TV Globo aprofunda a prática de alterar a realidade
A TV Globo está levando a extremos a prática stalinista de alterar a realidade. O ditador soviético, que patrocinou a morte de milhões de conterrâneos, costumava ordenar a apaniguados que apagassem das fotos oficiais do regime adversários eventuais ou eternos do regime.
A prática não é nova. A emissora ignora o jornalismo decente e simplesmente muda o nome de clubes e times nas transmissões que faz de jogos de futebol, vôlei, basquete e até fórmula 1.
No vôlei feminino o Rexona vira Rio de Janeiro, Bradesco-Finasa vira Osasco. No basquete feminino, a emissora ignora os patrocinadores e “nomeia” clubes com os nomes das cidades, como Ourinhos e São Caetano.
Na fórmula é mais ridículo ainda: Red Bull Racing é chamada assim no mundo todo, mas na Globo vira RBR. A Toro Rosso vira STR. E por aí vai.
Nas entrevistas coletivas de jogadores de qualquer modalidade transmitida, apenas o carão do entrevistado aparece na tela, tudo para evitar que os patrocinadores das equipes e mesmo pessoais dos jorgadores/atletas apareçam.
Não é à toa que, por causa dessa prática nojenta, cada vez menos empresas decidem patrocinar modalidades menos apreciadas. Já é uma luta conseguir dinheiro para bancar o esporte no Brasil, e ainda a maior emissora e seus canais ignoram os patrocínios.
Qual é a alegação? A emissora deciciu combater o que chama de mídia espontânea, contrariando todas as normas de bom jornalismo e de decência. Se alguém quer que o clube seja chamado pelo nome da empresa ou produto, que pague por isso.
Esse absurdo agora foi transferido para reportagens de entretenimento e programas diversos da Globo, como revelou o colunista Ricardo Feltrin, do UOL - leia aqui.
Segundo o jornalista, a prática já vem ocorrendo em reportagens desde o ano passado, mas agora também já atinge programas humorísticos como “Casseta & Planeta” e de fofoca e entretenimento sobre o mundo global , o Vídeo Show.
Não vai demorar muito para que as reportagens do jornalismo global passarão a ser literalmente virtuais, como aquelas imagens falsas de propaganda durante os jogos de futebol. Pior, corremos o risco de ver nos telejornais efeitos especiais dignos do filme “Senhor dos Anéis.”
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