segunda-feira, agosto 27, 2007

Pelo direito de não gostar



Tem gente confundindo por aí preconceito com o fato de gostar ou não. Na essência, dizem filósofos e professores diversos da área de humanas, o ato de gostar ou não já embute um preconceito. Intelectualices e conceituações à parte, na vida real as duas coisas são muito diferentes.

A revista Brasileiros, recém-lançada e em seu primeiro número, há dois meses, traz uma pesquisa inédita e interessante do Ibope sobre preconceito. Só que o autor do texto esbarra perigosamente na fonteira entre o preconceito e o ato de gostar ou não.

Todo preconceito é odioso e merece ser combatido, mas eu tenho o direito de não gostar. Eu exijo esse direito e vou exercê-lo. Tenho o direito de não gostar de árabes, de judeus, de europeus, de nórdicos, de são-paulinos, de corintianos, de flamenguistas, de argentinos, de moradores da Barra Funda. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas é fundamental o respeito aos direitos dos outros.

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