Três anos de vida inteligente no ABCD
O ABCD Maior é a maior novidade da imprensa do ABCD desde o surgimento da revista LivreMercado, em 1990. Com projeto consistente e conteúdo de qualidade, conseguiu chacoalhar um mercado ainda (não por muito tempo) dominado por um fóssil chamado Diário do Grande ABC e por meia dúzia de panfletos semanais que não passam de arremedo de jornais, a maioria atrelado ao poder público, a verbas públicas ou a grupos políticos.
A visão progressista estabelecida desde o momento de criação do conceito e do jornal - depois estendido aos demais veículos do grupo, como internet, programas de TV e de rádio - tinha bem clara uma questão da qual não se pode abrir mão: a prioridade era oferecer um produto bom, com bom jornalismo e notícias corretas. O viés progressista iria predominar naturalmente, até porque foi a gênese do projeto.
E a maior prova de que o projeto é sério e bom é o seu crescimento, contínuo e frequente. São três anos completados agora em junho, praticando o melhor jornalismo do ABCD e até mesmo das cidades da Grande São Paulo. É o grupo que mais repercute, é o que tem conteúdo mais consistente e o que tem o melhor suporte para novos empreendimentos.
O curioso é que o projeto acaba atraindo, em alguns momentos, gente que é pouco afeita ao debate, à discussão, à troca de idéias. Justamente o contrário do conceito ABCD Maior, que é o da pluralidade de idéias, da inclusão social, digital e intelectual.
É um conceito que integra e oferece espaço para uma parcela experessiva da população regional se expressar, mesmo que alguns argumentos possam "ofender" ou "desagradar" grupinhos que acham que o projeto tem de ser exclusivo de um pensamento político ou de determinada corrente ideológica.
O projeto é muito bem-sucedido porque é plural e aceita o contraditório, aceita idéias contrárias, divergentes e até mesmo acintosas. Coisa que raramente existiu no ABCD. Por isso mesmo é bastante estranho ver manifestações de pessoas radicais por aqui, que desqualificam em vez de argumentar. Sorte nossa que esse povo é minoria bem ínfima no ABCD Maior.
Loga vida ao ABCD Maior e parabéns pelos três anos de vida inteligente e séria nas sete cidades.
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
segunda-feira, junho 22, 2009
Cidadania x democracia
Exigir respeito à cidadania requer uma boa dose de indignação - coisa rara em determinadas circunstâncias em nossa sociedade, coisa em excesso e de forma desproporcional em outras áreas. Tenho feito deste espaço com frequência uma ponta de lança em defesa dos bons costumes e da defesa do bom senso e do discernimento, mesmo que para isso use o excesso para dar vazão à indignação.
E os atentados à cidadania e ao bom senso são diários, desde as flagrantes violações das mais básicas regras de trânsito até a supressão do direito de ir e vir de qualquer cidadão que deseja passar ao largo de qualquer manifestação, seja lá qual for o motivo do protesto.
Alguns leitores e até mesmo o timoneiro deste ABCD Maior, Celso Horta – uma das pessoas que mais respeito – sugeriram um interessante debate a partir dos recentes acontecimentos na Grande São Paulo: até onde a defesa de certa forma intransigente da cidadania se choca com os direitos democráticos de manifestação, protesto e reivindicação de setores organizados da sociedade?
A menção aos métodos recentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em recente artigo não foi fortuito. Um dos movimentos sociais mais importantes do mundo surgido nos últimos 25 anos ganhou legitimidade na base do tranco a partir do momento em que teve seus pleitos tratados com leniência pelo Estado.
Os ataques que o MST sempre sofreu por parte de governos e de elites rurais criminosas só fortaleceu a crença da importância de seu surgimento e da legitimidade de suas reivindicações – mesmo que, para isso, fosse necessário (e justificável) apelar para a força nos anos mais duros de enfrentamento com os agentes do Estado dominado por políticos conservadores.
