A força da comunicação, intacta e influente
O mundo das pesquisas é fascinante para quem gosta de investigar e tentar enxergar aquilo que poucos conseguem ou se esforçam. Entretanto, na maioria dos casos as pesquisas servem tão e somente como braços para análises mais amplas, nunca podem ser tomadas pelo todo, sob risco de, mesmo corretas, induzirem a equívocos perigosos.
Entretanto, vejo com alegria e competência a análise de levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Meta, sob encomenda da Secom da Presidência da República, a respeito dos hábitos de comunicação do país.
A televisão é o mais abrangente meio de comunicação do País, visto por 96,6% da população brasileira. Supera, até com certa folga, o rádio, que vem a seguir com 80,3% de estimada presença nacional.
Os jornais atingem 46,1% dos brasileiros (mas apenas 24,7% deles são leitores diários) e as revistas, 34,9% – jogando por terra a falácia dos futuristas e dos detratores de que a imprensa acabou e que a mídia impressa não tem mais relevância.
A internet já é utilizada por 46,1% da população, com média de 16,4 horas semanais de utilização (o lazer é a principal finalidade de acesso para 46,3% dos internautas, enquanto 24,8% a utilizam principalmente para buscar informações, sendo que cerca de 47,7% deles costumam ler jornais, blogs ou notícias pela internet).
A pesquisa foi realizada no final de 2009 e início de 2010 junto a 12 mil pessoas, em 924 pontos amostrais. Mais informações por meio deste atalho – http://migre.me/T7vY.
E esta é para quem adora xingar jornalistas em fóruns desqualificados na internet. Estudo do grupo alemão GfK, uma das maiores empresas de pesquisa do mundo e que há 23 anos atua no Brasil, mostrou que os brasileiros confiam mais nos jornalistas e publicitários em comparação com populações de outros países.
No Brasil, com 76% do índice de confiança dos cidadãos, os jornalistas conquistaram a 6ª posição; na avaliação mundial, os profissionais estão na 11ª colocação, com 41%.
O ranking nacional também foi melhor para os publicitários, que garantiram o 7º lugar, com 71%; internacionalmente, a categoria ficou na 15ª colocação, com 30%.
No cômputo geral, os bombeiros são apontados como os profissionais mais confiáveis, com 98% das menções entre os brasileiros e 94% entre as populações do resto do mundo.
No Brasil, eles são seguidos por carteiros (92%), professores do Ensino Fundamental e Médio (87%), médicos (87%), Exército (84%), organizações de proteção ao meio ambiente (80%) e pesquisadores de mercado (80%). A categoria com pior avaliação é a dos políticos, com 11% do índice de confiança no Brasil e 14% internacionalmente.
O estudo foi realizado no Brasil, em 15 países da Europa, nos EUA, na Colômbia e na Índia. Foram ouvidas 18.800 pessoas (1.000 no Brasil), com idades acima de 18 anos, entre os dias 1º e 29 de março de 2010.
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sexta-feira, julho 16, 2010
terça-feira, julho 13, 2010
Coadjuvante não pode ganhar Copa (e nem os fracassados)
Copa do Mundo é coisa séria. Não é coisa para amadores. Times sem tradição são apenas coadjuvantes, quando muito cometem alguma zebra para que possamos dar algumas risadas, mas não podem ganhar o título. É contra as leis da natureza.
Por isso fiquei muito feliz com a eliminação de Gana. Time sem história, time sem qualidade, apenas correria e pontapés, como é típico do futebol africano. Saiu tarde da Copa do Mundo.
E também foi o destino do Paraguai, com certeza uma das três maiores porcarias do torneio. Cinco jogos, uma vitória, uma derrota e três empates. Não merece jamais disputar uma Copa do Mundo. Fora com os timinhos sem tradição. Copa do Mundo é coisa para time grande.
@@@@@@@@@@@@@@@@@
O dunguismo morreu da pior forma possível, com uma derrota para lá de esquisita e com falha do melhor goleiro do mundo.
Ao contrário de 2006, quando jornalistas chegaram à beira do choro após a derrota contra a França, e exageraram na dimensão da tragédia, desta vez a eliminação nos campos da África foi recebida com mais serenidade.
Não existiu clima de tragédia – ainda bem –, mas a consternação ficou visível nos rostos dos torcedores. A seleção de Dunga era a melhor da Copa, mas sua superioridade não era tão grande.
Seus principais atores resolveram sumir e se esconder no torneio, enquanto que quem não falhava e não poderia falhar errou feio, como aquele que supostamente seria o melhor goleiro do mundo.
