sexta-feira, agosto 17, 2001

Imperdível. Existe uma tal de Revista do DVD nas bancas que traz um show dos Faces, o último da carreira deles,de 1974, com direito a Keith Richards na guitarra como convidado. Rod Stewart está cantando muito e Ron Wood consegue mostrar que é bom guitarrista. Corram...
Marcelinho fora do Corinthians. então tá, todo mundo segue a sua vida e paremos com esse assunto, pelamordedeus....
Estamos salvos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A Kiss FM (102,1 mhz) ressuscita e traz um novo conceito, o classic rock. Coisa corriqueira nos Estados Unidos, onde existem várias emissoras com o nome de Kiss FM (nada a ver entre si), as classic rocks FMs investem mais em músicas de artistas importantes gravadas entre 1960 e 1985. Esse limite de período não é rigoroso, mas tem sido respeitado pela Kiss paulistana. Em tempos de comercialismo absoluto e proliferação de jabás em rádios rock que eram sérias (não dá para pensar outra coisa da 89 FM quando ela toca a mesma música de hora em hora; a Brasil 2000 FM corre pelo mesmo caminho).
É gratificante ouvir no trânsito pesado de São Paulo uma sequência maravilhosa de Emerson, Lake, Palmer, Yes, King Crimson e Genesis da fase Peter Gabriel em um bloco, Whitesnake, AC/DC, Led Zeppelin e Who no seguinte, B.B. King, Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan no outro. Meu Deus, em que outra emissora do país se pode ouvir sequências como essas em sua programação normal durante o dia? só mesmo no programa Sunrise Sunset, da Eldorado FM, aos sábados das 21h às 24h. Seu defeito é que vai ao ar apenas uma vez por semana.
A Kiss FM chegou para ficar. Ela nos livrou de coisas asquerosas do rock nacional que proliferam na MIx FM, na 89 FM e na Brasil 2000, nos livrou de porcarias como o alterna metal e da repetição exaustiva de músicas interessantes a cada meia hora. Quase passei a odiar o REM quando do lançamento de seu último CD, "Reveal". Não posso escutar os primeiros acordes de "Imitation of Life" sem ser acometido por uma fúria imensa. Longa vida à Kiss FM.
Lançamentos imperdíveis deste mês nas lojas: "Fires At Midnight", o terceiro e melhor CD do Blackmore's Night (parceria do ex-Deep Purple Ritchie Blackmore com sua mulher, a cantora Candice Night) e CD duplo "Ballad Collection", da cantora norte-americana Lana Lane.
"Fires At Midnight", por enquanto, só pode ser encontrado em lojas de CDs importados, notadamente na Galeria do Rock (avenida São João, 439, centro de são Paulo). A versão européia custa salgados R$ 50,00. A japonesa, R$ 70,00. A dupla continua na mesma linha dos trabalhos anteriores, música acústica com arranjos medievais e com sonoridade semelhante ao do excelente grupo folk-progressivo inglês Renaissance, liderado pela diva Annie Haslam. Maravilhoso.
"Ballad Collection", de Lana Lane, sai no Brasil pela gravadora/loja de CDs Hellion Records ao bom preço de R$ 30,00. Por ser duplo, o preço é bem camarada. O trabalho é uma compilação de músicas gravadas desde 1999 e não aproveitadas nos CDs com músicas inéditas, covers e faixas já lançadas, mas com mexagens diferentes. Destaque para versões de "Across the Universe", dos Beatles, "Seasons End", do Marillion, além de covers do Supertramp, Crosby, Stills, Nash and Young, Tom Waits e Elton John (a versão de "Goodbye Yeloow Brick Road" ficou ótima).
Lana Lane é uma das cantoras mais respeitadas da atualidade no rock pesado. Tem o mesmo cartaz que a veterana Doro Pesch, a alemã que liderou o Warlock nos anos 80. Investindo no prog metal em seus dois últimos trabalhos - "Queen of rhe Ocean" e "Secrets of Astrology" -, tem a seu lado o excelente tecladista Erik Norlander, seu fiel escudeiro em todos os seus seis trabalhos. Sus letras passeiam por temas de ficção científica, basicamente, mas també,m tem bom desempenho em músicas românticas e com letras mais intimistas. Vale o investimento.
Finalmente vou falar de música, que é um dos objetivos primordiais desse valoroso espaço. mesmo com o dólar a R$ 2,50, estamos sendo abençoados com as presenças de Savatage no dia 18 de agosto e dos mestres do Judas Priest nos dias 6 e 7 em São Paulo. O Savatage vem divulgar seu novo CD, "Poets and Madmen", lançado no primeiro semestre. O CD é muito bom, pesado e com músicas inspiradas. Escute "This Is the Time" e aí você terá uma amostra do melhor do heavy metal dos anos 2000. Estréiam no Brasil dois novos integrantes, Damon Jinyia nos vocais (no lugar de Zak Stevens, que escolheu ficar com a noiva lindíssima) e Jack Frost na segunda guitarra (no lugar de Al Pitrelli, agora no Megadeth).
Em relação ao Judas Priest, o que dizer dos gigantes do heavy? É uma lenda, mesmo desfalcada de Rob Halford, o metal god. Ripper Owens, seu substituto, é excelente, canta maravilhosamente bem, mas Judas sem Halford é a mesma coisa que Led Zeppelin sem Robert Plant. De qualquer forma, Judas Priest é imperdível de qualquer jeito. É obrigatório.
A nota negativa é a participação do maravilhoso Nazareth na desconhecida "Festa do Peão de Limeira" em 8 de setembro. Lamentável... Um dos ícones do rock dos anos 70 cai de forma inapelável em uma arapuca dessas...
Claro que eles não sabiam onde estavam se metendo, mas é triste ver uma das grandes bandas da história em franca decadência participando de eventos nojentos como esse... Dessa se livrou o baterista original, Darrell Sweet, que morreu no palco em uma paresentação no ano passado em Nova York.
Ufa, vitória. Bem ao estilo Felipão. Mas assim não dá... Ele gremizou a seleção. Se o Dinho, aquele predador que jogou de volante no São Paulo e no Grêmio, estivesse ainda na ativa, seria o volante titular da seleção. Seria interessante um meio-campo com Dinho, Galeano (Palmeiras), Amaral (ex-Palmeiras e Vasco) e Chicão (aquele que era do São Paulo nos anos 70). Tá difícil...
A questão é a seguinte. Pelo jeito o Brasil vai se classificar com folga, já que os concorrentes às vagas simplesmente são muito piores do que nós e estão perdendo. E como vai ser quando a seleção se classificar? Vamos jogar esse futebolzinho na Copa? Tinga e Eduardo Costa serão titulares? A polícia japonesa vai prendê-los por agressão ao adversário e à nossa paciência...
O texto abaixo enviei para a tal da Frente Lepanto citada na mensagem abaixo, aquela que relaciona rock e satanismo. Uma organização de crentes idiotas sem o mínimo de bom senso.

