quinta-feira, maio 27, 2010

Sem Rod Stewart, The Faces anuncia retorno com vocalista do Simply Red e ex-Sex Pistols


DO UOL

Sucesso na década de 1970, a banda The Faces anunciou em seu site oficial o retorno aos palcos sem Rod Stewart, mas com três integrantes da formação original. O guitarrista do Rolling Stones Ronnie Wood, o baterista Kenney Jones e o tecladista Ian McLagan agora terão a companhia do vocalista do Simply Red, Mick Hucknall, e do ex-baixista do Sex Pistols, Glen Matlock.

"É empolgante seguir este caminho novamente e eu espero que os fãs do Faces estejam tão felizes quanto nós estamos", escreveu Wood no site. "O momento é perfeito, estamos empolgados e não vemos a hora de voltar aos palcos", disse Jones.

A banda vai ser uma das atrações do festival inglês Vintage at Goodwood, marcado para o dia 13 de agosto. No ano passado, o trio se reuniu com Hucknall nos vocais e o ex-Stones Bill Wyman no baixo para um show no tradicional Royal Albert Hall, em Londres.

No final do ano passado, McLagan já havia adiantado o retorno do Faces. "Esperamos muito tempo para que Rod [Stewart] aceitasse, mas ele disse não no final. Portanto vamos fazer a turnê de qualquer maneira", disse .
TV Globo aprofunda a prática de alterar a realidade


A TV Globo está levando a extremos a prática stalinista de alterar a realidade. O ditador soviético, que patrocinou a morte de milhões de conterrâneos, costumava ordenar a apaniguados que apagassem das fotos oficiais do regime adversários eventuais ou eternos do regime.

A prática não é nova. A emissora ignora o jornalismo decente e simplesmente muda o nome de clubes e times nas transmissões que faz de jogos de futebol, vôlei, basquete e até fórmula 1.

No vôlei feminino o Rexona vira Rio de Janeiro, Bradesco-Finasa vira Osasco. No basquete feminino, a emissora ignora os patrocinadores e “nomeia” clubes com os nomes das cidades, como Ourinhos e São Caetano.

Na fórmula é mais ridículo ainda: Red Bull Racing é chamada assim no mundo todo, mas na Globo vira RBR. A Toro Rosso vira STR. E por aí vai.

Nas entrevistas coletivas de jogadores de qualquer modalidade transmitida, apenas o carão do entrevistado aparece na tela, tudo para evitar que os patrocinadores das equipes e mesmo pessoais dos jorgadores/atletas apareçam.

Não é à toa que, por causa dessa prática nojenta, cada vez menos empresas decidem patrocinar modalidades menos apreciadas. Já é uma luta conseguir dinheiro para bancar o esporte no Brasil, e ainda a maior emissora e seus canais ignoram os patrocínios.

Qual é a alegação? A emissora deciciu combater o que chama de mídia espontânea, contrariando todas as normas de bom jornalismo e de decência. Se alguém quer que o clube seja chamado pelo nome da empresa ou produto, que pague por isso.

Esse absurdo agora foi transferido para reportagens de entretenimento e programas diversos da Globo, como revelou o colunista Ricardo Feltrin, do UOL - leia aqui.

Segundo o jornalista, a prática já vem ocorrendo em reportagens desde o ano passado, mas agora também já atinge programas humorísticos como “Casseta & Planeta” e de fofoca e entretenimento sobre o mundo global , o Vídeo Show.

Não vai demorar muito para que as reportagens do jornalismo global passarão a ser literalmente virtuais, como aquelas imagens falsas de propaganda durante os jogos de futebol. Pior, corremos o risco de ver nos telejornais efeitos especiais dignos do filme “Senhor dos Anéis.”

terça-feira, maio 25, 2010

Prefiro acreditar no rock e em papai noel


O Cinemin é um dos melhores bares de São Bernardo na atualidade e é um reduto de gente inteligente. É frequentado por artistas, jornalistas, estudantes e profissionais liberais que gostam de boa comida, bebida de qualidade e muita música da melhor que existe.

Uma semana atrás, em uma mesa barulhenta recheada de intelectuais de boteco (no bom sentido), um deles narrava um episódio no qual perdera a namorada mais bonita que tivera em sua vida.

O professor cinquentão narra que no começo dos anos 80, ainda na faculdade de letras, conseguiu conquestar a mais bela garota da escola.