Neste século XXI, no entanto, métodos que envolvem ações violentas contra empresas e mesmo contra a propriedade, em pleno governo Lula, significam, na imensa maioria dos casos, um retrocesso na disputa por espaço político.
A defesa da cidadania ganhou visibilidade no governo federal petista, o que tornam anacrônicos algumas atitudes do MST, especialmente aquelas que ferem a própria cidadania. O que era legítimo e justificável na década passada pode se reverter contra o próprio movimento, que cresceu e se tornou indissociável da vida brasileira.
Se o MST penou bastante para finalmente conseguir um lugar decente na sociedade brasileira, o mesmo aconteceu com o avanço da cidadania.
O processo democrático que possibilitou as necessárias vitórias do MST é o mesmo que não tolera que os direitos básicos dos cidadãos sejam cerceados e torpedeados, ainda mais em tempos de governo Luiz Inácio Lula da Silva – e não se faz aqui juízo de valor entre a importância ou a distância entre as ações de movimentos organizados e o que ocorre no dia a dia.
Também não se trata de relativizar os motivos que levam manifestantes e grevistas a bloquearem rodovias, avenidas ou a ocupar prédios públicos. O direito de manifestação e protesto é sagrado e não pode ser violado.
Assim como não pode ser violada o direito de ir e vir dos cidadãos, e assim como a manifestação de grupos não pode prejudicar milhões de pessoas. Ninguém pode ser refém da raiva de ninguém.
Por isso bloquear rodovias e avenidas e impedir à força quem quer trabalhar são violações da cidadania, independente das razões que originaram as manifestações.
E o mínimo que se espera de um Estado responsável é que garanta a preservação da cidadania – coisa que o atual governo do Estado de São Paulo, nas mãos do PSDB, não faz. E não se trata de defender o uso da força e da ações da Polícia Militar. É uma questão de defender os direitos do cidadão.
Exigir respeito à cidadania requer uma boa dose de indignação - coisa rara em determinadas circunstâncias em nossa sociedade, coisa em excesso e de forma desproporcional em outras áreas. Tenho feito deste espaço com frequência uma ponta de lança em defesa dos bons costumes e da defesa do bom senso e do discernimento, mesmo que para isso use o excesso para dar vazão à indignação.
E os atentados à cidadania e ao bom senso são diários, desde as flagrantes violações das mais básicas regras de trânsito até a supressão do direito de ir e vir de qualquer cidadão que deseja passar ao largo de qualquer manifestação, seja lá qual for o motivo do protesto.
Alguns leitores e até mesmo o timoneiro deste ABCD Maior, Celso Horta – uma das pessoas que mais respeito – sugeriram um interessante debate a partir dos recentes acontecimentos na Grande São Paulo: até onde a defesa de certa forma intransigente da cidadania se choca com os direitos democráticos de manifestação, protesto e reivindicação de setores organizados da sociedade?
A menção aos métodos recentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em recente artigo não foi fortuito. Um dos movimentos sociais mais importantes do mundo surgido nos últimos 25 anos ganhou legitimidade na base do tranco a partir do momento em que teve seus pleitos tratados com leniência pelo Estado.
Os ataques que o MST sempre sofreu por parte de governos e de elites rurais criminosas só fortaleceu a crença da importância de seu surgimento e da legitimidade de suas reivindicações – mesmo que, para isso, fosse necessário (e justificável) apelar para a força nos anos mais duros de enfrentamento com os agentes do Estado dominado por políticos conservadores.
Neste século XXI, no entanto, métodos que envolvem ações violentas contra empresas e mesmo contra a propriedade, em pleno governo Lula, significam, na imensa maioria dos casos, um retrocesso na disputa por espaço político.
A defesa da cidadania ganhou visibilidade no governo federal petista, o que tornam anacrônicos algumas atitudes do MST, especialmente aquelas que ferem a própria cidadania. O que era legítimo e justificável na década passada pode se reverter contra o próprio movimento, que cresceu e se tornou indissociável da vida brasileira.
