terça-feira, maio 11, 2004

Tortura: até onde tolerar?



A questão dos soldados iraquianos torturados por americanos em Bagdá reacente os debates a respeito da tortura como meio de obtenção de informações. É consenso que a tortura é uma das coisas mais abjetas que um ser humano pode perpetrar contra o outro. Humilha a vítima, mas desmoraliza o torturador e o corrói a cadeia de comando que permite tal barbaridade. A tortura tem de ser banida de todas as formas.

Entretanto, ontem um amigo meu, amante dos direitos humanos e radical de esquerda, colocou a seguinte questão: como reagir quando um de nós têm um filho, a esposa ou mãe sequestrada, e a PM consegue capturar um comprovado integrante da quadrilha que se recusa a dizer onde fica o cativeiro? Devemos aceitar pura e simplesmente a recusa do bandido e respeitar os seus direitos, enquanto seu parente corre risco iminente de morte?

E o que fazer quando uma cidade está ameaçada por uma bomba nuclear e os serviços de segurança conseguem prender um terrorista que está envolvido no crime? E o que fazer quando este bandido se recusa a dizer onde a bomba foi colocada, sendo que existe apenas uma hora antes da explosão? Como reagir diante das circunstâncias, quando é iminente que milhões de pessoas correm risco de morte?

Fiquei sem resposta...

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