Não faltou garra, não faltou vontade. O que não existiu foi inteligência, futebol e comprometimento em jogar bem. Robinho, Kaká e Luís Fabiano não jogaram nada, transbordaram arrogância, empáfia e soberba. Só pensaram em si mesmos. Não passam de fracassados.
Dunga teve seus erros, muitos méritos, mas acabou traído pelos seus “craques”, que preferiram se esconder. A tal da união simplesmente era uma falácia. Egoístas e falastrões, jogaram para a plateia e deram vexame.
Perder faz parte, mas ter dignidade também. Os fracassados Robinho, Kaká e Luís Fabiano e o descerebrado e desequilibrado Felipe Melo não tiveram.
Copa do Mundo é coisa séria. Não é coisa para amadores. Times sem tradição são apenas coadjuvantes, quando muito cometem alguma zebra para que possamos dar algumas risadas, mas não podem ganhar o título. É contra as leis da natureza.
Por isso fiquei muito feliz com a eliminação de Gana. Time sem história, time sem qualidade, apenas correria e pontapés, como é típico do futebol africano. Saiu tarde da Copa do Mundo.
E também foi o destino do Paraguai, com certeza uma das três maiores porcarias do torneio. Cinco jogos, uma vitória, uma derrota e três empates. Não merece jamais disputar uma Copa do Mundo. Fora com os timinhos sem tradição. Copa do Mundo é coisa para time grande.
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O dunguismo morreu da pior forma possível, com uma derrota para lá de esquisita e com falha do melhor goleiro do mundo.
Ao contrário de 2006, quando jornalistas chegaram à beira do choro após a derrota contra a França, e exageraram na dimensão da tragédia, desta vez a eliminação nos campos da África foi recebida com mais serenidade.
Não existiu clima de tragédia – ainda bem –, mas a consternação ficou visível nos rostos dos torcedores. A seleção de Dunga era a melhor da Copa, mas sua superioridade não era tão grande.
Seus principais atores resolveram sumir e se esconder no torneio, enquanto que quem não falhava e não poderia falhar errou feio, como aquele que supostamente seria o melhor goleiro do mundo.
Não faltou garra, não faltou vontade. O que não existiu foi inteligência, futebol e comprometimento em jogar bem. Robinho, Kaká e Luís Fabiano não jogaram nada, transbordaram arrogância, empáfia e soberba. Só pensaram em si mesmos. Não passam de fracassados.
Dunga teve seus erros, muitos méritos, mas acabou traído pelos seus “craques”, que preferiram se esconder. A tal da união simplesmente era uma falácia. Egoístas e falastrões, jogaram para a plateia e deram vexame.
Perder faz parte, mas ter dignidade também. Os fracassados Robinho, Kaká e Luís Fabiano e o descerebrado e desequilibrado Felipe Melo não tiveram.
segunda-feira, julho 12, 2010
Insanidade tributária
De tempos em tempos emergem na imprensa alternativa expoentes da extrema esquerda resgatando conceitos há muito em desuso, esquecidas das páginas dos principais veículos.
Nada contra o ressurgimento desses personagens, até porque quanto mais debate, melhor. O que me espanta e me preocupa é a disseminação de conceitos equivocados e erros cometidos em excesso ao longo da história, mas que, para alguns desavisados, acabam se tornando “verdade histórica”. São conceitos, em sua maioria, fora de moda e enterrados pela história.
Na atual edição impressa do ABCD Maior temos na página 2 um artigo assinado pelo jornalista Altamiro Borges, que é filiado ao PCdoB e editor de vários veículos de esquerda.
Não o conheço pessoalmente, mas sei que é um profissional capaz e inteligente, mas é evidente que a ideologia e a militância contaminam seus textos - o que não os invalida.
Ele defende em seu artigo que a carga tributária brasileira não é excessiva e defende com veemência a implantação imediata do Imposto sobre Grandes Fortunas, em especial nos termos observados no projeto da deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS).
O texto é equivocado do começo ao fim, e custo a crer que Borges seja desinformado ao ponto de querer fazer o leitor crer que o brasileiro paga pouco imposto e que o esquema atual em vigor é injusto porque não taxa como deveria taxar parte da sociedade. Sim, por incrível que pareça, o jornalista do PCdoB escreveu isso.
Não há tese, texto, estudo ou numeralha com alguma credibilidade que sustente o que prega Altamiro Borges. E a realidade é a primeira a derrubá-lo.
É só fazer uma rápida consulta a qualquer dono de boteco que circunde a casa do jornalista, ou o seu trabalho, para saber o peso da carga tributária brasileira. Se ele preferir, olhe o próprio contracheque, se for assalariado, e observe a quantidade de descontos nos seus vencimentos.
