sexta-feira, julho 09, 2010

Saudade da Copa de verdade e o lixo moralista

Copa do Mundo boa é aquela que tem jogos bons, só clássicos, só times de tradição. Desde 1982 a competição foi avacalhada com o aumento do número de seleções, com a participação progressiva de lixos como as seleções africanas, asiáticas e centro-americanas.

Nada mais desolador e nojento do que assistir a uma partida de Honduras, uma equipe que dificilmente jogaria a quarta divisão paulista. E o que dizer de Coreia do Norte e Nova Zelândia, times amadores que cairiam na primeira fase da Copa Kaiser de futebol de várzea.

Em relação aos times africanos, o maior exemplo é Costa do Marfim, time ridículo com um astro e 22 monstros correndo atrás da bola e desferindo pontapés nos adversários, sem técnica nem tática.

Copa boa é Copa sem essas tranqueiras, só com europeus e sul-americanos, com três vagas para o resto do mundo para servirem de sparrings e sacos de pancadas. Só assim o futebol de seleções seria verdadeiramente resgatado.

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A Justiça se fez nesta Copa horrenda, de times péssimos e futebol inexistente. A violenta Costa do Marfim foi despachada e os Estados Unidos, uma nação que despreza o futebol, também.

Torci muito contra os norte-americanos, povo que acha que beisebol é esporte de gente e as agressões do tal futebol americano são “jogadas”.

O avanço desse timeco seria a mesma coisa que o time de rúgbi brasileiro, esporte que inexistente o Brasil (ainda bem), chegasse às semifinais do Campeonato Mundial).

Se esse povinho despreza o esporte mais popular do mundo não merece o meu respeito.

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Leio na Folha de S. Paulo, na carta de um leitor, que a seleção brasileira foi eliminada por culpa será da imprensa e da mídia. Para meu espanto, essa imbecilidade homérica foi escrita por um tonto que se diz um professor universitário de 61 anos.

Faz tempo que um monte de acéfalos diz por aí que o Brasil precisa de jornais e jornalistas melhores. Eu devolvo, afirmando sem dúvidas de que precisamos de leitores melhores.

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Outra pérola da Folha é a coluna do ombudsman, agora no comando de uma mulher, Suzana Singer, reverberando reclamações de assinantes e leitores a respeito da publicação, no caderno Ilustrada, de uma reportagem sobre a história dos quadrinhos eróticos no Brasil, e de algumas ilustrações consideradas inapropriadas.

É inacreditável que um dos maiores jornais do país dê espaço para esse tipo de texto estapafúrdio, e ainda mais de autoria de um profissional do próprio veículo, para atirar contra a liberdade de expressão, opinião e imprensa.

Quem se sentiu incomodado que compre outro jornal, que reclame no Procon, que vá à Justiça ou que reclame com papa, ou com qualquer outro mafioso do mesmo naipe.

O que não dá é ficar lendo esse tipo de lixo moralista e retrógrado que anda empesteando as página daquele que se diz o “jornal do futuro” e “um dos maiores do Brasil”.

Jornal que precisa de ombudsman demonstra claramente que não confia nos seus profissionais. Jornal que precisa de ombudsman não passa de uma firula, de uma peça de marketing.

Jornal que precisa de ombudsman descamba muito rápido para a demagogia. E rapidamente sua redação perde confiança na sua direção, tanto empresarial como jornalística.

Não gostou do programa? Mude de canal. Não gostou da reportagem? Não leia ou compre outro jornal. Se for escrever para reclamar, o faça com inteligência.

Não despeje lixo moralista nas caixas postais eletrônicas dos jornalistas e jamais use a muleta de que “meus filhos leem o jornal e me sinto aviltado com isso”. Inteligência e comunicação são vias de mão dupla.

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