O Pink Floyd, o grupo que simboliza o rock progressivo ao lado do Yes (secundados, é claro, por Genesis, King Crimson, Jethro Tull e Emerson, Lake and Palmer), é um dos poucos mitos do rock que nunca passaram por terras brasileiras. Parte dessa lacuna será preenchida pelo ex-baixista e ex-líder da banda, Roger Waters, que confirmou no dia 19 de outubro das datas da turnê mundial que fará em 2002.
Serão seis datas na América Latina, duas delas no Brasil – 14 de março no Sambódromo, no Rio de Janeiro, e 15 de março no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Ele ainda toca na Argentina, no Chile, na Venezuela e no México, para depois seguir para o Japão e Coréia do Sul.
Por pelo menos duas vezes o Pink Floyd, já sem Waters, esteve para vir ao Brasil. Ao final do Rock in Rio 2, em 1991, o empresário Roberto Medina anunciou que iria iniciar negociações para a vinda do grupo para 1992 ou 1993. Foram mais de dois anos de negociações até que Medina desistisse que incluir o Brasil na turnê mundial da banda de 1994/1995, a “Divison Bell Tour”, a última feita pelo Pink Floyd. O motivo foi o alto custo da operação, entre infra-estrutura necessária e o alto cachê cobrado.
Em 2000, Medina voltou à carga para escalar o Pink Floyd como a maior atração do Rock in Rio 3, a ser realizado em janeiro de 2001. Sua idéia era contratar ainda Van Halen e Rush (que nem chegaram a abrir negociações, já que o Van Halen estava sem vocalista e o Rush se recusa a tocar em locais abertos).
Foram necessários alguns meses para que novamente Medina desistisse do sonho do Pink Floyd e teve de se contentar com Iron Maiden (que reapresentava Bruce Dickinson como voclaista). Sem demérito para a banda inglesa de heavy metal, não dá para comparar o seu impacto com o de um show do Floyd.
Voltando ao irascível Waters, sua carreira teve altos e baixos após sair oficialmente do Pink Floyd em 1985. Ele tentou evitar que a banda continuasse com David Gilmour e Nick Mason na Justiça da Inglaterra e dos Estados Unidos, mas perdeu em ambas.
A partir de então, fez bons álbuns, como “Radio KAOS”, de 1987, e “Amused to Death”, de 1992, que também, renderam lucrativas turnês mundiais. No entanto, parece que a criatividade do baixista foi minguando nos anos 90. Após muito tempo fora dos palcos e do mercado, ele retornou em 2000 com um CD duplo a vivo, “In The Flesh”, que nada mais é do que uma releitura de sua carreira solo recheada com grandes hits do Pink Floyd.
Para os shows da turnê de 2002 Waters terá a companhia de Andy Fairweather-Low (guitarrista que já tocou como apoio para o próprio Waters, para o Pink Floyd, para o Who e para Eric Clapton)), Snowy White (outro guitarrista que já tocou com Waters, entre outros), Doyle Bramhall II (guitarrista que foi o líder do Arc Angels), Graham Broad (bateria), Jon Carin (tecladista que tocou muito tempo com Pete Townshend e com o Who), Andy Wallace (teclados), Norbert Stachel (saxofone) e as voclaistas de apoio Katie Kissoon e Susannah Melvoin, além da participação especial da cantora norte-americana PP Arnold (excelente vocalista que se fixou na Inglaterra a partir de 1966 depois de cantar para Ike and Tina Turner).
Os shows brasileiros deverão ter o repertório baseado no duplo ao vivo “In The Flesh”. Será uma rara oportunidade para assistir a um dos mais importantes artistas de nosso tempo. Esperamos que outros monstros sagrados do rock se inspirem em Waters e toquem pela primeira vez no país, como o próprio Pink Floyd, o Rush, o Who e Pete Townshend, ou que retornem ao Brasil, como Van Halen e AC/DC.1.
