Rock’n Roll All Day
O Dia Internacional de Rock, hojem 13 de julho, começou bem. Chuvam, trânsito caótico, centros de São Bernardo e Santo André intransitábeis pela manhã, eis que a rádio Kiss FM(102,1 MHZ), a única dedicada ao gênero na Grande São Paulo, mandou uma sequência matadora para aliviar a irritação:
- “Never Before” - Deep Purple
- “Sympton of the Universe”, - Black Sabbath
- “Salisbury, Uriah Heep
- “The Rover”, Led Zeppelin
- “Won’t Get Fooled Again”, The Who
- “Soul Survidor”, Roling Stones
- “Maybe I’m Amazed”, The Faces
O humor ficou bem melhor. Em minha lembrança pessoal, minha singela homenagem à data com alguns vídeos interessantes do YouTube do que de melhor se fez até agora em 2010 no rock:
Dream Theater - “Wither” - http://www.youtube.com/watch?v=-boKk8uhmcY
Gov’t Mule - “Broke Down on the Brazos” - http://www.youtube.com/watch?v=ofwJw64ohWA
Joe Bonamassa - “Mountai Time” - http://www.youtube.com/watch?v=YemxMvCGFb8&feature=related
Jeff Beck e Joss Stone - “People Get Ready” - http://www.youtube.com/watch?v=P7ECdYboOVA
Grand Funk Railroad - “Closer to Home” - http://www.youtube.com/watch?v=fyF5J7au1jE
Uriah Heep - “The Wizard” - http://www.youtube.com/watch?v=u0iuaxvkXv4&feature=related
Jorn Lande - “Song from Ronnie James” - http://www.youtube.com/watch?v=dEtyaC6ltQg
Ronnie James Dio - “All the Fools Sailes Away” - http://www.youtube.com/watch?v=K8AkUtGgLVA
The Who - “Old Red Wine” - http://www.youtube.com/watch?v=5lf_VxfZZ_Y&feature=related
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sábado, julho 24, 2010
quinta-feira, julho 22, 2010
Tempos de nostalgia
Nostalgia é um termo que normalmente remete a lembranças positivas. E lembranças positivas geralmente provocam sensação de bem-estar. Nostalgia faz bem, portanto.
Alguns nostálgicos adoram relembrar os tempos em que a música caipira era sinônimo de qualidade e pureza cultural, e não um pastiche colonizado do pior que a música country norte-americana produziu.
Outros adoram ressaltar as duvidosas qualidades musicais de ícones hippies do rock, como The Doors, Grateful Dead, Jefferson Airplane, Flying Burrito Brothers e outras coisas uns semelhantes da virada dos anos 60-70, em detrimento da música de qualidade de Led Zeppelin, The Who, Pink Floyd, The Kinks, Black Sabbath, Deep Purple, Yes e muitos outros.
Claro, há ainda aqueles que não cansam de choramingar como era bom ver jogos do Santos de Pelé no Pacaembu, do Palmeiras de Ademir da Guia e da Academia no Parque Antártica, do São Paulo de Gérson no Morumbi, do Corinthians de Rivellino, do Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes…
E por incrível que pareça, ainda tem gente que gosta de lembrar como era bom o tempo em que existia o milagre econômico dos anos 70, de como era boa a vida no Brasil comandado com “autoridade” pelos militares, mesmo que fosse numa abjeta ditadura.
Nostalgia é um saco grande e generoso que aceita uma enormidade de conceitos e lembranças. E por mais esquisito que pareça, ainda há aqueles nostálgicos que gostam do tempo em que frequentavam centros acadêmicos infestados de estudantes pouco chegados aos livros e aos estudos, mas muito mais interessados em bordões de protesto ouvidos pela metade ou lidos em alguma orelha de livro ruim.
Esse pessoal leu pouco - na verdade, creio que não leu nada -, mas adora falar em ditadura do proletariado, em apropriação dos meios de produção, em abolição da propriedade privada, em controle da mídia, da imprensa e em restrição das liberdades política, de opinião e expressão, tudo em favor do combate “às elites, à burguesia e em favor do povo”.
É o mesmo pessoal que gosta de eventualmente discursar e reverberar ideias enterradas e sepultadas com a queda do Muro de Berlim. Por mais estranho que pareça, essas ideias ainda causam bem-estar, em alguns, por mais deslocadas que estejam. Que assim seja.
