Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
A baixaria está tomando conta do Brasileirão porque o rebaixamento de grandes clubes assusta os dirigentes. Essa nojeira da virada de mesa éstá em gestação. Leia aqui.
A Som Livre anuncia que vai investir em CDs personalizados incluindo somente os seus músicos contratados. É uma forma de combater a pirataria que assola o mercado brasileiro e a proliferação dos aparelhos que gravam CDs. Leia mais aqui.
Um fato oculto para quem gosta do Who e acabou comprando o CD "The Who BBC Sessions". A edução nacional é diferente da edição inglesa e americana e ninguém avisou. O CD brasileiro tem uma música a mais e uma versão de uma música diferente - mais rara - do que a versão inglesa.
O CD nacional, lançado pelo selo Polydor, tem 26 músicas, contendo a excelente versão de "Man With Money", gravada em 1967. O CD inglês/americano, lançado pelo selo MCA, tem 25 músicas.
A versão brasileira apresenta a maravilhosa música "Shakin' All Over", cover do norte-americano Freddie Heath, com 3 minutos e 41 segundos de duração, incluindo um trecho do clássico do blues "Spoonful", de Willie Dixon. Na versão importada, a mesma música aparece com 3 minutos e 1 segundo, sem o trecho do blues de Dixon. As duas versões foram gravadas nos estúdios da BBC no mesmo dia, 13 de abril de 1970, mas a música que está no CD brasileiro é uma versão raríssima.
Não há uma explicação oficial para as diferenças encontradas nos dois CDs. Aliás, aqui no Brasil os responsáveis pelo lançamento sequer tinham dado conta das diferenças. Como recomendação, compre a versão nacional, que tem um amúsica a mais e uma versão raríssima de "Shakin' All Over".
O jornalista e comentarista político da TV Globo Franklin Martins deu uma entrevista interessante à revista Trip deste mês, na qual desmitifica a luta armada contra a ditadura militar e coloca no devido lugar a esquerda brasileira daquela época. Ex-militante e ex-guerrilheiro, participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick e teve treinamento de guerrilha em Cuba. E justamente por isso é que fala com propriedade que a luta armada acabou sendo um erro.
Os supostos guerrilheiros não passavem de vozes isoloadas dentro da pequena burguesia e do meio acadêmico. Eram inexperientes e ingênuos, sem falar que acreditavam em uma ideologia completamente equivocada, como ficou patente anos depois. Esses supostos "intelectuais" que compunham as organizações de esquerda semrpe estiveram longe do povo e nunca fizeram questão de tê-lo ao seu lado.
Romanticamente, acreditavam que poderiam lutar contra o governo militar, derrubá-lo e liderar o povco no estabelecimento de um governo "democrático e popular", mas sem que o povo participasse efetivamente da luta e participasse das decisões. Ser a a "intelligentsia" do partido conduzindo o povo para o socialismo... só esqueceram de avisar o povo, que nunca deu a mínima para os grupelhos de esquerda, embora houvesse, é verdade, muito pouca informação a respeito dessas organizações.
Sempre menosprezei a existência e o trabalho de Che Guevara como um revolucionário ou um político. Enquanto o mundo o idolatra, para mim ele nunca passou de um bandido e assassino, um picareta que gostava de arrumar confusão na América Latina. De uns temps para cá fiz uma reavaliação sobre a figura e tenho de reconhecer que ele teve papel importante como líder revolucionário, embora tenha sido um fracasso como dirigente governamental e ministro em Cuba.
Ele é tratado como um grande pensador e teórico da revolução cubana e do socialismo em geral. Nada mais falso. Tinha sim uma visão particular de como a sociedade deveria caminhar para um socalismo puro, mas era inocente em relaão à arte da política, tanto que foi engolido por Fidel Castro e sua quadrilha de bandidos que assaltou o poder em Cuba. Há teorias que dão conta de que Castro fez o possível para isolar politicamente Che, poderia se tgornar um líder que poderia lhe fazer sombra. Foi Castro quem o incentivou na fracassada tentativa de revolução no Congo em 1965 e depois nas malogradadas iniciativas pela América Latina, que culminou com sua morte em 1967 na Bolívia.
Che Guevara nunca foi um grande líder militar e muito menos político. Sempre viveu de sua fama conquistada por um marketing pessoal bem feito. Virou ídolo pop graças à necessidade que as esquerdas têm (principalmente a esquerdalha nojenta) d ese agarrar a símbolos para mascarar a falta de confiança que têm em si mesmas.
Eurico Miranda anda bravateando no Rio que o vasco não vai cair para a segunda divisão. Quem ouviu diz que a frase é dúbia: pode ser entendida como uma "frase otimista", acreditando que trime vai melhorar, ou como uma ameaça, ou seja, o Vasco não cai, mesmo que fique em último. Mustafá Contursi, o vagabundo que finge ser presidente do Palmairas, também anda circulando com muita desenvoltura na CBF. Tem cheiro de virada de mesa no ar, apesar dos desmentidos de Ricardo Teixeira ontem no Rio.
Pete Townshend, guitarrista do Who, quer gravar um "último disco" com o vocalista da banda, Roger Daltrey. De acordo com o músico, a parceria poderia ser chamada de um "novo Who"."Quero compor com Roger, então podemos nos tratar como um 'novo' Who", afirma Townshend em seu site oficial."Quero ver se temos alguma coisa para dizer juntos, que não poderíamos dizer separados. Se chamamos o disco de um disco do Who não é o ponto. Podemos chamá-lo do que quisermos", diz.
