Uma prece para ninguém - Capítulo 4
Quase sem combustível, finalmente ele achou um posto ao final de um vale na estrada deserta. Enquanto abastecia, sentiu uma forte pancada na cara. Era o vento jogando poeira, com feixes de pó açoitando-lhe a face. Refugiou-se em um pequeno empório ao lado do posto. Na verdade, era um boteco. Parecia que havia sido limpo há pouco, mas nem sinal de seres humanos. Já esperava por isso.
Com uma garrafa de uísque vagabundo de milho na mão, deu um violento pontapé em uma jokebox caindo aos pedaços que estava perto do balcão. Ela começou a cuspir uma desprezível música country tristonha e chorosa. nem prestou a atenção, apenas queria som para preencher aquele vazio quase insuportável.
A questão agora começava a complicar, mas ele se recusava a se preocupar com isso. Não tinha ânimo nem paciência. O que fazer se ele era o único habitante do planeta? Logo a comida nos supermercados estragaria. Onde obter alimentos? O mesmo ocorreria com frutas e legumes nas plantações. O combustível? Logo estragaria nas bombas e nas refinarias, mas ainda daria tempo de ele percorrer longos trechos para se distrair.
O que ele queria na verdade era conversar com alguém. Fazia tempo que ele não socava ninguém e estava sentido a mão atrofiar. Nunca poderia imaginar que um dia ficaria sem ter a quem socar.
Ao final da primeira garrafa ele tentava ordenar o pensamento para traçar a linha de ação. A idéia era... passar o tempo? Começou a imaginar o que estava acontecendo pela primeira vez no dia. Por diversas vezes tinha descartado o sonho. Tudo aquilo era bem real. Estaria em uma dimensão paralela? Como tinha ido parar lá? Estaria sob efeito de remédios? Teria sido ele o único sobrevivente de uma guerra de nêutrons ou uma guerra biológica?
Tentava buscar respostas, mas já estava no final da segunda garrafa. Tudo o que conseguiu foi decidir que iria para a praia. Nada havia a fazer naquele fim de mundo, longe de tudo e de todos (todos?).
A última coisa que conseguiu lembrar foi do boteco pegando fogo rapidamente. Entrou no carro e seguiu para o norte em alta velocidade, mesmo com a dificuldade de manter o carro na pista. Dez minutos depois o posto inteiro explodiu. Sim, ele tinha incendiado o estabelecimento, só não se lembra como.
******************************************************************************
Esfriara muito à noite. Tentou dormir no carro, mas não deu. Achou vários papéis jogados no porta-malas e fez uma fogueira. Deitado e encolhido, encostado na roda dianteira direita, tentava lembrar da última vez em que viu um ser humano. Não conseguiu. Contentou-se em enxugar outra garrafa de uísque barato.
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
quinta-feira, outubro 11, 2001
A Explosão do Heavy Metal Progressivo
Entre os subgêneros produzidos pelo rock, o único que teve a sua morte decretada, e todo mundo acreditou, foi o rock progressivo. Demolido sem piedade pelo movimento punk, a tendência acabou praticamente esquecida e soterrada no meio dos anos 80 pelo heavy metal tradicional de Iron Maiden, Saxon, Judas Priest e outras feras.
O Yes chegou a acabar em 1981 para retornar dois anos depois, mas sem o mesmo pique e a mesma qualidade. Até hoje continua vagando por aí, vivendo mais do prestígio do passado do que qualquer outra coisa.
O Genesis sucumbiu à música pop, o Pink Floyd se esfacelou com a briga entre David Gilmour e Roger Waters em 1985 e também continua errando pelos anos, lançando um CD inédito a cada dez anos. O King Crimson tentou voltar em 1981 (acabara em 1975), mas sumiu em 1985 para, quase dez anos depois, se tornar um mero apêndice da carreira solo do líder Robert Fripp. Hoje não passa de um projeto paralelo do fantástico guitarrista.
Sobrou para o Marillion, banda inglesa que começou a fazer sucesso em sua terra natal no começo dos anos 80, manter a chama acesa do rock progressivo. E foi justamente o Marillion, na época do vocalista Fish (de 1981 a 1988), que criou as raízes do que viria ser o metal progressivo dos anos 90, o subgênero do rock que maios cresce na atualidade em relação ao mercado fonográfico.
Foi justamente ouvindo os trabalhos ao vivo do Marillion que três rapazes norte-americanos definiram o direcionamento musical de sua banda. O guitarrista John Petrucci, o baixista John Myung e o baterista Mike Portnoy, o núcleo do Dream Theater, demitiram em 1989 o vocalista Charley Domenici, recrutaram o tecladista Kevin Moore e o vocalista canadense James LaBrie e gravaram o CD “Images and Words”, numa linha totalmente diferente do primeiro trabalho, “When Dream and Day Unite”. Estava definido o conceito de heavy metal progressivo, fartamente influenciado por Yes e Pink Floyd, mas com ecos de King Crimson e Gentle Giant.
O Dream Theater, hoje uma das mais importantes bandas de rock da atualidade, é sinônimo de metal progressivo. O sucesso foi tamanho que uma gravadora foi criada para abraçar o subgênero. A Magna Carta, norte-americana, não perdeu tempo e contratou os músicos do Dream Theater isoladamente para que gravassem ali seus projetos solo.
Não bastasse isso, Trent Gardner, o mentor da Magna Carta, praticamente se apossou do conceito e deu oportunidade a bandas que dificilmente teriam sucesso em outros selos. Graças à Magna Carta que hoje podemos escutar o fabuloso Shadow Gallery e o ótimo Magellan, liderado pelo próprio Gardner.
A tacada deu tão certo que mesmo um projeto que surgiu de uma brincadeira, o Liquid Tension Experiment (uma mistura louca, mas equilibrada, de jazz, heavy metal e música progressiva), foi obrigado a gravar um segundo CD porque o primeiro estourou de vendas na Europa e no Japão, chamando a atenção do público norte-americano. O resultado: o segundo CD da banda formada por John Petrucci, Mike Portnoy, Jordan Ruddess (hoje tecladista do Dream Theater) e Tony Levin (baixista que já tocou com King Crimson, Genesis, Yes e muitos outros) também vendeu horrores.
O sucesso do Dream Theater e da gravadora Magna Carta abriu as portas para outros sucessos de venda, como Symphony X, Fates Warning, Virgin Steele, Spock’s Beard e Vanden Plas, todos norte-americanos, que estão entre os principais nomes de suas gravadoras. Na Europa, o grande destaque do gênero é o grupo sueco The Flower Kings, liderado pelo guitarrista Roine Stolt.
