolvidos.

Notas roqueiras: The Baggios, Yannick Hara, Erasmo Carlos...




- No dia 25 de julho o power-trio sergipano de blues rock The Baggios faz um show-live às 20h, no canal da banda no youtube. Será o primeiro durante esta quarentena neste formato com banda junta, e será bem profissional - quatro câmeras, num espaço bem bacana, com iluminação. Será uma apresentação de 1h30 e beneficente (www.vakinha.com.br/vaquinha/the-baggios-live-beneficente), que visa arrecadar fundos para a equipe técnica deles, sem trabalhar com a falta de shows.

- O cantor paulista Yannick Hara lançou recentemente o single Pandemia. A faixa se inspira no filme Blade Runner para retratar o contexto social contemporâneo em meio ao covid-19. Desta forma, a música aborda o conceito cyberpunk – que dá-se pela alta tecnologia somada à baixa qualidade de vida no cotidiano. A música foi produzida pelo beatmaker Paulo Júnior, sendo que as sessões de gravação ocorreram no estúdio Live Station, em São Paulo. A mixagem e a masterização da faixa ficou a cargo de Blakbone. De acordo com Yannick, Pandemia tem o arranjo inspirado no post punk dos anos 80.

Erasmo Carlos estará neste sábado (25/7), às 21h30, em live do Festival #CulturaEmCasa. A apresentação será pela plataforma #CulturaEmCasa, criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Organização Social Amigos da Arte. O acesso é por meio do site http://www.culturaemcasa.com.br. Os conteúdos da plataforma podem ser assistidos gratuitamente por televisão, computador, tablets e celulares.

quarta-feira, julho 22, 2020

Bon Jovi lança o single ‘American Reckoning’; música estará em novo álbum

Do site Roque Reverso


Jon Bon Jovi (FOTO: DIVULGAÇÃO

O Bon Jovi trouxe aos fãs na quinta-feira, 9 de julho, por meio de um lyric video, o single “American Reckoning”. É mais uma amostra do álbum que o veterano grupo norte-americano lançará ainda em 2020.

A música traz uma letra que cita o momento atual dos Estados Unidos com os protestos contra o racismo que cresceram após o assassinato de George Floyd, um negro, por um policial branco, de nome Derek Chauvin.

“Fiquei emocionado em escrever ‘American Reckoning’ como testemunha da história”, disse o líder e vocalista do grupo, Jon Bon Jovi. “Acredito que o maior presente de um artista é a capacidade de usar sua voz para falar sobre questões que nos comovem”, complementou.

A música está disponível em todas as plataformas digitais e o valor arrecadado com o download será destinado, até o dia 31 de dezembro, à Equal Justice Initiative, organização sem fins lucrativos, com sede em Montgomery, Alabama, que fornece representação legal a prisioneiros que podem ter sido injustamente condenados por crimes, prisioneiros pobres sem representação efetiva e outros que podem ter sido negados.

Denominado “Bon Jovi 2020”, o disco novo do Bon Jovi seria lançado oficialmente no dia 15 de maio. Entretanto, a pandemia do novo coronavírus atrasou o lançamento, que deve ser feito ainda em 2020.

A produção do álbum é da dupla John Shanks e Jon Bon Jovi, que vem sendo a responsável pelos discos mais recentes da banda.

O novo trabalho é 15º disco de estúdio do Bon Jovi e ainda o segundo sem qualquer contribuição do guitarrista Richie Sambora, que saiu do grupo em 2013.

“Bon Jovi 2020” sucederá o álbum “This House Is Not For Sale”, que foi lançado em 2016, gerou vários clipes e contou com boa repercussão dos fãs.

O disco novo terá 10 músicas e já está disponível para venda nos formatos digital, vinil e CD.

Uma amostra do disco foi a música “Limitless”, que ganhou clipe no fim de fevereiro.

Notas roqueiras: By Fire & Sowrd, Marenna-Meister, Chaosfear...

