O WikiLeaks violou o seu direito de consumidor
Agora que a poeira está baixando, merece uma reflexão o que o site WikiLeaks causou no mundo digital – e também no real – a respeito da divulgação dos tais 250 mil documentos com conteúdo sigiloso, mas nada de empolgante, acerca de telegramas diplomáticos.
A ação do site dirigido pelo físico australiano Julian Assange, supostamente jornalístico, acabou, mesmo que indiretamente, afetando milhões de consumidores no mundo todo. Pena que não exista um Procon mundial para acionar o irresponsável dono do site.
Como o WikiLeaks causou problemas ao consumidor? Seu simpatizantes, os chamados hacktivistas, um bando de vândalos e criminosos que vivem infernizando o mundo digital, organizaram ataques cibernéticos a todas as empresas que de alguma forma tinham relacionamento comercial com o site – e que resolveram romper esse relacionamento.
Os bandidos virtuais atacaram sites e servidores de empresas como Mastercard, Visa, Amazon e Paypal, esta última especializada em viabilizar e intermediar pagamentos pela internet. Milhões de pessoas foram prejudicadas, seja por não conseguirem acessar os sites das empresas em questão, seja por terem interrompidas suas transações financeiras virtuais.
Foi o que ocorreu no meu caso. Uso o site Paypal para comprar basicamente CDs e acessos a downloads legais de música.
Tive muita “sorte”, pois justamente quando tentava comprar o acesso a vários CDs que queria comprar o Paypal travou de tal forma que foi impossível realizar a transação por 48 horas. Descobri depois que isso aconteceu devido às ações dos vagabundos que “protestaram” contra as empresas que cortaram o suporte ao WikiLeaks. O pagamento que fiz foi duplicado e ainda não recebi o dinheiro de volta.
Ou seja, eu, como consumidor, fui prejudicado por causa da irresponsabilidade de Assange e de seus seguidores. Se as leis do consumidor brasileiras fossem aplicadas neste caso, tanto as empresas que foram vítimas dos ataques quanto o próprio WikiLeaks poderiam ser responsabilizados pelo meu problema e serem acionados eventualmente na Justiça.
Resolvi abordar esse assunto para demonstrar o quanto é frágil o relacionamento comercial virtual – e como o consumidor ainda tem poucos direitos reconhecidos no mundo da internet.
E ficou mais do que claro que os vândalos imbecis – na verdade, criminosos – que apoiam Assange e sua irresponsabilidade são tão ingênuos e egoístas que em nenhum momento se preocuparam com o fato de que iriam prejudicar inocentes e pessoas comuns, que nada têm a ver (e não dão a mínima) com essas patifarias virtuais.
O vazamento dos documentos só fez a alegria de jornalistas e de esquerdistas burros e retrógrados. Muito barulho por quase nada, exceto talvez por causar prejuízos a consumidores pelo mundo.
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