Outro dia li na patética revista da MTV um texto sobre o Maio de 1968, protestos de estudantes em paris que marcaram toda uma geração. O texto era péssimo, escrito por um desses esquerditas de centro acadêmico que choramingava por ter nascido na época errada (mas que mora em Alphaville e que não dispensa a mesada do papai).
O pronblema é que incensam aquele mês de protestos como o máximo de rebeldia, que mudou o mundo, coisa e tal. Mudou absolutamente nada. Vinte mil desocupados saíram às ruas de paris para protestar contra o nada. Foram os legítimos rebeldes sem causa, que queriam "mudar a sociedade", a mesma sociedade que permitiu a eles que estudassem e que fizessem a baderna que fizeram sem que fossem metralhados, como frequentemente acontecia na América Latina.
Foi o cúmulo da ingenuidade, mas que ganhou manchetes porque o comunismo ainda existia e iludia um povo que ansiava pela utopia do igualitarismo total maoísta (um grande amontoado de bobagens).
Até admito que os eventos de maio de 68 possam ter alguma importância pelo ineditismo dos protestos, pelo inconformismo contra o conservadorismo que reinava na França naquela época. Mas os motivos eram por demais pueris e ingênuos. Dão imporância demais a um evento anárquico conduzido por estudantes esquerdistas burgueses reprimidos que não aceitavam mais as ordens dos professores e o currículo universitário.
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