Se o MST penou bastante para finalmente conseguir um lugar decente na sociedade brasileira, o mesmo aconteceu com o avanço da cidadania.
O processo democrático que possibilitou as necessárias vitórias do MST é o mesmo que não tolera que os direitos básicos dos cidadãos sejam cerceados e torpedeados, ainda mais em tempos de governo Luiz Inácio Lula da Silva – e não se faz aqui juízo de valor entre a importância ou a distância entre as ações de movimentos organizados e o que ocorre no dia a dia.
Também não se trata de relativizar os motivos que levam manifestantes e grevistas a bloquearem rodovias, avenidas ou a ocupar prédios públicos. O direito de manifestação e protesto é sagrado e não pode ser violado.
Assim como não pode ser violada o direito de ir e vir dos cidadãos, e assim como a manifestação de grupos não pode prejudicar milhões de pessoas. Ninguém pode ser refém da raiva de ninguém.
Por isso bloquear rodovias e avenidas e impedir à força quem quer trabalhar são violações da cidadania, independente das razões que originaram as manifestações.
E o mínimo que se espera de um Estado responsável é que garanta a preservação da cidadania – coisa que o atual governo do Estado de São Paulo, nas mãos do PSDB, não faz. E não se trata de defender o uso da força e da ações da Polícia Militar. É uma questão de defender os direitos do cidadão.
Quando o passado evidencia as tolices do presente
O mais comum que tenho ouvido ultimamente, tanto nos e-mails que recebo, como nas seções de cartas de jornais, são comparações inadvertidas e descabidas entre as manifestações de estudantes vândalos da USP e sindicalistas despreparados com os protestos dos anos 70, notadamente as greves de trabalhadores entre os anos 1978 e 1980.
Na falta de argumento melhor, tem gente que resgata as greves de metalúrgicos daquela época, justas e legítimas em todos os sentidos, com as manifestações arbitrárias e violentas de funcionários grevistas e estudantes que não tem o que fazer na USP.
Estamos hoje em pleno regime democrático, com um metalúrgico na Presidência da República, e ainda assim representantes do que há de pior na esquerda - esquerda que mesmo com seus erros graves, está melhorando o Brasil - insistem em fazem comparações com uma época que havia ditadura e repressão política das mais violentas.
Justificar os atentados à cidadania frequentes, como bloquear vias sob qualquer pretexto e protesto, ocupar prédios públicos e impedir as pessoas de ir, vir e trabalhar, é deprezar as noções básicas de civilidade e convivência em sociedade democrática.
Mas, pior do que isso, é ter de aturar argumentos rasos como um pires, digno de estudantes equivocados e desinformados que sempre infestaram os centros acadêmicos a partir dos ano 90 achando que ser de “esquerda” é usar camiseta com a foto de Che Guevara e jogar pedra na polícia após prejudicarem a cidade inteira com seus atos de vandalismo.
Também é duro aturar papo de boteco de quinta categoria sobre como o mundo é injusto e como temos de “lutar contra todo mundo que está contra nós”. Esse papinho colava nos anos 60. Hoje, causa gargalhadas.
Não é por outro motivo, por exemplo, que a esquerda responsável e que respeita a cidadania está na Presidência da República e nas prefeituras de São Bernardo e Diadema - ao mesmo tempo em que os radicais de boteco estão cada vez mais no ostracismo.
Na minha turma de faculdade, o orgulho era conseguir se formar, ter diploma (porque isso significava que o cidadão fez por merecer) e fazer bom jornalismo, seja onde for. Orgulho maior ainda é saber que a maioria da minha turma conseguiu tudo isso e foi além, para desespero dos ressentidos e fracassados de plantão que mal arrumaram um empreguinho em assessorias de órgãos públicos.
