domingo, janeiro 09, 2011

(TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO JORNAL DA TARDE)


Um festival só para elas



Marcelo Moreira

Um festival exclusivo para as roqueiras, onde menina não entra. Ou quase isso. O Festival de Rock Feminino de Rio Claro, o maior e provavelmente o único do gênero do País, abre em breve as inscrições para a edição de 2011, a nona desde 2003.

A ideia é privilegiar os grupos formados por garotas, ou que tenham meninas como integrantes de destaque.

Realizado sempre no mês de março, que abriga o Dia Internacional da Mulher (dia 8), o festival integra uma extensa programação cultural na cidade que a 175 km de São Paulo, que inclui exposições, peças de teatro, palestras e mostra de cinema.

Com capacidade para receber de 2 mil a 3 mil pessoas, o evento ocorre em seu palco principal na Estação Ferroviária de Rio Claro durante todo o mês de março. Neste ano houve também shows no Centro Cultural Roberto Palmari e Praça da Matriz da vizinha cidade de Cordeirópolis.

Viviane Guilherme, da banda Istha, uma das organizadoras do evento (DIVULGAÇÃO)



Uma das organizadoras da área musical é Vivian Guilherme, vocalista da banda Istha. Na base da dedicação e do voluntarismo, ela e um grupo de colaboradores colocaram o festival no calendário nacional de eventos musicais.

O reconhecimento veio em 2010, quando a Câmara de Vereadores instituiu por lei o dia 9 de março como o Dia Municipal do Rock Feminino, destacando essencialmente o caráter social do festival – a entrada para os shows é um litro de leite, que é doado para o Fundo Social de Solidariedade e Rede do Câncer.

Além das atrações principais, existe uma competição entre os grupos, que são julgados por personalidades convidadas, como, por exemplo, Fernanda Takai (Pato Fu) e Luiz Thunderbird (músico do Devotos de Nossa Senhora Aparecida e apresentador da MTV), por exemplo. Em 2010, a principal atração foi o Shadowside. Dois anos antes, o nome de mais destaque foi o Ravenland.

“O retorno tem sido ótimo, o evento está ficando conhecido internacionalmente. Neste ano recebemos muitos argentinos e europeus. Tivemos 440 bandas do Brasil e da América Latina inscritas em 2010, das quais 15 foram escolhidas para tocar. Queremos bater esse recorde em 2011.”, afirma Vivian.

Na última edição, tocaram artistas de várias cidades paulistas, de Recife, Porto Alegre, Fortaleza e Belo Horizonte. A meta para os próximos anos é aumentar a participação de atrações estrangeiras. A última banda de fora que se apresentou foi a She Devils, da Argentina, em 2005.

A segunda fase de inscrições para o festival de música deve começar em janeiro. Quem se interessar deve preencher uma ficha no site www.rockfeminino.org.

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