Abaixo está a lista de músicas que compõem o CD ao vivo "In The Flesh", a base dos shows do Rio e de São Paulo. Pelo menos 80% destas músicas serão executadas por aqui.
1 “In The Flesh” (from "The Wall")
2. "The Happiest Days Of Our Lives" (from "The Wall")
3. "Another Brick In The Wall, Part 2" (from "The Wall")
4. "Mother" (from "The Wall")
5. "Get Your Filthy Hands Off My Desert" (from "The Final Cut")
6. "Southampton Dock" (do álbum "The Final Cut", Pink Floyd)
7. "Pigs On The Wing, Part 1" (de "Animals", Pink Floyd)
8. "Dogs" (de "Animals", Pink Floyd)
9. "Welcome To The Machine" (de "Wish You Were Here", Pink Floyd)
10. "Wish You Were Here" (de "Wish You Were Here", Pink Floyd)
11. "Shine On You Crazy Diamond (Parts 1-8)" (de "Wish You Were Here", Pink Floyd)
12. "Set The Controls For The Heart Of The Sun" (de "Saucerful Of Secrets", Pink Floyd)
13. "Breathe (In The Air)" (de "Dark Side Of The Moon", Pink Floyd)
14. "Time" (de "Dark Side Of The Moon", Pink Floyd)
15. "Money" (de "Dark Side Of The Moon", Pink Floyd)
16. "Pros and Cons of Hitch Hiking Part (de "The Pros and Cons of Hitch Hiking", solo)
17. "Perfect Sense (Parts I and II)" (de "Amused To Death", solo)
18. "The Bravery Of Being Out Of Range" (de "Amused To Death", solo)
19. "It's A Miracle" (de "Amused To Death", solo)
20. "Amused To Death" (de "Amused To Death", solo)
21. "Brain Damage" (de "Dark Side Of The Moon", Pink Floyd)
22. "Eclipse" (de "Dark Side Of The Moon", Pink Floyd)
23. "Comfortably Numb" (de "The Wall", Pink Floyd)
24. "Each Small Candle" (inédita, solo)
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sexta-feira, outubro 19, 2001
quinta-feira, outubro 18, 2001
O ex-beatle Paul McCartney, o único roqueiro que já recebeu o título de sir na Inglaterra, prova neste sábado que não só tem carisma inigualável no mundo pop como é o artista mais respeitado pelos colegas superastros. A prova disso é a adesão que recebeu quando convidou amigos para um concerto em benefício das famílias dos bombeiros mortos no atentado de 11 de setembro ao World Trade Center, em Nova York.
McCartney mostrou agilidade e competência ao organizar o “Concert For a New York”, marcado para o imponente Madison Square Garden para 20 de outubro. Aceitaram o convite (ou se convidaram) gente como Mick Jagger, The Who, David Bowie, Eric Clapton, Bono e The Edge (U2), Elton John, Billy Joel, James Taylor e muitos outros.
O esquema é o tradicional “Live Aid”, ou seja, cada artista tem de 20 a 30 minutos para se apresentar (dependendo do prestígio, é claro) para no final todos se juntarem para cantar uma música-símbolo.
O ex-beatle escondeu, mas falou-se nos bastidores que uma superbanda formada por McCartney no baixo, Clapton e Pete Townshend nas guitarras e tendo como vocalistas Mick Jagger, Roger Daltrey e David Bowie ficaria fixa no palco na última hora do show tocando grandes standards do rock, mas a informação não foi confirmada.
O prestígio de McCartney só não é supremo porque ele não conseguiu convencer os remanescentes do Led Zeppelin a se reunirem. Cada um dos três – Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones – alegou compromissos profissionais para escaparem de ter de se aturarem. No entanto, David Bowie fez questão de conversar pessoalmente com o ex-beatle para garantir a sua participação, assim como Clapton, que deveria interromper sua turnê mundial para tocar em Nova York.