O que não se admite em pleno século XXI é que a nostalgia guie e influencie comportamentos, procedimentos e debates sobre assuntos relevantes na política e na economia - e até mesmo na vida cotidiana.
O PT é um exemplo de adaptação rápida e modernização de discurso após as mudanças de ventos dos últimos 20 anos. Mudou para melhor, tanto em termos práticos e pragmáticos como em conteúdo.
Libertou-se das algemas e das correntes ideológicas do passado e usou o que melhor existe na ideologia socialista e o que de melhor a esquerda produziu em termos de ideias e práticas administrativas para finalmente chegar ao poder no Brasil em 2002 - e fazer um governo incomparavelmente melhor e mais responsável do que qualquer outro anterior.
Portanto, a nostalgia política que resgata lembranças esfumaçadas de alguns conceitos, para a sorte da população brasileira, está restrita a guetos como PSOL, PCO e PSTU, enquanto que a moderna esquerda hoje é representada pelo PT, mesmo com tropeços políticos nos últimos anos.
Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, e Mário Reali, de Diadema, são representantes dessa modernidade, assim como Elói Pietá, ex-prefeito de Guarulhos, Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco, Aloizio Mercadante, candidato a governador de São Paulo pelo PT, José Eduardo Martins Cardozo, que é deputado federal, e muitos outros.
É uma nova geração de políticos comprometidos com ideais e conteúdos que fazem parte do que há de mais avançado no pensamento político-administrativo atual. É evidente que esse grupo de líderes políticos não tem a menor saudade do Muro de Berlim, ao contrário do que se observa no Itamaraty e em algumas assessorias no Palácio do Planalto.
Para mim, nostalgia é um sentimento que normalmente fica confinado nas primeiras páginas e só. De vez em quando é interessante rever as reprises da final da Copa de 1970, dos jogos do Brasil em 1982 e até mesmo da Copa de 1994.
No começo é nostalgia, mas depois a coisa se enquadra em seu devido lugar, vira mera curiosidade. Em vez de Pelé, Maradona e Zico, hoje temos Kaká, Robinho, Messi, Ozil, Villa, Rooney, Sneijder e Robben. É o que temos e não está ruim.
Quanto ao futebol de várzea, aplico a ele o mesmo conceito que está disseminado em relação ao futsal: é muito melhor praticar do que assistir. Em um campo de várzea, prefiro ficar no boteco tomando cerveja e jogando dominó. É bem mais divertido.
Nostalgia é um termo que normalmente remete a lembranças positivas. E lembranças positivas geralmente provocam sensação de bem-estar. Nostalgia faz bem, portanto.
Alguns nostálgicos adoram relembrar os tempos em que a música caipira era sinônimo de qualidade e pureza cultural, e não um pastiche colonizado do pior que a música country norte-americana produziu.
Outros adoram ressaltar as duvidosas qualidades musicais de ícones hippies do rock, como The Doors, Grateful Dead, Jefferson Airplane, Flying Burrito Brothers e outras coisas uns semelhantes da virada dos anos 60-70, em detrimento da música de qualidade de Led Zeppelin, The Who, Pink Floyd, The Kinks, Black Sabbath, Deep Purple, Yes e muitos outros.
Claro, há ainda aqueles que não cansam de choramingar como era bom ver jogos do Santos de Pelé no Pacaembu, do Palmeiras de Ademir da Guia e da Academia no Parque Antártica, do São Paulo de Gérson no Morumbi, do Corinthians de Rivellino, do Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes…
E por incrível que pareça, ainda tem gente que gosta de lembrar como era bom o tempo em que existia o milagre econômico dos anos 70, de como era boa a vida no Brasil comandado com “autoridade” pelos militares, mesmo que fosse numa abjeta ditadura.
Nostalgia é um saco grande e generoso que aceita uma enormidade de conceitos e lembranças. E por mais esquisito que pareça, ainda há aqueles nostálgicos que gostam do tempo em que frequentavam centros acadêmicos infestados de estudantes pouco chegados aos livros e aos estudos, mas muito mais interessados em bordões de protesto ouvidos pela metade ou lidos em alguma orelha de livro ruim.
