Oportunidade desperdiçada
A 1ª Confecom (Conferência Nacional de Comunicação) terminou da forma como eu previa: uma sucessão de ideias equivocadas. Temo que tnha sido desperdício de tempo. Parte do grupo que se reuniu para discutir “propostas” não passava de um coletivo de celerados que pouco ou nada entende de comunicação.
Minha opinião sobre a questão diverge totalmente da posição de Celso Horta, que dirige o conglomerado ABCD Maior e que é um entusiasta da Confecom. Seu artigo recente neste portal expõe com clareza seus pontos de vista. Entretanto, os considero otimistas demais e, de certa forma, enviezados.
Predominaram as propostas sem nexo e ideologizadas, claramente incentivadas por setores obscuros da política brasileira e do governo dominados por néscios querendo agradar ao chefe e ao partido.
Entre outras pérolas, a sociedade civil (grifo meu) aprovou regras “contestadas pelo setor empresarial, entre elas destacam-se a criação de um código de ética para o jornalismo brasileiro, controle social da radiodifusão, marco regulatório para relações trabalhistas de profissionais de mídia autônomos e inclusão da ‘cláusula de consciência’ na nova lei de imprensa”, segundo relata o site Comunique-se.
Além disso, de acordo com texto do site, os civis derrubaram a proposta em que o setor empresarial exigia a multiprogramação na TV digital aberta. A sociedade civil defendeu que a aprovação dessa sugestão aumentaria o monopólio e rejeitou a proposta.
Ou seja, predominaram as teses intervencionistas, defensoras da censura, de regulamentação geral, do amordaçamento, do açodamento, da omissão, do aparelhamento geral e irrestrito, da falcatrua, da corrupção.
Um retrocesso típico de mentes atrasadas, estacionadas no século XX pré-queda do Muro de Berlim. A conferência já nasceu contaminada pela ideologização e pela veia autoritária.
Não dá para admitir nada que não seja liberdade total e irrestrita de imprensa, opinião e expressão.
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