sexta-feira, outubro 22, 2010

Ninguém quer mexer com o elefante de Serra


Há um elefante na sala de estar do candidato tucano à Presidência José Serra. É um elefante incômodo, e dos bem grandes. só que ele continua lá, e o candidato não parece muito incomodado com o bichão ali.

A revelação foi feita em debate nacional, em rede de televisão. Só que, aparentemente, o escândalo de Paulo Preto não colou em Serra. Que haveria relutância das TVs e má vontade dos grandes jornais já era esperadoo. é do jogo.

O que não se esperava era a timidez com que a tropa de choque dilmista na mídia abordasse o tema. Os veículos mais identificados com o governo federal, com ou sem publicidade oficial, parecem incapazes de avançar em uma investigação que pode torpedear de vez a candidatura tucana.

Paulo Preto desviou ou não dinheiro da campanha tucana? A filha de Paulo Preto atuou de forma ilegítima representando interesses das construtoras ligadas à Dersa, empresa da qual o acusado era diretor?

A Folha de S. Paulo fez o serviço pela metade, mas pelo menos fez. Denunciou a participação da filha do acusado, então advogada das empresas, em dezembro de 2009. Citou levemente o assunto nas últimas semanas, mas sem muito interesse.

Reclamar da grande imprensa é do jogo, faz parte do debate democrático e da estratégia eleitoral. Mas fazer bom jornalismo e jornalismo investigativo até para contrabalançar o noticiário não só é do jogo como necessário.

Pena que a notória incompetência da esquerda para lidar com a comunicação jogue fora uma oportunidade para fazer com que os asquerosos tucanos engulam a abjeta campanha “religiosa” empreendida contra os petistas.

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