A diplomacia brasileira em seu devido lugar
O Conselho de Segurança da ONU tratou de enterrar devidamente a diplomacia terceiromundista e incompetente do Brasil. Até mesmo com o apoio de China e Rússia, discute-se o tamanho de novas sanções ao Irã, ignorando o tal acordo mediado por Lula e pelo primeiro-ministro turco, outro ingênuo que foi ludibriado pelos picaretas do país dos aiatolás.
Humilhação é pouco para descrever o que ocorreu com a diplomacia brasileira, que foi colocada em seu devido lugar: a irrelevância e a insignificância total. Parabéns, Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim.
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sábado, maio 22, 2010
Pela extinção da Virada Cultural
A Virada Cultural de São Paulo é uma ideia maravilhosa que perde o encanto a cada edição. A sexta, que ocorreu neste final de semana, teve muitas atrações interessantes e foi mais diversificada. Mas cresceu demais, especialmente no centro da cidade, que não está preparado para o tamanho atual do evento.
Além disso, está claro que a população da Grande São Paulo – reflexo também da população brasileira – não merece um evento maravilhoso como esse. A falta de educação e civilidade ficaram evidentes. Foram inúmeras as brigas, arruaças e atos de vandalismo.
O policiamento ficou aquém do necessário na região central, mas assim mesmo, qualquer que fosse o contingente, não daria conta de conter uma verdadeira horda de gente sem educação e completamente bêbada – nada contra os bêbados, mas contra os que não sabem beber e arrumam confusão.
Infelizmente, a recente festa do 1º de Maio em São Bernardo foi uma péssima mostra do que viria a ocorrer na Virada Cultural de São Paulo. Enquanto não houver educação, o povo não merece eventos gratuitos de qualidade.
E não se trata de educação formal. É coisa de civilidade mesmo, coisa que se aprende em casa, no convívio com amigos e na escola. Defendo a extinção da Virada Cultural.
A Virada Cultural de São Paulo é uma ideia maravilhosa que perde o encanto a cada edição. A sexta, que ocorreu neste final de semana, teve muitas atrações interessantes e foi mais diversificada. Mas cresceu demais, especialmente no centro da cidade, que não está preparado para o tamanho atual do evento.
Além disso, está claro que a população da Grande São Paulo – reflexo também da população brasileira – não merece um evento maravilhoso como esse. A falta de educação e civilidade ficaram evidentes. Foram inúmeras as brigas, arruaças e atos de vandalismo.
O policiamento ficou aquém do necessário na região central, mas assim mesmo, qualquer que fosse o contingente, não daria conta de conter uma verdadeira horda de gente sem educação e completamente bêbada – nada contra os bêbados, mas contra os que não sabem beber e arrumam confusão.
Infelizmente, a recente festa do 1º de Maio em São Bernardo foi uma péssima mostra do que viria a ocorrer na Virada Cultural de São Paulo. Enquanto não houver educação, o povo não merece eventos gratuitos de qualidade.
E não se trata de educação formal. É coisa de civilidade mesmo, coisa que se aprende em casa, no convívio com amigos e na escola. Defendo a extinção da Virada Cultural.
Direitos humanos: Lula conserta o ‘frankenstein’
O presidente Lula consertou o defeituoso e enviezado Programa Nacional de Direitos Humanos. Limpou os excessos que davam margem para intervenções e censura aos meios de comunicação e que permitiam o revisionismo da Lei da Anistia de 1979, entre outras coisas.
Também tirou do ar os artigos que ampliavam as situações em que o aborto legal era permitido e acabou com o absurdo de dificultar a reintegração de posse de propriedades rurais invadidas.
O 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos reunia, em sua versão inicial, uma quantidade tão grande de absurdos e bobagens que custava crer que realmente tivesse sido elaborado por um governo sério.
Lula restabeleceu as coisas e colocou tudo nos seus devidos lugares. Não se pode legislar por decreto sobre assuntos como a Lei da Anistia, eliminar o direito de propriedade, oficializar a intervenção e a censura aos meios de comunicação e a descriminalização do aborto. Isso é passar por cima do Congresso e ignorar a socieade.
O mais grave foi a tentativa de malandragem de fazer todas essas bobagens passar dentro de um projeto imenso e esquizofrênico na calada da noite com o objetivo de ludibriar o presidente da República.