Esse pessoal leu pouco - na verdade, creio que não leu nada -, mas adora falar em ditadura do proletariado, em apropriação dos meios de produção, em abolição da propriedade privada, em controle da mídia, da imprensa e em restrição das liberdades política, de opinião e expressão, tudo em favor do combate “às elites, à burguesia e em favor do povo”.
É o mesmo pessoal que gosta de eventualmente discursar e reverberar ideias enterradas e sepultadas com a queda do Muro de Berlim. Por mais estranho que pareça, essas ideias ainda causam bem-estar, em alguns, por mais deslocadas que estejam. Que assim seja.
O que não se admite em pleno século XXI é que a nostalgia guie e influencie comportamentos, procedimentos e debates sobre assuntos relevantes na política e na economia - e até mesmo na vida cotidiana.
O PT é um exemplo de adaptação rápida e modernização de discurso após as mudanças de ventos dos últimos 20 anos. Mudou para melhor, tanto em termos práticos e pragmáticos como em conteúdo.
Libertou-se das algemas e das correntes ideológicas do passado e usou o que melhor existe na ideologia socialista e o que de melhor a esquerda produziu em termos de ideias e práticas administrativas para finalmente chegar ao poder no Brasil em 2002 - e fazer um governo incomparavelmente melhor e mais responsável do que qualquer outro anterior.
Portanto, a nostalgia política que resgata lembranças esfumaçadas de alguns conceitos, para a sorte da população brasileira, está restrita a guetos como PSOL, PCO e PSTU, enquanto que a moderna esquerda hoje é representada pelo PT, mesmo com tropeços políticos nos últimos anos.
Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, e Mário Reali, de Diadema, são representantes dessa modernidade, assim como Elói Pietá, ex-prefeito de Guarulhos, Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco, Aloizio Mercadante, candidato a governador de São Paulo pelo PT, José Eduardo Martins Cardozo, que é deputado federal, e muitos outros.
É uma nova geração de políticos comprometidos com ideais e conteúdos que fazem parte do que há de mais avançado no pensamento político-administrativo atual. É evidente que esse grupo de líderes políticos não tem a menor saudade do Muro de Berlim, ao contrário do que se observa no Itamaraty e em algumas assessorias no Palácio do Planalto.
Para mim, nostalgia é um sentimento que normalmente fica confinado nas primeiras páginas e só. De vez em quando é interessante rever as reprises da final da Copa de 1970, dos jogos do Brasil em 1982 e até mesmo da Copa de 1994.
No começo é nostalgia, mas depois a coisa se enquadra em seu devido lugar, vira mera curiosidade. Em vez de Pelé, Maradona e Zico, hoje temos Kaká, Robinho, Messi, Ozil, Villa, Rooney, Sneijder e Robben. É o que temos e não está ruim.
Quanto ao futebol de várzea, aplico a ele o mesmo conceito que está disseminado em relação ao futsal: é muito melhor praticar do que assistir. Em um campo de várzea, prefiro ficar no boteco tomando cerveja e jogando dominó. É bem mais divertido.
segunda-feira, julho 19, 2010
Contas públicas, contas de ninguém
Quem esperava um feriado morno em termos de notícias errou estrondosamente. Além da avalanche de narrações e supostas novidades sobre o caso que envolve o goleiro Bruno, do Flamengo – acusado de mandar matar a ex-amante –, eis que o Congresso Nacional divulga um estudo preocupante, que revela até que ponto chega a irresponsabilidade de parlamentares “bem intencionados” com as contas públicas.
O estudo revela que o rombo na Previdência Social pode aumentar mais com a aprovação da emenda do senador Paulo Paim (PT-RS) que indexa os reajustes dos benefícios previdenciários ao aumento do salário mínimo.
Se a emenda estivesse valendo de 1998 a 2008, o déficit saltaria de R$ 48,5 bilhões – valor próximo ao estimado para este ano – para R$ 117,9 bilhões, aponta estudo do próprio Congresso Nacional.
De acordo com o texto, em 2008 as despesas com os benefícios (urbanos e rurais, sem considerar os assistenciais com idosos e deficientes), que foram de R$ 199,5 bilhões, chegariam à cifra de R$ 269 bilhões.
Os dados são do estudo “Salário mínimo e reajustes dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social- RGPS”, da consultora legislativa Sandra Cristina Filgueiras de Almeida.
