quarta-feira, junho 10, 2009

Omissão rima com falta de repressão


Cenas cada vez mais comuns na Grande São Paulo: vias importantes bloqueadas sob qualquer pretexto com pneus fumegantes, móveis incendiados, pretensos manifestantes brandindo paus e apedrejando policiais, prédios públicos invadidos e ocupados por grevistas, tudo isso diante de uma passividade alarmante do Estado, sem poder e autonomia.

Está se aceitando cada vez mais nestes tempos a violência como método de reivindicação e como meio de "conquistas", sejam elas quais forem, mesmo que para isso a cidadania, o respeito e a educação sejam atropelados. Parece que o pior das atitudes de organizações como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) torna-se o modelo de comportamento e "ação" para uma gama enorme de vagabundos e vândalos, de todas as cores, tribos e vertentes políticas.

É fato que não dá mais para tolerar esse tipo de desrespeito. É inaceitável que baderneiros tomem conta da avenida Paulista, um dos três corredores hospitalares mais importantes da Capital, paralisando a cidade inteira. As motivações e os motivos são irrelevantes: é inaceitável que quase 11 milhões de paulistanos fiquem reféns de meia dúzia de manifestantes.

O bloqueio de trecho do Rodoanel Mário Covas em Embu, na parte oeste da Grande São Paulo, nesta semana, faz parte do que há de mais absurdo e mais nojento no comportamento dos "cidadãos" que habitam a região metropolitana da Capital.

Para protestar contra a falta de uma passarela, simplesmente impediram mais de 100 mil veículos de circular, provocando congestionamentos em pelo menos três estradas importantes. Nenhuma reivindicação, por mais importante e justa que seja, justifica esse ato bárbaro e primitivo de impedir a livre circulação de quem nada ter a ver com o assunto - sem falar que se trata de burrice, pois esse tipo de baderna só aumenta a raiva em relação ao "movimento".

Outro aspecto da ausência do Estado, ainda mais grave, é o tratamento que o governo estadual dispensa aos grevistas da USP e seus "aliados", um grupo de estudantes baderneiros e vândalos, verdadeiros criminosos que se escondem sob bandeiras "sindicais" e "educacionais".

Funcionários em greve e estudantes vagabundos cometem crime ao impedir que não aderiu de trabalhar. E cometem crime ao enfrentar com violência a Polícia Militar. E também cometem crime ao invadir e ocupar prédios públicos.

A justificativa dos "estudantes" para apoiar os funcionários e "combater" a PM é a de que protestam contra a implantação às pressas do ensino superior à distância e contra a presença dos policiais no campus. Então quer dizer que eles podem depredar e sustar os direitos individuais dos cidadãos que querem trabalhar e não podem ser incomodados por isso? Então quer dizer que a retórica esquerdista ultrapassada e canhestra serve de justificativa para a violação da cidadania e a depredação do patrimônio público?

Esses comportamentos só acontecem porque o governo estadual atual é omisso e incompetente, quando não criminoso, ao não coibir e reprimir tais manifestações de violência. Prender apenas um sindicalista na questão da USP não resolve a questão. É pouco.

Mas o governo estadual atual é omisso e incompetente, tem medo das urnas e da opinião pública se "descer a borracha" em manifestantes vândalos e em estudantes vagabundos. Mas será que alguém da equipe de primeiro escalão do Palácio dos Bandeirantes se deu ao trabalho de perguntar nas ruas o que acha desse tipo de omissão?

Agora virou política de Estado ignorar os flagrantes atentados à cidadania e à violação dos direitos de quem quer trabalhar e de quem quer ir e vir na Grande São Paulo. É por essas e outras que uma facção criminosa domina os presídios do Estado e traficantes e bandidos tomam conta das favelas paulistas. Não existe política de segurança pública em São Paulo. Esse é o legado do PSDB após 15 anos de governo.

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