Outros que se convidaram, para felicidade de McCartney, foram Mick Jagger, Bono e The Edge e Billy Joel. Já o Who deveria ficar inativo até 2002, mas Townshend foi convencido pelo amigo ex-beatle a participar e recebeu a missão de arrastar Roger Daltrey e John Entwistle, que estavam em férias.
Com o “Concert For A New York”, Paul McCartney ganha o rótulo de maior filantropo do rock, segundo três importantes jornais britânicos. Ele foi o responsável pela organização do “Concert For Kampuchea”, em 1979, realizado durante três dias no Hammersmith Odeon, em Londres, em dezembro daquele ano.
Sensibilizado com pedidos da Cruz Vermelha e da Anistia Internacional, McCartney reuniu em tempo recorde seus melhores amigos no show business para um concerto beneficente. Participaram The Who, Queen, Robert Plant e John Bonham (Led Zeppelin), The Clash e outros.
Em setembro de 1997 as duas organizações não perderam tempo e pediram novamente a McCartney ajuda para arrecadar fundos para as vítimas da erupção de um vulcão na chique ilha de Montserrat, no Caribe (ilha onde vários astros da música pop e do esporte mantinham mansões).
Novamente o ex-beatle recorreu a amigos como Eric Clapton, Mark Knopfler (Dire Straits), Phil Collins (Genesis), Elton John e Sting para um grande show no Royal Albert Hall, em Londres.
A boa ação de McCartney em relação ao show para as famílias dos bombeiros mortos no WTC novaiorquino, entretanto, rendeu-lhe uma “saia justa”. O amigo de longa data Pete Townshend não perdeu a chance e cobrou publicamente, em entrevistas individuais a jornais norte-americanos e ao brasileiro Jornal da Tarde, um show beneficente em prol dos inocentes refugiados afegães que fogem dos bombardeios norte-americanos e ingleses. McCartney ainda não se manifestou sobre o assunto.
quarta-feira, outubro 17, 2001
O começo da manhã trazia um fraco raio de sol na praia, mas o vento era muito forte e frio. Ainda sobrara uma única garrafa de uísque de milho, e ainda pela metade. A agonia estava aumentando. O pesadelo não acabava e a perspectiva de ser o único ser humano na face do planeta era pode demais absurda para ser considerada.
Ecos e fragmentos de dias anteriores iam e voltavam na mente. Pessoas conhecidas berravam e gritavam, mas ele nada escutava. O ambiente estava caótico, mas percebeu que conseguiu, por certo momento, manter a lucidez. Tentava agarrar-se ao máximo a essas imagens, mas logo em seguida era atirado ao presente pelo barulho das ondas do mar.
O Porsche estava ao longe, ainda incandescente. Sabia que havia posto fogo no carro logo que chegara à praia, ainda de madrugada, mas não tinha idéia do motivo.
Caminhou lentamente em direção a um pequeno promontório na ponta da praia e por um momento decidiu se livrar da garrafa de uísque. Não havia caminho de volta, determinou. Aquilo estava indo longe demais. Se aquele era o preço de sua autodestruição, já estava pagando muito além do que deveria. Pela sua ótica, havia tentado de tudo para entender o que se passava, mas sem sucesso. Estava louco? Talvez. Mas o que importava? Se havia caído em um buraco negro de alguma dimensão temporal paralela, que diferença fazia? Provavelmente ele teria de continuar vagando por aí, carregando todo o peso de sua estupidez em suas costas.
A única forma de se livrar daquela imensa bobagem era voltar ao passado. Ele não estava disposto a pensar muito sobre aquilo. Como um saltador olímpico, atirou-se do penhasco não muito alto que havia na ponta do promontório. O mar estava muito agitado com o forte vento. Mas ele não se assustou. Nada tinha a perder. Apenas o seu passado.
A revista Caros Amigos surgiu como uma alternativa à esquerda ao domínio editorial de publicações vinculadas a grandes editoras, todas elas reprodutoras do ideário neoliberal tucanizado e direitista. Seus primeiros números traziam textos inteligentes e interessantes de colaboradores que tinham bons argumentos, que tinham algo a dizer.