Essa emenda é só mais um exemplo do desatino que domina o Congresso Nacional em ano de eleição, a julgar pela grande quantidade de projetos estapafúrdios que elevam absurdamente os gastos do governo central do Brasil, entre eles muitos que determinam reajustes salariais fora da realidade para servidores públicos.
Irresponsabilidade é pouco para qualificar esses “atos legislativos”.
@@@@@@@@@@@@@@
É cada vez mais deprimente os espetáculos em torno de casos policiais que provocam grande comoção pública, como foi o caso Isabela Nardoni e agora o caso que envolve o goleiro Bruno, do Flamengo.
Nada contra a cobertura da mídia, por mais que ela seja exagerada, mesmo que seja possível separar jornalismo, sensacionalismo e espetáculo. Faz parte da vida desde que o mundo é mundo. Quem não quiser ver/ler/ouvir, que mude de canal, desligue o aparelho ou deixe de comprar jornal.
Mas o que realmente incomoda é a malta de inúteis e vagabundos que adora comparecer à frente de delegacias e fóruns para xingar e atirar objetos em viaturas policiais como “protesto” contra os “monstros assassinos”.
E o pior é que pouca providência é tomada pelas autoridades para isolar os locais que abrigam, mesmo que temporariamente, os acusados. Policiais e presos são obrigados a atravessar um mar de gente sem nada para fazer para chegar a algum lugar.
Mas seria esperar muito de uma polícia que não usa a força para desbloquear ruas e vias tomadas por manifestantes. Pancada, só em gente que não merece, como sempre.
@@@@@@@@@@@@@@@
Se alguém tinha dúvidas a respeito do fim cada vez mais próximo daquele que foi o principal jornal do ABCD, é só ler o detalhadíssimo estudo feito pelo jornalista Daniel Lima acerca da “política editorial” do veículo nos últimos seis meses. É nojento saber que tal publicação ainda circula nas bancas das sete cidades. Quem quiser ler o texto de Lima pode clicar aqui .
Quem esperava um feriado morno em termos de notícias errou estrondosamente. Além da avalanche de narrações e supostas novidades sobre o caso que envolve o goleiro Bruno, do Flamengo – acusado de mandar matar a ex-amante –, eis que o Congresso Nacional divulga um estudo preocupante, que revela até que ponto chega a irresponsabilidade de parlamentares “bem intencionados” com as contas públicas.
O estudo revela que o rombo na Previdência Social pode aumentar mais com a aprovação da emenda do senador Paulo Paim (PT-RS) que indexa os reajustes dos benefícios previdenciários ao aumento do salário mínimo.
Se a emenda estivesse valendo de 1998 a 2008, o déficit saltaria de R$ 48,5 bilhões – valor próximo ao estimado para este ano – para R$ 117,9 bilhões, aponta estudo do próprio Congresso Nacional.
De acordo com o texto, em 2008 as despesas com os benefícios (urbanos e rurais, sem considerar os assistenciais com idosos e deficientes), que foram de R$ 199,5 bilhões, chegariam à cifra de R$ 269 bilhões.
Os dados são do estudo “Salário mínimo e reajustes dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social- RGPS”, da consultora legislativa Sandra Cristina Filgueiras de Almeida.
Essa emenda é só mais um exemplo do desatino que domina o Congresso Nacional em ano de eleição, a julgar pela grande quantidade de projetos estapafúrdios que elevam absurdamente os gastos do governo central do Brasil, entre eles muitos que determinam reajustes salariais fora da realidade para servidores públicos.
Irresponsabilidade é pouco para qualificar esses “atos legislativos”.
@@@@@@@@@@@@@@
É cada vez mais deprimente os espetáculos em torno de casos policiais que provocam grande comoção pública, como foi o caso Isabela Nardoni e agora o caso que envolve o goleiro Bruno, do Flamengo.
Nada contra a cobertura da mídia, por mais que ela seja exagerada, mesmo que seja possível separar jornalismo, sensacionalismo e espetáculo. Faz parte da vida desde que o mundo é mundo. Quem não quiser ver/ler/ouvir, que mude de canal, desligue o aparelho ou deixe de comprar jornal.
Mas o que realmente incomoda é a malta de inúteis e vagabundos que adora comparecer à frente de delegacias e fóruns para xingar e atirar objetos em viaturas policiais como “protesto” contra os “monstros assassinos”.
