Crise de criatividade
A choradeira dos jornalistas esportivos em relação aos treinos da seleção brasileira é resultado de anos de aviltamento da profissão e do baixo nível de quem trabalha nesse ramo nobre.
Falta formação, falta informação e falta inteligência. A seleção está fechada e os jornalistas gritam porque não têm acesso aos jogadores, à comissão técnica e a toda uma sorte de fofocas e mentiras que sempre foram publicadas neste meio.
A cobertura da Copa do Mundo de 2006 foi o maior exemplo do baixo nível que predomina em nossa imprensa esportiva. Havia acesso às informações, mas versões e fofocas predominavam em relação à verdade.
A grande maioria dos jornalistas fez questão de não deixar que os fatos se interpusessem às versões estapafúrdias. O resultado é a vingança de Dunga, que trancou a seleção e deixou a imprensa descoberta.
Dunga não tem ideia de como fez bem à imprensa com seu comportamento belicoso e autoritário. Expôs a fragilidade dessa cobertura e a falta de criatividade dos jornalistas.
E por falar em falta de criatividade e competência, fazia tempo que não leia crítica à imprensa tão contundente quanto à feita por Daniel Lima em seu Capital Social na internet. Leia aqui: http://www.capitalsocial.com.br/imprensa/jornalismo-condicionado-produz-pauta-de-acordo-com-publicidade/
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Sempre na época de Copa do Mundo aparecem os chatos de sempre que bradam contra a “alienação” do futebol, do “patriotismo” de ocasião e do fato de que a seleção brasileira não representa mais “o povo”, entre outras sandices.
É gente que que fica tentando esgrimir argumentos ruins para torcer contra o Brasil e por outras seleções. A pauta é mais do que batida, mas tem sempre algum esperto que acha que vai “abafar” e pubica tal reportagem estapafúrdia.
Tudo bem, respeito o direito de torcer contra, pela Argentina, pelo Iêmen, pela Nova Zelândia. Faz parte do futebol e da democracia. Mas dou muita risada com os argumentos insanos de quem decide torcer contra.
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Frases que merecem ser registradas e guardadas:
“Não gosto nada da ideia de nos tornarmos uma nação de blogueiros. Isso seria um retrocesso. Sou a favor de que façamos tudo o que pudermos para ajudar os jornais a encontrar maneiras de se viabilizarem economicamente cobrando por conteúdo.”
Steve Jobs, executivo-chefe da Apple, na conferência D8, organizada pelo Wall Street Journal
“O autor deve ser sempre remunerado. Mas, na medida em que reconhecemos o direito da cópia individual, estamos garantindo o acesso da sociedade ao conhecimento.”Juca Ferreira, Ministro da Cultura
“Vejo o Congresso Nacional como um bando de frouxos.”Zezé Di Camargo, cantor e compositor, em entrevista ao Jornal da Tarde
“O empresário tem de saber que pode contratar alguém sem o risco de ser roubado pelo empregado, e o empregado precisa saber que pode ser contratado com a segurança de que receberá seu salário e não será escravizado. Sem essas instituições, não há mercado. As instituições políticas, em certa medida, confundem-se com as econômicas porque também precisam garantir uma ordem legal homogênea, em que a lei seja aplicada a todos. O importante não são leis duras, mas leis que valham para todos. Há países com punições duríssimas contra roubo, como cortar a mão fora, mas a lei não vale para a elite dirigente, que pode esbaldar-se roubando quanto quiser sem perder mão nenhuma.”
Daron Acemoglu, economista turco do MIT, na revista Veja
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