A bobagem do RPG
Uma reportagem intersssante e hilária ao mesmo tempo saiu ontem no suplemento Folhateen, da Folha de S. Paulo, a respeito da febre dos RPG (role-playing game), jogos que envolvem interação e que não seguem regras fixas, entre outras características. A reportagem fala do assassinato de uma estudante em Ouro Preto durante um desses jogos no ano passado. O corpo dela foi achado em um cemitério, onde seu grupo (cinco rapazes e duas moças, todos devidamente indiciados) jogava.
A questão é hilária porque muitos grupos não apenas se satisfazem em jogar (seguindo as histórias por um livro) como fazem encenações para aumentar a dramaticidade e a interatividade. O grupo de Ouro Preto, um bando de doentes, "aparentemente confundiu realidade e imaginação", segundo um delegado e um pisquiatra, e praticou o assassinato como se fosse um ritual. Fica claro que os praticantes daquele grupo eram doentes, mas também criminosos, e precisam ser encarcerados, pois há enormes evidências de que um dos integrantes é o assassino, com a ajuda e conivência dos outros.
De qualquer forma, o RPG é uma grande bobagem e seus adeptos não passam, em sua totalidade de idiotas, crianças crescidas que têm medo de enfrentar um palco ou uma companhia de teatro. Claro que o assassinato em Ouro Preto é uma exceção dentro do universo RPG, mas isso não muda a situação: o jogo é uma grande bobagem. Bons tempos aqueles em que era divertido jogar coisas mais interessantes e inteligentes, como War, Banco Imbiliário, Detetive, Batalha Naval...