Show do meio milhão
Tentei resistir mas não deu. O caso Sílvio Santos foi uma sucessão de barbáries. Desde a absurda entrevista de Patrícia Abravanel na sacada de seu quarto até a invasão absurda e lunática da casa do empresário pelo sequestrador. Bizarro, tudo muito bizarro. A polícia paulista mostrou tanta incompetência que deu até dó. Já Patrícia mostrou que é umas pessoas mais imbecis que vi na vida. Trauma de sequestro? ela é apenas uma idiota descerebrada que acha que a vida não passa de um dos quadros do programa de seu pai. É de morrer de riri
Já o sequestrador não passa de um aspirante a bandido e um pseudo-psicopata. Conseguiu sem muito esforço a sua condenação à morte ao matar dois policiais ineptos. Não deve chegar vivo a 2002, mas mostrou como a polícia paulista é ruim, despreparada e vulnerável.
Nessa história, o único que realmente sofreu foi Sílvio Santos, que até agora não deve estar acreditando nas encrencas em que foi envolvido. O homem que mais paga impostos no Brasil refém em sua própria casa. Lamentável.
Espaço coordenado pelo jornalista paulistano Marcelo Moreira para trocas de idéias, de preferência estapafúrdias, e preferencialmente sobre música, esportes, política e economia, com muita pretensão e indignação.
sexta-feira, agosto 31, 2001
Alckmin e o circo
O texto abaixo é de Clóvis Rossi e foi publicado na edição de 31 de agosto da Folha. Como sempre, Rossi foi cirúrgico e preciso:
Banalizou-se de tal forma a violência, especialmente em São Paulo, que era inevitável a sua transformação em um grande espetáculo, como ocorreu nos episódios que envolveram a família Abravanel.
Já há o suficiente para lamentar nessa "espetacularização" do crime. Por isso tornava-se perfeitamente dispensável a grotesca participação das mais altas autoridades do Estado, a começar pelo governador Geraldo Alckmin, no show .
Não há uma só explicação aceitável para que um governante se rebaixe ao diálogo com um sequestrador e assassino. Com a agravante de que com ele estavam o secretário de Segurança Pública e o comandante da Polícia Militar.
Ou Alckmin assume que é governador apenas dos ricos e famosos como Sílvio Santos ou vai ser obrigado a participar das negociações para resolver todos os demais sequestros, que ocorrem com espantosa frequência no Estado que ele governa.
A começar pelos cinco casos que permaneciam não resolvidos até ontem, enquanto a cúpula da polícia e o próprio chefe do governo se dedicavam a participar do espetáculo em que se transformou o sequestro de Sílvio Santos.
A partir de agora, está dado um recado a todos os que querem uma audiência com Geraldo Alckmin: basta sequestrar alguém famoso (nem precisa ser rico) e exigir a presença do governador. Se houver câmeras de televisão nas imediações, a audiência estará garantida.
Só faltou, para completar o absurdo, que o governador e o criminoso dessem entrevista coletiva um ao lado do outro, como é da praxe em "visitas de Estado".
Tudo somado, o espetáculo dos últimos dias não passa de repetição do cotidiano do Brasil: como é de costume, morreram apenas os atores coadjuvantes, no caso os policiais assassinados pelo interlocutor de Alckmin. Não eram ricos nem famosos. O governador não foi ao enterro.
O texto abaixo é de Clóvis Rossi e foi publicado na edição de 31 de agosto da Folha. Como sempre, Rossi foi cirúrgico e preciso:
Banalizou-se de tal forma a violência, especialmente em São Paulo, que era inevitável a sua transformação em um grande espetáculo, como ocorreu nos episódios que envolveram a família Abravanel.
Já há o suficiente para lamentar nessa "espetacularização" do crime. Por isso tornava-se perfeitamente dispensável a grotesca participação das mais altas autoridades do Estado, a começar pelo governador Geraldo Alckmin, no show .
Não há uma só explicação aceitável para que um governante se rebaixe ao diálogo com um sequestrador e assassino. Com a agravante de que com ele estavam o secretário de Segurança Pública e o comandante da Polícia Militar.