Só que os argumentos sensatos acabaram e as críticas ácidas esquerdizantes foram trocadas pelo discurso inconoclasta, destrutivo e fora de mopda da esquerdalha brasileira e mundial, com textos que beiram a paranóia e que frequentemente descambam para a psicose pura e simples e para a manipulação de dados históricos. Por isso deixei de comprar a revista.
Por curiosidade, comprei o último número da revista, que tem a manchete "Guerra de Bush". Já imaginava o que iria encontrar e pude me divertir à beça com as inúmeras bobagens ao longo de suas 60 páginas. Foi unânime: todos os seus colaboradores criticaram asperamente os Estados Unidos por sua postura diplomática desde o século restrasado e quase todos concluem que eles mesmo são culpados pelo atentado de 11 de setembro. Alguns louvam mesmo Bin Laden e seus terroristas. É o fim da picada.
O outrora ponderado e inteligente José Arbex Jr. chega ao cúmulo da idiotice ao afirmar que Bush vai se beneficiar dos ataques terroristas e que todo o "circo de guerra" armado no Afeganistão já fazia parte de uma estratégia para adquirir TODAS (grifo meu) as reservas petrolíferas mundiais. É pura alucinação.
Outro cidadão desqualificado, Georges Bourdokan, ainda tem o disparate de afirmar ter dúvidas sobre serem muçulmanos os autores do atentados. Não bastasse essa insanidade, ele ainda mistura fatos históricos para demonstrar que os muçulmanos são gente boa e que os verdadeiros vilões são os ocidentais.
É uma das publicações mais lamentáveis dos últimos tempos.
Clubes cariocas estão ameaçansdo boicotar a seleção brasileira caso Felipão convoque mais de um jogador para os jogos decisivos contra Bolívia e Venezuela. Eles alegam que poderão ficar sem seus jogadores por três ou quatro rodadas. Pois que fiquem. Isso é uma piada. Os clubes têm obrigação de liberar os jogadores em qualquer circusntância para a seleção, mesmo que sejam 11 convocados de um mesmo time. Isso é um absurdo, justamente no momento em que a seleção precisa de seus principais jogadores para se classficiar à Copa do Mundo. Não por acaso os clubes rebeldes são Vasco e Flamengo, dirigidos por dois bandidos e por duas quadrilhas que saqueiam os times e atrapalham o futebol brasileiro.
segunda-feira, outubro 15, 2001
A retrospectiva da carreira do KISS editada em forma de box set contendo 94 músicas do grupo será lançada no dia 20 de novembro. Os fãs da banda poderão encontrar nos cinco CDs, 30 faixas raras, entre elas versões ao vivo, outtakes (versões diferentes das que estão nos álbuns) e versões demo dos clássicos da banda. A caixa estará disponível em duas versões, que diferem entre si apenas pela embalagem: a versão comum e a versão de luxo, que vem dentro de uma replica de um "case" (usado para carregar instrumentos) de guitarra. Ambas virão acompanhadas de um livro de 120 páginas com comentários sobre todas as canções, fotos raras, etc.
"Kiss The Box Set":
CD 1: 'Strutter' (demo), 'Deuce' (demo), 'Keep Me Waiting' (Wicked Lester), 'She' (Wicked Lester), 'Love Her All I Can' (Wicked Lester), 'Let Me Know' (demo gravada no Bell Sound Studios) , '100,000 Years' (demo gravada no Bell Sound Studios), 'Stop, Look To Listen' (demo gravada em 1968 por Paul Stanley), 'Leeta' (demo gravada em 1969 por Paul Stanley), 'Let Me Go, Rock 'N' Roll' (demo gravada no Bell Sound Studios), 'Acrobat' (ao vivo em the Daisy), 'Firehouse' (demo gravada no Bell Sound Studios), e as faixas 'Nothin' To Lose', 'Black Diamond', 'Hotter Than Hell', 'Strange Ways', 'Parasite', 'Goin' Blind', 'Anything For My Baby', 'Ladies In Waiting', e 'Rock And Roll All Nite'.
