terça-feira, dezembro 15, 2009

Não pode mesmo dar certo


O país dos mensalões diversos e do loteamento político dos cargos públicos jamais dará certo. Já ultrapassamos a fase do jeitinho brasileiro.

Estamos na fase da comissão para tudo, da negociata às claras, do desrespeito deliberado das regras e leis, desde o político corrupto que rouba ao vivo, na televisão, até o manifestante de qualquer coisa que insiste em bloquear estradas e ruas, passando pelo vandalismo puro e simples de torcedores-bandidos de futebol.

Por que um país com esse tipo de gente daria certo? Está no DNA do brasileiro tolerar o jeitinho, a esperteza, a corrupção? Herança cultural? Caráter deficiente por conta da impunidade? Tudo isso e muito mais?

O colunista Tostão, da Folha de S. Paulo, ex-craque do Cruzeiro e da Seleção Brasileira e campeão do mundo em 1970, é um arguto observador da sociedade brasileira e fechou com brilho seu artigo do último domingo:

O Brasil é o país da troca de favores, do é “dando que se recebe”, das patotas, do corporativismo e do nepotismo. Cada vez mais as pessoas não se preocupam em ter amigos, ser amadas e ter bons relacionamentos. Querem é ser admiradas, bajuladas e ter ótimas relações profissionais. Só pensam na carreira e no sucesso.

A troca maquiavélica de favores é o caminho para a corrupção, outra praga nacional. O corrupto se relaciona muito bem com outro corrupto. Adora trocar panetones.

O corrupto costuma ser tão social, tão gentil, que até parece ser sério. Para diminuir bastante a corrupção, não bastam duras leis. É necessário também diminuir a promiscuidade social.

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