Paulo Vannuchi, secretário nacional de Direitos Humanos, é uma pessoa séria e respeitada, mas cometeu erros imperdoáveis ao tentar atender a reivindicações estapafúrdias e inaceitáveis e fazê-las passar de forma pouco elogiosa. Não pode continuar no seu cargo.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Também não pode permanecer no governo o secertário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Seu relacionamento no mínimo intenso com um acusado de contrabando é um dos maiores absurdos já observados em qualquer governo no mundo.
Pior, o chinês Li Kwok Kwen, o acusado de contrabando em proporções literalmente chinesas, se fazia passar por autoridade do governo brasileiro na China. Como é possível que Tuma Júnior tenha ocupado tal cargo?
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
A única voz na imprensa brasileira que se insurge contra a idnependência do Banco Central é a do veterano jornalista Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo. Ele considera que é um atentado à democracia que um “funcionário subalterno, como o presidente do BC, não possa ser questionado pelo presidente da República, seu chefe e patrão”.
O raciocínio é torto e omite, talvez de forma proposital, a verdadeira função de um Banco Central na economia e na política econômica de um país.
A solução adotada no Brasil não é a ideal, já que o presidente do BC é nomeado pelo governante de plantão, criando um evidente conflito de interesses.
A chamada autoridade monetária é um órgão eminentemente técnico, que não pode ficar à mercê dos ventos políticos do ocupante do Palácio do Planalto, por mais que este defenda e mantenha a independência de atuação do BC.
Apesar desa deformação de estreutura governamental, fez bem Lula em dar apoio e autonomia a Henrique Meirelles no Banco Central.
Enquanto não atingimos o mesmo esquema que vigora na maioria dos países europeus, onde o Banco Central é independente e seu presidente é escolhido deforma técnica, não pelo governo, a postura de Lula tem de ser elogiada e mantida.
O Banco Central não pode ficar à mercê da politicalha ideológica e partidária, coisas nefastas que podem destruir a economia de uma nação. E torçamos para que José Serra não seja eleito, já que é um “inimigo” da independência do BC.
O presidente Lula consertou o defeituoso e enviezado Programa Nacional de Direitos Humanos. Limpou os excessos que davam margem para intervenções e censura aos meios de comunicação e que permitiam o revisionismo da Lei da Anistia de 1979, entre outras coisas.
Também tirou do ar os artigos que ampliavam as situações em que o aborto legal era permitido e acabou com o absurdo de dificultar a reintegração de posse de propriedades rurais invadidas.
O 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos reunia, em sua versão inicial, uma quantidade tão grande de absurdos e bobagens que custava crer que realmente tivesse sido elaborado por um governo sério.
Lula restabeleceu as coisas e colocou tudo nos seus devidos lugares. Não se pode legislar por decreto sobre assuntos como a Lei da Anistia, eliminar o direito de propriedade, oficializar a intervenção e a censura aos meios de comunicação e a descriminalização do aborto. Isso é passar por cima do Congresso e ignorar a socieade.
O mais grave foi a tentativa de malandragem de fazer todas essas bobagens passar dentro de um projeto imenso e esquizofrênico na calada da noite com o objetivo de ludibriar o presidente da República.
Paulo Vannuchi, secretário nacional de Direitos Humanos, é uma pessoa séria e respeitada, mas cometeu erros imperdoáveis ao tentar atender a reivindicações estapafúrdias e inaceitáveis e fazê-las passar de forma pouco elogiosa. Não pode continuar no seu cargo.
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Também não pode permanecer no governo o secertário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Seu relacionamento no mínimo intenso com um acusado de contrabando é um dos maiores absurdos já observados em qualquer governo no mundo.
Pior, o chinês Li Kwok Kwen, o acusado de contrabando em proporções literalmente chinesas, se fazia passar por autoridade do governo brasileiro na China. Como é possível que Tuma Júnior tenha ocupado tal cargo?
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A única voz na imprensa brasileira que se insurge contra a idnependência do Banco Central é a do veterano jornalista Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo. Ele considera que é um atentado à democracia que um “funcionário subalterno, como o presidente do BC, não possa ser questionado pelo presidente da República, seu chefe e patrão”.
O raciocínio é torto e omite, talvez de forma proposital, a verdadeira função de um Banco Central na economia e na política econômica de um país.