A ponto de se apaixonar, investiu no namoro sério, que já durava três meses, até que ela insistiu ipara fosse visitar a família, toda instalada em uma pequena cidade do interior, na região de São José do Rio Preto.

Após cinco horas de viagem de carro sob um calor senegalesco, chegou ao vilarejo que alguns chamavam de cidade e verificou que a família da moça era o que havia de mais conservador e retrógrado. Algo lhe dizia que o final de semana não iria acabar bem.

E ele nem chegou ao final do final de semana. Se no sábado foi tratado com cortesia, apesar da desconfiança dos pais e dos tios da menina, a situação ficou ruim à noite.

Empolgou-se com a pinga de alambique servida por um dos cunhados e pouco se lembra de como foi parar na cama para dormir, já de madrugada.

Às 6h30 de domingo, foi acordado de forma brusca pelo sogro. A família toda, sem exceção, deveria estar às 7h na igreja matriz para a missa, como em todos os domingos. Ainda meio zonzo, achou que fosse brincadeira.

Diante da insistência do sogro, e completamente abobado, irritou-se e mandou sem pensar: “Diga-me sinceramente um único motivo para ir a uma missa, seja a hora que for? O que é que vou fazer numa missa?”

A manhã nem bem terminou e ele já estava na rodoviária, prestes a embarcar para São Paulo, devidamente convidado a se retirar da cidade pelo já ex-sogro e por um séquito de amigos comedores de hóstia do ex-sogro. O ateísmo latente do professor acabou com o namoro com a mais bela mulher que conquistara.

A história surgiu coincidentemente no mesmo final de semana em que a Folha de S. Paulo trouxe uma interessante entrevista com o filósofo americano Daniel Dennett, ateu convicto e que lamenta o “obscurantismo de parte da população norte-americana, que sataniza os ateus da mesma forma que os homossexuais eram discriminados e hostilizados nos anos 50 e 60″.

Dennett vai mais além. Afirma que tentar conciliar biologia evolutiva com religião e crença em Deus é um ato de desespero intelectual. “As pessoas têm de aprender a conviver com os sem-Deus”.

Nada mais atual e inteligente. Religião, qualquer uma, é estelionato intelectual e não serve para absolutamente nada. Acreditar em Deus e em papai noel é a mesmíssima coisa. Só que defender tais ideias em um país com forte apelo religioso como é o Brasil é crime.

O brasileiro está ficando menos racista e está tolerando cada vez mais as diferenças, sobretudo as sexuais. Mas ainda é incapaz de entender e respeitar a tribo dos sem-Deus. Triste isso. É mais um sintoma de terceiromundismo, subdesenvolvimento e inferioridade intelectual em relação ao primeiro mundo.

Ir à missa e rezar é pura perda tempo. Prefiro perdê-lo ouvindo heavy metal e lendo “Deus, um Delírio”, livro do filósofo inglês Richard Dawkins, o principal intelectual da atualidade a espancar as religiões e a ideia da existência de um ser supremo.

segunda-feira, maio 24, 2010

O melhor tributo a Ronnie James Dio


Jorn Lande é um cantor norueguês de heavy metal que nada deve aos deuses do gênero e do classic rock. Elogiado pela versatilidade e pela qualidade técnica, mantém uma ativa carreira solo e já cantou em bandas importantes, como Company of Snakes e Masterplan (para a qual voltou recentemente).

Não perdeu tempo quando soube da morte de Ronnie James Dio, um dos seus ídolos e inspiração para que se tornasse cantor. Dio morreu aos 67 anos de câncer no estômago na semana retrasada.

Em menos de dez dias finalizou a melhor homenagem até agora feita ao vocalista morto. "Song for Ronnie James" deverá ser a faixa de abertura do próximo trabalho solo do cantor, "Dio", totalmente dedicado à obra de seu ídolo.

Lande já trabalhava no projeto antes da morte de Dio. Por mais que se fale em oportunismo, e não é o caso, não há como não atentar para a "coincidência" do lançamento da música e do CD, que chega às lojas em julho.

Não importa. Jorn Lane é um dos cinco melhores cantores de rock da nova geração e seu trabalho em "Song for Ronnie James" é estupendo.



JORN LANDE - "SONG FOR RONNIE JAMES"