Omissão rima com falta de repressão
Cenas cada vez mais comuns na Grande São Paulo: vias importantes bloqueadas sob qualquer pretexto com pneus fumegantes, móveis incendiados, pretensos manifestantes brandindo paus e apedrejando policiais, prédios públicos invadidos e ocupados por grevistas, tudo isso diante de uma passividade alarmante do Estado, sem poder e autonomia.
Está se aceitando cada vez mais nestes tempos a violência como método de reivindicação e como meio de “conquistas”, sejam elas quais forem, mesmo que para isso a cidadania, o respeito e a educação sejam atropelados.
Parece que o pior das atitudes de organizações como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) torna-se o modelo de comportamento e “ação” para uma gama enorme de vagabundos e vândalos, de todas as cores, tribos e vertentes políticas.
É fato que não dá mais para tolerar esse tipo de desrespeito. É inaceitável que baderneiros tomem conta da avenida Paulista, um dos três corredores hospitalares mais importantes da Capital, paralisando a cidade inteira. As motivações e os motivos são irrelevantes: é inaceitável que quase 11 milhões de paulistanos fiquem reféns de meia dúzia de manifestantes.
O bloqueio de trecho do Rodoanel Mário Covas em Embu, na parte oeste da Grande São Paulo, nesta semana, faz parte do que há de mais absurdo e mais nojento no comportamento dos “cidadãos” que habitam a região metropolitana da Capital.
Para protestar contra a falta de uma passarela, simplesmente impediram mais de 100 mil veículos de circular, provocando congestionamentos em pelo menos três estradas importantes.
Nenhuma reivindicação, por mais importante e justa que seja, justifica esse ato bárbaro e primitivo de impedir a livre circulação de quem nada ter a ver com o assunto - sem falar que se trata de burrice, pois esse tipo de baderna só aumenta a raiva em relação ao “movimento”.
Outro aspecto da ausência do Estado, ainda mais grave, é o tratamento que o governo estadual dispensa aos grevistas da USP e seus “aliados”, um grupo de estudantes baderneiros e vândalos, verdadeiros criminosos que se escondem sob bandeiras “sindicais” e “educacionais”.
Funcionários em greve e estudantes vagabundos cometem crime ao impedir que não aderiu de trabalhar. E cometem crime ao enfrentar com violência a Polícia Militar. E também cometem crime ao invadir e ocupar prédios públicos.
O direito de greve é sagrado e um pilar da democracia. Mas depredar e impedir alguém de trabalhar é abusivo e inaceitável. E estudantes têm todo o direito de protestar, mas desde que não atrapalhem ninguém e que não violem direitos.
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