quinta-feira, novembro 13, 2008

Morre Mitch Mitchell, baterista de Hendrix


Do site Último Segundo (IG)


"O baterista britânico Mitch Mitchell, o último sobrevivente da lendária banda dos anos 60 'The Jimi Hendrix Experience', foi encontrado morto na quarta-feira em um quarto de hotel no Oregon, Estados Unidos.
O músico tinha 62 anos.

O corpo de Mitchell, cujo estilo inovador de tocar bateria o tornou peça crucial no grupo liderado por Hendrix, foi encontrado no quarto do hotel em que estava hospedado, confirmou um legista à imprensa.

A causa da morte não foi divulgada pelas autoridades, mas um comunicado oficial publicado em um site em memória a Jimi Hendrix afirma que Mitchell faleceu por causas naturais.

"Estamos todos devastados ao saber que Mitch morreu", destaca no comunicado Janie Hendrix, diretora executiva do 'Experience Hendrix'.

"Foi um homem maravilhoso, um músico brilhante e um verdadeiro amigo. Seu papel na formação do som da 'Jimi Hendrix Experience' não pode ser subestimado", acrescenta.

Mitchell acabara de encerrar uma turnê por 18 cidades dos Estados Unidos com a 'Experience Hendrix', uma série de apresentações em tributo àquele que é considerado por muitos o melhor guitarrista de todos os tempos.

Jimi Hendrix faleceu em Londres em 1970, aos 27 anos, o que encerrou uma curta mas intensa carreira de um gênio do rock, que redefiniu o som da guitarra em álbuns como "Are you experienced" e "Electric Ladyland".

O terceiro membro do grupo, o baixista inglês Noel Redding, morreu em 2003, aos 57 anos."

segunda-feira, novembro 10, 2008

Vela ruim para um defunto bem pior



É inacreditável que Larry Rohter, ex-correspondente do New York Times no Brasil, ainda seja levado em consideração por aqui. A revista Veja da semana passada dedicou oito páginas ao lançamento do livro "Deu no New York Times", de autoria do repórter norte-americano que quase foi expulso do país por ter mencionado a preocupação de "certos políticos" com o suposto excesso de consumo de álcool do presidente Lula.

É fato que o governo federal errou, e feio, na tentativa de expulsá-lo. Ouso dizer que talvez tenha sido um dos três maiores erros do governo Lula. Liberdade de imprensa e expressão são sagradas em qualquer lugar que se diga civilizado e moderno. A reação da cúpula petista e do Palácio do Planalto foi desproporcional, até porque foi um desgaste inútil com um persoagem tão pequeno e inexpressivo.

Além do mais, a reportagem à época sobre o consumo de bebida por Lula era estapafúrdia, malfeita, cheia de erros de procedimento e com fontes pra lá de duvidosas.

Já o livro é um amontoado de besteiras. Parece que ele tentou fazer uma compilação de suas "melhores" reportagens acrescentando comentários posteriores. O que era ruim ficou pior, especialmente no trecho transcrito por Veja a respeito do episódio da morte de Celso Daniel, em 2002.

O trechinho publicado pela revista sobre o assunto mostra erros factuais e concentuais, com uma visão deturpada e tendenciosa, tentando envolver o Palácio do Planalto e o PT com o crime, o que já ficou comprovado que não ocorreu.

E a revista Veja conseguiu desperdiçar oito páginas com esse lixo. Exagerou na editorialização e na parcialidade de seus textos. Simplesmemte nojento.
Os fantasmas estão voltando


O passado está assombrando o ABCD. Enquanto a General Motors decide se pede ou não concordata nos Estados Unidos, metalúrgicos da GM de São Caetano e de São José dos Campos passam os dias atuais pescando ou contando as horas para o fim das férias coletivas. O mesmo ocorre em outras montadoras e autopeças com a desaceleração da economia. O fantasma das demissões voltou com força neste final de ano.


O crédito farto para a compra de automóveis não existe mais. A inadimplência deve aumentar até fevereiro, o que encarecerá o valor do pouco dinheiro que ficará disponível no mercado. A pergunta, então, é a seguinte: para onde correr?


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete crédito mais acessível para o setor automotivo e para a construção civil, mas a questão é que o mundo real funciona em uma dimensão diferente do mundo financeiro. Se a internet acelerou à velocidade da luz o volume das transações financeiras, o mundo real ainda fica angustiado com a demora para ver o dinheiro na conta. Ainda é mais vantajoso deixar o dinheiro parado no banco: por que liberá-lo se os títulos do governo brasileiro rendem mais?


Enquanto não houver pressão da sociedade sobre o governo federal para que haja punição aos bancos que segurarem o dinheiro destinado ao incentivo à produção, nada mudará nos próximos 90 dias. A redução do volume de recursos que os bancos têm de deixar ao final do dia no Banco Central, o chamado compulsório, foi reduzido pela instituição para que houvesse mais crédito na praça e que o Natal de 2008 não fosse o último lance de bonança antes de uma eventual recessão.


Só que o dinheiro a mais que os bancos passaram a controlar não foram acompanhados de contrapartidas. Ou seja, o governo federal aliviou o torniquete e deu mais oxigênio aos bancos, mas nada exigiu em troca. Os bancos não se sentiram obrigados a liberar os recursos.
Passaram a perna? Do ponto de vista legal, não. Do ponto de vista ético, talvez.

O fato é que o governo federal e o Banco Central ainda estão complacentes com o mercado diante das incertezas que a crise financeira mundial. As estratégias estão sendo traçadas em relação à macroeconomia, e o mundo real está sendo negligenciado. É hora de agir. Ou então ficar novamente refém do mundo virtual e veloz das finanças.


Enquanto isso, as fábricas do ABCD continuam paradas, com seus funcionários, pescando, jogando futebol, empinando pipas com os filhos ou simplesmente contando as horas para bater o cartão. E cada vez mais temerosos de ficar sem emprego se as vendas continuarem caindo de forma acelerada.

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Os bancos estão empurrando com a barriga a liberação do crédito, mas é inquestionável que as medidas adotadas pelo Banco Central, com o aval do governo federal, de irrigar o mercado com mais dinheiro e eventual mente salvar instituições “penduradas” são corretas.

É comum observarmos jornalistas e especialistas de várias áreas criticarem o governo americano pelo socorro aos bancos e ao mercado em geral, denominado agora pejorativamente de Wall Street.

O mundo em que vivemos, desde os anos 80 do século passado, é movido basicamente por duas palavras (ou atitudes, como queiram): credibilidade e confiança. Sem isso, a sociedade como conhecemos desaba, independentemente das crenças e das ideologias.

A crise financeira mundial é reflexo da falta de credibilidade e de confiança do mercado financeiro global como um todo. E por que falta credibilidade e confiança? Porque houve excesso das duas coisas durante o início do século XXI, com as garantias inexistentes para ativos que sólidos como bolhas de ar.

Quando os bancos sofrem com a falta de credibilidade, a economia se esfarela. Uma corrida aos caixas de todos os correntistas é capaz de quebrar um país. Assim, a questão não é devemos salvar os bancos, mas como salvá-los sem afrontar os limites da decência.