terça-feira, maio 24, 2005

Pílulas roqueiras



  • Judas Priest gravou CD e DVD ao vivo em Tóquio
  • - A Sony Music vai lançar entre setembro e outubro Re-Unleashed In The East, novo álbum ao vivo do Judas Priest. O show foi gravado ao vivo na semana passada (18 e 19 de maio), em Tóquio, diante de uma platéia de 20 mil pessoas (em cada dia), e vai se tornar o novo DVD do veterano grupo britânico, que deve sair na mesma época do CD. O título do trabalho é uma referência direta ao clássico álbum ao vivo da banda, Unleashed In The East, lançado nos anos 80. Coincidentemente, o novo álbum do grupo, Angel Of Retribution, é uma referência ao clássico LP Sad Wings Of Destiny, dos anos 70.

  • Torture Squad lança CD e DVD ao vivo em julho
  • - O Torture Squad (foto) agendou para julho o lançamento de seu CD e DVD ao vivo Death, Chaos And Torture Alive, mas a banda avisa que ainda não pode divulgar qual o selo que vai lançar o trabalho. A idéia do grupo é iniciar uma nova turnê pelo país que deve durar alguns meses do segundo semestre. As datas dos shows serão divulgadas no site oficial do conjunto.

  • Def Leppard lança álbum de covers setentistas em outubro
  • - Vai se chamar simplesmente Yeah! o álbum de covers setentistas que o Def Leppard vai lançar em outubro. Entre as músicas que a banda gravou, estão músicas do T. Rex, Thin Lizzy, avid Bowie, Blondie, Sweet, Free, Badfinger, The Faces, The Kinks, Tom Petty & The Heartbreakers, Slade, MC5, The Police e Queen, entre outros.

  • Motörhead comemora 30 anos de carreira com DVD duplo
  • - Vai mesmo sair no dia 4 de julho Stage Fright, DVD que o Motörhead vai lançar para comemorar seus 30 anos de carreira. O DVD é duplo e terá como atração principal o vídeo do show que a banda fez em 7 de dezembro de 2004, na cidade alemã de Düsseldorf. A produção usou 23 câmeras para registrar esse show, que foi dirigido por Sven Offen, que já trabalhou em vídeos do Papa Roach e do Rammstein. Além do show, o DVD conta com um documentário falando dos 30 anos do grupo, entrevista com músicos e com a equipe de apoio, galeria de fotos, wallpapers para computador e opção de legendas em seis idiomas, inclusive o português.
    O playboy da filosofia acertou em cheio (viva o ateísmo)



    Sempre achei Michel Onfray, jovem filósofo francês campeão de vendas, um playboy agitador do mundo intelectual europeu. Mudei de idéia ao ler a entrevista publicada nesta semana pela revista Veja, onde ele fala sobre seu novo livro, " Tratado de Ateologia". Que eu me lembre, é o mais duro e bem fudamentado ataque às religiões e à existência (???) de Deus. Ganhou para sempre o meu respeito. Reproduzo abaixo algumas de suas declarações à revista:

  • "Por trás do discurso pacifista e amoroso, o cristianismo, o islamismo e o judaísmo pregam na verdade a destruição de tudo o que represente liberdade e prazer. Odeiam o corpo, os desejos, a sexualidade, as mulheres, a inteligência e todos os livros, exceto um. Essas religiões, afirma o filósofo, exaltam a submissão, a castidade, a fé cega e conformista em nome de um paraíso fictício depois da morte."


  • "Só o homem ateu pode ser livre, porque Deus é incompatível com a liberdade humana. Deus pressupõe a existência de uma providência divina, o que nega a possibilidade de escolher o próprio destino e inventar a própria existência. Se Deus existe, eu não sou livre; por outro lado, se Deus não existe, posso me libertar. A liberdade nunca é dada. Ela se constrói no dia-a-dia. Ora, o princípio fundamental do Deus do cristianismo, do judaísmo e do Islã é um entrave e um inibidor da autonomia do homem."