A solução adotada no Brasil não é a ideal, já que o presidente do BC é nomeado pelo governante de plantão, criando um evidente conflito de interesses.
A chamada autoridade monetária é um órgão eminentemente técnico, que não pode ficar à mercê dos ventos políticos do ocupante do Palácio do Planalto, por mais que este defenda e mantenha a independência de atuação do BC.
Apesar desa deformação de estreutura governamental, fez bem Lula em dar apoio e autonomia a Henrique Meirelles no Banco Central.
Enquanto não atingimos o mesmo esquema que vigora na maioria dos países europeus, onde o Banco Central é independente e seu presidente é escolhido deforma técnica, não pelo governo, a postura de Lula tem de ser elogiada e mantida.
O Banco Central não pode ficar à mercê da politicalha ideológica e partidária, coisas nefastas que podem destruir a economia de uma nação. E torçamos para que José Serra não seja eleito, já que é um “inimigo” da independência do BC.
Ninguém ganha quando há censura
Instigado por um alerta do assíduo leitor Antonio Sena, de São Bernardo, vale o questionamento: como se posicionar diante da decisão judicial em favor do prefeito Luiz Marinho que impede o Diário do Grande ABC de citar o nome do prefeito em reportagens sobre o descarte de móveis nas repartições públicas de São Bernardo?
Escrevi no final de semana mais uma crítica a respeito do silêncio da sociedade, em especial do PT e de lideranças de esquerda, sobre a censura prévia imposta pela Justiça Federal ao Estadão por conta de reportagens sobre irregularidades cometidas por um filho do senados José Sarney.
A censura prévia determinada pela Justiça já dura 284 dias e é um dos episódios mais indecentes da história recente do Brasil, e que está sendo veementemente condenada mundo afora.
No texto anterior, não sabia ainda da determinação judicial que beneficiava o prefeito Marinho. Não gostei do desfecho do episódio, ainda que seja provisório e caiba recurso.
Abomino toda e qualquer restrição à liberdade de imprensa, opinião e expressão. Qualquer tipo de censura é odiosa. Censura prévia é a mais odiosa de todas.
A diferença entre os dois casos é que o DGABC ainda conseguiu publicar a primeira matéria. O Estadão nem esse direito teve, já que o desembargador que tomou a decisão, além de ser incompetente e leniente, é amicíssimo da família Sarney.
De qualquer forma, a iniciativa do prefeito e a decisão que lhe foi favorável pegou muito mal. Marinho sempre teve uma relação boa com a imprensa e com os jornalistas.
Aprendeu bastante como presidente nacional da CUT e melhorou muito a sua postura como ministro da Previdência e do Trabalho. São quase 30 anos de militância política e sindical, e igual experiência com jornalistas. Sabe como a imprensa funciona.
A tentativa de censura ao DGABC não apenas atenta contra a liberdade imprensa e de expressão, mas contra uma biografia pública marcada pela defesa da democracia, defesa intransigente dos direitos humanos, de liberdade de expressão e de opinião.
Pior ainda: dá oxigênio ao cada vez mais irrelevante e moribundo DGABC, um jornal que perde prestígio e credibilidade a cada dia.
É notória a campanha abjeta que o jornal faz contra a Prefeitura de São Bernardo e Marinho. Só que a incompetência para fazer isso é tão grande que o jornal frequentemente é desmoralizado nas ruas, nas bancas de jornais e nas redações de veículos diversos por aí.
Quando Marinho consegue decisão judicial que censura a continuidade das reportagens sobre assunto, dá importância a um assunto que não merece esse destaque - o texto original é muito ruim, cheio de falhas e “buracos”, mal escrito e malfeito.
A questão devolve, ainda que momentaneamente, uma importância indevida que o tal jornal não tem mais e não terá mais.
E encobre o competente trabalho que a assessoria de imprensa de São Bernardo no desmonte dos ataques mais estapafúrdios do DGABC contra a administração Marinho - não que isso seja difícil, já que falta competência mínima ao jornal.
Com o fim da execrável Lei de Imprensa, a Justiça se tornou o local adequado para resolver questões de dano moral, calúnia, injúria e difamação. Quem se sente lesado tem todo o direito de ir à Justiça e processar quem quer que seja.