"Meus caros, dei muita gargalhada quando li o texto de vocês a respeito da relação rock e satanismo. Nunca vi tanta bobagem a respeito do assunto em um esmo texto, que está mal escrito e pessimamente compilado. Os trechos reproduzidos de autores (?!?)diversos vão do ridículo á mentira, da paranóia crente à má intenção.
O autor do texto não só é preconceituoso ao extremo como burro, pois não consegue manter seu raciocínio tortuoso por mais do que dez linhas sem esbarrar em conceitos hipócritas e antiquados.
O grande problema de gente que se apega à religião da forma como exposta no referido texto é a absoluta incapacidade de conviver com a liberdade de escolha que o ser humano possui. Esse tipo de gente não suporta a idéia de há pessoas que discordam das bobagens em que acreditam. Pior, são invejosas e covardes. Invejosas porque querem e ambicionam essa liberdade, ambicionam se libertar dessa camisa-de-força religiosa que tanto mal faz ao ser humano. E covardes porque não têm coragem de ir em busca dessa liberdade.
Sendo assim, ficam se escondendo atrás de um fanatismo religioso dogmático para encobrir suas frustrações, ficam vendo diabinhos e demônios atrás de qualquer poste.
Resumindo, acreditar em satanismo e relacioná-lo a qualquer tipo de manifestação humana é falta do que fazer, falta de coisa melhor para pensar. Para gente que pensa desse jeito, qualquer coisa que não se adeque ao seu rígido pensamento e código de conduta é coisa do diabo. Que coisa asquerosa. Engraçada, mas asquerosa.