Hoje o metal progressivo é o ramo que mais cresce na Europa ao lado do metal extremo e gravadoras famosas ligadas ao rock no continente, como Century Media, Nuclear Blast e SPV começam a dedicar profissionais exclusivamente para observar a tendência. Nunca a junção de guitarras pesadas com conceitos musicais mais elaborados chamou tanto a atenção como neste início de século XXI.
Entre os subgêneros produzidos pelo rock, o único que teve a sua morte decretada, e todo mundo acreditou, foi o rock progressivo. Demolido sem piedade pelo movimento punk, a tendência acabou praticamente esquecida e soterrada no meio dos anos 80 pelo heavy metal tradicional de Iron Maiden, Saxon, Judas Priest e outras feras.
O Yes chegou a acabar em 1981 para retornar dois anos depois, mas sem o mesmo pique e a mesma qualidade. Até hoje continua vagando por aí, vivendo mais do prestígio do passado do que qualquer outra coisa.
O Genesis sucumbiu à música pop, o Pink Floyd se esfacelou com a briga entre David Gilmour e Roger Waters em 1985 e também continua errando pelos anos, lançando um CD inédito a cada dez anos. O King Crimson tentou voltar em 1981 (acabara em 1975), mas sumiu em 1985 para, quase dez anos depois, se tornar um mero apêndice da carreira solo do líder Robert Fripp. Hoje não passa de um projeto paralelo do fantástico guitarrista.
Sobrou para o Marillion, banda inglesa que começou a fazer sucesso em sua terra natal no começo dos anos 80, manter a chama acesa do rock progressivo. E foi justamente o Marillion, na época do vocalista Fish (de 1981 a 1988), que criou as raízes do que viria ser o metal progressivo dos anos 90, o subgênero do rock que maios cresce na atualidade em relação ao mercado fonográfico.
Foi justamente ouvindo os trabalhos ao vivo do Marillion que três rapazes norte-americanos definiram o direcionamento musical de sua banda. O guitarrista John Petrucci, o baixista John Myung e o baterista Mike Portnoy, o núcleo do Dream Theater, demitiram em 1989 o vocalista Charley Domenici, recrutaram o tecladista Kevin Moore e o vocalista canadense James LaBrie e gravaram o CD “Images and Words”, numa linha totalmente diferente do primeiro trabalho, “When Dream and Day Unite”. Estava definido o conceito de heavy metal progressivo, fartamente influenciado por Yes e Pink Floyd, mas com ecos de King Crimson e Gentle Giant.
O Dream Theater, hoje uma das mais importantes bandas de rock da atualidade, é sinônimo de metal progressivo. O sucesso foi tamanho que uma gravadora foi criada para abraçar o subgênero. A Magna Carta, norte-americana, não perdeu tempo e contratou os músicos do Dream Theater isoladamente para que gravassem ali seus projetos solo.
Não bastasse isso, Trent Gardner, o mentor da Magna Carta, praticamente se apossou do conceito e deu oportunidade a bandas que dificilmente teriam sucesso em outros selos. Graças à Magna Carta que hoje podemos escutar o fabuloso Shadow Gallery e o ótimo Magellan, liderado pelo próprio Gardner.
A tacada deu tão certo que mesmo um projeto que surgiu de uma brincadeira, o Liquid Tension Experiment (uma mistura louca, mas equilibrada, de jazz, heavy metal e música progressiva), foi obrigado a gravar um segundo CD porque o primeiro estourou de vendas na Europa e no Japão, chamando a atenção do público norte-americano. O resultado: o segundo CD da banda formada por John Petrucci, Mike Portnoy, Jordan Ruddess (hoje tecladista do Dream Theater) e Tony Levin (baixista que já tocou com King Crimson, Genesis, Yes e muitos outros) também vendeu horrores.
O sucesso do Dream Theater e da gravadora Magna Carta abriu as portas para outros sucessos de venda, como Symphony X, Fates Warning, Virgin Steele, Spock’s Beard e Vanden Plas, todos norte-americanos, que estão entre os principais nomes de suas gravadoras. Na Europa, o grande destaque do gênero é o grupo sueco The Flower Kings, liderado pelo guitarrista Roine Stolt.
Hoje o metal progressivo é o ramo que mais cresce na Europa ao lado do metal extremo e gravadoras famosas ligadas ao rock no continente, como Century Media, Nuclear Blast e SPV começam a dedicar profissionais exclusivamente para observar a tendência. Nunca a junção de guitarras pesadas com conceitos musicais mais elaborados chamou tanto a atenção como neste início de século XXI.
quarta-feira, outubro 10, 2001
Teremos guerra santa?
Creio que tudo o que precisava ser dito sobre a guerra no Afeganistão foi dito nos blogs amigos que frequentemente visito. Mas o velho guerra Maurício Gaia, do Mauricéia Desvairada, levanta a hipótese de que Osama bin Laden e o Taleban já são os vencedores do conflito dentro do mundo islâmico.
Ele tem razão, a questão toda é justamente essa. Era tudo o que bin Laden queria. E ele pode conseguir unificar o mundo árabe e o mundo islâmico em geral contra o Ocidente, embora politicamente há governos muçulmanos que têm verdadeira ojeriza e pânico ao Taleban, como a família real saudita, o governo egípcio e a Turquia.
Por enquanto a hipótese da guerra santa generalizada está descartada por absoluta falta de apoio político. É bem verdade que a população ignorante e manipulada pelos fundamentalistas nos vários países islâmicos está em massa apoiando o terrorista, mas isso não é o suficiente. No entanto, o Ocidente jamais pode desprezar a hipótese de uma jihad.
Ao que parece, o mundo islâmico não deverá se opor à ofensiva norte-americana e os terroristas, junto com o Taleban, dificilmente resistirão. Será um golpe e tanto contra o terrorismo.
Creio que tudo o que precisava ser dito sobre a guerra no Afeganistão foi dito nos blogs amigos que frequentemente visito. Mas o velho guerra Maurício Gaia, do Mauricéia Desvairada, levanta a hipótese de que Osama bin Laden e o Taleban já são os vencedores do conflito dentro do mundo islâmico.