E o pior é que pouca providência é tomada pelas autoridades para isolar os locais que abrigam, mesmo que temporariamente, os acusados. Policiais e presos são obrigados a atravessar um mar de gente sem nada para fazer para chegar a algum lugar.
Mas seria esperar muito de uma polícia que não usa a força para desbloquear ruas e vias tomadas por manifestantes. Pancada, só em gente que não merece, como sempre.
@@@@@@@@@@@@@@@
Se alguém tinha dúvidas a respeito do fim cada vez mais próximo daquele que foi o principal jornal do ABCD, é só ler o detalhadíssimo estudo feito pelo jornalista Daniel Lima acerca da “política editorial” do veículo nos últimos seis meses. É nojento saber que tal publicação ainda circula nas bancas das sete cidades. Quem quiser ler o texto de Lima pode clicar aqui .
domingo, julho 18, 2010
A glorificação do fracasso
Glorificar o fracasso está em moda faz tempo por essas terras. É a eterna mania de valorizar cada vez mais os perdedores e ficar choramingando um passado remoto - e cada vez mais remoto.
O discursinho é cansativo e carregado de ressentimento, e ficva cada vez mais chato e rancoroso em tempos de Copa do Mundo.
Atinge gente importante, jonalistas respeitados, cronistas esportivos medíocres e gente comum cada vez mais incapaz de ler, interpretar e concluir por seus próprios cérebros.
A praga se reproduz rapidamente, com o louvor insuportável ao chamado futebol bonito - Copa do Mundo ruim é fértil em produzir esse fenômeno. E tome glorificação de fracassados, como as seleções da Hungria de 1954, da Holanda de 1974 e do Brasil de 1982.
Esse tipo de louvor seja necessário para preencher buracos em programações vazias de TV ou dar algum assunto para conversas chatas de bar. Até resistem ao tempo, mas não à realidade.
Desde sempre foi assim, futebol bonito é o que ganha. Jogo bonito, mas derrotado, serve apenas de rodapé nos livros de história. É mero apêndice histórico.
Jogo bonito é reflexo de um saudosismo doentio que refuta a modernidade e a evolução. É a reverência a um tempo romântico onde o futebol era jogado em câmera lenta, em preto e branco e com bola de couro que pesava três quilos.
Glorificar esse tempo romântico e criticar por criticar - ou melhor, apenas reproduzir esse discurso tosco - é fazer apologia do fracasso e ignorar as mudanças que ocorreram nos últimos 30 ou 40 anos.
É o mesmo fenômeno que ainda é verificado em gente que tem saudade do Muro de Berlim e do comunismo. É a apologia do fracasso.
Glorificar o fracasso está em moda faz tempo por essas terras. É a eterna mania de valorizar cada vez mais os perdedores e ficar choramingando um passado remoto - e cada vez mais remoto.
O discursinho é cansativo e carregado de ressentimento, e ficva cada vez mais chato e rancoroso em tempos de Copa do Mundo.
Atinge gente importante, jonalistas respeitados, cronistas esportivos medíocres e gente comum cada vez mais incapaz de ler, interpretar e concluir por seus próprios cérebros.
A praga se reproduz rapidamente, com o louvor insuportável ao chamado futebol bonito - Copa do Mundo ruim é fértil em produzir esse fenômeno. E tome glorificação de fracassados, como as seleções da Hungria de 1954, da Holanda de 1974 e do Brasil de 1982.
Esse tipo de louvor seja necessário para preencher buracos em programações vazias de TV ou dar algum assunto para conversas chatas de bar. Até resistem ao tempo, mas não à realidade.
Desde sempre foi assim, futebol bonito é o que ganha. Jogo bonito, mas derrotado, serve apenas de rodapé nos livros de história. É mero apêndice histórico.
Jogo bonito é reflexo de um saudosismo doentio que refuta a modernidade e a evolução. É a reverência a um tempo romântico onde o futebol era jogado em câmera lenta, em preto e branco e com bola de couro que pesava três quilos.
Glorificar esse tempo romântico e criticar por criticar - ou melhor, apenas reproduzir esse discurso tosco - é fazer apologia do fracasso e ignorar as mudanças que ocorreram nos últimos 30 ou 40 anos.
É o mesmo fenômeno que ainda é verificado em gente que tem saudade do Muro de Berlim e do comunismo. É a apologia do fracasso.