- A banda americana By Fire & Sword está lançando uma versão acústica para a música “Testify”, um dos grandes destaques do EP “Freedom Will Flood All Things With Light”, lançado no ano passado pelos selos Hoove Child Records e Underground Power Records. The Rev. Tim Tom Jones (vocal), Brother Michael e Brother Jeffrey (guitarras), Brother Zachery (baixo) e Brother Michael Francis (bateria) ainda colhem os bons resultados do EP e trabalham em seu CD de estreia, com previsão de lançamento para o começo de 2021. O guitarrista Brother Jeffrey e o vocalista Rev. Tim Tom Jones gravaram a nova versão de “Testify” em plena quarentena, direto da cidade de Boise, capital do estado de Idaho. Ouça a versão acústica de “Testify”: https://byfireandsword.bandcamp.com/track/testify-acoustic
- Marenna-Meister é o novo projeto do cantor Rod Marenna (Marenna) e do guitarrista Alex Meister (ex-Pleasure Maker/Alex Meister Solo). A banda apresenta seu álbum de estréia, "Out Of Reach", que será lançado em 28 de setembro pelo selo dinamarquês Lions Pride Music e traz 10 faixas extremamente poderosas com a energia Hard Rock e Hair Metal dos anos 80. A capa do álbum e a tracklist será divulgado em breve.
- "Be The Light In Dark Days", o novo trabalho dos paulistanos do Chaosfear, foi oficialmente lançado dia 11 de junho, por enquanto de forma independente, em todas as plataformas digitais tradicionais e já vem acumulando críticas extremamente positivas na mídia especializada. "From No Past" é o novo videoclipe e segundo single extraído desse álbum. Gravado, dirigido e produzido por Jean Santiago (www.santart.com.br), mesmo designer/criador da capa de "Be The Light In Dark Days". Confira o videoclipe de "From No Past" em https://youtu.be/22lqX5iQKM4

'Closer', do Joy Division, faz 40 anos e ganha reedição remasterizada

Marcelo Moreira

Eram garotos como todos os outros que amavam o punk, mas que queriam ir além, ainda que seu genial e genioso vocalista fosse, de certa forma, um entrave. E, até certo ponto, conseguiram ir além, por mais que tivessem de mudar os planos e seguir por outros caminhos.

Faz mais de 40 anos que uns garotos que pareciam enfezados, mas que apenas era um pouco desnorteados, começaram a recolocar a cidade inglesa de Manchester no panorama do rock.

Meio que sem saber o tamanho do estrago que estavam fazendo, perceberam que o punk era um ataque, mas não o fim - exceto para o vocalista, que enxergava o fim em quase tudo.

Como grande legado, eles formaram o Joy Division e deixaram um disco importantíssimo, que influenciou ao menos duas gerações posteriores de bandas inglesas, além de ser o pontapé inicial para o surgimento de outra banda tão importante quanto, o New Order.

"Closer", o segundo e emblemático álbum do Joy Division - foi lançado postumamente, pois a banda tinha acabado e se transformado com a morte do vocalista Ian Curtis -, está fazendo 40 anos e ganhou uma reedição caprichada, com nova mixagem e remasterização, reacendendo a centelha que instigou tanta gente a ouvir músicas clássicas como "Isolation" e "Heart and Soul".

O álbum reforçava a veia anticomercial e totalmente gótica/melancólica. Colocava na mesa as cartas que dispunham, encantando o mundo com um som sombrio, soturno, melancólico e asfixiante, desesperador em certos momentos a angústia em arte e em meio de comunicação.

É uma dolorida sequência do magistral "Unknown Pleasure", de 1979, outra pérola de música de inspiração punk e gótica, explicitando o desespero e o sentimento de solidão - e que inclui o maior hit da banda, "Love Will Tears Us Apart".


Começo despretensioso

Em 1977, o Warsawa começava a se firmar depois do encontro do aspirante a cantor Ian Curtis com o baixista Bernard Sumner e com o baixista Peter Hook - logo em seguida chegaria o baterista Steve Morris.

No final do ano seguinte, já como Joy Disivion, a banda quase estouraria mundialmente, se não fosse pelo errático, excêntrico e doente Ian Curtis.

Essa história do quase estouro do Joy Division, uma das bandas cult mais cultuadas dentro do rock underground, é descrita com paixão, ressentimento e resignação por Deborah Curtis, a ex-mulher do vocalista, em uma obra interessante publicada pela editora Ideal em português, "Tocando a Distância - Ian Custis e Joy Division".

A edição brasileira da obra escrita em 1995 teve uma tradução excelente do jornalista José Julio do Espírito Santo e uma edição caprichada em português com todas as letras escritas por Ian Curtis (com suas respectivas traduções), além de composições inéditas e trechos de letras inacabadas. O livro foi editado em 2014 e foi reeditado em 2016.

Por um lado, a obra da Deborah Curtis é um pouco decepcionante porque não entrega o que promete no título - o Joy Division acaba sendo coadjuvante de uma história de amor adolescente mal resolvida, pois o que norteia a narrativa é a investigação da personalidade errática, difícil e fora do comum de Ian Curtis.

Deborah procura explicações para as dificuldades conjugais e de comunicação do vocalista em detalhes da vida em comum e na obsessão dele em se tornar um rockstar.

Corajosa e persistente, a autora resiste em atribuir à epilepsia, diagnosticada por volta 1977, como causa do comportamento instável do marido.

Joy Division: da esq. para a dir., Stephen Morris, Peter Hook, Ian Curtis e Bernard Sumner (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Vida instável

Juntos desde os 16 anos de idade, Deborah enumera diversos fatos que muito mais tarde identificaria como bipolaridade. De famílias de classe média baixa, o casal resolveu casar em 1975, aos 19 anos - ela seis meses mais nova.

Sempre em empregos mal remunerados, embora nunca desempregados, os dois tiveram ajuda preciosa dos pais, especialmente quando Natalie, a filha do casal, nasceu em 1979.

O problema é que a grana era pouca, a banda, já chamada de Joy Division, solicitava muito, mas pagava quase nada. Para temperar as coisas complicadas, viera os frequentes ataques epilépticos, muitos antes de shows - ou ao final deles.

Se entrega menos do que promete em relação ao Joy Division, a obra é um relato seco, corajoso e franco sobre a vida de Ian Curtis e sua escalada para virar uma estrela, interrompida pela total instabilidade emocional, pela depressão profunda e pela doença, com direito a um relacionamento extraconjugal com uma garota belga que aprofundou os problemas psicológicos do cantor.

Deborah não é condescendente e não busca culpados para o suicídio de Curtis em maio de 1980, dois dias antes da primeira turnê norte-americana. Ela é bem seca e sucinta ao narrar aquele final de semana em que o já ex-marido pediu para passar a noite vendo televisão no então ex-lar do casal.

Na manhã seguinte, um domingo, Deborah, que dormira na casa dos pais após uma noite de trabalho como garçonete em um clube noturno, encontrou Curtis enforcado na cozinha com um varal de roupas.



Morre o cantor, nasce mais um mito

Ian Curtis morreu aos 23 anos de idade e entrou, com sua morte, para o panteão dos ídolos cult que se foram cedo, mas não está no primeiro time dos gloriosos mortos do rock que viraram lendas, como Jim Morrison ou Kurt Cobain.

Letrista de qualidade acima da média com momentos muito inspirados, como a bela "Love Will Tears Us Apart", ajudou a apontar um caminho que avançava em relação ao punk que expirava no ano de 1980 - para muitos críticos, "Closer" já anunciava o que veio a ser chamado de pós-punk.

Deborah Curtis foi igualmente seca ao analisar a obra do Joy Division e sobre a importância da obra do ex-marido, mas reconheceu a importância e sua qualidade, tomando emprestadas várias expressões e análises de jornalistas amigos.



terça-feira, julho 21, 2020

O avanço do conservadorismo: rock virou coisa de 'tiozão'? Programa Combate Rock tenta responder




No programa desta semana, trazemos uma discussão sobre a falta de espaço para novas linguagens no rock e a predominância do conservador “rock de tiozão”.

Com o desaparecimento do rock das listas atuais de “maiores sucesso”, dominadas por rap e rhythm and blues moderno nos Estados Unidos e pelo sertanejo no Brasil, muita gente associou esse “futuro” para o gênero ao discutir a data, 13 de julho, o Dia Internacional do Rock, só comemorado aqui no Brasil.

Pois bem, o futuro chegou e o rock se tornou um gênero musical de nicho no Brasil, assim como o blues e o próprio jazz.

Com a perda de e o avanço da idade de parcela expressiva de seu público, o classic rock ganhou uma relevância que nunca teve, especialmente no Brasil. Logo será uma música apreciada por gente mais velha que prefere ouvir obras de gente morta há muito, muito tempo…

Com a falta de renovação de seu público, que sumiu, fica a pergunta: será que essa é a razão pelo avanço do conservadorismo político e nos costumes entre os apreciadores que ainda insistem em ouvir rock, mesmo entre o mais novos?

Para nos acompanhar nessa discussão, trazemos novas músicas dos dinossauros David Gilmour, Rolling Stones e Deep Purple e os novíssimos Edgar, Applegate e Honeymoon Disease.


Notas roqueiras: Cuscobayo, Meggera, Metal Against Coronavirus




- A arte vai salvar o mundo. Essa é a bandeira de " Desafogo", novo single da Cuscobayo, lançado no último dia 17 nas plataformas streaming e que ganha hoje (21) um videoclipe, dirigido pelo baixista da banda, Pedro Ourique. Seguindo o espírito da faixa, a banda selecionou um apanhado de fotos dos bastidores da pré-produção do álbum "Não É Bem Assim", durante a primavera de 2019, no litoral gaúcho. Assista aqui. Entre influências do reggae e do folk, a banda canta a arte como processo de cura. E as fotos do vídeo transmitem a alegria que é o início de produção de um álbum, além de trazer na memória um momento entre não só colegas de banda, mas também, amigos. Lembranças que até parecem de outro mundo, em tempos de distanciamento social. "Em 'Desafogo', por cima de uma levada suave e onírica, basicamente folk, mas por vezes flertando com o reggae, cantamos sobre nossa vivência como pessoas que fazem arte e tentam viver dela, especialmente o processo da criação e a relação com o mundo material", comenta Rafael Froner, voz e violão do grupo, que também é formado por Alejandro Montes (trompete), Marcos Sandoval (voz, cajón), Pedro Ourique (baixo), Rafael Castilhos (percussão) e Rafael Froner (voz, violão).

A banda mineira Meggera quebrou o silêncio e postou um vídeo oficial de “(Des) Respeitável Público”, gravado ao vivo no Festival BH Tattoo 2019, um dos maiores eventos do segmento, onde a banda foi premiada pela melhor performance ao vivo. Com o processo de gravação e produção do novo álbum, "Meia hora de açougue", parado em consequência da pandemia, o grupo decidiu presentear os fãs com esse vídeo, que agora tem caráter nostálgico, segundo as palavras do baterista Naybert Silva. Veja em  https://www.youtube.com/watch?v=ItvdzKgxE_8

Metal Against Coronavirus é um projeto criativo que busca a participação de toda a comunidade internacional conectadas ao Heavy Metal. Foram convidadas bandas, ilustradores, designers, fotógrafos, produtores, engenheiros e técnicos de som, estúdios de gravação, produtores e diretores de vídeo, gerentes de marketing, reservas. agências, produtores de eventos, empresas de merchandising, oficinas de serigrafia, jornalistas de música e outras profissões ligadas à cena do heavy metal que contribuem com sua experiência, paixão e solidariedade para o desenvolvimento deste projeto. Foi criado para arrecadar fundos para a luta contra o coronavírus. Com o objetivo de que todas as nacionalidades se sintam confortáveis no projeto, o projeto decidiu alocar o dinheiro gerado ao fundo de resposta de solidariedade covid-19 da Fundação das Nações Unidas para a Organização Mundial da Saúde. Ainda não há uma data de lançamento da primeira música do projeto. Como ponto de partida, o projeto está trabalhando em uma música colaborativa exclusiva e inédita chamada "Muerte en el Cielo / Celestial Burial" entre músicos da banda catalã Pánico Al Miedo e músicos da banda colombiana Sol De Sangre. Para a música mencionada, eles confirmaram colaborações internacionais de Jeff Becerra do Possessed e Karl Willetts do Bolt Thrower e Memoriam nos vocais. Solos de guitarra serão criados por James Murphy, ex-membro e músico do Death/Obituary/Testament/Konkhra e Carlos Leonardo no baixo (Human Carnage/Smrt/Mollitiam). O primeiro e único Ross The Boss, um dos guitarristas de heavy Metal mais influentes de todos os tempos e ex-integrante original de Manowar também se uniu à causa, e ele contribuirá com um solo de guitarra para outra música incluída no projeto. Além disso, o atual baterista do Megadeth Dirk Verbeuren e ex-membro do Soilwork gravará faixas de bateria para outra música. O extraordinário engenheiro sueco Tony Lindgren, dos estúdios da Fascination Street, também confirmou sua participação no projeto.

The Killers lança clipe para música ‘My Own Soul’s Warning’

Do site Roque Reverso


The Killers (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A banda The Killers lançou o clipe da música “My Own Soul’s Warning”. Ela havia sido liberada como single em junho e se tornado mais uma das amostras do novo álbum que o grupo norte-americano lançará ainda em 2020.

Além do novo clipe, a banda definiu uma nova data de lançamento do disco: será no dia 21 de agosto.

O álbum “Imploding the Mirage” deveria ter chegado ao público no dia 29 de maio, mas teve lançamento adiado por causa da pandemia de covid-19 que afetou o planeta.

Antes da “My Own Soul’s Warning”, o The Killers já havia disponibilizado para audição as músicas “Fire In Bone” e boa “Caution”, esta com o lançamento de um clipe.

“Imploding the Mirage” será o sexto álbum de estúdio do grupo.

O disco sucederá “Wonderful Wonderful”, que foi lançado em 2017.

A produção é de Shawn Everett e de Jonathan Rado.

Notas roqueiras: Armored Dawn, Oswaldo Vecchione, Made in Brazil, Warfield




- Seguindo uma estratégia pouco comum na divulgação de novidades, a banda paulistana Armored Dawn vai soltando a conta-gotas as mudanças na formação. Depois de surpreender e confirmar Fernando Quesada como baixista (é amigo e antigo colaborador do grupo), agora é a vez de Heros Trench anunciar que foi "promovido" a guitarrista. Trench tinha assumido o baixo há mais de um ano, substituindo Fernando Giovanetti, e colaborava também com produtor musical. Além disso, mantém o posto de guitarrista do Korzus e de produtor de diversas bandas brasileiras no estúdio Mr. Som. Armored Dawn agora é uma banda com sete integrantes, sendo três guitarristas - uma verdadeira confraria, onde certamente sempre cabe mais um...

- Oswaldo Vecchione, vocalista e baixista do Made in Brazil, já está em casa. Há dez sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no interior de São Paulo e passou ao menos uma semana internado na capital. Devidamente tratado e medicado, recebeu alta e passará por tratamentos de fisioterapia, entre outros. Ele tem 73 anos e mantém a banda na ativa, ao lado do irmão Celso, desde 1967.

- A banda Warfield confirmou a nova formação do quinteto que contém dois guitarristas, Patrick Pedroso e Ivan Caregnato, o baixista Thomaz Bordignon, na bateria Fontaine Di Bastiani e nos vocais, Gustavo Rafaeli.

Notas roqueiras: Cannibal Corpse, Soul da Paz, Richard Martin...

- Mesmo com intensas e pesadas críticas por conta de livros mal acabados e erros diversos, a editora Estética Torta mantém o ritmo de lançamentos e coloca no mercado "Bíblia da Carnificina - A Biografia do Carnnibal Corpse", de autoria do jornalista inglês Joel McIver, um dos principais escritores da área musical. A banda é um dos principais expoentes do metal extremo. Com suas mais de três décadas de atuação, até o momento, os membros da banda apostaram sempre em composições sobre morte e miséria, além de variados graus de destruição. Neste livro de memórias oficial, recheado de fotografias raras do acervo pessoal dos músicos, Cannibal Corpse explora seu próprio coração negro, revelando a escuridão profunda que existe em todos nós, de acordo com palavras do próprio autor. 
 
- Formada por músicos de diferentes credos, sendo vários deles sacerdotes atuantes em suas comunidades religiosas, a banda Soul da Paz tem seus integrantes sempre se apresentando trajados com as roupas religiosas tradicionais de suas respectivas crenças formando a primeira banda musical inter-religiosa. O disco "Soul da Paz" foi produzido por Kiko Zambianchi, que também toca em algumas faixas, e tem participação de Bruno Gouveia, do Biquini Cavadão, em The Band of Peace and Soul. Ouça: http://ryb.shor.tn/souldapaz 
 
- Richard Martin nasceu em São Paulo, e ainda jovem, escolheu apostar em sua carreira musical fora do país, mais precisamente na cidade de Nashville, no Tennessee, Estados Unidos. Em junho, o seu primeiro single "Rebound" estreou em todas as plataformas digitais. A música fala justamente sobre a vida no local, onde mora e se inspira. Neste mês de julho o EP estará completo, composto por seis faixas, todas gravadas em inglês, de autoria própria. O estilo country, que marca a sua identidade e a de Nashville, será o destaque em suas melodias, adaptadas para o pop. "Tentei retratar um pouco do meu amor pela música country, e a mudança de percepção que tive da cidade, desde a minha vinda pra cá, aos 23 anos." - conta Richard, hoje com 28 anos. O artista já coleciona mais de 28 mil seguidores brasileiros e americanos em suas redes sociais, que acompanham sua trajetória desde o início da carreira. Confira o seu trabalho no site: http://rmartinmusic.com/

Tuatha de Danann resgata um pouco da Irlanda no sul de Minas Gerais

Marcelo Moreira


Tuatha de Danann (FOTO: DIVULGAÇÃO)

De volta à Irlanda e no mergulho nas culturas celta e gaélica. Os mineiros do Tuatha de Danann
tinham dado um pequeno desvio de rota no começo deste ano ao compor e lançar um single homenageando a história de Minas Gerais no single "Conjura", e agora mostram a competência de sempre trazendo mais referências à terra dos duendes na música mais recente, "The Molly Maguires".

A música antecipa o novo álbum, "In Nomine Éireann"(título que mistura latim e gaélico, já que Éireann significa Irlanda no antigo idioma irlandês). 

A canção, juntamente com o lyric vídeo, pode ser ouvida nos canais oficiais da banda e está disponível para download também em formato karaokê no site: http://molly.tuathadedanann.art.br/.

A música "The Molly Maguires" faz parte do cancioneiro tradicional irlandês. Os arranjos e adaptações foram criados pelo vocalista e guitarrista Bruno Maia. "Esta canção é um clássico do cancioneiro rebelde tradicional irlandês e nós a deixamos com uma cara bem punk. Para dinamizar um pouquinho inserimos uma reel no meio para deixa-lá ainda mais interessante".

 A "reel", ou seja, um ritmo da música tradicional irlandesa, referida pelo músico é "The Fermoy Lasses Reel", inserida como música incidental aos 1:45 minutos do single.

Na gravação de "The Molly Maguires", o Tuatha de Danann contou com participações internacionais do músico Keith Fay, vocalista da banda irlandesa de celtic metal Cruachan, e do violinista Kane O'Rourke, especializado em música tradicional irlandesa e com CDs lançados mundialmente. A produção ficou ao cargo de Bruno Maia e a mixagem e masterização são assinadas por Cello Oliveira.

Outro participante especial em "The Molly Maguires" é o ilustrador, músico e professor universitário Edgar Franco, que já havia ilustrado o lyric vídeo de "Your Wall Shall Fall" do disco "Tribes of the Witching Souls".

O design do encarte digital é do publicitário Rodrigo "Monstrão" Barbieri. A edição e finalização do novo lyric vídeo do Tuatha de Danann, foi realizada por Raoni Silva Joseph.



Enclave irlandês em Varginha

O Tuatha de Danann, banda da mineira Varginha, surpreendeu o rock brasileiro quando surgiu, em meados dos anos 90, como um Jethro Tull mais pesado e ao mesmo tempo bucólico, relatando histórias com base na cultura celta e em histórias tradicionais da Irlanda, na maioria das músicas – a tradição e a influência do povo celta se estendem, além da Irlanda, pela Escócia, País de Gales, Espanha, França, Canadá, Noruega, Dinamarca, Islândia e alguns outros países.

Os mineiros eram os representantes brasileiros de uma tendência do heavy metal em investir pesado em um nicho e explorá-lo em vários discos, mesmo correndo o risco de ser rotulado e ficar preso ao tal rótulo.
 Até hoje, quando se ouve falar em Tuatha de Danann por aqui, logo aparecem na mente os duentes e as flautas típicas da música celta. Mesmo reverenciados em uma das edições do Wacken Open Air, na Alemanha, o mais importante festival de heavy metal da atualidade, o carimbo sempre esteve lá.

E virou moda no sul de Minas Gerais o folk metal, com a proliferação de bandas e artistas do estilo. O Tuatha, que voltou às atividades em 2013, gerou dois filhotes que mergulharam ainda mais nas raízes músico-culturais folclóricas celtas, como os ótimos Kernunna e Tray of Gift, que lançaram álbuns entre 2012 e 2013.

Novo álbum e produtos diferentes

O novo álbum do Tuatha de Danann, "In Nomine Éireann", está previsto para o segundo semestre deste ano. Para viabilizar o lançamento, a banda criou a campanha de crowdfunding "Eu Apoio" com diversas retribuições aos apoiadores.

"O disco é um projeto especial e diferenciado em nossa carreira, pois prestamos um tributo direto a essa música e cultura que tanto nos inspira e motiva", explica o vocalista Bruno Maia.

Além do tecladista Edgard Brito e de Bruno Maia, a atual formação do Tuatha de Danann conta com o baixista Giovani Gomes. O baterista varginhense, Rafael Ávila, atua como convidado em gravações shows. Para continuar apoiando a banda, acesse o link: euapoio.tuathadedanann.art.br.

Para o lançamento de "The Molly Maguires", o Tuatha de Danann criou novas interações com os fãs pelo "Download Solidário" e pela sessão "Toque Junto". Por meio dessas ações, o fã poderá baixar a música, os karaokês e encarte com letras e cifras. A proposta é incentivar os ouvintes a tocarem a música com a banda e apoiarem o trabalho do grupo com o valor simbólico de R$ 5,00.

"É uma maneira consciente de valorizar seu artista preferido e ter a música legalmente. Nesses tempos de pandemia, o setor artístico foi um dos principais afetados, pois os shows foram cancelados. E sem shows, devemos buscar alternativas para continuarmos trabalhando. O apoio dos fãs e amigos é fundamental neste momento", disse Edgard Brito, tecladista da banda.