Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
quarta-feira, abril 02, 2003
segunda-feira, março 31, 2003
O Rio de Janeiro está em estado de sítio. A cidade é refém dos traficantes e de bandidos comuns, que fazem o que querem, riem da Polícia e do governo do Estado e dominam totalmente a vida de seus cidadãos. É o fim da civilização, é a "colombização" em estado bruto e definitivo. Com as coisas chegando nesse estágio, não há outra alternativa: o uso da força total por parte do Estado é necessário. Guerra total contra o crime organizado, mesmo que isso, infelizmente, sacrifique as noções elementares de direitos humanos. Não como pregar uma "solução negociada" nesse caso.
Dificilmente a 2ª Guerra do Golfo se transformará no segundo Vietnã norte-americano. Os EUA e seus aliados vencerão de forma categórica e até mesmo esmagadora, mas não será tão fácil como era esperado. Pelo contrário, a coisa vai ser bem dura e vai cobrar um preço altíssimo. O conflito traz à tona problemas bastante complexos e iminentes a Bush e sua corja.
1 - Imagem e perspectivas - a vitória norte-americana precisará ser implacável e incontestável no campo de batalha e no campo político. Se a campanha for muito demorada ou, num catacisma de proporções universais, os EUA não vencerem, o mundo coidental correrá perigo, pois todos os inimigos dos norte-americanos vão se julgar fortes o suficiente para enfrentá-los. A perda de respeito e de temor poderá transformar a vida na Terra em um conflito permanente. Os valores ocidentais, os quais os norte-americanos são os maiores defensores, põderão ser soterrados;
2 - Democracia x Islã - Os EUA sonham com um Oriente Médio democrático. Sonham em fazer do Iraque um modelo para os demais países da região, tanto política como economicamente. Só que se esquecem que a democracia nos países árabes e islâmicos é o caminho mais fácil para o domínio do fundamentalismo e para os radicalismos de todos os tipos. O exemplo da Argélia nos anos 90 é claro. O país saiu de 35 anos de ditadura militar em emados da década passada para a primeira eleição democrática de sua história. os fundamentalistas islâmicos venceram de forma esmagadora e preparavam o país para ser um novo Irã. O Exército foi obrigado a intervir, a anular a eleição e manter a ditadura militar pró-ocidental, ao custo de nova guerra civil. Resumindo: os muçulmanos não fazem questão de democracia, não querem liberdade e têm raiva de quem a tem; preferem o obscurantismo do fundametalismo teocrático, autocrático e totalitário. Já que querem assim, tudo bem, desde que os fundamentalistas e radicais sejam isolados ou mesmo eliminados. Infelizmente, democracia e liberdade são incompatíveis com o Islã.
3 - O fim da diplomacia - Bush inaugura nova fase na história da humanidade. Ele resgata a política do "big stick" (o grande porrete), que foi implantada por Theodore Roosevelt na primeira década do século 20 para manter os países das Américas "na linha", segundo as doutrinas norte-americanas. A diplomacia foi para a lata do lixo; vale agora somente a máxima "ou estão com a gente ou contra a gente". Coisa de ginásio, infantilóide. O mundo é cada vez mais um lugar impróprio para se viver.
Não existe justificativa qualquer guerra, para qualquer tipo de violência. A maior prova dessa estupidez é a 2ª Guerra do Golfo. Guerra e invasão do Iraque, uma nação paupérrima dominada por um tirano sanguinário, mas que não representa ameaça planetária. Não se trata de defender Saddam Hussein ou de transformá-lo em vítima, mas sim de colocar as coisas em suas devidas dimensões.
George W. Bush é dominado por uma camarilha que mistura negócios privados e de Estado, que lucra com negociatas, com roubos e com guerras. É um presidente de um governo refém da grande indústria e do complexo militar. É um governo capaz de explicitar que não acredita em projetos sociais, que prega o ultraliberalismo puro, o lucro acima de qualquer coisa. Não daria para levar uma coisa assim a sério se Bush e sua gentalha nojenta não dirigissem o país mais poderoso do mundo.
Essa é guerra onde os EUA querem o controle do petróleo do Oriente Médio; é uma guerra para reafirmar o poderio bélico norte-americano; é uma guerra "preventiva" que vai servir de alerta para o mundo todo, em especial os inimigos imediatos; é uma guerra que vai deixar claro que os "valores" da "cultura norte-americana" são os "melhores" e deverão se "impostos" ao resto do mundo; é uma guerra que jamais vai terminar.
Miguel Rossetto, ministro da Reforma Agrária, é uma excrescência do governo Lula. Apóia claramente os bandidos e mentecaptos do MST e a consequente violação da lei com a invasões de terra, depredação de prédios púbicos e outros crimes. É tão criminoso quando Stédile e Rainha. O MST um dia já mereceu a minha admiração, pois se tratava de um verdadeiro e legítimo movumento popular. Quando se transformou num movimento político-terrorista, passou a receber o meu desprezo. O governo federal precisa ser firme e duro na repressão a esse bando de desocupados.