No entanto, recorrer à Justiça para se prevenir contra o dano/dolo eventual, antes mesmo que seja praticado, apenas e tão somente por haver uma presunção de que ocorrerá, é inaceitável sob todos os aspectos.
Assim como o Estadão, o DGABC tem de recorrer da decisão e denunciar ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) o magistrado inepto que tomou a decisão de censurar as reportagens.
Cabe a Luiz Marinho, de posse de todos os textos que venham a ser publicados sobre o assunto, derrubar todos os pontos da frágil reportagem e processar o DGABC por danos morais. É assim que se faz em uma democracia moderna e em sociedades civilizadas e livres, como se supõe que seja, ainda que em partes, no Brasil.
Instigado por um alerta do assíduo leitor Antonio Sena, de São Bernardo, vale o questionamento: como se posicionar diante da decisão judicial em favor do prefeito Luiz Marinho que impede o Diário do Grande ABC de citar o nome do prefeito em reportagens sobre o descarte de móveis nas repartições públicas de São Bernardo?
Escrevi no final de semana mais uma crítica a respeito do silêncio da sociedade, em especial do PT e de lideranças de esquerda, sobre a censura prévia imposta pela Justiça Federal ao Estadão por conta de reportagens sobre irregularidades cometidas por um filho do senados José Sarney.
A censura prévia determinada pela Justiça já dura 284 dias e é um dos episódios mais indecentes da história recente do Brasil, e que está sendo veementemente condenada mundo afora.
No texto anterior, não sabia ainda da determinação judicial que beneficiava o prefeito Marinho. Não gostei do desfecho do episódio, ainda que seja provisório e caiba recurso.
Abomino toda e qualquer restrição à liberdade de imprensa, opinião e expressão. Qualquer tipo de censura é odiosa. Censura prévia é a mais odiosa de todas.
A diferença entre os dois casos é que o DGABC ainda conseguiu publicar a primeira matéria. O Estadão nem esse direito teve, já que o desembargador que tomou a decisão, além de ser incompetente e leniente, é amicíssimo da família Sarney.
De qualquer forma, a iniciativa do prefeito e a decisão que lhe foi favorável pegou muito mal. Marinho sempre teve uma relação boa com a imprensa e com os jornalistas.
Aprendeu bastante como presidente nacional da CUT e melhorou muito a sua postura como ministro da Previdência e do Trabalho. São quase 30 anos de militância política e sindical, e igual experiência com jornalistas. Sabe como a imprensa funciona.
A tentativa de censura ao DGABC não apenas atenta contra a liberdade imprensa e de expressão, mas contra uma biografia pública marcada pela defesa da democracia, defesa intransigente dos direitos humanos, de liberdade de expressão e de opinião.
Pior ainda: dá oxigênio ao cada vez mais irrelevante e moribundo DGABC, um jornal que perde prestígio e credibilidade a cada dia.
É notória a campanha abjeta que o jornal faz contra a Prefeitura de São Bernardo e Marinho. Só que a incompetência para fazer isso é tão grande que o jornal frequentemente é desmoralizado nas ruas, nas bancas de jornais e nas redações de veículos diversos por aí.
Quando Marinho consegue decisão judicial que censura a continuidade das reportagens sobre assunto, dá importância a um assunto que não merece esse destaque - o texto original é muito ruim, cheio de falhas e “buracos”, mal escrito e malfeito.
A questão devolve, ainda que momentaneamente, uma importância indevida que o tal jornal não tem mais e não terá mais.
E encobre o competente trabalho que a assessoria de imprensa de São Bernardo no desmonte dos ataques mais estapafúrdios do DGABC contra a administração Marinho - não que isso seja difícil, já que falta competência mínima ao jornal.
Com o fim da execrável Lei de Imprensa, a Justiça se tornou o local adequado para resolver questões de dano moral, calúnia, injúria e difamação. Quem se sente lesado tem todo o direito de ir à Justiça e processar quem quer que seja.
No entanto, recorrer à Justiça para se prevenir contra o dano/dolo eventual, antes mesmo que seja praticado, apenas e tão somente por haver uma presunção de que ocorrerá, é inaceitável sob todos os aspectos.
Assim como o Estadão, o DGABC tem de recorrer da decisão e denunciar ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) o magistrado inepto que tomou a decisão de censurar as reportagens.