Ele tem razão, a questão toda é justamente essa. Era tudo o que bin Laden queria. E ele pode conseguir unificar o mundo árabe e o mundo islâmico em geral contra o Ocidente, embora politicamente há governos muçulmanos que têm verdadeira ojeriza e pânico ao Taleban, como a família real saudita, o governo egípcio e a Turquia.
Por enquanto a hipótese da guerra santa generalizada está descartada por absoluta falta de apoio político. É bem verdade que a população ignorante e manipulada pelos fundamentalistas nos vários países islâmicos está em massa apoiando o terrorista, mas isso não é o suficiente. No entanto, o Ocidente jamais pode desprezar a hipótese de uma jihad.
Ao que parece, o mundo islâmico não deverá se opor à ofensiva norte-americana e os terroristas, junto com o Taleban, dificilmente resistirão. Será um golpe e tanto contra o terrorismo.
Racismo volta a atacar em Roma
A torcida da Lazio é uma das mais nojentas do mundo. O time de Roma contratou o atacante Fabio Liverani, de 25 anos, da seleção italiana. Liverani nasceu em roma, mas é filho de pai italiano e mãe somaliana, ou seja, é mulato. Foi o suficiente para que os torcedores racistas radicais da Lazio protestassem pichando as paredes da sede do clube com frases ofensivas ao jogador e aos negros em geral. A direção da Lazio repudiou as manifestações e colocará seguranças para acompanhar o jogador.
Os torcedores do clube romano são os mais racistas da Itália, ganhando até de aficionados clubes tradicionalmente reconhecidos como "puros", como o Verona, hoje na segunda divisão. Um jogador holandês, Aaron Winter, da seleção de seu país e negro, sofreu bastante quando jogou na Lazio. Nem mesmo jogadores de outros times, como os da Roma, escapam da fúria racista dos torcedores da Lazio. Cafu e Antonio Carlos já foram hostilizados de forma grave.
Para seres nojentos desse tipo, nada há o que fazer: tolerãncia zero para eles, que sejam banidos da vida pública e trancafiados perpetuamente em prisões de segurança máxima.
A torcida da Lazio é uma das mais nojentas do mundo. O time de Roma contratou o atacante Fabio Liverani, de 25 anos, da seleção italiana. Liverani nasceu em roma, mas é filho de pai italiano e mãe somaliana, ou seja, é mulato. Foi o suficiente para que os torcedores racistas radicais da Lazio protestassem pichando as paredes da sede do clube com frases ofensivas ao jogador e aos negros em geral. A direção da Lazio repudiou as manifestações e colocará seguranças para acompanhar o jogador.
Os torcedores do clube romano são os mais racistas da Itália, ganhando até de aficionados clubes tradicionalmente reconhecidos como "puros", como o Verona, hoje na segunda divisão. Um jogador holandês, Aaron Winter, da seleção de seu país e negro, sofreu bastante quando jogou na Lazio. Nem mesmo jogadores de outros times, como os da Roma, escapam da fúria racista dos torcedores da Lazio. Cafu e Antonio Carlos já foram hostilizados de forma grave.
Para seres nojentos desse tipo, nada há o que fazer: tolerãncia zero para eles, que sejam banidos da vida pública e trancafiados perpetuamente em prisões de segurança máxima.
DVD maravilhoso do Who
Uma das mais gratas surpresas musicais deste ano sai em DVD no mercado brasileiro, em produto nacional. "The Who Live at the Royal Albert Hall" é uma apresentação ao vivo do Who, uma das cinco mais importantes banda de rock de todos os tempos, gravada em 27 de novembro de 2000 na casa londrina. O legal da apresentação é que ela encerrou a turnê anglo-americana de 1999-2000 da banda e foi beneficente, com renda revertida para três entidades que cuidam de crianças com doenças raras e degenerativas.
Os três integrantes originais e remanescentes - Roger Daltrey (vocais), Pete Townshend (guitarras) e John Entwistle (baixo) - têm a colaboração de John Rabbit Bundrick (teclados) e Zak Starkey (bateria), este filho de Ringop Starr e que toca com o Who há cinco anos. Além disso, têm convidados muito especiais, como Eddie Vedder (Pearl Jam) cantando "Let's See Action", Noel Gallagher (Oasis) tocando guitarra até que de forma decente em "Won't Get Fooled Again", Paul Weller (The Jam) em um dueto acústico maravilhoso com Pete Townshend em "So Sad About Us", o violinista punk Nigel Kennedy na maravilhosa "Baba O'Riley" e a musa Kelly Johnson, do Stereophonics. Um show excelente e imperdível.
O grande Who encerrou as atividades em 1982 depois de 18 anos de carreira vitoriosa (embora o anúncio oficial da separação tenha ocorrido somente em janeiro de 1984). Houve uma reunião extraordinária para um concerto de 15 minutos no Live Aid, em 1985 e deveria ter parado por aí.
No entanto, a febre dos "revivals" de dinossauros dos anos 60 e 70 que haviam parado e voltaram acometeu os remanescentes e armaram uma turnê de "comemoração" de 25 anos de fundação da banda e 20 anos do lançamento da obra-prima "Tommy" em 1989 pelos Estados Unidos e pela Inglaterra (e que acabou rendendo um CD duplo, "Join Together", desnecessário). Depois dessa turnê para "matar a saudade", imaginou-se que os três deixariam o Who sossegado para sempre e parar com os shows caça-ní, onde nada tocam de novo, só músicas do passado, verdadeiras caricaturas de si mesmos.
Mas eles não pararam quietos, a fonte de dinheiro é muito boa para ser deixada de lado. Em 1996 se reuniram novamente para fazer uma turnê especial baseada no CD duplo "Quadrophenia", de 1973, que seria pela primeira vez executado na íntegra ao vivo. A turnê mundial acabou somente em 1998. No ano seguinte, fizeram várias apresentações ao vivo acústicas e semi-acústicas pelos Estados Unidos, boa parte deles beneficentes (essa tgurnê redeu mais um CD ao vivo oficial, "Brush with the Blues", vendido apenas pela Internet pelo site Musicmaker).
Em 2000 continuaram a fazer shows durante todo o ano, mostrando um vigor impressionante depois de 36 anos de iniciada a carreira do grupo. E não dão sinais de que vão largar o osso tão cedo. É pena, por mais que os shows atais sejam maravilhosos, eles já deveriam ter parado a muito tempo, pois correm o risco de enterrarem um dos maiores mitos do rock mundial.
