quarta-feira, agosto 18, 2010

A política do bocejo


O primeiro debate entre os presidenciáveis na TV foi vítima de uma grande infelicidade - ou seria falta de atenção/inteligência? Ocorreu simultaneamente ao jogo entre São Paulo e Internacional pela Copa Libertadores, em jogo que valia vaga para a final.

Para azar dos organizadores e dos presidenciáveis, o jogo foi excelente em todos os quesitos, como deve ser uma semifinal de torneio continental.

Nâo bastasse isso, o debate provocou sono. Nenhum dos quatro candidatos presentes se mostrou digno de dirigir o país. Sobrou retórica vazia, faltaram argumentos e propostas sérias. Uma palestra de física quântica para crianças com certeza seria muito mais interessante.

José Serra (PSDB) se mostrou perdido e sem foco, buscando o ataque sem sucesso. Dilma Rousseff (PT) ficou na defesa o tempo todo. Não comprometeu, mas se mostrou muito fraca na TV e extremamente dependente de um roteiro pré-estabelecido. Em algumas passagens demonstrou ter problemas para encontrar conteúdo em suas respostas.

Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) eram apenas figurantes, sendo que este não foi levado a sério por ninguém - provavelmente nem por ele mesmo.

Era visível que os dois principais candidatos estavam mais contidos e que houve nervosismo no começo do debate. A tendência é que haja uma melhora nos próximos debates, ainda que tenhamos de aguentar algumas piadinhas e a total irrelevância de Sampaio.

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Plínio de Arruda Sampaio é uma excrescência em pssoa, uma piada em si mesmo. Não teve a menor vergonha ao pregar o crime durante o debate - a invasão de terras e a supressão de propriedade privada. Ainda prega a luta de classes, nada mais absurdo e fora de moda.

A plataforma política retrógrada de seu partideco é o que há de mais estapafúrdio no espectro político brasileiro. Está pelo menos 130 anos atrasada.

Mas o pior mesmo é defender o crime, ao dizer que vai incentivar as invasões de terra. Não bastasse, ainda prega o calote na dívida pública e na dívida interna. Prega a irresponsabilidade. Como ele e seu partido são irrelevantes em todos os sentidos, apenas faz rir.

Já Marina Silva pelo menos tem vergonha e bom senso e foge dessa tralha ideológica execrável e embolorada. Como candidata, ela representa o retrocesso em todas as áreas, entre outras coisas porque é ambientalista e evangélica, mas ao menos demonstra tino político ao defender a democracia e o diálogo.

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