Cabe a Luiz Marinho, de posse de todos os textos que venham a ser publicados sobre o assunto, derrubar todos os pontos da frágil reportagem e processar o DGABC por danos morais. É assim que se faz em uma democracia moderna e em sociedades civilizadas e livres, como se supõe que seja, ainda que em partes, no Brasil.
O novo torcedor
O novo torcedor de futebol é mais exigente e gasta mais. Só que quer conforto e ser muito bem tratado. Enfim, o novo torcedor entendeu que é um consumidor, e que está disposto a pagar mais, se for o caso, para ter acesso a um espetáculo decente.
A diretoria do Corinthians deverá anunciar em breve, se é que já não o fez, que vai dobrar o preço dos ingressos das partidas do time nas fases seguintes da Copa Libertadores.
O chamado torcedor comum corintiano já tem hoje poucas chances de assistir a um jogo da equipe no estádio do Pacaembu por conta da política de arrecadação ao extremo de dinheiro.
Parte dos ingressos é destinada às nefastas torcidas organizadas, que sustentam politicamente a diretoria. O restante, a imensa maioria dos bilhetes restantes, está disponível aos torcedores que adquiriram o pacote sócio-torcedor, com privilégios na hora de compra de produtos e entradas.
A política adotada agora pelo Corinthians é a mais exacerbada de uma tendência que é sucesso no Rio Grande do Sul, onde Internacional e Grêmio lotam suas arenas com sócio-torcedores que compram carnês para campeonatos inteiros.
Palmeiras, Santos e São Paulo já seguem essa tendência com mais antecedência e planejamento que a diretoria do Corinthians. No Parque Antártica, estádio palmeirense, uma operadora de cartão de crédito fez a sua experiência pioneira em São Paulo.
“Loteou” uma parte das arquibancadas do estádio e instalou 5 mil lugares numerados, onde o torcedor paga mais caro, mas pode comprar o ingresso pela internet e entrar no estádio apenas passando o cartão de crédito na catraca eletrônica.
Seu bilhete é numerado, ou seja, tem cadeira garantida. É recepcionado por monitores bem treinados e bilíngues e, se quiser, tem acesso a uma lanchonete high tech perto de seu assento, com várias TVs de LCD que transmitem a partida.
A iniciativa foi um sucesso. Deu tão certo que a mesma operadora de cartões de crédito levou a ideia para a Vila Belmiro, estádio do Santos, e para o Morumbi, que é do São Paulo.
Os dirigentes do São Paulo, por sua vez, implantaram um esquema bem interessante de venda de camarotes fechados para empresas ou grupos.
Para isso, teve de reduzir a capacidade do estádio no anel intermediário, mas consegue arrecadação extra que jamais teria se tivesse de vender ingressos das antigas “cadeiras numeradas”.
Muitas vozes do atraso já se levantam e ficam batendo na mesma tecla, a da elitização do futebol, o esporte nacional do Brasil. Com um viés equivocado e ideologizado, esbravejam contra o que chamam de “exclusão” social nos estádios do país.
Pura bobagem. São os mesmos coitados que se calam diante da “elitização” dos teatros brasileiros, com seus ingressos que não custam menos de R$ 60. E que também se calam com ingressos que custam até R$ 25 nos cinemas, hoje enclausurados em shopping centers.
Esse pessoal se esquece que os frequentadores de teatro e cinema atuais não reclamam do preço que pagam, pois sabem que terão conforto, segurança e boas condições de assistir ao espetáculo.
Essas mesmas vozes do atraso também se calam diante do descalabro que se tornou a emissão de carteiras de estudante falsas em todo o país, causando prejuízos a agentes culturais e esportivos.
A tendência do futebol brasileiro de primeiro nível é a já observada na Inglaterra, Espanha e Alemanha e em alguns estádios da Holanda. O espetáculo cresceu, ficou maior, e mais caro. Os clubes precisam arrecadar mais e não podem desprezar a bilheteria.
A Inglaterra mudou a sua cultura futebolística, com a modernização das renas, da profissionalização dos clubes e com o aumento dos ingressos, o que acabou por afastar bandidos, hooligans e desordeiros de toda a ordem.
Não há registros nos últimos 15 anos de insatisfação dos torcedores ingleses com o enriquecimento de seus clubes e da melhora geral no espetáculo. Que seja bem-vindo o novo torcedor.