O mais comum que tenho ouvido ultimamente, tanto nos e-mails que recebo, como nas seções de cartas de jornais, são comparações inadvertidas e descabidas entre as manifestações de estudantes vândalos da USP e sindicalistas despreparados com os protestos dos anos 70, notadamente as greves de trabalhadores entre os anos 1978 e 1980.
Na falta de argumento melhor, tem gente que resgata as greves de metalúrgicos daquela época, justas e legítimas em todos os sentidos, com as manifestações arbitrárias e violentas de funcionários grevistas e estudantes que não tem o que fazer na USP.
Estamos hoje em pleno regime democrático, com um metalúrgico na Presidência da República, e ainda assim representantes do que há de pior na esquerda - esquerda que mesmo com seus erros graves, está melhorando o Brasil - insistem em fazem comparações com uma época que havia ditadura e repressão política das mais violentas.
Justificar os atentados à cidadania frequentes, como bloquear vias sob qualquer pretexto e protesto, ocupar prédios públicos e impedir as pessoas de ir, vir e trabalhar, é deprezar as noções básicas de civilidade e convivência em sociedade democrática.
Mas, pior do que isso, é ter de aturar argumentos rasos como um pires, digno de estudantes equivocados e desinformados que sempre infestaram os centros acadêmicos a partir dos ano 90 achando que ser de “esquerda” é usar camiseta com a foto de Che Guevara e jogar pedra na polícia após prejudicarem a cidade inteira com seus atos de vandalismo.
Também é duro aturar papo de boteco de quinta categoria sobre como o mundo é injusto e como temos de “lutar contra todo mundo que está contra nós”. Esse papinho colava nos anos 60. Hoje, causa gargalhadas.
Não é por outro motivo, por exemplo, que a esquerda responsável e que respeita a cidadania está na Presidência da República e nas prefeituras de São Bernardo e Diadema - ao mesmo tempo em que os radicais de boteco estão cada vez mais no ostracismo.
Na minha turma de faculdade, o orgulho era conseguir se formar, ter diploma (porque isso significava que o cidadão fez por merecer) e fazer bom jornalismo, seja onde for. Orgulho maior ainda é saber que a maioria da minha turma conseguiu tudo isso e foi além, para desespero dos ressentidos e fracassados de plantão que mal arrumaram um empreguinho em assessorias de órgãos públicos.
Reféns da raiva alheia
Os abusos contra a cidadania verificados na semana passada no rodoanel Mário Covas em Embu, e no campus da USP, durante a greve dos funcionários, ainda rendem bate-bocas e posturas claramente anti-democráticas.
As cenas de selvageria dos estudantes, por exemplo, contra os policiais, parece que não foram suficientes, já que os alunos ainda acreditam que têm razão no episódio.
A justificativa dos “estudantes” para apoiar os funcionários e “combater” a PM é a de que protestam contra a implantação às pressas do ensino superior à distância e contra a presença dos policiais no campus.
Então quer dizer que eles podem depredar e sustar os direitos individuais dos cidadãos que querem trabalhar e não podem ser incomodados por isso?
Então quer dizer que a retórica apoiada no que de pior a esquerda produziu serve de justificativa para a violação da cidadania e a depredação do patrimônio público?
Esses comportamentos só acontecem porque o governo estadual atual é omisso e incompetente, quando não criminoso, ao não coibir e reprimir tais manifestações de violência.
Prender apenas um sindicalista na questão da USP não resolve a questão. É pouco.
Mas o governo estadual atual é omisso e incompetente, tem medo das urnas e da opinião pública se “descer a borracha” em manifestantes vândalos e em estudantes vagabundos.
Mas será que alguém da equipe de primeiro escalão do Palácio dos Bandeirantes se deu ao trabalho de perguntar nas ruas o que acha desse tipo de omissão?
Agora virou política de Estado ignorar os flagrantes atentados à cidadania e à violação dos direitos de quem quer trabalhar e de quem quer ir e vir na Grande São Paulo.