Ou Alckmin assume que é governador apenas dos ricos e famosos como Sílvio Santos ou vai ser obrigado a participar das negociações para resolver todos os demais sequestros, que ocorrem com espantosa frequência no Estado que ele governa.
A começar pelos cinco casos que permaneciam não resolvidos até ontem, enquanto a cúpula da polícia e o próprio chefe do governo se dedicavam a participar do espetáculo em que se transformou o sequestro de Sílvio Santos.
A partir de agora, está dado um recado a todos os que querem uma audiência com Geraldo Alckmin: basta sequestrar alguém famoso (nem precisa ser rico) e exigir a presença do governador. Se houver câmeras de televisão nas imediações, a audiência estará garantida.
Só faltou, para completar o absurdo, que o governador e o criminoso dessem entrevista coletiva um ao lado do outro, como é da praxe em "visitas de Estado".
Tudo somado, o espetáculo dos últimos dias não passa de repetição do cotidiano do Brasil: como é de costume, morreram apenas os atores coadjuvantes, no caso os policiais assassinados pelo interlocutor de Alckmin. Não eram ricos nem famosos. O governador não foi ao enterro.
terça-feira, agosto 28, 2001
Stevie Ray Vaughan "ressurge" em Montreux
Stevie Ray Vaughan foi o grande guitarrista dos anos 80. Rivalizando com ele, somente Eddie Van Halen e Yngwie Malmsteen, outros dois gênios.Ele foi muito mais além na fusão do blues com o rock do que Eric Clapton e Gary Moore, e ninguém conseguiu captar e se apoderar do espírito de Jimi Hendrix, somente ele, o mestre da Stratocaster.
Morto aos 36 anos em 1990, em um acidente de helicóptero após um show nos Estados Unidos (a aeronave deveria transportar ainda Eric clapton e Robert Cray no vôo fatídico), Vaughan continua sendo uma fonte inesgotável de lançamentos póstumos, todos a cargo de Jimmie Vaughan, irmão mais velho e também bom guitarrista.
Muitos o acusam de oportunista. Pode ser, mas pelo menos ele coloca produtos de alta qualidade no mercado. Jimmie Vaughan tem critério e seleciona o que de melhor o irmão produziu para colocar no mercado. Foi assim com "Live at the Carnegie Hall", "The Sky is Crying", "In The Beggining" e a maravilhosa caixa com quatro CDs "SRV". Tudo ao contrário do fizeram e fazem empresários detentores de direitos sobre a obra de Hendrix (a família dele também...). Tudo o que é gravação encontrada com as performances do mago de Seattle é jogada no mercado. Com isso, muita porcaria mancha a memória dele.
A nova tramóia de Jimmie Vaughan é "Live at Montreux 1982 and 1985", apresentação de Stevie e dua Double Trouble realizada em 17 de julho de 1982 no Montreaux Casino, Suíça, e que sai em novembro como CD duplo.
Stevie considerou o show de 1982 fraco e sem graça. Só que quem escutou os CDs piratas da apresentação discorda: a performance foi estupenda, tanto que David Vowie e Jackson Browne, que assistiam in loco, ficaram maravilhados. Enquanto o primeiro viria a requisitar o guitarrista para atuar no álbum "Let's Dance" e participar de algumas apresentações, o segundo abriria as portas de seu estúdio de Los Angeles, onde os rapazes registrariam seu primeiro álbum, "Texas Flood", e logo em seguida assinariam com a Epic Records por intermédio do lendário John Hammond, apresentado à banda por Browne.
O segundo show é de 1985 e esse Stevie adorou, assim como o público. É esse material, que será lançado oficialmente, que vai trazer ainda mais qualidade à obra vasta de o guitarrista texano. Não é necessário dizer que o lançamento é impedível.