O novo torcedor de futebol é mais exigente e gasta mais. Só que quer conforto e ser muito bem tratado. Enfim, o novo torcedor entendeu que é um consumidor, e que está disposto a pagar mais, se for o caso, para ter acesso a um espetáculo decente.
A diretoria do Corinthians deverá anunciar em breve, se é que já não o fez, que vai dobrar o preço dos ingressos das partidas do time nas fases seguintes da Copa Libertadores.
O chamado torcedor comum corintiano já tem hoje poucas chances de assistir a um jogo da equipe no estádio do Pacaembu por conta da política de arrecadação ao extremo de dinheiro.
Parte dos ingressos é destinada às nefastas torcidas organizadas, que sustentam politicamente a diretoria. O restante, a imensa maioria dos bilhetes restantes, está disponível aos torcedores que adquiriram o pacote sócio-torcedor, com privilégios na hora de compra de produtos e entradas.
A política adotada agora pelo Corinthians é a mais exacerbada de uma tendência que é sucesso no Rio Grande do Sul, onde Internacional e Grêmio lotam suas arenas com sócio-torcedores que compram carnês para campeonatos inteiros.
Palmeiras, Santos e São Paulo já seguem essa tendência com mais antecedência e planejamento que a diretoria do Corinthians. No Parque Antártica, estádio palmeirense, uma operadora de cartão de crédito fez a sua experiência pioneira em São Paulo.
“Loteou” uma parte das arquibancadas do estádio e instalou 5 mil lugares numerados, onde o torcedor paga mais caro, mas pode comprar o ingresso pela internet e entrar no estádio apenas passando o cartão de crédito na catraca eletrônica.
Seu bilhete é numerado, ou seja, tem cadeira garantida. É recepcionado por monitores bem treinados e bilíngues e, se quiser, tem acesso a uma lanchonete high tech perto de seu assento, com várias TVs de LCD que transmitem a partida.
A iniciativa foi um sucesso. Deu tão certo que a mesma operadora de cartões de crédito levou a ideia para a Vila Belmiro, estádio do Santos, e para o Morumbi, que é do São Paulo.
Os dirigentes do São Paulo, por sua vez, implantaram um esquema bem interessante de venda de camarotes fechados para empresas ou grupos.
Para isso, teve de reduzir a capacidade do estádio no anel intermediário, mas consegue arrecadação extra que jamais teria se tivesse de vender ingressos das antigas “cadeiras numeradas”.
Muitas vozes do atraso já se levantam e ficam batendo na mesma tecla, a da elitização do futebol, o esporte nacional do Brasil. Com um viés equivocado e ideologizado, esbravejam contra o que chamam de “exclusão” social nos estádios do país.
Pura bobagem. São os mesmos coitados que se calam diante da “elitização” dos teatros brasileiros, com seus ingressos que não custam menos de R$ 60. E que também se calam com ingressos que custam até R$ 25 nos cinemas, hoje enclausurados em shopping centers.
Esse pessoal se esquece que os frequentadores de teatro e cinema atuais não reclamam do preço que pagam, pois sabem que terão conforto, segurança e boas condições de assistir ao espetáculo.
Essas mesmas vozes do atraso também se calam diante do descalabro que se tornou a emissão de carteiras de estudante falsas em todo o país, causando prejuízos a agentes culturais e esportivos.
A tendência do futebol brasileiro de primeiro nível é a já observada na Inglaterra, Espanha e Alemanha e em alguns estádios da Holanda. O espetáculo cresceu, ficou maior, e mais caro. Os clubes precisam arrecadar mais e não podem desprezar a bilheteria.
A Inglaterra mudou a sua cultura futebolística, com a modernização das renas, da profissionalização dos clubes e com o aumento dos ingressos, o que acabou por afastar bandidos, hooligans e desordeiros de toda a ordem.
Não há registros nos últimos 15 anos de insatisfação dos torcedores ingleses com o enriquecimento de seus clubes e da melhora geral no espetáculo. Que seja bem-vindo o novo torcedor.
terça-feira, maio 18, 2010
Carta Aberta de Lars Ulrich para Ronnie James Dio
do blog Lágrima Psicodélica
O baterista do Metallica, Lars Ulrich, escreveu a seguinte carta aberta ao lendário cantor de heavy metal Ronnie James Dio(DIO, HEAVEN & HELL, BLACK SABBATH, RAINBOW):
Caro Ronnie,
Acabei de sair do palco em Zagreb. Acabei de saber da notícia que você faleceu. Eu estou em estado de choque, mas eu queria que você soubesse que você foi uma das principais razões de eu estar nesse negócio, para começar.