Marcelo Moreira"
Pessoal, se vocês quiserem dar boas gargalhadas entrem no seguinte endereço: http://www.lepanto.org.br/Rock.html. É hilário. Uma entidade católica chamada Frente Lepanto faz críticas ao rock e tenta explicar porque o ritmo é "coisa do demônio". Bastante engraçado...

segunda-feira, agosto 13, 2001

Mediocridade total. Esse é o saldo da quarta rodada do Campeonato Brasileiro 2001. Um festival de passes errados, pancadaria e lances grotescos. A seleção brasileira é reflexo disso. A imprensa pauliosta até que foi condescendente com o Palmeiras na vitória de 3 a 1 sobre o América-MG. Um time desorganizado, caente de qualquer sentido tático e sem um pingo de qualidade técnica. Pedrinho, que estreou e teve uma atuação não mais do que razoável, acabou sendo o destaque da partida, participando de todos os gols. Ele foi bem na etapa inicial, marcou um gol e depois se escondeu em campo. No segundo tempo mostrou mais disposição e deve se tornar em breve o melhor jogador do clube. De resto, o Palmeiras mostrou um futebol péssimo, que causou terror aos torcedores.
A mesa coisa pode se dizer do São Paulo na vitória de 3 a 1 sobre o Santa Cruz. Em nada a equipe lembra aquela que foi vice-campeã da Copa dos Campões. Qualidade técnica o time tem, até muito mais do que o Palmeiras, mas falta vontade aos jogadores são-paulinos. Leonardo e Rogério Ceni fazem muita falta.
O Corinthians mostrou que é um time facilmente bloqueável contra o Paraná (derrota de 3 a 1). A equipe tem qualidade técnica e entrosamento (coisa rara atualmente), mas é um time que tem dificuldades de sair de uma boa marcação, como aconteceu nos dois jogos contra o Grêmio na final da Copa dos Campeões. O Paraná aprendeu a lição direitinho e fez uma marcação individual sob pressão no primeiro tempo, fechando todos os espaços de Ricardinho e Fabinho. O time corintiano não jogou. Marcelinho Carioca faz falta, já que era uma referência de ataque e se movimentava muito.
Na Vila Belmiro a coisa começa a melhorar. A defesa mostrou-se mais firme contra o Coritiba e mio-campo, fraco em termos criativos, mostoru vitalidade e disposição em dobro na marcação. No entanto, a equipe não pode apenas depender de Robert, a única cabeça iluminada do time. Viola precisa se recuperar rápido para dar um pouco mais de qualidade ao toque de bola.
Guarani, Portuguesa e Botafogo-SP estão a caminho da segunda divisão. Já vão tarde.
Isso é um teste.
Senhoras e senhores, iniciam-se aqui as atividades do blog Superball Express, que pretende, dentro das limitações possíveis, se tornar um pequeno informativo/opinativo sobre música (basicamente rock and roll), futebol, esportes em geral e assuntos dos mais variados. Espero que todos você se divirtam ou se irritem (tanto faz...).
Um abraço.
Marcelo Moreira