Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
da Ansa, em Santiago, e da Folha Online
O grupo britânico The Who visitará a América do Sul pela primeira vez em março de 2007, em um giro que incluirá shows no Chile, Argentina e, provavelmente, também no Brasil (ainda sem confirmação oficial).
O show em Santiago será realizado em 21 de março no Estádio Nacional e o da Argentina, três dias depois, no estádio do clube River Plate, indicaram promotores locais.
No entanto, o site "Thewhotour" confirma shows apenas até o dia 17 de março, no México. Neste giro, o conjunto britânico divulga "Endless wire", seu primeiro álbum em 24 anos.
O disco de 19 canções inclui uma seção chamada "Wire & glass", na qual o grupo retoma o conceito de ópera rock, formato em que o The Who foi pioneiro com sua obra "Tommy" (1969).
A banda ícone dos anos 60, como parte do movimento conhecido como "invasão britânica", alcançou impacto mundial com sucessos como "My generation", "Baba O'Riley", e "I can't explain".
Após a morte do baterista Keith Moon em 1978 e do baixista John Entwistle em 2002, o The Who é formado hoje por dois de seus membros originais: o guitarrista Pete Townshend (compositor da maioria das músicas) e o vocalista Roger Daltrey.
Entre os músicos que os acompanham neste giro, está o baterista de Zark Starkey, filho de Ringo Starr.
No começo deste mês, foi divulgado que a Planmusic, responsável por shows como os do U2 no Brasil, traria o The Who ao Brasil em março de 2007.Mas a empresa ainda não se manifestou oficialmente sobre rumores de que a vinda do grupo ao Brasil tinha sido cancelada.
Uma comissão independente creditou a autenticidade das leis que determinam a expiração dos direitos autorais sobre uma música após 50 anos de seu lançamento. Sendo assim, duas maiores bandas do rock da história deverão perder, nos próximos sete anos, os direitos sobre suas músicas lançadas em 1963.
Porém, o veredicto ainda será dado pelo governo britânico. Mas ao que tudo indica, a partir do anos de 2013, não será mais preciso pagar royalties aos Beatles pela utilização de clássicos como "Love Me Do", de 1963 ou "Can I Get A Witness", do primeiro álbum dos Stones, "The Rolling Stones", de 1964. Sendo assim, a cada ano seguinte outras músicas ficariam livres.
Alguns músicos já protestaram contra a decisão, como foi o caso de Cliff Richards, que pediu para que a validade dos direitos autorais fosse estendida para 95 anos, como acontece nos EUA.
segunda-feira, novembro 27, 2006
Brian Kehew, roadie do THE WHO, assumiu os teclados da banda no lugar de John "Rabbitt" Bundrick , ausente devido a problemas de saúde de sua mulher. "Roadies muitas vezes assumem os lugares dos músicos nas passagens de som, e quando a banda ouviu Brian ficou impressionada" disse o manager Robert Rosenberg.
Na realidade, as habilidades de Kehew já são bem conhecidas principalmente dos beatlemaníacos, já que ele é co-autor do "Recording the Beatles", livro que disseca os meandros técnicos das gravações do Fab Four.
do Whiplash
Confirmando o que já foi publicado há alguns dias, o baterista Bill Ward postou uma mensagem em seu site oficial afirmando que não fará parte do HEAVEN & HELL.
"Em resposta às especulações sobre minha participação no projeto Heaven And Hell, gostaria de confirmar que não estou envolvido nas gravações tampouco nos shows que serão realizados. Quero desejar aos garotos - Tony, Geezer, Ronnie e Vinny - muito sucesso no próximo ano", disse Bill.
As gravações ao qual se refere são de duas faixas inéditas que estarão presentes na compilação "Black Sabbath: The Dio Years", coletânea de faixas registradas na época em que Ronnie James Dio era o vocalista.
Por Cleyton Lutz
As entradas das apresentações que vão ser realizadas nos estádios Old Trafford e Twickenham, nos dias 7 e 8 de julho, as primeiras do GENESIS em solo inglês nos últimos quinze anos, se esgotaram em uma hora e meia.
Os músicos estão bastante empolgados com a reunião. “Esta turnê será divertida”, afirmou Mike Rutherford à revista britânica Mojo. “Nós ainda estamos excitados por tocarmos novamente” completou Tony Banks.
A turnê do GENESIS ocorrerá nos meses de junho e julho do próximo ano. Ao todo já foram agendados 21 shows, mas a banda ainda avalia a possibilidade de incluir outras apresentações.
<P>Por Leonardo Sousa, do Whiplash
HEAVEN AND HELL — a nova banda composta pelo lendário vocalista Ronnie James Dio (DIO, BLACK SABBATH, RAINBOW) junto com os outros membros originais do BLACK SABBATH, Tony Iommi e Geezer Butler — foi entrevistada no começo dessa semana na Inglaterra pelo VJ Eddie Trunk do VH1 Classic para um programa que deve ir ao ar em janeiro.
