Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sábado, março 31, 2012
Cursos livres entram na mira do Procon
Os cursos livres figuraram pela primeira vez no ranking de atendimentos do Procon-SP, aparecendo na lista do segundo semestre de 2011. Reclamações e esclarecimentos de dúvidas envolvendo cursos de informática, inglês, pré-vestibulares e profissionalizantes ocuparam a 10ª colocação na lista – com 5.223 atendimentos. Em todo o ano passado foram 9.881 registros, 9,8% mais que os 8.996 questionamentos realizados em 2010.
Os cursos livres ficaram atrás de bancos, cartões de crédito, telefonia celular e fixa, aparelhos telefônicos, móveis, plano de saúde, produtos de informática e produtos da linha branca. “A posição dos cursos livres chama a atenção por ser um segmento relativamente menor em relação aos outros listados em nosso ranking. Estar equiparado com grandes setores da economia mostra o quanto às práticas das empresas são abusivas”, diz a diretora de atendimento do Procon, Selma do Amaral.
O principal problema constatado pelo órgão de defesa do consumidor está relacionado a rescisão/alteração de contrato. Além de ter atenção ao ler o contrato, o Procon-SP recomenda muito cuidado com ofertas enganosas. Segundo É comum empresas abordarem o consumidor com a promessa de vaga de estágio ou de emprego. Mas é preciso desconfiar. São ofertas que atingem um público mais vulnerável, que não tem informação. São pais que não têm como pagar uma faculdade para o filho, mas querem dar uma formação e se iludem de que o curso garantirá um emprego. Para evitar problemas, é preciso conferir se a proposta é séria e a escola idônea, e pesquisar se a empresa tem queixa no Procon.
segunda-feira, março 26, 2012
Bancos e operadoras de telefonia lideram o ranking do Procon
As empresas do setor financeiro e as operadoras de telecomunicações foram as mais reclamadas nos Procons do Brasil no ano passado, respondendo por mais de 605 mil queixas registradas (39,33% do total).
Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que reúne informações dos Procons de 23 Estados (inclusive São Paulo) e do Distrito Federal (DF). Em 2011, foram realizados 1.696.833 (um milhão seiscentos e noventa e seis mil, oitocentos e trinta e três) atendimentos – uma média mensal de 141.402 reclamações.
Só o setor de assuntos financeiros responde por 336. 428 reclamações (21,87% do total). Nessa área em especial, se destacam 141.672 queixas contra cartões de crédito (9,21%), 111.648 contra bancos comerciais (7,26%), 58.445 contra financeiras (3,80%) e 24.663 contra cartões de lojas (1,60%).
Na sequência dos serviços financeiros, o destaque é para as 268.660 reclamações contra os serviços de telecomunicações (17,46% do total). Neste caso, são 122.952 queixas contra a telefonia móvel (7,99% do total), 85.606 contra a telefonia fixa (5,56%), 32.276 contra tevê por assinatura (2,10%) e 27.826 contra operadoras de internet (1,81%). Com relação a produtos, os aparelhos de celular aparecem em evidência, com 83.649 reclamações (5,44%).
“Fica claro que, com o crescimento econômico, mais pessoas têm acesso ao crédito e ao serviço de telefonia celular. Só que não há contrapartida das empresas para atender esses clientes. Elas apenas vendem o serviço e não melhoram a qualidade. Daí o grande número de problemas”, disse Maria Elisa Novaes, gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em depoimento ao Jornal da Tarde.