Não se trata de defender a castração dos direitos de manifestação e de protestar da população. Trata-se apenas de garantir o direito de a população da Grande São Paulo de ir e vir, e de não ser obrigada a ficar refém das reivindicações de quem quer que seja, seja qual for o pretexto ou a motivação.
É por essas e outras que uma facção criminosa domina os presídios do Estado e traficantes e bandidos tomam conta das favelas paulistas. Não existe política de segurança pública em São Paulo. Esse é o legado do PSDB após 15 anos de governo.
Os abusos contra a cidadania verificados na semana passada no rodoanel Mário Covas em Embu, e no campus da USP, durante a greve dos funcionários, ainda rendem bate-bocas e posturas claramente anti-democráticas.
As cenas de selvageria dos estudantes, por exemplo, contra os policiais, parece que não foram suficientes, já que os alunos ainda acreditam que têm razão no episódio.
A justificativa dos “estudantes” para apoiar os funcionários e “combater” a PM é a de que protestam contra a implantação às pressas do ensino superior à distância e contra a presença dos policiais no campus.
Então quer dizer que eles podem depredar e sustar os direitos individuais dos cidadãos que querem trabalhar e não podem ser incomodados por isso?
Então quer dizer que a retórica apoiada no que de pior a esquerda produziu serve de justificativa para a violação da cidadania e a depredação do patrimônio público?
Esses comportamentos só acontecem porque o governo estadual atual é omisso e incompetente, quando não criminoso, ao não coibir e reprimir tais manifestações de violência.
Prender apenas um sindicalista na questão da USP não resolve a questão. É pouco.
Mas o governo estadual atual é omisso e incompetente, tem medo das urnas e da opinião pública se “descer a borracha” em manifestantes vândalos e em estudantes vagabundos.
Mas será que alguém da equipe de primeiro escalão do Palácio dos Bandeirantes se deu ao trabalho de perguntar nas ruas o que acha desse tipo de omissão?
Agora virou política de Estado ignorar os flagrantes atentados à cidadania e à violação dos direitos de quem quer trabalhar e de quem quer ir e vir na Grande São Paulo.
Não se trata de defender a castração dos direitos de manifestação e de protestar da população. Trata-se apenas de garantir o direito de a população da Grande São Paulo de ir e vir, e de não ser obrigada a ficar refém das reivindicações de quem quer que seja, seja qual for o pretexto ou a motivação.
É por essas e outras que uma facção criminosa domina os presídios do Estado e traficantes e bandidos tomam conta das favelas paulistas. Não existe política de segurança pública em São Paulo. Esse é o legado do PSDB após 15 anos de governo.
Omissão rima com falta de repressão
Cenas cada vez mais comuns na Grande São Paulo: vias importantes bloqueadas sob qualquer pretexto com pneus fumegantes, móveis incendiados, pretensos manifestantes brandindo paus e apedrejando policiais, prédios públicos invadidos e ocupados por grevistas, tudo isso diante de uma passividade alarmante do Estado, sem poder e autonomia.
Está se aceitando cada vez mais nestes tempos a violência como método de reivindicação e como meio de “conquistas”, sejam elas quais forem, mesmo que para isso a cidadania, o respeito e a educação sejam atropelados.
Parece que o pior das atitudes de organizações como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) torna-se o modelo de comportamento e “ação” para uma gama enorme de vagabundos e vândalos, de todas as cores, tribos e vertentes políticas.
É fato que não dá mais para tolerar esse tipo de desrespeito. É inaceitável que baderneiros tomem conta da avenida Paulista, um dos três corredores hospitalares mais importantes da Capital, paralisando a cidade inteira. As motivações e os motivos são irrelevantes: é inaceitável que quase 11 milhões de paulistanos fiquem reféns de meia dúzia de manifestantes.
O bloqueio de trecho do Rodoanel Mário Covas em Embu, na parte oeste da Grande São Paulo, nesta semana, faz parte do que há de mais absurdo e mais nojento no comportamento dos “cidadãos” que habitam a região metropolitana da Capital.