Uma das mais gratas surpresas musicais deste ano sai em DVD no mercado brasileiro, em produto nacional. "The Who Live at the Royal Albert Hall" é uma apresentação ao vivo do Who, uma das cinco mais importantes banda de rock de todos os tempos, gravada em 27 de novembro de 2000 na casa londrina. O legal da apresentação é que ela encerrou a turnê anglo-americana de 1999-2000 da banda e foi beneficente, com renda revertida para três entidades que cuidam de crianças com doenças raras e degenerativas.
Os três integrantes originais e remanescentes - Roger Daltrey (vocais), Pete Townshend (guitarras) e John Entwistle (baixo) - têm a colaboração de John Rabbit Bundrick (teclados) e Zak Starkey (bateria), este filho de Ringop Starr e que toca com o Who há cinco anos. Além disso, têm convidados muito especiais, como Eddie Vedder (Pearl Jam) cantando "Let's See Action", Noel Gallagher (Oasis) tocando guitarra até que de forma decente em "Won't Get Fooled Again", Paul Weller (The Jam) em um dueto acústico maravilhoso com Pete Townshend em "So Sad About Us", o violinista punk Nigel Kennedy na maravilhosa "Baba O'Riley" e a musa Kelly Johnson, do Stereophonics. Um show excelente e imperdível.
O grande Who encerrou as atividades em 1982 depois de 18 anos de carreira vitoriosa (embora o anúncio oficial da separação tenha ocorrido somente em janeiro de 1984). Houve uma reunião extraordinária para um concerto de 15 minutos no Live Aid, em 1985 e deveria ter parado por aí.
No entanto, a febre dos "revivals" de dinossauros dos anos 60 e 70 que haviam parado e voltaram acometeu os remanescentes e armaram uma turnê de "comemoração" de 25 anos de fundação da banda e 20 anos do lançamento da obra-prima "Tommy" em 1989 pelos Estados Unidos e pela Inglaterra (e que acabou rendendo um CD duplo, "Join Together", desnecessário). Depois dessa turnê para "matar a saudade", imaginou-se que os três deixariam o Who sossegado para sempre e parar com os shows caça-ní, onde nada tocam de novo, só músicas do passado, verdadeiras caricaturas de si mesmos.
Mas eles não pararam quietos, a fonte de dinheiro é muito boa para ser deixada de lado. Em 1996 se reuniram novamente para fazer uma turnê especial baseada no CD duplo "Quadrophenia", de 1973, que seria pela primeira vez executado na íntegra ao vivo. A turnê mundial acabou somente em 1998. No ano seguinte, fizeram várias apresentações ao vivo acústicas e semi-acústicas pelos Estados Unidos, boa parte deles beneficentes (essa tgurnê redeu mais um CD ao vivo oficial, "Brush with the Blues", vendido apenas pela Internet pelo site Musicmaker).
Em 2000 continuaram a fazer shows durante todo o ano, mostrando um vigor impressionante depois de 36 anos de iniciada a carreira do grupo. E não dão sinais de que vão largar o osso tão cedo. É pena, por mais que os shows atais sejam maravilhosos, eles já deveriam ter parado a muito tempo, pois correm o risco de enterrarem um dos maiores mitos do rock mundial.
Talebans da Barra
Li com estupefação na coluna de Antonio Carlos Faria (grande AC) na seção Pensata da Folha Online que um grupo de jovens de classe média alta da Barra da Tijuca está aterrorizando o bairro. Ele se autodenominam "Os Talebans da Barra" e não têm ideologia nenhuma. A diversão deles é sair de dia ou de noite e espancar quem aparecer pela frente, independente de ser homem, mulher, criança, adulto, forte, fraco...
Se alguém ousa reagirm, apanha mais; se alguém ousa denunciá-los (eles não se preocupam em esconder suas identidades) sofrem todo o tipo de ameaças.
Isso me lembra as torcidas organizadas de futebol, que sempre promoveram (e ainda promovem) arruaças nas partidas e nas imediações dos estádios. Mas eles não são nada comparados com a imbecilidade suprema dos tais Talebans da Barra. Esses caras merecem ser espancados até clamarem e implorarem por suas vidas.
Li com estupefação na coluna de Antonio Carlos Faria (grande AC) na seção Pensata da Folha Online que um grupo de jovens de classe média alta da Barra da Tijuca está aterrorizando o bairro. Ele se autodenominam "Os Talebans da Barra" e não têm ideologia nenhuma. A diversão deles é sair de dia ou de noite e espancar quem aparecer pela frente, independente de ser homem, mulher, criança, adulto, forte, fraco...
Se alguém ousa reagirm, apanha mais; se alguém ousa denunciá-los (eles não se preocupam em esconder suas identidades) sofrem todo o tipo de ameaças.
Isso me lembra as torcidas organizadas de futebol, que sempre promoveram (e ainda promovem) arruaças nas partidas e nas imediações dos estádios. Mas eles não são nada comparados com a imbecilidade suprema dos tais Talebans da Barra. Esses caras merecem ser espancados até clamarem e implorarem por suas vidas.
Notícias do Pink Floyd
Na verdade não há notícias sobre a banda, mas sobre seus integrantes. David Gilmour, guitarrista e atual líder do trio, disse que a banda fica na geladeira por mais algum tempo. Enquanto isso, ele segue fazendo shows acústicos por cidades da Inglaterra. Dependendo do dia, ele toca sozinho, com uma variedade de violões, ou com um trio de guitarra semi-acústica, baixo acústico e bateria, além de seus violões (alguns desses shows foram gravados por fãs e pirateiros profissionais e já estão à venda na Galeria do Rock). Ele pretende azeitar uma banda acústica para gravar shows em 2002 para lançar um CD ao vivo.
Jà Roger Waters, ex-integrante e ex-líder do Pink Floyd, está de férias, mas volta a fazer shows no início do ano que vem. Após uma turnê longa pela Europa, ele deve baixar em São Paulo e no Rio entre 10 e 13 de março com sua banda, de acordo com o ste oficial do Pink Floyd. Waters saiiu brigado do conjunto em 1985, quando queria a todo custo encerrara as atividades da banda, mas perdeu nos tribunais para Gilmour, que ganhou o direito de continuar usando o sagrado nome do conjunto.
