Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sábado, outubro 15, 2011
Estreia de Neil Peart no Rush será lançada em CD
Quando o baterista do Rush John Rutsey saiu da banda, o trio estava em um beco sem saída. Apesar do hard rock energético calcado no Led Zeppelin ter boa aceitação na cidade natal, Toronto, no Canadá, o primeiro álbum da banda, “Rush”, não empolgou o mercado norte-americano. Para os críticos do sul da fronteira, “era mais do mesmo”. E, se era para ser assim, eles já tinham Kiss e Aerosmith.
A troca de baterista foi o passo primordial para diversificar o som da banda sem alterar as características básicas – até porque não daria para criar novo repertório em tão pouco tempo. Naquele ano de 1974, a entrada de Neil Peart nas baquetas redefiniu não só a sonoridade do grupo, mas totalmente o seu rumo, dando um futuro para um trio desacreditado e desprezado nos Estados Unidos.
Por conta disso, “Rush ABC 1974”, lançamento em CD que está programado para o segundo semestre deste ano, é mais do que um documento histórico: é a prova de que é possível uma banda até então mediana se transformar em um vulcão sonoro.
A gravação em questão já circula em CD pirata desde 1990 pelo mundo, bem como na internet a partir de 2002, sempre com o nome “Live at the Agora Ballroom 1974”, em alusão ao show realizado na cidade Cleveland, nos Estados Unidos.
Suposta capa do CD "Rush ABC 1974", que deve ser lançado em outubro
O show é simplesmente o primeiro de Neil Peart com o trio e mostra uma inequívoca evolução desde o lançamento do primeiro álbum, ainda no começo de 1974. É bom não confundir essa gravação com uma apresentação ao vivo nos estúdios da mesma rádio que transmitiu ao vivo show para Cleveland.
O site RushIsaBand garante que a loja online de CDs inglesa plastchehad.com coloca no mercado em 24 de outubro a gravação do show realizado em 26 der agosto de 1974, transmitido por uma emissora da rede WMMS.
O texto do site revela que a qualidade de áudio ficou “magistral”, trazendo toda a energia e a técnica do Rush na estreia de seu novo baterista. A transmissão também inclui registros de duas faixas nunca lançadas do Rush, “Fancy Dancer” e “Garden Road”.
A apresentação acabou sendo um sucesso de crítica, que passou a olhar com outros olhos aquele trio energético com um baixista/cantor com voz esquisita. A série de três shows em Cleveland rendeu vários convites para novos shows em na região de Ohio e depois na costa oeste norte-americana.
Durante a turnê, o álbum de estreia acabou sendo relançado nos Estados Unidos e no Canadá, o que facilitou a entrada das músicas na programação das rádios, em especial “Finding My Way”, “Working Man” e “Here Again”. Se realmente o lançamento vier, será um dos grandes do ano 2011 para quem gosta de classic rock.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Cadastro positivo, você se lembra dele?
Você conhece o cadastro positivo? Ou ao menos se lembra dele? Não se preocupe, pouca gente sabe de sua existência dois meses da sanção da presidente Dilma Rousseff. Pesquisa realizada pela Boa Vista Serviços, braço de análise de crédito da Associação Comercial de São Paulo, mostra que a falta de informação é pior entre os jovens.
Entre as pessoas de 16 e 17 anos, apenas 10% já tinham ouvido falar da medida e os de 18 a 24 anos, 13%. Ou seja, é justamente a parcela da população que tem mais dificuldade de organizar as finanças pessoais que não tem conhecimento da medida que pode deixar o crédito mais barato para bons pagadores.
No entanto, para isso ocorrer, ele destaca que mais pessoas devem utilizar o cadastro, de forma que o mercado amadureça essa ideia. Estima-se que deve demorar entre dois a três anos até que o mercado absorva esse modelo de tomada de decisão. No caso dos jovens, a necessidade de entender os benefícios da medida é ainda mais importante.