O último álbum de estúdio do Who, "It's Hard", foi lançado em 1982. No início do segundo semestre deste ano, Townshend e Daltrey fizeram uma turnê do Who pelos Estados Unidos. O baixista da formação original, John Entwistle, morreu de ataque cardíaco em decorrência de uso de cocaína na véspera do início da série de shows, no dia 27 de junho. O baterista original, Keith Moon, morreu de overdose em 1978.
Até onde pode ir a idolatria por um ídolo musical? Se depender de um maluco alemão, bem longe. O site The Who Concert Guide tem a pretensão de listar, com lista de músicas e tudo, todos os shows realizados pela banda inglesa The Who, com detalhes sobre o local do show e eventuais participações especiais, bem como um comentário sobre a apresentação em si. O site está atualizado até o show realizado pela banda em 28 de setembro de 2002, nos Estados Unidos. O primewiro registro é de uma apresentação em um porão londrino em 1964.
A iniciativa é das mais fantásticas, embora seja uma maluquice sem tamanho. Será que o responsável ganha dinheiro com isso? Se for um hobby, é dos mais caros, sem dúvida alguma. De qualquer forma, ainda bem que existem malucos como esses, que ajudam gente menos fanática, como eu, a ter informações precisas sobre a banda, a minha favorita.
Uma imagem rara: o Lago dos Patos de Vila Galvão, em Guarulhos, um dos pontos turísticos da cidade. Morei no bairro por 21 anos e o lago é um excelente local de lazer, embora foque superlotado nos finais de semana. O local melhorou muito com a inauguração de um importante centro cultural no antigo liceu, que fica ao lado do lago. Com a limpeza, o lago tem hoje mais patos do que há dez anos e muito mais peixes, que já conseguem sobreviver por muito tempo.
A CBF cometeu mais um crime ao denunciar o jogador Pedrinho, do Palmeiras, como dopado. Crime contra o atleta que apenas tomou um remédio antidepressivo, devidamente receitado por seu médico, como crime segundo a legislação antidrogas no Brasil, que proíbe que se dê publicidade a casos do gênero.
Um ícone da música pop morreu neste fim-de-semana. Ray Conniff, o maestro norte-americano especialista em orquestrar músicas bregas e ruins e torná-las ainda piores, morreu aos 85 anos vítima de derrame cerebral. Leia mais aqui.
Conniff foi ídolo de gerações de pessoas que hoje estão na meia idade para cima ao transformar grandes hits pop do cinema, da música pop norte-americana e e de clássicos do cancioneiro europeu em versões orquestradas com arranjos duvidoso e de péssimo gosto. Talvez por isso é que tenha feito grande sucesso, já que atingia um público inculto e pouco exigente, que nada mais queria a não ser dançar os "boleros" de Conniff.
Entretanto, apesar de ser um ídolo quase trash, ou tão trash que virou quase cult, teve o grande mérito de ser um dos pioneiros (se não foi o primeiro) a apresentar ao mundo a música caribenha, ritmos latinos em geral e a música brasileira.
O maior pecado da imprensa esportiva brasileira, em todos os tempos, foi sempre tachar de fracasso tudo o que não fosse primeiro lugar. Por consequência, os vices são sempre relegados ao 20º plano, e são sempre considerados fracassados. É uma atitude das mais nojentas. A imprnesa esportiva brasileira sempre foi de má qualidade, assim como a do mundo inteiro. Os jornalistas esportivos são despreparados, vendidos e suscetíveis a picaretagens. E, frequentemente, são analfabetos.
A síndrome do fracasso começou em 1950, com a derrota para Uruguia na Copa do Mundo. a partir de então qualquer derrota era sinônimo de fracasso. Não importa que a derrota tenha sido para um time bastante superior e quase invencível, como na Copa de 54 para Hungria (4 a 2) ou na Copa de 74 para a Holanda (2 a 0). Ou até mesmo na Copa de 98, quando fomos vice-campeões, perdendo para França por 3 a 0, quando a equipe sabidamente não merecia ter passado da 3ª fase. Esse último vice foi um lucro tremendo, e muitos imbecis ainda chamam isso de fracasso. Ser vice da Copa do Mundo é fracasso?
Nas reportagens sobre o título de vôlei deste final de semana, alguns títulos de matérias informam que a "atual geração redimiu o fracasso do time vice-campeão de 1982". Fracasso? Um país que nunca teve tradição nesse esporte consegue chegar a uma final de campeonado mundial em 1982 quando ninguém esperava, jogando contra um time invencível, e os idiotas chamam isso de fracasso? Digo o meso em 1984, na Olimpíada, quando o mesmo time brasileiro de vôlei ficou com a prata perdendo para um time reconhecidamente superior.
p>Fracasso é termos uma imprensa esportiva de péssima qualidade. Fracasso é sermos um país pobre apesar de todos os recursos naturais e a qualidade de nosso povo disponíveis. Fracasso é termos uma população incompetente porque não tem educação. Fracasso é ter uma população que não tem educação e que vota em políticos nojentos e mal intencionados, como Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Alckmin, ACM, Jader Barbalho, Maluf e outros lixos semelhantes.