Na verdade não há notícias sobre a banda, mas sobre seus integrantes. David Gilmour, guitarrista e atual líder do trio, disse que a banda fica na geladeira por mais algum tempo. Enquanto isso, ele segue fazendo shows acústicos por cidades da Inglaterra. Dependendo do dia, ele toca sozinho, com uma variedade de violões, ou com um trio de guitarra semi-acústica, baixo acústico e bateria, além de seus violões (alguns desses shows foram gravados por fãs e pirateiros profissionais e já estão à venda na Galeria do Rock). Ele pretende azeitar uma banda acústica para gravar shows em 2002 para lançar um CD ao vivo.
Jà Roger Waters, ex-integrante e ex-líder do Pink Floyd, está de férias, mas volta a fazer shows no início do ano que vem. Após uma turnê longa pela Europa, ele deve baixar em São Paulo e no Rio entre 10 e 13 de março com sua banda, de acordo com o ste oficial do Pink Floyd. Waters saiiu brigado do conjunto em 1985, quando queria a todo custo encerrara as atividades da banda, mas perdeu nos tribunais para Gilmour, que ganhou o direito de continuar usando o sagrado nome do conjunto.
terça-feira, outubro 09, 2001
Live Aid 2
Nada como uma tragédia em "nosso" quintal para mobilizar mundos e fundos... Paul McCartney já tinha anunciado sua intenção de fazer um show beneficente em homenagem aos bombeiros que morreram durante os atentados aos Estados Unidos. Pois o show vai rolar e será ainda mais grandioso do que o planejado.
A questão é que a coisa está indo rápido demais. Quando falaramd e fazer um concerto para os pobres de Bangladesh (1971) ou da Etiópia (1985, o Live Aid), as negociações e a preparação durou mais de ano. Afinal de contas, eram pobres do Terceiro Mundo, quem se importa? Agora é diferente, foi em Nova York, a capital do mundo... Por que não um concerto em benefício do paupérrimo povo afegão?
O ex-beatle pretende reunir os maiores ícones do rock nesse evento, que já está sendo chamado de “Live Aid 2”. Entre os nomes citados por Paul estão Ringo Starr, Mick Jagger, David Bowie, Bruce Springsteen, The Who, Santana, Lenny Kravitz, Sheryl Crow e Limp Bizkit. E o melhor: Paul quer reunir o Led Zeppelin para tocar no tributo. Depois da separação, em 1980, o trio restante do Led Zeppelin (o baterista John Bonham morreu naquele ano), Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones tocaram juntos apensa duas vezes: no Live Aid, que rolou em 1985, e no aniversário de 40 anos da Atlantic Records (gravadora do grupo), em 1988.
Além do nome provisório e da volta do Led Zeppelin, o evento criado por Paul McCartney tem mais coisas em comum com o Live Aid.Ele segue a mesma linha do festival organizado por Bob Geldof, só que desta vez, a grana arrecadada não vai para as crianças da Etiópia e sim para as famílias dos bombeiros. O Live Aid 2 deve rolar no dia 20 de outubro, no Madison Square Garden, em Nova York.
Nada como uma tragédia em "nosso" quintal para mobilizar mundos e fundos... Paul McCartney já tinha anunciado sua intenção de fazer um show beneficente em homenagem aos bombeiros que morreram durante os atentados aos Estados Unidos. Pois o show vai rolar e será ainda mais grandioso do que o planejado.
A questão é que a coisa está indo rápido demais. Quando falaramd e fazer um concerto para os pobres de Bangladesh (1971) ou da Etiópia (1985, o Live Aid), as negociações e a preparação durou mais de ano. Afinal de contas, eram pobres do Terceiro Mundo, quem se importa? Agora é diferente, foi em Nova York, a capital do mundo... Por que não um concerto em benefício do paupérrimo povo afegão?
O ex-beatle pretende reunir os maiores ícones do rock nesse evento, que já está sendo chamado de “Live Aid 2”. Entre os nomes citados por Paul estão Ringo Starr, Mick Jagger, David Bowie, Bruce Springsteen, The Who, Santana, Lenny Kravitz, Sheryl Crow e Limp Bizkit. E o melhor: Paul quer reunir o Led Zeppelin para tocar no tributo. Depois da separação, em 1980, o trio restante do Led Zeppelin (o baterista John Bonham morreu naquele ano), Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones tocaram juntos apensa duas vezes: no Live Aid, que rolou em 1985, e no aniversário de 40 anos da Atlantic Records (gravadora do grupo), em 1988.
Além do nome provisório e da volta do Led Zeppelin, o evento criado por Paul McCartney tem mais coisas em comum com o Live Aid.Ele segue a mesma linha do festival organizado por Bob Geldof, só que desta vez, a grana arrecadada não vai para as crianças da Etiópia e sim para as famílias dos bombeiros. O Live Aid 2 deve rolar no dia 20 de outubro, no Madison Square Garden, em Nova York.
Réquiem
Já escrevi anteriormente que não gosto de colocar letras de música no blog,
principalmente em inglês. Acho que as letras sem a música, de certa forma e
nesse contexto, perdem o sentido. No entanto, fiquei sabendo da morte
do vocalista André Boragina, do Fates Prophecy, banda de São Paulo de havy
metal melódico/tradicional. O rapaz tinha 31 anos e foi vítima de câncer.
Quando cheguei em casa à noite, escutei o novo CD do Saxon, "Killing
Ground", que está ótimo. Aí deu vontade de escutar "Requiem", que essa
maravilhosa banda inglesa de heavy metal gravou em 1990 em homenagem a
"todos aqueles que nos deixaram" (It`s a celebration of the music they left
behind... We will remember).
Em um show realizado na Alemanha em 1995, registrado no CD duplo ao vivo
"The Eagle Has Landed part 2", o vocalista Peter Byff Byfford faz uma
introdução emocionante para "Requiem" dedicando a música para Phil Lynott
(Thin Lizzy), Bon Scott (AC/DC), John Bonham (Led Zeppelin) e Stevie Ray
Vaughan, todos já mortos. Aí vai a letra de "Requiem", em homenagem aos já
citados e também a André Boragina, Keith Moon (The Who), Keith Relf
(Yardbirds), Jimi Hendrix, John Lennon, Brian Jones (Rolling Stones), Cliff
Burton (Metallica), Kurt Cobain (Nirvana), Ian Stewart (Rolling Stones),
Ronnie Lane (Faces, Small Faces), Steve Marriott (Small Faces, Humble Pie),
Elvis Presley, Steve Clarke (Def Leppard), Allen Woody (Gov't Mule), Freddie
Mercury, Raul Seixas, Cazuza, Renato russo, Marcelo Fromer e muitos
outros...