CD 2: live sessions of 'C'mon And Love Me', 'Rock Bottom', 'Cold Gin', and 'Watchin' You', 'Doncha Hesitate' (demo), 'Mad Dog' (demo), 'God Of Thunder' (demo), 'Great Expectations', 'Beth', 'Do You Love Me', 'Bad, Bad Lovin'' (demo do que viria a se tornar 'Calling Dr. Love'), 'Calling Dr. Love', 'Mr. Speed' (demo), 'Christine Sixteen', 'Hard Luck Woman', 'Shock Me', 'I Stole Your Love', 'I Want You' (gravado em uma passagem de som), 'Love Gun' (demo) e 'Love Is Blind' (demo).
CD 3: 'Detroit Rock City', 'King Of The Night Time World' (ao vivo), 'Larger Than Life', 'Rocket Ride', 'Tonight You Belong To Me', 'New York Groove', 'Radioactive' (demo), 'Don't You Let Me Down', 'I Was Made For Lovin' You', 'Sure Know Something', 'Shandi', 'You're All That I Want, You're All That I Need' (demo), 'Talk To Me' (live), 'A World Without Heroes', 'The Oath', 'Nowhere To Run', 'Creatures Of The Night', 'War Machine' e 'I Love It Loud'.
CD 4: 'Lick It Up', 'All Hell's Breaking Loose', 'Heaven's On Fire', 'Get All You Can Take', 'Thrills In The Night', 'Tears Are Falling', 'Uh! All Night', 'Time Traveller' (demo), 'Hell Or High Water', 'Crazy, Crazy Nights', 'Reason To Live', 'Let's Put The X In Sex', 'Hide Your Heart', 'Ain't That Peculiar' (demo),' 'Silver Spoon', e 'Forever' (versão do single).
CD 5: 'God Gave Rock 'N' Roll To You II', 'Unholy', 'Domino' (demo), 'Every Time I Look At You', 'Comin' Home' (versão do acústico), 'Got To Choose' (versão do acústico), 'I Still Love You' (versão do acústico), 'Nothin' To Lose' (versão do acústico), 'Childhood's End';, 'I Will Be There', 'Psycho Circus', 'Into The Void', 'Within', 'I Pledge Allegiance To The State Of Rock & Roll', 'Nothing Can Keep Me From You', 'It's My Life' (versão original), 'Shout It Out Loud' (ao vivo), e 'Rock And Roll All Night'(do ainda inédito KISS Alive IV).
Finalmente o CD "Shakespeare's Hamlet Project" estará nas lojas no começo de outubro depois de dois anos de trabalho duro da Die Hard Records incluindo 14 bandas, convidados especiais, e engenheiros e produtores do Brasil e Alemanha. Este CD conta em 15 faixas a tragédia de Hamlet e foi gravada no Creative Sound Studios. A iniciativa é uma das mais importantes da história do metal brasileiro, graças à Die Hard. Veja a lista de músicas:
1) "From Hades to Earth" - Delpht
2) "Sweet Flavour of Justification" - Santarem
3) "Visions of the Beyond" - Hammer of the Gods
4) "The King's Return" - Krusader
5) "The Truth Appears" - Nervochaos
6) "A Letter to Ophelia" - Vers'Over
7) "Dagger of Words" - Sagga
8) "Prayers in the Wind" - Imago Mortis
9) "Stormy Nights" - Symbols
10) "Hidden by Shadows" - Hangar
11) "Mandate for Freedom" - Torture Squad
12) "Trap" - Fates Prophecy
13) "Good by my Dear Ophelia" - Eterna
14) "The Last Words" - Thuatha de Dannan
15) Faixa Surpresa
Convidados Especiais: Andre Matos e Mario Pastore