  • "É preciso mostrar que o rei (Deus) está nu, deixar claro que o mecanismo das religiões é o de uma ilusão. É como um brinquedo cujo mistério tentamos decifrar quebrando-o. O encanto e a magia da religião desaparecem quando se vêem as engrenagens, a mecânica e as razões materiais por trás das crenças."


  • "As religiões fazem uma promoção permanente da fé em detrimento da razão, da crença diante da inteligência, da submissão ao clero contra a liberdade do pensamento autônomo, da treva contra a luz."


  • " É possível acreditar em Deus e viver sem religião. Mas não conheço religião que viva sem Deus. Trata-se do mesmo combate, verso e reverso da mesma medalha."


  • "Deus e a religião são invenções puramente humanas, assim como a filosofia, a arte ou a metafísica. Essas criações, é bem verdade, respondem a necessidades, como a de esconjurar a angústia da morte, mas podemos reagir de outra forma: por exemplo, com a filosofia."


  • "O recurso a Deus e à transcendência é um sinal de impotência. A razão não pode tudo. Deve ser consciente de suas possibilidades. Quando ela não consegue provar alguma coisa, é preciso reconhecer essas limitações e não fazer concessões à fábula, ao pensamento mitológico ou mágico. A idéia da criação divina é uma espécie de doença infantil do pensamento reflexivo. "


  • "O que quero é mostrar que as religiões, que dizem querer promover a paz, o amor ao próximo, a fraternidade, a amizade entre os povos e as nações, produzem na maior parte do tempo o contrário. Não me parece muito digno de interesse que os monoteísmos possam ter gerado o bem aqui ou acolá. Afinal, é a isso mesmo que eles dizem se propor. Não há motivo para espanto. Em compensação, que se devam a eles tantas barbaridades terrenas, extremamente humanas, me parece muito mais importante como prova da inanidade das doutrinas."


  • "A filosofia permite a cada um a apreensão do que é o mundo, do que pode ser a moral, a justiça, a regra do jogo para uma existência feliz entre os homens, sem que seja preciso recorrer a Deus, ao divino, ao sagrado, ao céu, às religiões. É preciso passar da era teológica à era da filosofia de massa."
  • Kinks batem Beatles em competição da BBC

    da BBC

    As melhores músicas britânicas das últimas cinco décadas foram escolhidas por ouvintes da Rádio 2, uma das emissoras da BBC, com os Kinks batendo os Beatles na competição. A música "You Really Got Me" da banda bateu duas canções dos Beatles selecionadas entre as melhores entre 1955 e 1964.

    "Angels", de Robbie Williams, venceu a disputa para os anos 1995 a 2004, enquanto "West End Girls", do Pet Shop Boys, ficou em primeiro lugar para o período entre 1985 e 1994. A escolha foi feita por seis milhões de ouvintes à partir de uma lista de cinco canções selecionadas pela Academia Britânica de Compositores.

    O vencedor entre 1964 e 1975 foi David Bowie, com "Space Oddity", que bateu "My Generation", do grupo The Who, e "Satisfaction", dos Rolling Stones.
    Entre 1975 e 1984 a vencedora foi "Bohemian Rhapsody" do Queen, liderado por Freddy Mercury. O editor musical da Rádio 2, Colin Martin, disse que a expectativa era de que alguma música dos Beatles ou de John Lennon venceria pelo menos em uma das décadas cobertas pela votação.

    “Grandes canções como You Really Got Me, Space Oddity e Bohemian Rhapsody não são vistas apenas como do nível das composições de Lennon e McCartney, mas na liderança em relação à contribuição e influência sobre a música britânica”, disse Martin.

    A Rádio 2 da BBC organizou a competição para marcar o cinqüentenário do Prêmio Ivor Novello, um dos mais cobiçados prêmios para compositores no país.