Vandalismo como meio de expressão
“Não sei o que quero, mas sei como conseguir: destruindo.” O lema punk do final dos anos 70 surgiu de uma letra de música de um conjunto obscuro da região metropolitana de Londres. Logo foi pichado em várias cidades do mundo e acabou se tornando o bordão preferido de pelo menos três gangues de moleques briguentos, aspirantes a bandidos, na Grande São Paulo.
O lema está cada vez mais presente na atual sociedade ocidental. É seguido à risca por torcedores de futebol, professores, em greve, ecomanifestantes, estudantes indignados com a corrupção e por mais uma malta enorme de desocupados mundo afora.
Não vem ao caso as reivindicações, sejam elas quais forem. Tornam-se insignificantes quando o protesto é violento, quando o vandalismo e a depredação se tornam “meios de expressão”.
Qualquer causa - pode ser a mais justa de todas -, perde qualquer relevância e importância quando seus defensores partem para o quebra-quebra.
O que se viu em Curitiba na semana retrasada e nas imagens nojentas vindas de Copenhague nesta seman, na conferência sobre o clima, só reforçam essas teses.
Torcedor tem que apanhar, e muito. É regra básica de quem frequenta estádios, seja onde for, seja de qual torcida: jamais enfrente a polícia, a possibilidade de sucesso é nula.
A polícia curitibana bateu pouco nos torcedores do rebaixado Coritiba. Esse tipo de comportamento só vai acabar quando houver mortes, de preferência entre os torcedores-vândalos.
O mesmo vale para os desocupados de Copenhague. Enquanto os protestos era pacíficos, foram válidos e relevantes. Quando os manifestantes decidiram partir para cima da polícia, se tornaram o que há de mais abjeto em uma sociedade. Pena que apanharam pouco.
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