Para protestar contra a falta de uma passarela, simplesmente impediram mais de 100 mil veículos de circular, provocando congestionamentos em pelo menos três estradas importantes.
Nenhuma reivindicação, por mais importante e justa que seja, justifica esse ato bárbaro e primitivo de impedir a livre circulação de quem nada ter a ver com o assunto - sem falar que se trata de burrice, pois esse tipo de baderna só aumenta a raiva em relação ao “movimento”.
Outro aspecto da ausência do Estado, ainda mais grave, é o tratamento que o governo estadual dispensa aos grevistas da USP e seus “aliados”, um grupo de estudantes baderneiros e vândalos, verdadeiros criminosos que se escondem sob bandeiras “sindicais” e “educacionais”.
Funcionários em greve e estudantes vagabundos cometem crime ao impedir que não aderiu de trabalhar. E cometem crime ao enfrentar com violência a Polícia Militar. E também cometem crime ao invadir e ocupar prédios públicos.
O direito de greve é sagrado e um pilar da democracia. Mas depredar e impedir alguém de trabalhar é abusivo e inaceitável. E estudantes têm todo o direito de protestar, mas desde que não atrapalhem ninguém e que não violem direitos.
Cenas cada vez mais comuns na Grande São Paulo: vias importantes bloqueadas sob qualquer pretexto com pneus fumegantes, móveis incendiados, pretensos manifestantes brandindo paus e apedrejando policiais, prédios públicos invadidos e ocupados por grevistas, tudo isso diante de uma passividade alarmante do Estado, sem poder e autonomia.
Está se aceitando cada vez mais nestes tempos a violência como método de reivindicação e como meio de “conquistas”, sejam elas quais forem, mesmo que para isso a cidadania, o respeito e a educação sejam atropelados.
Parece que o pior das atitudes de organizações como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) torna-se o modelo de comportamento e “ação” para uma gama enorme de vagabundos e vândalos, de todas as cores, tribos e vertentes políticas.
É fato que não dá mais para tolerar esse tipo de desrespeito. É inaceitável que baderneiros tomem conta da avenida Paulista, um dos três corredores hospitalares mais importantes da Capital, paralisando a cidade inteira. As motivações e os motivos são irrelevantes: é inaceitável que quase 11 milhões de paulistanos fiquem reféns de meia dúzia de manifestantes.
O bloqueio de trecho do Rodoanel Mário Covas em Embu, na parte oeste da Grande São Paulo, nesta semana, faz parte do que há de mais absurdo e mais nojento no comportamento dos “cidadãos” que habitam a região metropolitana da Capital.
Para protestar contra a falta de uma passarela, simplesmente impediram mais de 100 mil veículos de circular, provocando congestionamentos em pelo menos três estradas importantes.
Nenhuma reivindicação, por mais importante e justa que seja, justifica esse ato bárbaro e primitivo de impedir a livre circulação de quem nada ter a ver com o assunto - sem falar que se trata de burrice, pois esse tipo de baderna só aumenta a raiva em relação ao “movimento”.
Outro aspecto da ausência do Estado, ainda mais grave, é o tratamento que o governo estadual dispensa aos grevistas da USP e seus “aliados”, um grupo de estudantes baderneiros e vândalos, verdadeiros criminosos que se escondem sob bandeiras “sindicais” e “educacionais”.
Funcionários em greve e estudantes vagabundos cometem crime ao impedir que não aderiu de trabalhar. E cometem crime ao enfrentar com violência a Polícia Militar. E também cometem crime ao invadir e ocupar prédios públicos.
O direito de greve é sagrado e um pilar da democracia. Mas depredar e impedir alguém de trabalhar é abusivo e inaceitável. E estudantes têm todo o direito de protestar, mas desde que não atrapalhem ninguém e que não violem direitos.