Stevie Ray Vaughan foi o grande guitarrista dos anos 80. Rivalizando com ele, somente Eddie Van Halen e Yngwie Malmsteen, outros dois gênios.Ele foi muito mais além na fusão do blues com o rock do que Eric Clapton e Gary Moore, e ninguém conseguiu captar e se apoderar do espírito de Jimi Hendrix, somente ele, o mestre da Stratocaster.
Morto aos 36 anos em 1990, em um acidente de helicóptero após um show nos Estados Unidos (a aeronave deveria transportar ainda Eric clapton e Robert Cray no vôo fatídico), Vaughan continua sendo uma fonte inesgotável de lançamentos póstumos, todos a cargo de Jimmie Vaughan, irmão mais velho e também bom guitarrista.
Muitos o acusam de oportunista. Pode ser, mas pelo menos ele coloca produtos de alta qualidade no mercado. Jimmie Vaughan tem critério e seleciona o que de melhor o irmão produziu para colocar no mercado. Foi assim com "Live at the Carnegie Hall", "The Sky is Crying", "In The Beggining" e a maravilhosa caixa com quatro CDs "SRV". Tudo ao contrário do fizeram e fazem empresários detentores de direitos sobre a obra de Hendrix (a família dele também...). Tudo o que é gravação encontrada com as performances do mago de Seattle é jogada no mercado. Com isso, muita porcaria mancha a memória dele.
A nova tramóia de Jimmie Vaughan é "Live at Montreux 1982 and 1985", apresentação de Stevie e dua Double Trouble realizada em 17 de julho de 1982 no Montreaux Casino, Suíça, e que sai em novembro como CD duplo.
Stevie considerou o show de 1982 fraco e sem graça. Só que quem escutou os CDs piratas da apresentação discorda: a performance foi estupenda, tanto que David Vowie e Jackson Browne, que assistiam in loco, ficaram maravilhados. Enquanto o primeiro viria a requisitar o guitarrista para atuar no álbum "Let's Dance" e participar de algumas apresentações, o segundo abriria as portas de seu estúdio de Los Angeles, onde os rapazes registrariam seu primeiro álbum, "Texas Flood", e logo em seguida assinariam com a Epic Records por intermédio do lendário John Hammond, apresentado à banda por Browne.
O segundo show é de 1985 e esse Stevie adorou, assim como o público. É esse material, que será lançado oficialmente, que vai trazer ainda mais qualidade à obra vasta de o guitarrista texano. Não é necessário dizer que o lançamento é impedível.
Os crentes e fanáticos estão se superando
O glorioso Maurício Gaia manda-me outra colaboração para irritar os crentes e fanáticos religiosos. Ele achou o site da ABCC - Associação Brasileira de Católicos Conservadores -, de Recife (PE). É simplesmente hilário, mas ridículo que o da Frente Lepanto e dos outros crentes imbecis que mencionei dias atrás. Leiam e se divirtam.
ABCC.
O glorioso Maurício Gaia manda-me outra colaboração para irritar os crentes e fanáticos religiosos. Ele achou o site da ABCC - Associação Brasileira de Católicos Conservadores -, de Recife (PE). É simplesmente hilário, mas ridículo que o da Frente Lepanto e dos outros crentes imbecis que mencionei dias atrás. Leiam e se divirtam.
ABCC.
segunda-feira, agosto 27, 2001
Ótimos shows no segundo semestre
Confirmados mais shows internacionais de porte no Brasil neste segundo semestre. Anote aí:
Judas Priest : Esse já estava confirmado, mas é bom reforçar, pois é imperdível. No Credicard Hall, nos dias 6 e 7 de setembro;
Nazareth : 7 de setembro em Limeira e 8 de setembro no DirecTV.
Yingwie Malmsteen : Dia 29 de setembro no Via Funchal
Eric Clapton : o grande mestre confirmou a vinda. dia 11 de outubro provavelmente no estádio do Pacaembu.
Nevermore : 19 de outubro provavelmente no Via Funchal.
Testament : 6 de outubro (a confirmar) no Via Funchal (a confirmar).
Confirmados mais shows internacionais de porte no Brasil neste segundo semestre. Anote aí: