domingo, outubro 04, 2009

Comentários esparsos



Meia hora debaixo de um sol chato para ir do km 18 da via Anchieta, em São Bernardo, até o km 10, o início do trecho urbano paulistano da mesma estrada, às 14h de uma quinta-feira. Nas últimas duas semanas, essa situação foi constante a partir das 13h. Pela manhã, entre 7h e 11h, o mesmo trecho às vezes demora mais de 40 minutos para ser percorrido.

O tráfego indecente e insano ameaça transformar a via Anchieta e até a via Imigrantes em imensas avendias 23 de Maio, que liga o centro de São Paulo à zona sul: filas imensas e inertes de veículos em congestionamentos intermináveis - é bom lembrar que isso jpa acontece na via Dutra pela manhã, na chegada a São Paulo.

Essa é só mais uma face do indecente descaso com a infraestrutura nos governos do PMDB e PSDB desde 1982, ano em que André Montoro assumiu o Palácio dos Bandeirantes.

Se houve investimento em estradas como a Bandeirantes, Ayrton Senna, Carvalho Pinto e a sgunda pista da Imigrantes, houve omissão criminosa em relação à pífia extensão do metrô paulistano e à inexistência até hoje de um rodoanel rodoviário. Já passou da hora de o povo expulsar os tucanos encastelados no Palácio dos Bandeirantes.


O cancelamento do Enem por suspeita de fraude evidencia duas coisas. A primeira é que, por mais que haja sigilo sobre provas de concursos públicos diversos, por mais que sejam bem feitos e haja transparência, sempre há a possibilidade de vazamentos, justamente porque não se pode ter evitar que um vagabundo com acesso ao material roube e tente ganhar dinheiro com a “informação privilegiada”.

A segunda coisa que merece destaque é o estupendo trabalho de reportagem realizado pelos jornalistas do jornal O Estado de S. Paulo. Conseguiram uma informação exclusiva que provocou o cancelamento do maior aparato de avaliação já realizado no Brasil.

E tem gente bque ainda diz que o jornal impresso está acabado. Em diferentes estágios, a grande imprensa esbanja vitalidade, para desespero dos coitados que anseiam por um Estado autoritário, partido único e censura à imprensa.

É verdade que ainda ocorrem erros imperdoáveis - assim como nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra. Mas os grandes jornais mostram que estão fortes, para o bem da nação. E mesmo que não estivessem, é preferível uma imprensa ruim a nenhuma imprensa ou uma imprensa amordaçada e tutelada por um Estado autoritário.


Outro dia li em um vidro traseiro de um veículo em Santo André: “Motoqueiro no chão, vitória da civilização”. Por mais engraçado que seja, e por mais espírito de porco que seja o autor, não dá para ao menos refletir sobre isso.

Os motoqueiros, principalmente os motoboys, fazem questão de desrespeitar todas as regras de trânsito e de hostilizar quem “obstrui o seu caminho”. O mesmo comportamento tem a molecada descerebrada que adora apostar corridas e “empinar” suas 125 cc em avenidas movimentadas.

Diante dos inúmeros absurdos diários cometidos pelos motociclistas, não consigo sentir pena daqueles que vejo caídos pelas ruas em consequência de acidentes.

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