Quando eu o vi pela primeira vez com o Elf, abrindo para o Deep Purple em 1975, eu estava completamente encantado pelo poder de sua voz, sua presença no palco, sua confiança, e a facilidade com que você parecia se conectar com 6.000 pessoas dinamarquêsas e um sonhador de 11 anos de idade, a maioria dos quais não estavam familiarizados com a música do Elf.
No ano seguinte eu fiquei tão empolgado quando ouvi as notícias de que uniria forças com o meu guitarrista favorito. Vocês soaram tão bem juntos e eu instantaneamente me tornei o fã nº 1 do Rainbow na Dinamarca.
No outono de 1976, quando você fez seu primeiro show em Copenhagen, eu estava literalmente na fila da frente e as duas vezes que fizemos contato com os olhos você me fez sentir como a pessoa mais importante do mundo.
A notícia de que vocês ficariam hospedados na cidade no seu dia de folga embutiu em mim de alguma forma, no meu cérebro, e eu fiz a peregrinação ao Hotel Plaza para ver se eu poderia de algum modo pegar uma foto, um autógrafo, um momento, qualquer coisa.
Poucas horas depois você saiu e foi muito gentil e atencioso... fotos, autógrafos e alguns minutos de brincadeira casual. Eu estava no topo do mundo, inspirado e pronto para qualquer coisa.
O Rainbow veio a Copenhagen mais algumas vezes ao longo dos próximos anos e cada vez que vocês estiveram aqui, a banda fundiu minha mente, e por uns bons três anos, foram a minha banda favorita absoluta no planeta.
Ao longo dos anos tive a sorte suficiente de me encontrar com você uma meia dúzia de vezes ou menos e cada vez você estava tão amável, atencioso e gentil como você estava em 1976, fora do hotel.
Quando finalmente tivemos a chance de tocar juntos na Áustria em 2007, eu estava literalmente voltando a ser aquele moleque seboso que você conheceu e inspirou 31 anos atrás e foi uma baita honra e um sonho partilhar um palco com você e com o resto das lendas do HEAVEN & HELL.
Um par de semanas atrás, quando eu soube que você não ia ser capaz de se apresentar conosco no Sonisphere, em junho deste ano, eu quis te ligar e deixá-lo saber que eu estava pensando em você e desejando-lhe o bem, mas eu meio que me acovardei, pensando que a última coisa que você precisava em sua recuperação era se sentir obrigado a atender um telefonema de um baterista dinamarquês/fanboy. Eu hoje gostaria de ter feito essa ligação.
Vamos sentir sua falta imensamente nestas datas, e estaremos pensando em você com grande admiração e carinho durante esse prazo. Pareceme bom tê-lo em turnê com o chamado 'Big Four' pois, obviamente, você foi uma das principais razões de as quatro bandas terem existido.
Suas orelhas se queimarão durante essas duas semanas, porque todos nós vamos estar falando, relembrando e contando histórias sobre como ter te conhecido fez a nossa vida muito melhor.
Ronnie, sua voz me impactou e deu poderes, a sua música inspirou e influenciou-me, e sua bondade me tocou e me comoveu. Obrigado.
Muito amor,
Lars
do blog Lágrima Psicodélica
O baterista do Metallica, Lars Ulrich, escreveu a seguinte carta aberta ao lendário cantor de heavy metal Ronnie James Dio(DIO, HEAVEN & HELL, BLACK SABBATH, RAINBOW):
Caro Ronnie,
Acabei de sair do palco em Zagreb. Acabei de saber da notícia que você faleceu. Eu estou em estado de choque, mas eu queria que você soubesse que você foi uma das principais razões de eu estar nesse negócio, para começar.
Quando eu o vi pela primeira vez com o Elf, abrindo para o Deep Purple em 1975, eu estava completamente encantado pelo poder de sua voz, sua presença no palco, sua confiança, e a facilidade com que você parecia se conectar com 6.000 pessoas dinamarquêsas e um sonhador de 11 anos de idade, a maioria dos quais não estavam familiarizados com a música do Elf.