"REQUIEM" (Caeter/Byfford/Oliver/Glockler)
Somewhere in the night
A candle burns for you
The eternal flame
The Light keeps shining on
Your music is immortal
It's stood the rest of time
You're gone but not forgotten
You walk with us
We will remember
They were born to rock and roll
We will remember
The song's a celebration
Of what you gave to us
The legacy you left still marches on
Still they play your music
All around the world
Blasting through the airwaves
To the stars
We will remember
They were born to rock and roll
We will remember
From London to Chicago
From the mountains to the sea
The Legacy you left
Will never die
We will remember
They were born to rock and roll
We will remember
Já escrevi anteriormente que não gosto de colocar letras de música no blog,
principalmente em inglês. Acho que as letras sem a música, de certa forma e
nesse contexto, perdem o sentido. No entanto, fiquei sabendo da morte
do vocalista André Boragina, do Fates Prophecy, banda de São Paulo de havy
metal melódico/tradicional. O rapaz tinha 31 anos e foi vítima de câncer.
Quando cheguei em casa à noite, escutei o novo CD do Saxon, "Killing
Ground", que está ótimo. Aí deu vontade de escutar "Requiem", que essa
maravilhosa banda inglesa de heavy metal gravou em 1990 em homenagem a
"todos aqueles que nos deixaram" (It`s a celebration of the music they left
behind... We will remember).
Em um show realizado na Alemanha em 1995, registrado no CD duplo ao vivo
"The Eagle Has Landed part 2", o vocalista Peter Byff Byfford faz uma
introdução emocionante para "Requiem" dedicando a música para Phil Lynott
(Thin Lizzy), Bon Scott (AC/DC), John Bonham (Led Zeppelin) e Stevie Ray
Vaughan, todos já mortos. Aí vai a letra de "Requiem", em homenagem aos já
citados e também a André Boragina, Keith Moon (The Who), Keith Relf
(Yardbirds), Jimi Hendrix, John Lennon, Brian Jones (Rolling Stones), Cliff
Burton (Metallica), Kurt Cobain (Nirvana), Ian Stewart (Rolling Stones),
Ronnie Lane (Faces, Small Faces), Steve Marriott (Small Faces, Humble Pie),
Elvis Presley, Steve Clarke (Def Leppard), Allen Woody (Gov't Mule), Freddie
Mercury, Raul Seixas, Cazuza, Renato russo, Marcelo Fromer e muitos
outros...
"REQUIEM" (Caeter/Byfford/Oliver/Glockler)
Somewhere in the night
A candle burns for you
The eternal flame
The Light keeps shining on
Your music is immortal
It's stood the rest of time
You're gone but not forgotten
You walk with us
We will remember
They were born to rock and roll
We will remember
The song's a celebration
Of what you gave to us
The legacy you left still marches on
Still they play your music
All around the world
Blasting through the airwaves
To the stars
We will remember
They were born to rock and roll
We will remember
From London to Chicago
From the mountains to the sea
The Legacy you left
Will never die
We will remember
They were born to rock and roll
We will remember
Palmeiras B participa de tumulto na Índia
O texto a seguir foi publicado no Estadão.com hoje, dia 9 de outubro. Grande baixaria protagonizada pelo Palmeiras B na final de um torneio meia-boca na Índia, apesar de que a culpa pela briga e tumulto deva se dividida com o adversário e com a truculenta polícia indiana:
"A pancadaria que envolveu jogadores do Palmeiras B e do East Bengal, na final do torneio IFA Shield, em Calcutá, no domingo, provocou grande repercussão na Índia. Os jornais dedicaram várias páginas aos incidentes, que ocorreram no Estádio Salt Lake. Torcedores e jogadores da equipe da casa culparam os brasileiros pelas cenas de violência.
Os palmeirenses abandonaram o campo quando venciam a partida por 1 a 0. "Um capítulo vergonhoso foi acrescentado ao tradicional torneio de futebol de Calcutá", destacou o diário Indian Telegraph - esta foi a 107.ª edição da competição.
Segundo a imprensa local, toda a confusão começou quando o zagueiro Marcão fez falta em Jackson Egygopong. O lance teria sido violento. A partir de então, jogadores e comissão técnica de ambos os times deixaram o banco de reservas e invadiram o gramado e protagonizaram cenas de guerra. Quatro atletas indianos se machucaram seriamente. Os brasileiros abandonaram o estádio rapidamente sem dar explicações. A Agência Estado tentou contato com os palmeirenses que participaram do episódio, mas eles já haviam embarcado rumo ao Brasil. Chegarão a São Paulo na quarta-feira pela manhã.
Torcedores que estavam no estádio, todos do East Bengal, começaram a atirar objetos em campo contra os brasileiros e conseguiram atingir alguns jogadores. Até policiais foram acusados de agredir os palmeirenses. "O estádio acabou se tornando um campo de batalha para Palmeiras e East Bengal", ressaltou o jornal The Statesman. V. Thambi, responsável pela segurança da partida de domingo, afirmou que a "polícia tentou apenas proteger os jogadores do Palmeiras dos ataques dos torcedores." Afirmou, porém, que os culpados foram os brasileiros. "Acredito que os brasileiros tenham entendido que foram os únicos culpados."
O ministro Rajib Rudi discordou da opinião do chefe da segurança e disse que toda a culpa foi da polícia. "Os policiais bateram nos brasileiros, que eram convidados do nosso país", disse. O caso será encaminhado à Fifa e, dependendo do relatório do juiz P. Bhaskar, o Palmeiras poderá ser punido. A Associação Indiana de Futebol não deve dar o título para nenhuma das equipes. Os palmeirenses venciam por 1 a 0, gol de Reinaldo. "O Palmeiras dominava a partida, mas, surpreendentemente, decidiu partir para a violência", observou o Indian Telegraph."
O texto a seguir foi publicado no Estadão.com hoje, dia 9 de outubro. Grande baixaria protagonizada pelo Palmeiras B na final de um torneio meia-boca na Índia, apesar de que a culpa pela briga e tumulto deva se dividida com o adversário e com a truculenta polícia indiana:
"A pancadaria que envolveu jogadores do Palmeiras B e do East Bengal, na final do torneio IFA Shield, em Calcutá, no domingo, provocou grande repercussão na Índia. Os jornais dedicaram várias páginas aos incidentes, que ocorreram no Estádio Salt Lake. Torcedores e jogadores da equipe da casa culparam os brasileiros pelas cenas de violência.
