terça-feira, junho 06, 2006

Câmara é invadida por sem-terra


Luciana Nunes Leal
Estadão.com


BRASÍLIA - Cerca de 300 pessoas do Movimento pela Libertação dos Sem-Terra entrou em conflito com os seguranças da Câmara e acabaram de invadir o anexo do prédio. Portando paus e pedras, os manifestantes agrediram seguranças e funcionários da Casa, deixando vários feridos.


Os manifestantes destruíram praticamente todo o material exibido em uma exposição sobre meio ambiente, no saguão do Anexo 2 da Câmara dos Deputados.


Enquanto se dirigiam para o plenário da Casa, os manifestantes quebraram vasos de plantas, painéis e maquetes da exposição. Duas portas de vidro foram quebradas, e vários manifestantes e seguranças ficaram feridos com cortes causados por estilhaços.


O grupo já invadiu o prédio do Ministério da Fazenda em Brasília, em maio de 2005, para protestar contra o corte do orçamento do governo, destinado aos assentamentos. O então ministro Antonio Palocci não se encontrava no prédio.


Na época da invasão da ministério, em entrevista à Agência Brasil, o professor de geografia da Universidade Federal da Paraíba, Marco Antonio Mitidiero, disse que "o MLST se configura como um movimento muito radical, com um discurso em defesa da revolução socialista baseado nas teses do líder da revolução chinesa Mao Tse Tung. É até um movimento muito mais radical que o MST."


O MLST é considerado uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra. Atua principalmente no Estado de Pernambuco.

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