Ignorar a carga tributária monstruosa que recai na cabeça da sociedade não só é insano, como irresponsável. E não adianta usar os adjetivos antiquados de sempre contra os supostos inimigos de sempre - a mídia, a poderosíssima entidade capaz de transformar a realidade no que quiser e de eleger quem quiser…
Carga tributária chegando a 40% e descontrole eterno das contas públicas, em todos os níveis - mais a criação de inúmeros gastos novos por parlamentares igualmente irresponsáveis - são uma receita infalível para o retorno da inflação alta e para jogar uma âncora no crescimento do país.
Ironias à parte, defender carga tributária na estratosfera é demonstrar praticamente nenhum conhecimento de economia e contas públicas. É fechar aos olhos para a arrecadação voraz de um Estado que não sabe, não se esforça e se recusa a controlar gastos - e que gasta pessimamente o que arrecada, seja comando pela esquerda ou pela direita.
E nem entro no mérito no imposto para as fortunas, sobre a sua conveniência atualmente. A questão não é essa. Mais imposto numa carga tributária indecente como a brasileira, é ruim para ricos e péssimo para pobres.
Em vez de discutir uma reforma tributária adequada ao século XXI e que não esfole pobres, ricos, classe média, trabalhadores e empresários, parte do pensamento político brasileiro atual defende o indefensável. Continuamos perdendo cada vez mais tempo com isso.
De tempos em tempos emergem na imprensa alternativa expoentes da extrema esquerda resgatando conceitos há muito em desuso, esquecidas das páginas dos principais veículos.
Nada contra o ressurgimento desses personagens, até porque quanto mais debate, melhor. O que me espanta e me preocupa é a disseminação de conceitos equivocados e erros cometidos em excesso ao longo da história, mas que, para alguns desavisados, acabam se tornando “verdade histórica”. São conceitos, em sua maioria, fora de moda e enterrados pela história.
Na atual edição impressa do ABCD Maior temos na página 2 um artigo assinado pelo jornalista Altamiro Borges, que é filiado ao PCdoB e editor de vários veículos de esquerda.
Não o conheço pessoalmente, mas sei que é um profissional capaz e inteligente, mas é evidente que a ideologia e a militância contaminam seus textos - o que não os invalida.
Ele defende em seu artigo que a carga tributária brasileira não é excessiva e defende com veemência a implantação imediata do Imposto sobre Grandes Fortunas, em especial nos termos observados no projeto da deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS).
O texto é equivocado do começo ao fim, e custo a crer que Borges seja desinformado ao ponto de querer fazer o leitor crer que o brasileiro paga pouco imposto e que o esquema atual em vigor é injusto porque não taxa como deveria taxar parte da sociedade. Sim, por incrível que pareça, o jornalista do PCdoB escreveu isso.
Não há tese, texto, estudo ou numeralha com alguma credibilidade que sustente o que prega Altamiro Borges. E a realidade é a primeira a derrubá-lo.
É só fazer uma rápida consulta a qualquer dono de boteco que circunde a casa do jornalista, ou o seu trabalho, para saber o peso da carga tributária brasileira. Se ele preferir, olhe o próprio contracheque, se for assalariado, e observe a quantidade de descontos nos seus vencimentos.
Ignorar a carga tributária monstruosa que recai na cabeça da sociedade não só é insano, como irresponsável. E não adianta usar os adjetivos antiquados de sempre contra os supostos inimigos de sempre - a mídia, a poderosíssima entidade capaz de transformar a realidade no que quiser e de eleger quem quiser…
Carga tributária chegando a 40% e descontrole eterno das contas públicas, em todos os níveis - mais a criação de inúmeros gastos novos por parlamentares igualmente irresponsáveis - são uma receita infalível para o retorno da inflação alta e para jogar uma âncora no crescimento do país.
Ironias à parte, defender carga tributária na estratosfera é demonstrar praticamente nenhum conhecimento de economia e contas públicas. É fechar aos olhos para a arrecadação voraz de um Estado que não sabe, não se esforça e se recusa a controlar gastos - e que gasta pessimamente o que arrecada, seja comando pela esquerda ou pela direita.
E nem entro no mérito no imposto para as fortunas, sobre a sua conveniência atualmente. A questão não é essa. Mais imposto numa carga tributária indecente como a brasileira, é ruim para ricos e péssimo para pobres.
Em vez de discutir uma reforma tributária adequada ao século XXI e que não esfole pobres, ricos, classe média, trabalhadores e empresários, parte do pensamento político brasileiro atual defende o indefensável. Continuamos perdendo cada vez mais tempo com isso.