sexta-feira, maio 01, 2009

A farra das passagens aéreas chegou ao presidente


Que o escândalo do abuso das passagens aéreas pelos congressistas brasileiros é repugnante e asqueroso já está mais do que dito e sacramentado. Mas quando o presidente da República, que pertence a um partido outrora conhecido pela sua defesa da ética, vem a público para defender os parlamentares que debocham dos eleitores, aí não dá! É revoltante, para dizer o mínimo.

Sites de notícias reproduzem neste 1º de maio os comentários do presidente Lula dizendo que não acha “nada demais os parlamentares usarem as passagens para transportar parentes e sindicalistas e que considera hipocrisia a gritaria contra essas práticas”.

O presidente não parou por aí. “Não acho correto, mas não acho crime dar passagem para outra pessoa. O problema do Brasil não é esse. Isso pode ser corrigido por decisão da Mesa Diretora da Câmara. Esse não é o mal do Brasil. Se o mal do Brasil fosse esse, o país não teria mal”, segundo publicou a Folha Online.

Que o presidente da República demonstrou ter imensos problemas na distinção entre o que é ético e o que não é desde que assumiu o posto, em 2003, não é novidade, mas, no caso presente, é um acinte que a maior autoridade do país defenda as práticas condenadáveis e nojentas realizadas por deputados e senadores de todos os partidos.

Lula sai bem menor das comemorações deste 1º de Maio.

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