No ano seguinte eu fiquei tão empolgado quando ouvi as notícias de que uniria forças com o meu guitarrista favorito. Vocês soaram tão bem juntos e eu instantaneamente me tornei o fã nº 1 do Rainbow na Dinamarca.
No outono de 1976, quando você fez seu primeiro show em Copenhagen, eu estava literalmente na fila da frente e as duas vezes que fizemos contato com os olhos você me fez sentir como a pessoa mais importante do mundo.
A notícia de que vocês ficariam hospedados na cidade no seu dia de folga embutiu em mim de alguma forma, no meu cérebro, e eu fiz a peregrinação ao Hotel Plaza para ver se eu poderia de algum modo pegar uma foto, um autógrafo, um momento, qualquer coisa.
Poucas horas depois você saiu e foi muito gentil e atencioso... fotos, autógrafos e alguns minutos de brincadeira casual. Eu estava no topo do mundo, inspirado e pronto para qualquer coisa.
O Rainbow veio a Copenhagen mais algumas vezes ao longo dos próximos anos e cada vez que vocês estiveram aqui, a banda fundiu minha mente, e por uns bons três anos, foram a minha banda favorita absoluta no planeta.
Ao longo dos anos tive a sorte suficiente de me encontrar com você uma meia dúzia de vezes ou menos e cada vez você estava tão amável, atencioso e gentil como você estava em 1976, fora do hotel.
Quando finalmente tivemos a chance de tocar juntos na Áustria em 2007, eu estava literalmente voltando a ser aquele moleque seboso que você conheceu e inspirou 31 anos atrás e foi uma baita honra e um sonho partilhar um palco com você e com o resto das lendas do HEAVEN & HELL.
Um par de semanas atrás, quando eu soube que você não ia ser capaz de se apresentar conosco no Sonisphere, em junho deste ano, eu quis te ligar e deixá-lo saber que eu estava pensando em você e desejando-lhe o bem, mas eu meio que me acovardei, pensando que a última coisa que você precisava em sua recuperação era se sentir obrigado a atender um telefonema de um baterista dinamarquês/fanboy. Eu hoje gostaria de ter feito essa ligação.
Vamos sentir sua falta imensamente nestas datas, e estaremos pensando em você com grande admiração e carinho durante esse prazo. Pareceme bom tê-lo em turnê com o chamado 'Big Four' pois, obviamente, você foi uma das principais razões de as quatro bandas terem existido.
Suas orelhas se queimarão durante essas duas semanas, porque todos nós vamos estar falando, relembrando e contando histórias sobre como ter te conhecido fez a nossa vida muito melhor.
Ronnie, sua voz me impactou e deu poderes, a sua música inspirou e influenciou-me, e sua bondade me tocou e me comoveu. Obrigado.
Muito amor,
Lars
Rest in peace, Dio
Ronnie James Dio morreu na manhã do último domingo em Los Angeles, vítima de um câncer no estômago descoberto no ano passado. Foi provavelmente um dos cinco melhores cantores/vocalista de rock (ao lado de Ian Gillan, Mick Jagger, Roger Daltrey e Robert Plant). Cantou no ELF, Rainbow, Black Sabbath, Heaven and Hell e tinha carreira solo consistente com a banda Dio.
Oficialmente tinha 67 anos de idade, mas ele sempre escondeu a idade, o que fez muitos especularem que sua idade realm seria 70. Que seja, fará muita falta ao heavy metal e ao rock.
DIO - "RAINBOW IN THE DARK"
HEAVEN AND HELL/BLACK SABBATH - "HEAVEN AND HELL"
Ronnie James Dio morreu na manhã do último domingo em Los Angeles, vítima de um câncer no estômago descoberto no ano passado. Foi provavelmente um dos cinco melhores cantores/vocalista de rock (ao lado de Ian Gillan, Mick Jagger, Roger Daltrey e Robert Plant). Cantou no ELF, Rainbow, Black Sabbath, Heaven and Hell e tinha carreira solo consistente com a banda Dio.
Oficialmente tinha 67 anos de idade, mas ele sempre escondeu a idade, o que fez muitos especularem que sua idade realm seria 70. Que seja, fará muita falta ao heavy metal e ao rock.
DIO - "RAINBOW IN THE DARK"
HEAVEN AND HELL/BLACK SABBATH - "HEAVEN AND HELL"