A pirataria avança e permanece impune
A pirataria de DVDs e CDs e de qualquer outra coisa está avançado rapidamente no ABCD e na Capital. Qualquer travessinha das áreas centrais tem o seu camelô, com sua banquinha, com cópias de filmes que mal estrearam no cinema.
Quer assistir a “Salt”, em cartaz com Angelina Jolie e Liev Schreiber? Os caras têm. “Origens”, com Leonardo di Caprio? Tá não, dotô. Três cópias por R$ 10. Ou então duas por R$ 5. Programas de computador? Aparelhos de MP3, Mp4, MP5, MP7, MP12? Facinho, a precinhos baixos. Falsificados? E qual é a diferença?, responde o criminoso cara-de-pau?
No centro de Santo André, por exemplo, os camelôs e pirateiros montam suas banquinhas nas portas de padarias e comércios lotados. E fazem a festa.
Em São Bernardo, a pirataria estava restrita ao entorno da Praça Lauro Gomes, no centro. Agora se espalham para a avenida Kennedy, para a avenida Francisco Prestes Maia, para as travessas da avendia Jurubatuba.
Em Diadema, o crime rola solto à luz do dia no entorno do novo shopping center e nas travessas que dão acesso ao trólebus. Ninguém é incomodado. Policiais civis e militares veem o que acontece, mas estranhamente parecem impedidos de agir.
O crime organizado metido com a pirataria tomou conta dos centros das cidades do Grande ABCD. Em Guarulhos, as porcarias são vendidas dentro de ônibus. Em Osasco, o trem é um lugar privilegiado. Compra-se de tudo.
Imagine-se então como deve ser o esquema no centro de São Paulo, na Penha, no Largo 13, em Santo Amaro…
É fato que a repressão a esse tipo de crime é mais do que necessária. Mais empenho no combate esse tipo de comércio, com prisão de quem vende e distribui esse tipo de material, tem de ser um comportamento assíduo e frequente das forças policiais.
O consumidor também não pode ficar isento. Tem de sofrer alguma sanção. Compra conscientemente as porcarias piratas, com o torpe argumento de que “é mais barato porque os produtos originais são abusivamente caros, pois quem vende rouba o trabalhador”.
É um argumento oportunista e nojento. Trabalhador decente paga seus impostos, recebe seu dinheiro e rechaça produtos de quinta categoria oriundos do crime organizado. Quem compra esse lixo apoia os bandidos. Merece ser execrado e ser punido. Quem se habilita?
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