Durante seu programa de rádio semanal, "Friday Night Rocks", que foi ao ar pela Q104.3 FM em Nova York no dia 24 de novembro, Trunk deu o seguinte comentário a respeito de sua entrevista com o HEAVEN AND HELL sobre o próximo CD e a turnê (OBS.: transcrição feita pelo Blabbermouth.net):
"Houve muita especulação sobre o fato da banda se chamar HEAVEN AND HELL e não BLACK SABBATH por causa de alguns fatores legais, ou devido a Sharon Osbourne ou alguma coisa do gênero. Este NÃO é o caso. Tony Iommi detém os direitos do nome BLACK SABBATH, e tanto ele como Ronnie James Dio decidiram que seria melhor chamar essa formação com outro nome pois acham que depois que o BLACK SABBATH com o Ozzy entrou para o Rock and Roll Hall of Fame, seria um pouco desrespeitoso e também confuso se chamar a reunião com o Dio de BLACK SABBATH novamente. Então eles decidiram — e foi uma decisão só deles - dar um outro nome a banda. Está é a razão dos shows estarem sendo agendados como HEAVEN AND HELL. Mas isso é um pouco confuso, pois o novo CD que vai ser lançado se chamará 'Black Sabbath: The Dio Years'.
Dois gigantes do futebol europeu do século passado estão penando para manter-se minimamente competitivos em relação aos concorrentes e rivais. O Atlético de Madri, que já teve Luís Pereira e Leivinha, foi por muitos anos a terceira força espanhola, mas, depois de seu nono título nacional, em 1996, entrou em crise, caiu para a segunda divisão em 2000 e só retornou à elite em 2003.
Hoje Sevilla, Valencia, Villarreal e Deportivo La Coruña o ultrapassaram em importância. Pelo menos ainda mantém resquício de um passado glorioso e tenta sair do atoleiro.
Já o italiano Torino, provavelmente o melhor time europeu entre 1945 e 1949, base da seleção italiana da época, é um caso mais dramático.
Sete vezes campeão nacional e frequentador assíduo de finais de competições européias, mergulhou em crise gigantesca no início dos anos 90, quando subiu e desceu várias vezes entre as séries A e B do Campeonato Italiano até finalmente falir em 2005, dando lugar a uma nova agremiação - deixou de ser o AC Torino para virar Torino FC. Hoje está de volta à Série A, mas logo voltará à B.
O Palmeiras é bem maior que os dois times acima. Tem a quarta maior torcida do Brasil e é considerado por muitos rankings o campeão do século XX no Brasil. O Torino é só a oitava torcida italiana e o Atlético de Madri com dificuldade situa-se entre as cinco maiores torcidas espanholas. E, no entanto, parece que os diretores palmeirenses estão muito empenhados em transformar o time no Torino, para depois seguir a passos largos em direção à situação da Lusa.
De clube modelo e com o caixa em dia, que passou mais de 30 anos sem atrasar um dia sequer os salários de funcionários e jogadores, rivalizando em termos de gestão administrativa (incluindo a parte social) com o São Paulo, passou a uma filial de clubes cariocas.
Os atrasos ainda são dias, e não escandalosos como no futebol do Rio de Janeiro, mas mostra que caminho fantático está trilhando o time verde paulistano. As dívidas se acumulam - R$ 37 milhões de déficit até setembro de 2006, segundo Dallmo Pessoa, no programa Mesa Redonda da TV Gazeta.
A campanha ridícula de 2006 era prevista, pois deveria ter acontecido já em 2004. Milagrosamente, Estevam Soares conduziu uma eqipe de segunda divisão dentro e fora de campo à Taça Libertadores. Em 2005, mesmo caos e mesma qualidade ruim de elenco e diretoria, mas Emerson Leão fez outro milagre e levou novamente o time à Libertadores. Só que os problemas continuaram e continuam.
Fala-se muito em choque de gestão, em modernização de departamento de futebol, administração profissional e outras palavras belas do jargão de gurus de marketing e auto-ajuda. Mas como implantar conceitos modernos como esses em um lugar onde conselheiro se vende por um cafezinho na sala da presidência, ou por um carguinho de diretor de bocha?
Como pedir empenho e profissionalismo em um lugar que até então pagava em dia, mas onde predominava a omissão, a vaidade e o clientelismo? É exatamente assim que funciona o departamento de futebol do Palmeiras, loteado e ocupados por incompetentes, interesseiros e oportunistas.
Como é que o omisso presidente permitiu a fritura e demissão de um técnico reconhecidamente competente como Leão? Como ele permitiu que a vaidade de um diretor desconhecido e incompetente predominasse em plena disputa da Libertadores?
E como é que o mesmo omisso permitiu que o diretor de futebol, muito mais incompetente, conseguisse xingar em público o técnico do time, que era um oásis de competência, e assim provocar sua saída, somente porque havia sido contratado pelo vaidoso diretor anterior responsável pela saída de Leão?
Diante de um quadro desolador desses, como exigir comprometimento de um elenco reconhecidamente ruim e desinteressado, com problemas internos visíveis, principalmente de caráter?
Como é que um monstro sagrado como o goleiro Marcos pode impor sua liderança se jogadores mais novos como Ilsinho e Francis simplesmente cospem na instituição, como se o Palmeiras fosse um clube qualquer? Logo Francis, que ficou exilado no Palmeiras B - de onde não deveria ter saído - falando grosso e ignorando a sabedoria de Marcos, Sérgio e Edmundo...
Esse roteiro é exatamente o mesmo que foi seguido pelo Torino nos anos 90, a julgar pelas informações publicadas pelo sério Gazzetta Dello Sport. Se o objetivo é esse, então com certeza é a única ação competente da diretoria do clube nos últimos anos. é o projeto Série B 2008 by Della Monica/Mustafá.
P.S.: Com as devidas adaptações, esse texto também pode servir para ilustrar a crise corintiana.