sexta-feira, abril 16, 2010

Comentários esparsos


São cada vez mais comuns as tentativas de assalto na Grande São Paulo e em outras metrópoles onde a vítima é baleada sem que tenha reagido. O caso da professora assassinada no centro de São Bernardo nesta semana, à noite, é só mais uma estatística, e assim ocorrerá com casos semelhantes.

A questão não é simplesmente de falta de segurança - como de hábito no putrefato governo tucano encastelado no Palácio dos Bandeirantes há 16 anos. A política tucana para a segurança pública é inepta e quase inexistente, exceto pelo fato de que há uma obsessão por sucatear as Polícias Civil e Militar.

Os assaltos com morte em nossas ruas vão continuar porque a impunidade é lei neste país. A legislação está defasada e qualquer discussão é contaminada pelo mais rasteiro discursinho enviezado e distorcido dos direitos humanos.

A solução para essa questão passa pelo fim da impunidade, pelo endurecimento da legislação penal e por um policiamento mais efetivo e inteligente.

@@@@@@@@

Enquanto isso, bandidos travestidos de torcedores do Corinthians tentaram assaltar um camarote do estádio Parque Central, em Montevidéu, na última quarta-feira, antes do jogo Racing 0 x 2 Corinthians pela Copa Libertadores.

Cerca de 70 seres que se diziam torcedores do time paulistano chegaram com muita antecedência ao estádio e foram gentilmente convidados por diretores do clube uruguaio e da administração do local para visitarem as instalações e o museu que existe por lá.

Quatro bandidos tentaram arrombar um camarote e roubar camisas do clube uruguaio Nacional e outros objetos. Apenas dois foram presos.

Não bastase isso, todo o grupo abandonou a visita monitorada e pulou os muros que dividiam a administração da arquibancada: queriam ficar ali até a hora do jogo, mas sem ter de pagar ingresso, que deveriam comprar assim que as bilheterias abrissem três horas antes da partida.

A polícia uruguaia foi chamada e expulsou todos os corintianos do estádio com certa “veemência”.

O resultado disso é que os ingressos para os corintianos sem bilhete, que custavam o equivalente a R$ 30, foram reajustados para R$ 120 assim que os guichês foram abertos. A diretoria do Corinthians teve de ajudar financeiramente o grupo para que pudessem entrar e ver o jogo.

Que belo exemplo de civilidade esses torcedores bandidos. Pena que apanhar muito pouco da polícia uruguaia.


@@@@@@@@@@@@@@@

Começou mal a campanha presidencial brasileira, com o discurso de Dilma Rousseff (PT) a respeito de “não ter fugido da luta na época da ditadura”. Se a intenção era atingir o adversário José Serra (PSDB), não deu certo.

Além de ser uma estratégia estapafúrdia, pegou mal porque muitos companheiros petistas e aliados também se exilaram, principalmente por motivos de sobrevivência.

Editoriais dos principais jornais cobram desculpas por causa da grosseria, assim como companheiros e aliados diretamente atingidos. A essa altura isso não faz mais diferença.

A questão é que o estilo truculento (por inexperiência) e arrogante (por falta de conteúdo) são para Dilma adversários mais perigosos do que Serra.

@@@@@@@@@@@@@@@@

Pichador é bandido. Grafiteiro é artista. Partindo desta premissa, é inexplicável , inadmíssível e intolerável que a Bienal de São Paulo convide os mesmos bandidos que invadiram o pavilhão há dois anos para pichar e vandalizar uma instalação.

Faz parte do grupo a pichadora que foi presa à época e que está sendo processada. Ou seja, a direção da bienal dá status de artista a uma vândala.

Esses vândalos adoram usar slogans embolorados e ultrapassados que já foram usados pela pior que esquerda que existe - “queremos protestar contra a arte burguesa, elitista,impregnada de mercantilismo e que é a mais pura expressão do capitalismo destrutivo”, seja lá o que isso quer dizer.

Essa bobagem foi proferida por um analfabeto que provavelmente escutou tal coisa de alguém tão indigente intelectual quanto ele. Que tipo de “arte” a Bienal acha que esses lixos podem produzir, a não ser vandalismo?

@@@@@@@@@@@@@@

Mais uma acusação despropositada de racismo no futebol brasileiro, desta vez do atacante Manoel, do Atlético-PR, contra o zagueiro Danilo, do Palmeiras, nesta quinta-feira - vitória do Palmeiras por 1 a 0 pela Copa do Brasil.

Manoel agrediu por duas vezes Danilo durante o jogo, levou uma cusparada e ao final do jogo alegou que foi chamado pelo defensor de “macaco”, fato não confirmado nem mesmo por alguns companheiros de time.

É mais um exemplo dos excessos cometidos em nome de leis bem intencionadas, mas que são distorcidas em nome de um suposto bom-mocismo e do nojento “politicamente correto”.

Um jogador argentino foi acusado de ter xingado o atacante são-paulino Grafite de macaco em 2005 no Morumbi, em um jogo da Libertadores. O cidadão até foi encaminhado a uma delegacia. Não deu em nada.

No ano pasado, outro argentino, jogando pelo Grêmio, foi acusado de ter xingado um jogador negro do Cruzeiro. Ficou o dito pelo não dito, sem testemunhas e sem provas A mesma palhaçada, o mesmo circo, a mesma perda de tempo.

O que vai acontecer no entrevero Manoel-Danilo é de sempre: nada. Servirá apenas para que os chatos e os sem-nada para fazer e pensar esbravejem e façam um carnavalzinho temporário. Que coisa estúpida e cansativa…

Nenhum comentário:

Postar um comentário