Breves comentários sobre lançamentos
The Cage 2 - A banda formada pelo guitarrista italiano Dario Mollo e pelo vocalista Tony Martin (ex-Black Sabbath) volta com o segundo volume investindo mais no hard rock e no virtuosismo das guitarras. O CD é melhor do que o primeiro e traz como boas canções "Terra Toria" e uma excelente versão para "Dazed and Confused", do Led Zeppelin. Não bastasse a presença de Martin, o baixista nada mais é do que Tony Franklin, ex-Firm e Blue Murder.
Dio - Um retorno aos anos 80. Assim pode ser definido "Killing the Dragon", novo CD de Ronnie James Dio, agora com novo guitarrista - Doug Aldritch no lugar de Craig Goldie. Depois do maravilhosos "Magica", de 2000, um álbum conceitual, o cantor norte-americano sessentão vem com uma série de canções que remetem aos ótimos álbuns "Holy Diver" e "The Last in Line", embora sem o mesmo brilho. É heavy metal tradicional bem-feito e com excelente trabalho de guitarras.
HTP - Dois grandes vocalistas juntos em 12 duetos. Só poderia sair coisa boa. "HTP", o primeiro CD do Hughes Turner Project, é uma coleção de belos temas de hard rock oitentistas, executados com perfeição. Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Black Sabbath) entrou com sua excelente banda solo e Joe Lynn Turner (ex-Deep Purple) entrou com todo o esquema do projeto. A abertura do trabalho, com as ótimas "Devi's Road" e "You Can't Stop Rock'n'Roll" já vale o CD.
Primal Fear - "Black Sun" é o novo CD dos alemães do Primal Fear. É o quarto e melhor trabalho, com o vocalista Ralph Scheepers cantando melho do que nunca, até mesmo mais do que em seus tempos de Gamma Ray. Há uma nova dupla de guitarristas, mas o motor do grupo é mesmo o baixista e vocalista Mat Sinner. A faixa-título é mortal.
Rage - Outra banda alemã sai do limbo. O Rage, estabilizado com Peavy Wagner (baixo e vocais), Victor Smolski (guitarra) e Mike Terrana (bateria), investe em um heavy metal tradicional oitentista em "Unity", seguindo a mesma linha do anterior, "Welcome to the Other Side". O grande destaque é a guitarra do russo Smolski, um dos ases atuais do rock.
Iron Savior - Essa banda rivaliza com o Edguy e com o Primal Fear como a melhor da alemanha. O guitarrista e vocalista Piet Sielck perdeu a ajuda inestimável do amigo guitarrista Kai Hansen, que está se dedicando mais ao Gamma Ray. "Conditiomn Red" é o quinto CD da banda e o melhor de todos. O trabalho de guitarras é fenomenal e sielck está cantando cada vez melhor. Como sempre, o álbum é conceitual, com temas de ficção científica. “Warrior” e “Mindfeeder", além da faixa-título, são os destaques.
Metalium - Mais uma boa banda alemã de metal tradicional. "Hero Nation - Chapter 3" tgraz um quinteto mais maduro o voclaista Henning Basse cantando muito. Cada faixa está relacionada a um continente, região ou país. Momentos brilhantes se evidenciam, especialmente, em “In The Name Of Blood” (Itália), “Odin’s Spell” (Escandinávia) e “Accused To Be A Witch” (França). A música dedicada à América do Sul, “Fate Conquered The Power”, também chama bastante atenção. UM dos melhores lançamentos do ano.
Angra - a nova formação do Angra mal chegou do Japão e da Europa, onde fez uma pequena turnê, e lança um novo trabalho, "Hunters and Prey". Considerado um EP (duração menor que um CD), é uma continuação de "Rebirth", já que tem sobras de estúdio, versões acústicas e uma versão interessante de "Mama", do Genesis. A banda evolui, sem dúvida, mas ainda é pouco para recuperar o prestígio que tinha no mundo metálico. Entretanto, esse EP é ótimo e vale a pena.
Manowar - "Warriors of the World" é o primeiro CD do quarteto norte-americano em seis anos. a espera valeu, pois o pique da banda é extraordinário, com ótima produção e uma surpresa, uma música cantada em italiano, com acompanhamento apenas de orquestra. O peso da guitarra de Karl Logan é brutal e o trabalho de baixo de Joey DeMayo é impecável. Outro candidato a melhor do ano.
Timo Kotipelto - O cantor finlandês, vocalista do Stratovarius, finalmente lança seu primeiro CD solo. Seu pecado é se mostrar muito fiel a sua banda original, mas merece elogios pela produção e pela boa qualidade de algumas das composições. É um consolo para os fãs do Stratovarius, que fica inativo até o final de 2003.
Bad Company - A nova formação do Bad Company, agora com a volta de Paul rodgers e a saída do guitarrista Mick Ralphs e do baixista Boz Burrell, lança um CD ao vivo, "In Concerts - Merchants of Cool". A competência é a mesma de sempre, mas não há muita novidade. Os velhos hits estão lá, como "Burning Sky", "Feel Like Making Love" e "Bad Company", e mais duas de estúdio, inéditas. Vale pelo saudosismo.
David Bowie - Da mesma forma que Dio voltou aos anos 80, Bowie volta aos anos 70 com "Heathen". Saíram os efeitos eletrônicos dos álbuns anteriores e voltaram com força total as guitarras, baixos e baterias na frente. O disco não tem a força dos clássicos setentistas, mas resgata coisas interessantes, como as letras intimistas e os arranjos simples e sóbrios. O destaque é "Slow Burn", com o mago Pete Townshend (The Who) nas guitarras.
Joe Satriani - O superguitarrista volta á cena com um álbum mais jazzístico e menos experimental. "STRANGE BEAUTIFUL MUSIC" traz os temas executados com precisão fantástica e mostra um Satriani quase cinquentão ptando pelos timbres mais impos e sofisticados.
Steve Vai - Outro mago da guitarra, Steve Vai, reaparece cada vez mais experimental e inventivo, apesar do excesso de barulhos eletrônicos e dos efeitos sonoros quase inidentificáveis. Seu novo trabalho é "ELUSIVE LIGHT AND SOUND VOL. 1". Não traz grandes músicas, mas a classe de sempre está presente.
Rush - "Vapor Trails", o novo CD do Rush e o primeiro em seis anos, traz uma grande novidade, a quase total ausência de teclados. É só baixo, guitarra e bateria, voltando aos bons tempos de "Fly By Night", de 1975. O CD está menos experimental e um pouco mais pesado. "One Little Victory", que abre o CD, é destaque.
Megadeth - "Rude Awakening" é o primeiro CD ao vivo do Megadeth e o último lançamento da banda, que acabou em abril passado. Traz o registro da última turnê, que contou com o guitarrista Al Pitrelli (ex-Savatage). Muito técnico, Pitrelli fez um excelente contraponto com a guitarra pesada e às vezes suja de Dave Mustaine. O antecessor, Marty Friedman, também era técnico, mas sempre adicionou um feeling impressionante ao heavy metal duro do Megadeth. O álbum, duplo, traz a banda em grande forma e desfilando seus principais hits, Indispensável para quem gosta de metal.