É gente, por exemplo, que está chegando às faculdades agora e os bancos oferecem as contas universitárias. Como, de uma forma geral, ainda não existe muita maturidade financeira, acabam se endividando. A expectativa é de que o cadastro funcione como um termômetro, facilitando o controle das finanças.
Já existe no mercado uma forma de registrar os inadimplentes, mas o cadastro positivo, ao menos na teoria, pode agilizar as informações positivas a análise mais segura dos riscos – sem falar em uma eventual redução de juros e, consequentemente, mais oferta de crédito.
Para integrar a relação de bons pagadores, o consumidor pode se cadastrar nas empresas chamadas de bureau de crédito, como a Boa Vista Serviços (no www.apoioaoconsumidor.com.br) ou na Serasa.
segunda-feira, outubro 10, 2011
Quadrophenia, obra-prima do Who, ganha versão de luxo
Uma das grandes obras da história do rock vai ganhar a sua versão definitiva, assim como vem ocorrendo com outros trabalhos desde o ano passado. A chamada versão "definitiva" da ópera-rock de 1973 do Who, Quadrophenia - The Director's Cut, está previsto para ser lançada pela Universal Music Enterprises em 15 de novembro.
Ao contrário das versões de luxo do catálogo do Who lançadas nos últimos anos, dessa vez a gravadora está investindo pesado na promoção do pacote, além de um site próprio (http://quadrophenia.thewho.com/).
Muitos críticos consideram "Quadrophenia" como uma obra superior e mais eclética do que "Tommy", de 1969. O ambicioso projeto de Pete Townshend, guitarrista e líder da banda, substituía o fracassado "Lifehouse", que foi abandonado em 1971 - mas que rendeu o maravilhoso álbum "Who's Next".
"Quadrophenia", nas palavras de Townshend, pretendia ser a versão definitiva da história da juventude inglesa dos anos 1965 e 1966, quando duas tribos, os mods (de "modernistas", que curtiam mais blues e rhythm & blues e se vestiam com roupas mais sociais, como terno e gravata) e os rockers se enfrentavam para marcar território em diversas cidades inglesas. The Who, The Kinks e The Small Faces foram as principais bandas da época adotados pelos mods como seus "legítimos representantes" sonoros.
Em termos musicais e de roteiro, "Quadrophenia" realmente é superior a "Tommy" não só por ser mais ambicioso, mas por ser bem mais complexo e denso em termos de dramaturgia. Entretanto, é incomparável o impacto que "Tommy" teve no mundo do rock, até por ser considerada a verdadeira primeira ópera-rock.
O pacote já está disponível para pré-venda na Amazon (http://www.amazon.com/dp/B005D9B26E), com preço girando em torno de 150 dólares.
Rápida descrição do pacote:
# Discos um e dois – o álbum duplo original – remaster de 2011
# Discos três e quatro – 25 demos dos arquivos de estúdio de Pete Townshend, incluindo canções não lançadas no álbum original.
# Disco cinco - The Quadrophenia 5.1 EP – DVD exclusivo com oito faixas remixadas em som surround.
# Livro capa dura com 100 páginas apresentando um ensaio inédito de Pete Townshend, com detalhes sobre o período da criação do álbum e explicações sobre alguns dos detalhes técnicos (como o uso do sintetizador), assim como vislumbres da história do personagem principal do álbum, o mod Jimmy.
# Comentário faixa a faixa das demos por Pete, além de um revelador diário de estúdio
# O livro traz também um conjunto inédito de notas pessoais, fotografias, manuscritos e objetos da época, tudo redescoberto recentemente nos arquivos de Pete.
# O pacote replica a impressionante embalagem do vinil original, adicionando sobras de estúdio inéditas e em cores da sessão de fotos da capa.
# Uma réplica do vinil de 7 polegadas do single "5.15" / "Water".
# Seis réplicas de documentos e fotografias, embaladas em um envelope de cartão.
# Embalagem em papelão, em edição limitada.
O álbum também será relançado em outros formatos:
# Vinil duplo
# Edição mini-deluxe em digi-pak
# Download