Já adquiri o meu exemplar de "Me and Mr. Johnson", de Eric Clapton. O adjetivo que define melhor o trabalho é primoroso. O álbum soa moderno e vibrante, com Clapton adicionanedo arranjos econômicos mas precisos, transformando alguns blues tradicionais de Robert Johnson em autênticos boogies. Em outras músicas, ele respeita arranjos e timbres tradicionais, mas reforça o peso na guitarra ou mesmo coloca mais densidade na execução de números acústicos com violão de corda de aço. Uma aula de blues e de música.
da Agência Estado
Sempre que sentia perder o rumo de sua carreira, e não foram poucas vezes, o guitarrista Eric Clapton costumava recorrer ao blues do pioneiro Robert Johnson, o enigmático e lendário músico do Mississippi, que deixou apenas uma dúzia de músicas gravadas, nos anos 30, e morreu aos 27 anos. "Ele se tornou um farol para mim", diz Clapton, também uma lenda, para além do blues. E assim Clapton decidiu homenageá-lo com o álbum Me and Mr. Johnson, que já está nas lojas.
Clapton lembra ter ouvido Robert Johnson pela primeira vez quando tinha 15 anos - hoje tem 59. "Eu não sabia bem o que fazer com aquilo", diz, sobre o álbum King of the Delta Blues. Agora sabe. Regravou pérolas como Travelin´ Riverside Blues, Stop Breakin´ Down Blues, Love in Vain, entre outras, orientando a banda a interpretá-las como se estivesse em um bar, tocando músicas triviais. Normalmente, uma proposta como esta teria poucas chances de convencer uma gravadora. Mas a história de Clapton com o blues é antiga, e seus fãs respondem bem às suas investidas no gênero, do que é prova o hit From the Cradle, de 1994.
da BBC
O grupo de 55 músicos que participou da escolha foi formado por Bruce Springsteen, integrantes do U2, Chrissie Hynde (dos Pretenders) e Moby, entre outros. Cada um votou nos 50 músicos mais influentes do mundo. Na pesquisa patrocinada pela revista Rolling Stone, os Beatles ficaram em primeiro lugar, Bob Dylan ficou em segundo, e Elvis Presley, em terceiro. A única mulher entre os dez mais é Aretha Franklin, que ficou em nono lugar.
A pesquisa foi encomendada para marcar o primeiro meio século do rock. O aniversário é marcado pelo dia em que Elvis Presley gravou That's All Right no estúdio Sun, em Memphis, no Tennessee: 5 de julho de 1954.
OS 10 MAIS INFLUENTES
Revista Rolling Stone
1. The Beatles
2. Bob Dylan
3. Elvis Presley
4. The Rolling Stones
5. Chuck Berry
6. Jimi Hendrix
7. James Brown
8. Little Richard
9. Aretha Franklin
10. Ray Charles
Pete Townshend (do The Who), Art Garfunkel e o ex-gutarrista do Guns N' Roses, Slash, também votaram. Outros escreveram sobre seus ídolos. Elvis Costello escreveu que os Beatles "não soavam como mais ninguém" quando ele ouviu a banda pela primeira vez, em 1962. "Eles já tinham absorvido Buddy Holly, os Everly Brothers e Chuck Berry, mas também estavam escrevendo suas próprias músicas", continuou Costello.
Domingo é para Deus, não para esportes e entretenimento, diz papa
da Folha Online
O papa João Paulo 2º, 83, disse hoje que o domingo deve ser um dia para Deus, não para diversões seculares como entretenimento e esportes. "Quando o domingo perde seu significado fundamental e se torna subordinado a um conceito secular de 'final de semana' dominado por coisas como entretenimento e esportes, as pessoas permanecem fechadas num horizonte tão estreito que não podem mais ver o céu", afirmou o papa em um discurso a bispos australianos.
João Paulo 2º criticou a "cultura do 'aqui e agora'", exortando líderes da igreja a "liderar os homens e as mulheres das sombras da confusão moral e do pensamento ambíguo". O papa também encorajou os cristãos, especialmente os jovens, a permanecer fiéis à missa de domingo, e afirmou que a cultura secular minava a vida familiar.
LONDRES (Reuters) - Um documentário da BBC programado para ir ao ar hoje mostrará o roqueiro Pete Townshend (The Who), atônito e desacorçoado, sendo interrogado pela polícia depois de ser preso, acusado de envolvimento com pornografia infantil, no ano passado. A BBC disse que o programa mostra o legendário roqueiro britânico sendo interrogado em uma delegacia de Londres, para onde foi levado depois de ser detido, em janeiro de 2003, durante uma investigação sobre pornografia infantil na Internet.
O roqueiro de 58 anos, que disse ter sofrido abuso sexual quando era criança e admitiu ter entrado num site de pornografia infantil, mas disse que o fez puramente para fins de pesquisa. Após uma investigação que se prolongou por quatro meses, a polícia lhe deu uma advertência e incluiu seu nome no Registro Nacional de Infratores Sexuais, onde permanecerá por cinco anos.
Uma porta-voz da BBC anunciou na segunda-feira que Townshend é visto em metade do documentário, de 90 minutos, chamado "Police Protecting Children" (A Polícia Protegendo Crianças), o primeiro de uma série em três partes. "De certa maneira, eu queria que não tivéssemos filmado Townshend, porque ele desvia a atenção do espectador dos pornógrafos de fato," disse o produtor Bob Long ao jornal The Independent.
"Seus advogados teriam feito qualquer coisa para evitar que o documentário fosse produzido. Eles não queriam que acontecesse. Mas não tomaram medidas judiciais nesse sentido, acho que porque teriam perdido," disse Long.
A porta-voz da BBC desmentiu versões segundo as quais os advogados de Townshend teriam tentado impedir a transmissão do programa. Um telefonema aos representantes do roqueiro não foi retornado. A equipe de filmagem, que acompanhou a Equipe de Proteção à Criança da Scotland Yard por 18 meses, estava presente quando Townshend foi detido, como parte da investigação que resultou em mais de 1.000 prisões na Grã-Bretanha.
