segunda-feira, julho 05, 2004

Guerra civl se intensifica



A crise social brasileira dá mais munição para o agravamento da guerra civil urbana em que vivemos. Na última semana um jornalista paulista foi assassinado a sangue-frio porque não tinha dinheiro, dirante um assalto. Rendido na porta de sua casa, em São Bernardo do Campo, virou refém de um sequestro-relâmpago e acabou amarrado e assassinado com tiro na cabeça porque os ladrões estavam "frustrados".

Não há explicação sociológica capaz de tentar justificar essa barbárie, não há política de direitos humanos capaz de conter a onda de indignação que um fato desses provoca. A partir de agora deixa de importar se o ladrão é pobre ou não, se teve problemas na infância, se passou fome, se apanhou do pai bêbado. Nada disso importa mais.

A partir do momento em que parte para o crime, está admitindo os riscos que corre. A partir do momento em que resolve matar simplesmente porque deu vontade um refém amarrado e subjugado, esse ser não merece viver e passa a ter um carimbo de cadáver ambulante. Ninguém vai lamentar quando um lixo desses morrer baleado pela polícia ou por um grupo bandido rival. Vingança contra esses lixos.

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