Os palmeirenses abandonaram o campo quando venciam a partida por 1 a 0. "Um capítulo vergonhoso foi acrescentado ao tradicional torneio de futebol de Calcutá", destacou o diário Indian Telegraph - esta foi a 107.ª edição da competição.
Segundo a imprensa local, toda a confusão começou quando o zagueiro Marcão fez falta em Jackson Egygopong. O lance teria sido violento. A partir de então, jogadores e comissão técnica de ambos os times deixaram o banco de reservas e invadiram o gramado e protagonizaram cenas de guerra. Quatro atletas indianos se machucaram seriamente. Os brasileiros abandonaram o estádio rapidamente sem dar explicações. A Agência Estado tentou contato com os palmeirenses que participaram do episódio, mas eles já haviam embarcado rumo ao Brasil. Chegarão a São Paulo na quarta-feira pela manhã.
Torcedores que estavam no estádio, todos do East Bengal, começaram a atirar objetos em campo contra os brasileiros e conseguiram atingir alguns jogadores. Até policiais foram acusados de agredir os palmeirenses. "O estádio acabou se tornando um campo de batalha para Palmeiras e East Bengal", ressaltou o jornal The Statesman. V. Thambi, responsável pela segurança da partida de domingo, afirmou que a "polícia tentou apenas proteger os jogadores do Palmeiras dos ataques dos torcedores." Afirmou, porém, que os culpados foram os brasileiros. "Acredito que os brasileiros tenham entendido que foram os únicos culpados."
O ministro Rajib Rudi discordou da opinião do chefe da segurança e disse que toda a culpa foi da polícia. "Os policiais bateram nos brasileiros, que eram convidados do nosso país", disse. O caso será encaminhado à Fifa e, dependendo do relatório do juiz P. Bhaskar, o Palmeiras poderá ser punido. A Associação Indiana de Futebol não deve dar o título para nenhuma das equipes. Os palmeirenses venciam por 1 a 0, gol de Reinaldo. "O Palmeiras dominava a partida, mas, surpreendentemente, decidiu partir para a violência", observou o Indian Telegraph."
Hitler gay
"Segredos de Hitler" é o nome de um livro que vem agitando os bastidores do meio acadêmico da Alemanha, segundo revela reportagem da Veja desta semana. A obra sustenta que o ditador nazista Adolf Hitler era gay. Primeiro teria sido garoto de programa nas ruas de Viena e Munique para fugir da miséria entre 1905 è 1914, já que não conseguia vender seus quadros ruins. Mais tarde, durante a I Guerra Mundial, teria deixando muitos indícios de que era homossexual, para em seguida abraçar por opção o que antes era uma "forma de sobreviver". Apesar de farto de indícios, o livro ainda deixa muitas dúvidas sobre a afirmação de Hitler era gay, mas há depoimentos fortes nesse sentido. O assunto não é novo, mas "Segredos de Hitler" parece ser a obra que traz as informações mais relevantes sobre o tema. Por essa os neonazistas não esperavam.
"Segredos de Hitler" é o nome de um livro que vem agitando os bastidores do meio acadêmico da Alemanha, segundo revela reportagem da Veja desta semana. A obra sustenta que o ditador nazista Adolf Hitler era gay. Primeiro teria sido garoto de programa nas ruas de Viena e Munique para fugir da miséria entre 1905 è 1914, já que não conseguia vender seus quadros ruins. Mais tarde, durante a I Guerra Mundial, teria deixando muitos indícios de que era homossexual, para em seguida abraçar por opção o que antes era uma "forma de sobreviver". Apesar de farto de indícios, o livro ainda deixa muitas dúvidas sobre a afirmação de Hitler era gay, mas há depoimentos fortes nesse sentido. O assunto não é novo, mas "Segredos de Hitler" parece ser a obra que traz as informações mais relevantes sobre o tema. Por essa os neonazistas não esperavam.
segunda-feira, outubro 08, 2001
Chastain homenageia Angus e Malcolm Young
A trilha sonora de hoje é "Hats Off to Angus and Malcolm", do grande guitarrista norte-americano David T. Chastain. Uma grande homenagem à dupla das seis cordas do AC/DC, um rock instrumental dos bons. A música está no CD "Rock Guitar", lançado no BRasil pela Rock Brigade Records ao preço de R$ 22,00. O CD é todo instrumental.
A trilha sonora de hoje é "Hats Off to Angus and Malcolm", do grande guitarrista norte-americano David T. Chastain. Uma grande homenagem à dupla das seis cordas do AC/DC, um rock instrumental dos bons. A música está no CD "Rock Guitar", lançado no BRasil pela Rock Brigade Records ao preço de R$ 22,00. O CD é todo instrumental.
O jornalista do século?
A revista Imprensa consegue ir no fundo do poço mais do que qualquer um pode imaginar. Eles estão promovendo uma pesquisa via Internet para saber qual o "jornalista do século XX". Veja quem está concorrendo, mas não vale rir muito, ok?
A revista Imprensa consegue ir no fundo do poço mais do que qualquer um pode imaginar. Eles estão promovendo uma pesquisa via Internet para saber qual o "jornalista do século XX". Veja quem está concorrendo, mas não vale rir muito, ok?
Glenn Hughes e Joe Lynn Turner em São Paulo
Em ano de Rock in Rio 3 e shows ótimos como Savatage, Judas Priest, Helloween e Eric Clapton, seria necessário um grande evento para fechá-lo com chave de ouro. E esse evento vai acontecer em São Paulo nos dias 3 e 4 de novembro no Credicard Hall. "Voices of Classic Rock" é o novo projeto do fantástico Glenn Hughes (ex-Black Sabbath e Deep Purple, na foto) e do bom vocalista Joe Lynn Turner (exDeep Purple e Rainbow).
Desde o ano passado os dois amigos ingleses cantam juntos em shows pela costa oeste dos Estados Unidos. O resultado agradou tanto aos dois que eles resolveram tornar a coisa mais séria. Criaram o The Hughes Turner Project para torcar pelo resto dos Estados Unidos e também pela Europa em 2002. A união dos dois acabou desembocando no convite para ambos participarem do projeto
"Voices of Classic Rock".
