Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
quarta-feira, julho 11, 2012
Pen card, uma alternativa interessante ao CD
Uma notícia importante para quem gosta de músic a teve pouco destaque na grande imprensa. Uma forma alternativa ao CD e a outras mídias físicas de se ouvir/adquirir/armazenar álbuns foi apresentada no final de maio em São Paulo. O texto abaixo é do site da revista Black Card Lifestyle:
Adriana Farias – revista Black Card Lifestyle
Em um momento em que o mercado fonográfico, os artistas e os fãs se debatem para se ajustar a novas formas de consumo de música na era digital, a companhia brasileira Neo Idea entra na briga e traz uma forma inovadora de se experimentar música.
Trata-se do lançamento de um software inteligente que é armazenado em um pen drive em formato de cartão, apelidado de pen card, com 8 cm de comprimento por 5 cm de largura. Ao conectar o sistema em qualquer entrada USB bastará ao usuário fazer um registro online e desfrutar de uma série de opções vantajosas no universo musical.
O fã poderá anexar ao seu portfólio a discografia completa do artista que aderir ao software, terá contato direto com ele e com sua agenda de trabalho, além de conseguir atualizar as novidades em música e vídeo ao mesmo tempo em que elas são finalizadas em um estúdio de som, antes mesmo de serem disponibilizadas no mercado. O pen card também terá a funcionalidade de um ingresso magnético, facilitando a compra e a entrada do fã ao show do seu ídolo preferido. Outras vantagens e operacionalidades do produto serão divulgadas em breve e prometem impressionar o futuro usuário desse software.
Apresentado em São Paulo, o produto recebeu o aval de Bruno Gouveia, vocalista da banda de rock Biquini Cavadão, do aclamado Dieter Wiesner, manager de Michael Jackson (entre 1996 e 2009) e do cantor luso-francês Lucenzo, e da banda sertaneja Jorge & Matheus. Eles foram os primeiros nomes oficiais a aderirem ao projeto.
O pen card do Biquini Cavadão, por exemplo, virá com os discos “1987/2007 – O Melhor” e o novíssimo “Roda Gigante”, além de uma variedade de videoclipes. A ideia é que a discografia completa da banda carioca esteja disponível no software. O mesmo acontecerá com o pen card dos músicos Lucenzo, autor do hit “Danza Kuduro”, e Jorge & Matheus.
FOTOS: Divulgação/Vira Comunicação
Segundo Alcir Abuchaim, CEO do Neo Idea, antes do produto ser lançado em larga escala ele será distribuído de forma institucional. “Primeiramente vamos entregar os pen cards a um público selecionado – imprensa, rádios e contratantes – com a finalidade de testar a receptividade e fazer possíveis reajustes”, explicou o CEO durante a coletiva. “Na sequência pensaremos na distribuição em massa”.
Cada pen card será moldado com os pedidos do artista que aderir ao projeto. A banda Biquini Cavadão, por exemplo, já estima vender o seu software por cerca de R$ 10 a R$ 15 com uma capacidade que pode chegar a 120 GB. “Nós fomos uma das primeiras bandas a entrar na internet e a transmitir as nossas gravações na rede, por isso abraçamos essa ideia”, vibrou o vocalista na coletiva.
O pen card trará os arquivos de música e vídeo, respectivamente, no formato MP3, com 320 Kbps, e em HD (high definition). A qualidade dessas extensões é ainda superior as mídias convencionais em CD e DVD. “Essa será até uma maneira de diminuir a pirataria, deixando as pessoas terem essas músicas em um só espaço e com alta qualidade de áudio e imagem”, garantiu Abuchaim.
O Neo Idea estuda a possibilidade de um protótipo especial de dois grandes reis: Roberto Carlos, que poderá vir com 67 discos do músico entre ao vivos e raridades, bem como um especial de Michael Jackson. Na coletiva a sensação era de que a ideia poderia logo sair do papel. “Fechamos o pen card do Lucenzo, já o do Michael Jackson estamos pensando em aceitar ou não. Vamos tentar!”, confidenciou Dieter Wiesner, manager do rei do pop.
A discussão de novos caminhos para a música ainda é uma batalha que está longe do fim. A chegada decisiva da internet, no começo dos anos 90, quebrou paradigmas e instigou o mercado fonográfico a pensar em novas possibilidades de consumo de música. Qual produto virá ou não a substituir os meios convencionais de experiência musical só o tempo e a volatilidade da era digital poderá dizer.
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