Nesse meio tempo, acharam uma brecha para tocar em São Paulo, muito provavelmente por influência de Hughes, que declaradamente adora a cidade e o país. Acompanhando os dois vocalistas estarão Alex Ligertwood (Santana), Bobby Kimball (Toto), Jimi Jamison (Survivor) e e o grande guitarrista Pat Travers (Pat Travers Band). O repertório deverá conter muita coisa de Deep Purple, Rainbow, Toto, Survivor, Journey e alguns clássicos do rock de bandas como Queen. Imperdível...
Em ano de Rock in Rio 3 e shows ótimos como Savatage, Judas Priest, Helloween e Eric Clapton, seria necessário um grande evento para fechá-lo com chave de ouro. E esse evento vai acontecer em São Paulo nos dias 3 e 4 de novembro no Credicard Hall. "Voices of Classic Rock" é o novo projeto do fantástico Glenn Hughes (ex-Black Sabbath e Deep Purple, na foto) e do bom vocalista Joe Lynn Turner (exDeep Purple e Rainbow).
Desde o ano passado os dois amigos ingleses cantam juntos em shows pela costa oeste dos Estados Unidos. O resultado agradou tanto aos dois que eles resolveram tornar a coisa mais séria. Criaram o The Hughes Turner Project para torcar pelo resto dos Estados Unidos e também pela Europa em 2002. A união dos dois acabou desembocando no convite para ambos participarem do projeto
"Voices of Classic Rock".
Nesse meio tempo, acharam uma brecha para tocar em São Paulo, muito provavelmente por influência de Hughes, que declaradamente adora a cidade e o país. Acompanhando os dois vocalistas estarão Alex Ligertwood (Santana), Bobby Kimball (Toto), Jimi Jamison (Survivor) e e o grande guitarrista Pat Travers (Pat Travers Band). O repertório deverá conter muita coisa de Deep Purple, Rainbow, Toto, Survivor, Journey e alguns clássicos do rock de bandas como Queen. Imperdível...
Morre o vocalista André Boragina
Má notícia para o rock brasileiro. Morreu na última quinta-feira, dia 4, o vocalista André Boragina, da ótima banda paulistana Fates Prophecy. Assíduo frequentador de shows em São Paulo e músico promissor, foi um dos maiores entusiastas na divulgação do selo/gravadora de São Paulo Megahard, que editava os trabalhos da banda. André tinha 31 anos e sua morte decorreu em consequência de um câncer linfático. O cantor estava afastado da banda havia seis meses, quando foi diagnosticada a doença. Tive o privilégio de conhecê-lo e entrevistá-lo para várias publicações às quais eu escrevia. Sua maior vitória, assim como a da banda, foi a inclusão do cover "Wasted Years" em um tributo norte-americano ao Iron Maiden. R.I.P., man...
Má notícia para o rock brasileiro. Morreu na última quinta-feira, dia 4, o vocalista André Boragina, da ótima banda paulistana Fates Prophecy. Assíduo frequentador de shows em São Paulo e músico promissor, foi um dos maiores entusiastas na divulgação do selo/gravadora de São Paulo Megahard, que editava os trabalhos da banda. André tinha 31 anos e sua morte decorreu em consequência de um câncer linfático. O cantor estava afastado da banda havia seis meses, quando foi diagnosticada a doença. Tive o privilégio de conhecê-lo e entrevistá-lo para várias publicações às quais eu escrevia. Sua maior vitória, assim como a da banda, foi a inclusão do cover "Wasted Years" em um tributo norte-americano ao Iron Maiden. R.I.P., man...
Mais um tributo de qualidade ao Queen
Em 8 de outubro a Mascot Records irá lançar um novo tributo ao QUEEN chamado Stone Cold Queen. Confira a tracklist e intérpretes: Stone Cold Queen (Robin Zander/Steve Stevens/Billy Sheehan/Matt Sorum) / Play The Game (Mickey Thomas/Marty Friedman/Chuck Wright/Paul Taylor/Greg Bissonette) / Fat Bottomed Girls (Joe Lynn Turner/Reb Beach/Tony Franklin/Eric Singer) / Somebody To Love (Geoff Tate/Doug Aldrich/Paul Taylor/Carmine Rojas/Aynsley Dunbar) / Crazy Litte Thing Called Love (Gunnar & Matthew Nelson/Albert Lee/Michael Porcaro/Pat Torpey) / Fight From The Inside (Jack Blades/Jake E. Lee/Tony Levin/Thony Thompson) / You’re My Best Friend (Jason Scheff/Richie Kotzen/Paul Taylor/Marco Mendoza/Vinny Appice) / I’m In Love With My Car (Kip Winger/SteveLukather/Phil Soussan/Frankie Banali) / Killer Queen (Glenn Hughes/Pat Thrall/Stu Hamm/Paul Taylor/Carmine Appice) / Spread Your Wings (Tommy Shaw/Dweezil Zappa/Tim Bogert/Derek Sherinian/Steve Ferrone) / We Will Rock You (Jack Russell/Bruce & Bob Kulick/Jeff Pilson/Mikkey Dee)
Em 8 de outubro a Mascot Records irá lançar um novo tributo ao QUEEN chamado Stone Cold Queen. Confira a tracklist e intérpretes: Stone Cold Queen (Robin Zander/Steve Stevens/Billy Sheehan/Matt Sorum) / Play The Game (Mickey Thomas/Marty Friedman/Chuck Wright/Paul Taylor/Greg Bissonette) / Fat Bottomed Girls (Joe Lynn Turner/Reb Beach/Tony Franklin/Eric Singer) / Somebody To Love (Geoff Tate/Doug Aldrich/Paul Taylor/Carmine Rojas/Aynsley Dunbar) / Crazy Litte Thing Called Love (Gunnar & Matthew Nelson/Albert Lee/Michael Porcaro/Pat Torpey) / Fight From The Inside (Jack Blades/Jake E. Lee/Tony Levin/Thony Thompson) / You’re My Best Friend (Jason Scheff/Richie Kotzen/Paul Taylor/Marco Mendoza/Vinny Appice) / I’m In Love With My Car (Kip Winger/SteveLukather/Phil Soussan/Frankie Banali) / Killer Queen (Glenn Hughes/Pat Thrall/Stu Hamm/Paul Taylor/Carmine Appice) / Spread Your Wings (Tommy Shaw/Dweezil Zappa/Tim Bogert/Derek Sherinian/Steve Ferrone) / We Will Rock You (Jack Russell/Bruce & Bob Kulick/Jeff Pilson/Mikkey Dee)